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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...

VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE ...

(ESPAÇO DE 10 LINHAS)

MARIA DA LUZ, nacionalidade..., estado civil ..., profissão ..., residente e


domiciliada na rua ..., portadora da cédula de identidade n. ... órgão emissor/ UF,
inscrita no CPF sob o n. ..., por meio de seu advogado, que esta subscreve
conforme procuração anexa, vem respeitosamente perante a presença de Vossa
Excelência, oferecer QUEIXA CRIME SUBSIDIÁRIA com fulcro no Artigo 5º,
Inciso LIX da CRFB, Art. 100, §3º do CP e Art. 29 e 41 do CPP . em face de
JOÃO DA PAZ, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., residente e
domiciliado na rua ..., portador da cédula de identidade n. ..., inscrito no CPF sob
o n. ... , , pelas razões de fato e direito expostas a seguir:

I – Dos Fatos

No dia 28 de maio de 2011, em torno das 12 horas, na confluência das ruas


Maria Paula e Genebra, a querelante teve seu relógio subtraído pelo querelado,
que se utilizou de violência e grave ameaça exercida com uma faca. A autoria
foi descoberta na mesma data, foi instaurado Inquérito Policial instruído com
prova robusta de materialidade e autoria. O inquérito foi enviado ao Ministério
Público e permanece lá há mais de 30 dias sem qualquer manifestação por parte
do parquet.

II – Do Direito

No presente caso, pode-se afirmar que ocorreu crime de roubo, tipificado no


Art.157, § 2º do Código Penal.

Na confluência das Ruas Maria Paula e Genebra, João da Paz subtraiu para
si o relógio pertencente à Maria da Paz. A subtração foi realizada mediante o
emprego de grave ameaça e violência, uma vez que João utilizou uma faca para
poder facilitar o crime, deixando assim a vítima impossibilitada de meios de
defesa e amedrontada.
O emprego da arma branca demonstra o emprego da violência e intenção
do acusado em coagir a vítima, de forma que se pode notar a causa de aumento
da pena mediante as circunstâncias em que foi cometido o crime podendo-se
concluir que houve consumação do crime de roubo no momento em que João
tomou posse do bem sem o consentimento da vítima conforme art. Art. 157,§ 2º
do Código Penal.

Não obstante, com a conclusão do Inquérito Policial este foi remetido ao


Ministério Público e lá permanece desde a data sem qualquer manifestação por
parte do parquet, não oferecendo a denúncia no prazo legal estabelecido pelo
art. 46 do Código de Processo Penal.
Não resta dúvida que houve inércia por parte Ministério Público sendo
assim cumpre ressaltar que essa situação legitima a parte para oferecer queixa
crime nos termos do art. 100 §3º do Código Penal. O referido dispositivo
preceitua: “Art. 100. A Ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente
a declara privativa do ofendido. [...] §3º. A ação de iniciativa privada pode
intentar-se nos crimes de ação pública, se O Ministério Público não oferecer
denúncia no prazo legal. ”

III – Do Pedido
Diante do exposto, requer seja:
a) Recebida, autuada e processada a presente queixa crime.
b) Feita a citação do Querelado.
c) Condenado o querelado nas penas do art. 157,§ 2º do Código Penal.
d) Estabelecida a fixação do valor mínimo da indenização pelos danos sofridos.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local ..., Data ...

Advogado ...
OAB /UF

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