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AVISO PRÉVIO
Nas relações de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado,
deverá, antecipadamente, notificar à outra parte, através do aviso prévio.
O aviso prévio tem por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato de trabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento do
cargo vago e ao empregado uma nova colocação no mercado de trabalho.
Com fundamento na legislação, doutrina e jurisprudência, elaboramos o presente estudo sobre o instituto do aviso prévio.
Importante observar que as normas coletivas de trabalho podem estipular condições mais benéficas que as previstas na legislação
vigente, inclusive no que concerne ao aviso prévio.
Para baixar os modelos de aviso prévio acesse o tópico Modelos.
DEFINIÇÃO
Aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui
lo, com a antecedência que estiver obrigada por força de lei.
Podese conceituálo, também, como a denúncia do contrato de trabalho por prazo indeterminado, objetivando fixar o seu termo final.
CONTAGEM DO PRAZO E FORMALIZAÇÃO
O aviso prévio, até outubro/2011, era de 30 dias conforme estabelece o art. 7º, XXI da Constituição Federal.
Com a publicação da Lei 12.506/2011 a duração do aviso prévio passou a ser contado de acordo com o tempo de serviço do empregado,
sendo de 30 (trinta) dias para aquele que tiver até um ano de vínculo empregatício na mesma empresa, acrescidos 3 (três) dias por ano
de serviço prestado até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
A nova lei não deixou especificado exatamente como o acréscimo dos 3 dias será computado. Entretanto, de acordo com a Nota Técnica
184/2012 da Secretaria das Relações do Trabalho do MTE, podemos sintetizar que o entendimento do Órgão Fiscalizador e da própria
jurisprudência (abaixo) está de acordo com a tabela abaixo:
Tempo Trabalhado Dias de Aviso
Até 1 ano 30
Acima de 1 até 2 anos 33
Acima de 2 até 3 anos 36
Acima de 3 até 4 anos 39
Acima de 4 até 5 anos 42
Acima de 5 até 6 anos 45
Acima de 6 até 7 anos 48
Acima de 7 até 8 anos 51
Acima de 8 até 9 anos 54
Acima de 9 até 10 anos 57
Acima de 10 até 11 anos 60
Acima de 11 até 12 anos 63
Acima de 12 até 13 anos 66
Acima de 13 até 14 anos 69
Acima de 14 até 15 anos 72
Acima de 15 até 16 anos 75
Acima de 16 até 17 anos 78
Acima de 17 até 18 anos 81
Acima de 18 até 19 anos 84
Acima de 19 até 20 anos 87
A partir de 20 anos 90
Forma de Contagem Dos Dias a Partir da Comunicação
Conforme dispõe o art. 20 da Instrução Normativa SRT 15/2010, o prazo correspondente ao avisoprévio contase a partir do dia
seguinte do recebimento da comunicação, que deverá ser formalizada por escrito.
Assim, independentemente da hora da comunicação, ou seja, se no primeiro horário, durante ou no final da jornada de trabalho, devese
considerar o início da contagem do período correspondente o dia seguinte da comunicação, independentemente se for dado pelo
empregador ou pelo empregado.
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2017517 Aviso Prévio
O início da contagem do dia seguinte também independerá de ser ou não dia útil, ou seja, o início da contagem será sempre o dia
seguinte, ainda que este seja domingo, feriado ou qualquer outro dia não útil.
Embora pareça não ter nenhuma influência no aspecto geral, a contagem do início do aviso no dia seguinte ao da comunicação poderá
ser determinante para assegurar ou não o pagamento de 1 avo a mais de férias ou de 13º salário, como veremos no exemplo 2 abaixo.
Nota: Ainda que a legislação estabeleça que o início da contagem seja o dia seguinte ao da comunicação, na prática, praticamente 100%
(cem por cento) das empresas iniciam a contagem no mesmo dia ao da comunicação. Como não há reclamação ou repercussão
desse um dia a mais ou a menos no montante das verbas rescisórias a serem pagas, as empresas continuam contando a partir da
comunicação. Mas como já frisado no parágrafo anterior, esse um dia pode sim, fazer diferença.
Exemplo 1
Empresa comunicou o desligamento do empregado (com um ano de emprego) em 17.05.2017, estabelecendo o cumprimento de 30 dias.
O início da contagem dos 30 dias começa em 18.05.2017 com vencimento em 16.06.2017 (sextafeira). Neste caso, o pagamento deverá
ser realizado no dia 19.06.2017 (segundafeira) que é o primeiro dia útil seguinte ao vencimento.
Exemplo 2
Empregado, com um ano de vínculo empregatício, comunicou o desligamento à empresa em 16.10.2017. O início da contagem dos 30
dias começou em 17.10.2017 (dia seguinte ao da comunicação) com vencimento em 15.11.2017. Neste caso, o pagamento deverá ser
realizado no dia 16.11.2017 (primeiro dia útil seguinte ao vencimento).
Observe que neste exemplo o início da contagem do aviso no dia seguinte foi determinante para o pagamento de 1/12 avos a mais de
13º salário e de férias, já que os 15 dias trabalhados em novembro garante ao empregado esse direito.
Embora observamos que na prática muitas empresas começam a contar o aviso a partir da data de comunicação, sem qualquer
repercussão perante ao sindicato representativo ou à Justiça do Trabalho, há casos, como neste exemplo, em que os fiscais do Ministério
do Trabalho acabam autuando as empresas pelo não pagamento do avo devido.
Aviso Prévio Indenizado
A legislação não se manifesta em relação ao aviso prévio imediato (indenizado). Assim, entendemos que quando do aviso prévio
indenizado, o desligamento ocorre a partir do recebimento da comunicação, data esta que será considerada como último dia trabalhado,
a qual também deverá ser formalizada por escrito.
Exemplo
Empresa comunicou o desligamento do empregado (aviso prévio indenizado) em 12.05.2017. Neste caso, o pagamento das verbas
rescisórias deverá ser realizado até o 10º, contados a partir da data do desligamento.
Assim, como o 10º dia a partir do desligamento será 21.05.2017 (domingo), o empregador poderá efetuar o pagamento até esta data (se
for em dinheiro) ou até dia 19.05.2017 se for em cheque ou depósito em conta bancária.
Para maiores detalhes acesse o tópico Pagamento de Verbas Rescisórias.
MODALIDADES
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Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, por iniciativa do empregador, poderá ele optar pela concessão do aviso
prévio trabalhado ou indenizado, da mesma forma, quando o empregado pede demissão.
AVISO PRÉVIO TRABALHADO
É aquele que uma das partes comunica à outra da sua decisão de rescindir o contrato de trabalho ao final de determinado período, sendo
que, no transcurso do aviso prévio, continuará exercendo as suas atividades habituais.
Conforme dispõe o art. 488 parágrafo único da CLT, sendo rescindido o contrato de trabalho por iniciativa do empregador ocorrerá a
redução da jornada de trabalho do empregado ou a falta ao trabalho por 7 (sete) dias corridos.
Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do empregado, o mesmo cumprirá a jornada de trabalho integral durante
todo o aviso prévio, pois se presume que já tenha encontrado outro emprego, não havendo, portanto, a necessidade de redução e nem a
falta ao trabalho.
Para mais detalhes, veja o subtópico Redução de 7 dias abaixo.
DISPENSA DE CUMPRIMENTO DO AVISO PRÉVIO TRABALHADO
Tendo o empregador rescindido o contrato de trabalho sem justa causa com aviso prévio trabalhado e sendo este um direito
irrenunciável do empregado, o pedido de dispensa do cumprimento não exime o empregador de efetuar o pagamento do respectivo
período, salvo se o empregado comprovar que obteve novo emprego. Esta comprovação se faz através de uma carta do novo
empregador em papel timbrado.
A Súmula 276 do TST dispõe:
"AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O direito ao aviso prévio
é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo
comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego."
Da mesma forma ocorre no caso do empregado que pede demissão da empresa, ou seja, havendo o pedido pela dispensa do
cumprimento do aviso prévio, o empregador só poderá aceitar que o mesmo se abstenha do cumprimento se o empregado comprovar
novo emprego, sob pena do empregador ter que indenizar o empregado, ainda que este seja quem tenha pedido.
Portanto, caso o empregador dispense o empregado do cumprimento do aviso prévio trabalhado (independentemente de quem tenha
dado) sem que este tenha obtido novo emprego, terá que indenizálo no valor respectivo, gerando os mesmo efeitos do aviso prévio
indenizado, inclusive com os reflexos sobre férias, 13º salário e etc.
AVISO PRÉVIO INDENIZADO
Considerase aviso prévio indenizado quando o empregador determina o desligamento imediato do empregado e efetua o pagamento da
parcela relativa ao respectivo período.
Considerase também aviso prévio indenizado quando o empregado se desliga de imediato (sem o devido cumprimento) e o empregador
efetua o desconto do valor respectivo em rescisão de contrato.
BAIXA NA CTPS QUANDO O AVISO É INDENIZADO
No aviso prévio, tanto trabalhado quanto indenizado, o seu período de duração integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais,
inclusive reajustes salariais, férias, 13º salário e indenizações. Portanto, o aviso prévio indenizado deve ser considerado para fins de
anotação da baixa da CTPS.
Assim, se o empregador demitir o empregado hoje, indenizando o aviso de 30 dias, a data a ser anotada na CTPS é a data do fim dos 30
dias, ainda que indenizados. Assim dispõe o art. 17 da Instrução Normativa SRT 15/2010, transcrito na íntegra abaixo:
"Art. 17. Quando o aviso prévio for indenizado, a data da saída a ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência
Social CTPS deve ser:
I na página relativa ao Contrato de Trabalho, a do último dia da data projetada para o aviso prévio
indenizado; e
II na página relativa às Anotações Gerais, a data do último dia efetivamente trabalhado.
Parágrafo único. No TRCT, a data de afastamento a ser consignada será a do último dia efetivamente
trabalhado."
Exemplo
Empregado com 2 anos de empresa foi demitido sem justa causa, com aviso prévio indenizado, em 04.10.2017. Considerando que a
data projetada para o término do aviso prévio indenizado será em 06.11.2017 (são 33 dias de aviso por ter 2 anos de empresa), as
informações serão preenchidas conforme abaixo:
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Data de afastamento no TRCT: 04.10.2017 (último dia trabalho);
Data na baixa da CTPS na página de anotações do Contrato de Trabalho: 06.11.2017 (data de término do aviso projetado);
Ressalva em anotações gerais da CTPS informando a data do último dia de trabalho como sendo: 04.10.2017;
Este entendimento também está consubstanciado na OJ 82 do TST.
AVISO PRÉVIO DOMICILIAR
O aviso prévio domiciliar é considerado aquele em que o empregador dispensaria o empregado de cumprilo trabalhando, sendo
autorizado ao empregado permanecer durante todo período em casa.
Esta modalidade não existe em virtude de falta de previsão legal e o art. 18 da Instrução Normativa 15/2010 do MTE dispõe que caso o
empregador não permita que o empregado permaneça em atividade no local de trabalho durante o aviso prévio, na rescisão deverão ser
obedecidas as mesmas regras do aviso prévio indenizado.
Como o prazo para pagamento das verbas rescisórias no caso do aviso prévio indenizado é de 10 dias, se o empregador determinar que
o empregado cumpra o aviso prévio em casa, terá que pagar a multa do art. 477, § 8º da CLT, já que estará quitando a rescisão somente
no final do período do aviso.
O empregador somente estará isento desta multa se houver previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho desta possibilidade. A
Constituição Federal assegura o reconhecimento das convenções e dos acordos coletivos, conforme artigo 7º, inciso XXVI.
APLICAÇÕES
O aviso prévio, regra geral, é exigido nas rescisões sem justa causa dos contratos de trabalho por prazo indeterminado ou pedidos de
demissão.
Exigese também o aviso prévio, nos contratos de trabalho por prazo determinado que contenham cláusula assecuratória do direito
recíproco de rescisão antecipada.
Ainda, nas rescisões motivadas por falência, concordata ou dissolução da empresa, fica o empregador obrigado ao pagamento do aviso
prévio.
CONCESSÃO
Sendo o aviso prévio trabalhado, a comunicação deve ser concedida por escrito, em 3 (três) vias, sendo uma para o empregado, outra
para o empregador e a terceira para o sindicato.
Por cautela, caso uma das partes se recuse a dar ciência na via da outra, deverá a comunicação ser realizada na presença de duas
testemunhas e por elas assinada.
O aviso prévio não poderá coincidir simultaneamente com as férias, isto porque férias e aviso prévio são direitos distintos.
INTEGRAÇÃO AO TEMPO DE SERVIÇO REAJUSTE DATABASE
No aviso prévio dado pelo empregador, tanto trabalhado quanto indenizado, o seu período de duração integra o tempo de serviço para
todos os efeitos legais, inclusive reajustes salariais, férias, 13º salário e indenizações.
Exemplo
Empregado com um ano de emprego foi demitido sem justa causa em 10.11.2017. Considerando que o aviso prévio foi trabalhado e que
a database da categoria profissional é dezembro/2017, este empregado não terá direito à multa prevista no art. 9º da Lei 7.238/84 (um
salário mensal), mas terá direito ao reajuste salarial convencional sobre as verbas rescisórias, bem como aos 10 dias trabalhados
(10.12.2017), data de término do aviso de 30 dias.
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Neste exemplo, ainda que o aviso prévio fosse indenizado, este empregado não teria direito à multa de um salário, já que com a
projeção do aviso, o término cairia no mês da database e não no mês que a antecede. Veja mais detalhes abaixo.
O mesmo não ocorre com o aviso prévio indenizado pelo empregado, ou seja, aquele descontado pelo empregador dos haveres do
empregado constantes do termo de rescisão, por não ter cumprido o aviso. Neste caso não há a projeção do aviso.
AVISO PRÉVIO DE MAIS DE 30 DIAS INTEGRAÇÃO AO TEMPO DE SERVIÇO
Há convenção coletiva de trabalho que prevê que em caso de demissão sem justa causa, o aviso prévio deverá ser superior aos previstos
legalmente.
Em muitos casos a contagem do número mínimo de dias do aviso prévio previsto na convenção é feito de forma escalonada,
dependendo do tempo de trabalho do empregado na empresa, da mesma forma que o estabelecido pela Lei 12.506/2011.
Conforme estabelece o § 1º do art. 487 da CLT a falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
Como podemos observar, a Constituição Federal não restringe o aumento do prazo do aviso prévio e o referido parágrafo da CLT,
garante a integração deste prazo no tempo de serviço.
Assim, havendo norma coletiva que estabeleça prazo de aviso maior que o previsto constitucionalmente, entendemos que este prazo
deverá ser computado para fins de integração como tempo de serviço do empregado, repercutindo, consequentemente, no acréscimo das
verbas rescisórias como férias indenizadas e 13º salário indenizado.
Este entendimento está consubstanciado na Orientação Jurisprudencial 367 do TST, a qual transcrevemos na íntegra:
"OJ 367. AVISO PRÉVIO DE 60 DIAS. ELASTECIMENTO POR NORMA COLETIVA. PROJEÇÃO. REFLEXOS NAS PARCELAS
TRABALHISTAS.
O prazo de aviso prévio de 60 dias, concedido por meio de norma coletiva que silencia sobre alcance de seus efeitos jurídicos,
computase integralmente como tempo de serviço, nos termos do § 1º do art. 487 da CLT, repercutindo nas verbas rescisórias."
Exemplo
Empregado que trabalha há 11 anos na empresa é demitido em 05.07.2017. A categoria profissional estabelece em convenção que é
garantido ao empregado o direito ao aviso prévio nas seguintes proporções:
Até 5 anos de trabalho = 30 dias de aviso prévio;
De 5 a 10 anos de trabalho = 50 dias de aviso prévio;
De 10 a 15 anos de trabalho = 70 dias de aviso prévio;
De 15 a 20 anos de trabalho = 90 dias de aviso prévio;
Acima de 20 anos de trabalho = 110 dias de aviso prévio;
Considerando o tempo de trabalho na mesma empresa (11 anos), este empregado terá direito a 70 (setenta) dias de aviso prévio, período
o qual deverá ser computado como tempo de serviço para todos os efeitos legais.
Assim, este empregado terá em rescisão o direito, além dos 70 dias de aviso, a mais 2/12 avos de férias proporcionais e a mais 2/12 avos
de 13º salário indenizado, já que os 70 dias equivalem a 2 meses de trabalho.
Se considerarmos ainda que a database da categoria profissional deste empregado seja no mês de outubro/2017, o termo final do aviso
prévio será justamente no mês que antecede à data base da categoria (05.07.2017 + 70 dias = 13.09.2017), situação a qual garantiria ao
empregado o direito a indenização adicional disposta no tópico abaixo.
Considerando que a nova lei trouxe a proporcionalidade no aviso de acordo com o tempo trabalhado na mesma empresa, havendo a
proporcionalidade disposta em convenção coletiva (conforme exemplo), cabe ao empregador aplicar a norma mais benéfica.
REDUÇÃO DA JORNADA DIÁRIA 2 HORAS
Conforme determina o artigo 488 da CLT, a duração normal da jornada de trabalho do empregado, durante o aviso prévio, quando a
rescisão tiver sido promovida pelo empregador, é reduzida em 2 (duas) horas, diariamente, sem prejuízo do salário integral.
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Tal redução não poderá ser fracionada pelo empregador, salvo se for a pedido expresso do empregado e ainda se tal procedimento
resultar em benefício deste, como por exemplo, ceder 4 (quatro) horas em um único dia para realização de entrevista de um novo
emprego.
Exemplo
Empregado com jornada normal diária de 8 horas, optou pela redução de 2 horas diárias durante o curso do aviso prévio. Este
empregado irá trabalhar, durante o curso do aviso prévio, 6 horas diárias.
JORNADA INFERIOR A 8 HORAS OU 7 HORAS E 20 MINUTOS
O legislador, ao elencar esta redução na CLT, não fez distinção aos empregados com jornada reduzida. Desta forma, aplicase a redução
de 2 (duas) horas em qualquer hipótese.
Ressalvase que temos alguns doutrinadores e membros do Poder Judiciário que entendem que esta redução pode ser proporcional à
jornada reduzida.
REDUÇÃO DE 7 DIAS
O parágrafo único do artigo 488 da CLT faculta ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas da jornada diária,
substituindoa pela falta ao serviço durante 7 (sete) dias corridos.
Assim como na redução de 2 (duas) horas, os 7 (sete) dias não poderão ser fracionados, salvo também, se for a pedido expresso pelo
empregado e ainda se tal procedimento resultar em seu benefício.
Se optar pela redução dos 7 (sete) dias corridos, o empregado irá trabalhar as 8 (oito) horas diárias normalmente durante 23 dias e
descansar os últimos 7 (sete) dias, considerando que o aviso seja de 30 dias.
Embora o empregado possa optar por esta substituição, a data de desligamento, para fins de baixa na CTPS, é a do término dos 30 dias.
Com a publicação da 12.506/2011, ainda que esta não se manifeste sobre a redução da jornada e da proporcionalidade nos dias de falta
ao trabalho no caso de aviso prévio trabalhado, poderseia entender que o empregado teria direito à redução de 2 horas diárias, bem
como poderia faltar ao trabalho o número de dias proporcionais ao tempo trabalhado.
Aviso Prévio Trabalhado Demissão Sem Justa Causa
Faltas ao
Trabalho
Tempo Trabalhado Dias de Aviso
no final do
aviso
Até 1 ano 30 7
Acima de 1 até 2 anos 33 8
Acima de 2 até 3 anos 36 8
Acima de 3 até 4 anos 39 9
Acima de 4 até 5 anos 42 10
Acima de 5 até 6 anos 45 11
Acima de 6 até 7 anos 48 11
Acima de 7 até 8 anos 51 12
Acima de 8 até 9 anos 54 13
Acima de 9 até 10 anos 57 13
Acima de 10 até 11 anos 60 14
Acima de 11 até 12 anos 63 15
Acima de 12 até 13 anos 66 15
Acima de 13 até 14 anos 69 16
Acima de 14 até 15 anos 72 17
Acima de 15 até 16 anos 75 18
Acima de 16 até 17 anos 78 18
Acima de 17 até 18 anos 81 19
Acima de 18 até 19 anos 84 20
Acima de 19 até 20 anos 87 20
A partir de 20 anos 90 21
Nota: Entretanto, a lei não especifica que deva aplicar esta proporcionalidade de acordo com o tempo de empresa, porquanto
entendemos que a falta ao final do aviso será sempre de 7 (sete) dias. Já em relação a redução de jornada, entendemos que deva ser
de 2 horas independentemente do número de dias de aviso trabalhado.
Exemplo
Empregado (com 5 anos de emprego) recebeu a comunicação de desligamento em 01.07.2017, optando pela falta ao serviço durante os
últimos 7 (sete) dias corridos. Neste caso, considerando o início da contagem dos 30 dias em 02.07.2017 (dia seguinte ao da
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comunicação), o término do aviso e consequentemente a baixa na CTPS é 31.07.2017, embora o mesmo só trabalhe até 24.07.2017.
Neste caso, a data de pagamento das verbas rescisórias será o dia seguinte ao término do aviso, ou seja, 01.08.2017.
TRABALHADOR RURAL
O trabalhador rural, caso a rescisão contratual tenha sido por iniciativa do empregador, sem justa causa, terá direito a 1 (um) dia por
semana, durante o período de aviso prévio, sem prejuízo do salário, para procurar outro emprego.
AUSÊNCIA DA REDUÇÃO
Na demissão sem justa causa, em havendo a opção do empregado em reduzir a jornada em 2 horas diárias ou 7 dias ao final do aviso, se
o empregador não cumprir a redução durante o cumprimento do aviso prévio, este será considerado nulo. Assim, o empregador deverá
conceder um novo aviso prévio ou indenizálo, considerando todas as projeções previstas em lei do respectivo período.
PAGAMENTO DO PERÍODO DE REDUÇÃO
É nulo também o aviso prévio quando o período de redução da jornada de trabalho é substituído pelo pagamento das duas horas extras
correspondentes, conforme dispõe o súmula 230 do TST:
AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS REDUZIDAS DA JORNADA DE TRABALHO (mantida)
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes.
INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO
Durante o período em que o contrato de trabalho estiver suspenso, o aviso prévio não poderá ser concedido, assim como em caso de
férias, estabilidade provisória, licença paternidade, salário maternidade ou em qualquer outra situação de interrupção ou suspensão.
Para maiores detalhes, acesse o tópico Suspensão e Interrupção de Contrato de Trabalho.
AUXÍLIODOENÇA PREVIDENCIÁRIO
No caso de auxíliodoença em virtude de enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada.
Contudo, somente a partir da concessão do benefício previdenciário é que se efetiva a suspensão do contrato de trabalho, isto porque,
durante os 15 (quinze) primeiros dias de afastamento o período é considerado de interrupção do contrato, sendo do empregador a
responsabilidade pelo pagamento dos salários correspondentes.
Desta forma, ocorrendo afastamento do empregado no curso do aviso prévio, por motivo de auxíliodoença, os 15 (quinze) primeiros
dias são computados normalmente no prazo do aviso, suspendendose a contagem a partir do 16º dia de afastamento.
Exemplo
Empregado foi comunicado do aviso prévio no dia 31.08.2017, com data de término prevista no dia 30.09.2017. Adoeceu em
11.09.2017 e obteve alta do auxíliodoença do INSS em 05.10.2017.
Início do aviso prévio: 31.08.2017
Previsão de término do aviso prévio: 30.09.2017 (considerando o início o dia seguinte ao da comunicação)
Primeiros 15 dias de afastamento pagos pela empresa: 11.09.2017 a 25.09.2017 (somando 25 dias de aviso até esta data)
Auxíliodoença previdenciário: 26.09.2017 a 05.10.2017
Período para complementação do aviso prévio: 06.10.2017 a 10.10.2017 (5 dias que faltavam para completar o aviso)
Data da baixa na CTPS: 10.10.2017.
AUXÍLIODOENÇA ACIDENTÁRIO
Durante o afastamento por acidente de trabalho, ocorre a interrupção do contrato de trabalho. Sendo assim, considerase todo o período
de serviço efetivo, uma vez que o contrato de trabalho não sofre solução de continuidade, continuando em pleno vigor em relação ao
tempo de serviço, ou seja, transcorre normal a contagem do aviso prévio, não havendo suspensão da respectiva contagem.
Em analogia, temos, por exemplo, a Orientação Jurisprudencial 369 inciso V do TST:
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/aviso_previo.htm 7/12
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"Nº 369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e
266 da SBDI1) Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
....
V O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado,
não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (exOJ nº
35 da SBDI1 inserida em 14.03.1994)"
A incompatibilidade decorre do fato das partes terem ciência e previsibilidade quanto ao término do contrato, ou seja, se a estabilidade
por acidente de trabalho não é devida no contrato de experiência ou determinado em função do conhecimento de seu término, da mesma
forma não poderia haver no caso do aviso prévio, já que as partes também têm ciência e previsibilidade do término do aviso.
Convém ressaltar que até o momento não há uma posição unânime da jurisprudência a respeito da estabilidade do acidentado, a qual foi
introduzida através da Lei nº 8.213/91, em dispor se realmente será considerada a estabilidade quando o empregado durante o prazo do
aviso prévio entrar em auxíliodoença acidentário, ou será totalmente desconsiderada em virtude da concessão do respectivo aviso ter
sido anteriormente ao ocorrido, cabendo à empresa a decisão em manter ou não o vínculo empregatício, lembrando que qualquer que
seja a decisão tomada, somente a Justiça Trabalhista poderá dar uma solução definitiva.
Exemplo 1
Empregado iniciou o aviso prévio no dia 31.08.2017, com data de término no dia 30.09.2017. Acidentouse no ambiente de trabalho em
06.09.2017, ficando afastado até o dia 18.09.2017.
Início do aviso prévio: 31.08.2017
Previsão de término do aviso prévio: 30.09.2017
Afastamento: 06.09.2017 a 18.09.2017 (13 dias pagos pelo empregador)
Retorno do afastamento: 19.09.2017
Data da baixa na CTPS: 30.09.2017
Neste caso o término do aviso prévio e dará no dia 30.09.2017 normalmente como previsto, uma vez que o afastamento por acidente de
trabalho se deu em período inferior a 15 dias, não entrando em auxíliodoença acidentário e não gerando, portanto, a controvérsia a
respeito da estabilidade provisória.
Exemplo 2
Empregado iniciou o aviso prévio no dia 31.08.2017, com data de término no dia 30.09.2017. Sofreu acidente de trabalho em
06.09.2017 e obteve auxíliodoença acidentário do INSS até 26.09.2017.
Início do aviso prévio: 31.08.2017
Previsão de término do aviso prévio: 30.09.2017
Primeiros 15 dias de afastamento pagos pelo empresa: 06.09.2017 a 20.09.2017 (total de 20 dias de aviso)
Auxíliodoença acidentário: 21.09.2017 a 26.09.2017
Data de retorno ao trabalho: 27.09.2017
Neste caso, a empresa não poderá continuar com o processo rescisório com este empregado, uma vez que com o advento do art. 118 da
Lei 8.213/91, o empregado que gozar de auxíliodoença acidentário, fará jus a estabilidade de 12 meses após o respectivo retorno.
Este entendimento está sedimentado com a publicação do inciso III da súmula 378 do TST que garantiu a estabilidade provisória ao
trabalhador acidentado inclusive, no caso de contrato por prazo determinado.
→ Considerando que o empregador deverá manter o empregado em seu quadro por conta da estabilidade, teríamos:
Período de estabilidade no emprego: 27.09.2017 a 26.09.2018 (12 meses da data de retorno do afastamento)
Novo aviso prévio a partir da estabilidade: 27.09.2018 a 27.10.2018 (30 dias). (Leia nota acima sobre a contagem do início ao
aviso)
Neste caso, o empregador deverá cancelar o aviso prévio emitido antes do afastamento, mantendo a relação de emprego até o término da
estabilidade, e, tendo a intenção de demitir o empregado, fazêlo emitindo novo aviso prévio trabalhado de trinta dias (ou mais
dependendo do tempo de serviço) ou indenizado.
Para maiores detalhes acesse o tópico Estabilidade Provisória.
RECONSIDERAÇÃO
Se a parte que concedeu o aviso prévio desejar, antes do término, reconsiderar o ato, à outra é facultado ou não aceitar a reconsideração.
Pode a reconsideração ser expressa, quando o notificado aceita a reconsideração proposta, ou tácita, caso continue a prestação de
serviço após expirado o prazo do aviso prévio.
FALTA GRAVE NO CURSO DO AVISO PRÉVIO
Ocorrendo do empregador ou do empregado cometer, durante o curso do aviso prévio, falta grave, poderá qualquer das partes rescindir
imediatamente o contrato de trabalho.
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2017517 Aviso Prévio
No caso do empregador, fica ele obrigado ao pagamento da remuneração correspondente a todo o período de aviso prévio e as demais
parcelas de direito.
Sendo a falta grave for cometida pelo empregado, exceto a de abandono de emprego, retira do mesmo qualquer direito às verbas
rescisórias de natureza indenizatória, conforme dispõe o Súmula 73 do TST:
"DESPEDIDA. JUSTA CAUSA (nova redação) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A ocorrência de justa causa, salvo a de
abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas
rescisórias de natureza indenizatória."
Como o abandono do emprego só se caracteriza pela falta injustificada ao trabalho por mais de 30 (trinta) dias, ainda que as faltas sejam
de 5, 10 ou 20 dias no decurso do aviso prévio, serão insuficientes para a caracterização do abandono, mas poderão ser descontadas pelo
empregador no vencimento do aviso, no ato da quitação das verbas rescisórias.
RESCISÃO INDIRETA
Ocorrendo a rescisão indireta do contrato de trabalho, ou seja, a rescisão por justa causa em face de falta grave cometida pelo
empregador, o empregado fará jus, também, ao valor correspondente ao período do aviso prévio.
Para maiores detalhes, acesse o tópico Despedida Indireta.
INDENIZAÇÃO ADICIONAL
Nos termos da legislação vigente, o empregado dispensado dentro do período de 30 (trinta) dias que antecede a sua database, tem
direito a uma indenização equivalente a um salário mensal.
O aviso prévio, trabalhado ou indenizado, integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais. Por conseguinte, o tempo de aviso
será contado para fins da indenização adicional, sendo, no caso de aviso prévio indenizado, considerada a data em que terminaria o
aviso, caso houvesse cumprimento.
Assim, podemos concluir que:
Condição Direito
Se o aviso prévio trabalhado ou Indenizado for emitido 2 (dois) meses antes da database com sua
É devido a Indenização
projeção de término no mês que antecede a database:
Se o aviso prévio trabalhado ou Indenizado for emitido no mês que antecede a database com sua
Não é devido a Indenização
projeção de término exatamente no mês da database:
Veja tópico acima sobre aviso prévio com término no mês que antecede a database tendo, inclusive, a indenização superior aos 30
dias, conforme convenção coletiva.
JURISPRUDÊNCIA
I AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA. ADICIONAL NOTURNO. DESCONTOS SALARIAIS. (...). AVISO
PRÉVIO PROPORCIONAL. 1 O trabalhador com mais de um ano de serviço na mesma empresa tem direito ao acréscimo de 3 dias
de avisoprévio proporcional por ano trabalhado, de modo que o avisoprévio mínimo de 30 dias é devido apenas a quem não completou
um ano de trabalho na empresa. 2 A confirmar esse entendimento, após a edição da Lei n.º 12.506/11, dispondo sobre o avisoprévio
proporcional, o Ministério do Trabalho e Emprego, em razão de demandas por esclarecimento quanto aos procedimentos a serem
adotados nas rescisões de contrato de trabalho, emitiu a Nota Técnica nº 184/2012/CGRT/SRT/MTE, onde foi esclarecida a forma da
contagem do avisoprévio proporcional, que deve ser do seguinte modo: a. Se o empregado, da admissão até o término do contrato de
trabalho, tem menos do que 1 ano de serviço, terá avisoprévio de 30 dias; b. Se o empregado, da admissão até o término do contrato de
trabalho, tem mais de 1 ano, terá direito ao avisoprévio de 30 dias acrescido de 3 dias por ano de serviço prestado na mesma empresa,
contados da admissão do empregado. 3 No caso, o Tribunal Regional assentou que o reclamante foi admitido em 10 de março de 2008
e despedido em janeiro de 2012, ou seja, o contrato de trabalho teve duração aproximada de 3 anos e dez meses, o que dá direito ao
reclamante de receber avisoprévio proporcional de 39 dias. 4 Recurso de revista a que se dá provimento. ( ARR 968
36.2012.5.09.0001 , Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 05/04/2017, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT
11/04/2017).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO ANTES DA LEI 13.015/2014. PRESCRIÇÃO. AVISO
PRÉVIO. BAIXA NA CTPS. CONTAGEM DO PRAZO. A teor do disposto no art. 487, §1º, da Consolidação das Leis do Trabalho, o
interregno do aviso prévio integra o tempo de serviço do trabalhador. Computável para todos os efeitos legais em benefício do
empregado, o imediato desligamento equivale tão somente à dispensa de seu cumprimento, tratandose de ato de discricionariedade do
empregador. Com efeito, é entendimento assente na jurisprudência que o aviso prévio indenizado integra o tempo de serviço para todos
os fins, inclusive quanto à anotação da carteira profissional do obreiro e contagem do prazo de prescrição. Neste sentido é a Orientação
Jurisprudencial nº 82 da SBDI1 do C. TST: "Aviso Prévio. Baixa na CTPS. A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à
do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado." Desta forma, considerandose que o prazo do aviso prévio projetou o
término do contrato de trabalho de 04/08/2008 para o dia 03/09/2008 bem como que a presente demanda foi ajuizada em 01/09/2010,
encontrase correta a decisão de origem que considerou tais datas para anotação da baixa da CTPS e afastamento da prejudicial de
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2017517 Aviso Prévio
prescrição. (...) A decisão Regional operouse em plena sintonia com a OJ 82 da SDI1, segundo a qual "A data de saída a ser anotada
na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado". Óbice da Súmula 333 do TST. Agravo de
instrumento não provido. SÚMULA 330 DO TST. EFICÁCIA LIBERATÓRIA. AUSÊNCIA DE RESSALVAS NO TRCT. A quitação
passada pelo empregado ao empregador, com a devida assistência do sindicato, não encerra quitação plena e geral em relação ao
contrato de trabalho. A eficácia liberatória restringese às parcelas e valores discriminados no termo de rescisão do contrato de trabalho,
ou seja, referese somente aos valores efetivamente pagos. Óbice da Súmula 333 do TST. Agravo de instrumento não provido.(...).
(AIRR 106756.2010.5.09.0007 , Relatora Ministra: Maria Helena Mallmann, Data de Julgamento: 05/04/2017, 2ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 11/04/2017).
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. AVISO
PRÉVIO INDENIZADO. PROJEÇÃO DA DATA DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. TERMO INICIAL DA
CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL BIENAL. I O Regional manteve a sentença que rejeitou a incidência da prescrição
bienal, ao verificar que o término do aviso prévio indenizado do agravado ocorreu em 19/05/2012 e a ação foi ajuizada em 02/04/2014,
antes do decurso do prazo legal de dois anos. II Desse modo, constatase que o acórdão recorrido encontrase em plena conformidade
com a Orientação Jurisprudencial nº 83 da SBDI1 do TST, segundo a qual "a prescrição começa a fluir no final da data do término do
aviso prévio. Art. 487, § 1º, CLT". III Com isso, estando a decisão impugnada em consonância com Orientação Jurisprudencial desta
Corte, o apelo efetivamente não lograva processamento, quer à guisa de violação constitucional, quer a título de divergência pretoriana,
na esteira do artigo 896, § 7º, da CLT e da Súmula nº 333/TST. IV Agravo de instrumento a que se nega provimento. (...) ( AIRR
2038442.2014.5.04.0006 , Relator Ministro: Antonio José de Barros Levenhagen, Data de Julgamento: 05/04/2017, 5ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 11/04/2017).
RECURSO DE REVISTA. AVISOPRÉVIO PROPORCIONAL POSTERIOR À LEI N° 12.506/11. FORMA DE CÁLCULO. 1. A
decisão regional está em conformidade com o entendimento desta Corte Superior no sentido de que, no que tange ao avisoprévio
proporcional, a interpretação que se faz do art. 1º da Lei nº 12.506/2011 é a de serem devidos 30 dias, acrescidos de 3 dias a cada ano de
trabalho, não sendo excluído dessa contagem o primeiro ano de serviço. 2. Portanto, o trabalhador com mais de um ano de serviço na
mesma empresa tem direito ao acréscimo de 3 dias de avisoprévio proporcional por ano trabalhado, de modo que o avisoprévio
mínimo de 30 dias é devido apenas a quem não completou um ano de trabalho na empresa. 3. Recurso de revista de que não se conhece.
(RR 68496.2012.5.12.0016 , Relatora Desembargadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data de Julgamento: 28/09/2016,
4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/09/2016).
EMENTA: AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL. APLICAÇÃO DA LEI 12.506/11. FORMA DE APURAÇÃO. A Lei nº 12.506/11
regulamentou o art. 7º, XXI, da CF, estabelecendo que o empregado com até um ano de serviço na mesma empresa tem direito ao aviso
prévio na proporção de 30 dias. Os empregados com período de trabalho superior a um ano fazem jus a um acréscimo equivalente a três
dias por ano de serviço prestado para a mesma empregadora até o máximo de 60 dias, perfazendo o total de 90 dias (art. 1º, 'caput' e
parágrafo único). O período proporcional ao tempo de serviço deve ser apurado com vista a todo o lapso trabalhado, sem exclusão do
primeiro ano, visto que a Lei nº 12.506/11 não contém disposição com tal alcance, sendo tal forma de apuração respaldada pelo item 2
da Nota Técnica nº 184/2012 do MTE. (TRT da 3.ª Região; Processo: 00391201305903002 RO; Data de Publicação: 09/04/2014;
Órgão Julgador: Primeira Turma; Relator: Cristiana M.Valadares Fenelon; Revisor: Convocada Maria Cecilia Alves Pinto; Divulgação:
08/04/2014).
EMENTA: AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. ACERTO RESCISÓRIO INTEMPESTIVO. MULTA DO ART. 477 DA CLT. O
aviso prévio cumprido em casa equivale ao aviso prévio indenizado, razão pela qual, nesse caso o acerto rescisório deve se dar no prazo
estipulado na alínea "b" do parágrafo 6º do art. 477 da CLT sob pena de incidência da multa prevista no parágrafo 8º do mesmo
dispositivo (Inteligência da OJ 14 da SBDI1 do C. TST). (TRT da 3.ª Região; Processo: 00160201300403000 RO; Data de
Publicação: 04/04/2014; Órgão Julgador: Oitava Turma; Relator: Convocado Jose Marlon de Freitas; Revisor: Convocada Ana Maria
Amorim Reboucas; Divulgação: 03/04/2014).
EMENTA: PEDIDO DE DEMISSÃO POR INICIATIVA DO EMPREGADO. AVISO PRÉVIO FRUSTRADO. DESCONTO LÍCITO.
Nos termos previstos pelo art. 487 § 2º da CLT, a demissão do trabalhador, sem cumprimento do aviso prévio, autoriza a dedução do
respectivo valor no crédito do empregado. Assim sendo, merece permanecer incólume decisão que considera lícito o desconto efetuado.
(TRT da 3.ª Região; Processo: 01020201206203000 RO; Data de Publicação: 25/11/2013; Órgão Julgador: Terceira Turma; Relator:
Camilla G.Pereira Zeidler; Revisor: Emilia Facchini; Divulgação: 22/11/2013).
ACÓRDÃO EMENTA: RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO " HOMOLOGAÇÃO. Dispensada a autora da prestação de
serviços no período do aviso prévio, o pagamento das parcelas rescisórias deve ser efetuado até o décimo dia, contado da data da
notificação da demissão, só sendo válida a quitação em relação aos empregados com um ano ou mais de tempo de serviço, ainda,
quando feita com a assistência do sindicato da categoria ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho. Mesmo efetuando o
empregador depósito na conta de seu exempregado dentro do prazo legal, mas mediante cheque que só veio a ser compensado após
expirado esse prazo legal, e mais, havendo prova nos autos de que ele não compareceu, injustificadamente, ao Sindicato da Categoria na
data aprazada para homologação desse acerto, correta a multa aplicada, com base no art. 477, parágrafo 8º., da CLT. Processo 00566
200703903009 RO. Juiz Relator Emerson José Alves Lage. Belo Horizonte, 1º. de agosto de 2007.
EMENTA: AFASTAMENTO POR ACIDENTE DO TRABALHO NO CURSO DO AVISO PRÉVIO. ESTABILIDADE
PROVISÓRIA. Em caso de ocorrência de acidente de trabalho ou doença profissional, tendo havido afastamento por mais de quinze
dias e concessão de auxíliodoençaacidentário pela Previdência Social, o empregado adquire direito à estabilidade prevista no art. 118
da Lei 8.213/91, mesmo que a ocorrência se verifique no curso do aviso prévio, trabalhado ou indenizado. É que "a atividade econômica
do empregador gera o risco do acidente do trabalho e a responsabilidade objetiva na indenização do acidentado. Em razão do trauma
físico e psíquico do sinistro, o empregado demanda algum tempo para recuperar a normalidade e o seu nível histórico de produtividade.
Diante dessas realidades, a norma legal garantiu a manutenção do contrato de trabalho do acidentado por doze meses, após a cessação
do auxíliodoençaacidentário" (Sebastião Geraldo de Oliveira). Aliás, como se vê da segunda parte da Súmula 371 do TST, que
reproduziu a OJ 135, a superveniência da doença faz com que os efeitos da dispensa só se concretizem depois de expirado o benefício
previdenciário. E em se tratando de benefício decorrente de acidente de trabalho, tais efeitos ficam obstados diante da estabilidade que a
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2017517 Aviso Prévio
lei garante ao empregado. Vejase, também, que a indenização correspondente a essa estabilidade pode se mostrar devida até mesmo
após a rescisão contratual, na hipótese de a doença profissional vir a ser constatada após a extinção do pacto laboral, como se depreende
da parte final da Súmula 378 do TST. Processo 00739200500403003 RO. Relator Danilo Siqueira de Castro Faria. Belo Horizonte,
13 de dezembro de 2005.
EMENTA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA DO ACIDENTADO. ACIDENTE NO CURSO DO AVISO PRÉVIO. O artigo 118 da Lei
8.213/91 assegura estabilidade provisória ao acidentado, prevenindoo contra eventual discriminação quando do seu retorno de auxílio
doença acidentário, ocasionada pela sua situação de fragilidade. Ocorrendo o acidente de trabalho no curso do aviso prévio, ou seja,
quando já manifestada a intenção da dispensa do obreiro, não há razão jurídica para a aplicação dessa estabilidade (Inteligência do
Precedente 41 da SDI/TST).Processo RO 2385/01. Relator Alice Monteiro de Barros. Belo Horizonte, 10 de abril de 2001.
ACÓRDÃO AVISO PRÉVIO. REDUÇÃO DA JORNADA. Considerase inexistente o aviso prévio sem a redução da jornada
preconizada no artigo 488 da CLT, uma vez que a finalidade do instituto não foi atingida. Com efeito, o Recorrente recebeu
corretamente o aviso prévio trabalhado, porém incumbia à Ré a comprovação acerca do preenchimento dos requisitos previstos no art.
488 do Estatuto Consolidado, quais sejam, a redução da jornada de trabalho em 2 horas ou a ausência de labor por 7 dias consecutivos,
o que não ocorreu. Acrescento, por oportuno, que a Recorrida sequer colacionou os controles de frequência referentes ao último mês
laborado, o que corrobora a tese da Reclamante. PROCESSO Nº: 00302200504215000. Relator EDUARDO BENEDITO DE
OLIVEIRA ZANELLA. Decisão N° 014344/2006.
ACÓRDÃO EMENTA: DUPLICIDADE DE AVISO PRÉVIO " INVALIDADE DO SEGUNDO DOCUMENTO " Dado o aviso
prévio ao empregado o ato só se invalida com concordância expressa das partes, pelo que deve ser tido como nulo novo aviso prévio
passado na constância do prazo do primeiro. Processo 01114200600603002 RO. Relator João Bosco Pinto Lara. Belo Horizonte, 30
de julho de 2007.
ACÓRDÃO RECURSO DE REVISTA RETIFICAÇÃO DA CTPS DATA DA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
AVISO PRÉVIO INDENIZADO Conforme a jurisprudência desta Corte, consubstanciada na Orientação Jurisnº 82 da SBDI1, a data
de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. Portanto, merece
reforma o acórdão regional, para que seja retificada a CTPS do Reclamante. PROC. Nº TSTRR1.925/20030780200.0. Ministra
Relatora MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI. Brasília, 27 de junho de 2007.
ACIDENTE DE TRABALHO. DISPENSA OBSTATIVA DE DIREITOS. CARACTERIZAÇÃO. Tendo o autor sofrido acidente de
trabalho durante a relação empregatícia, a dispensa após afastamento inferior a quinze dias caracterizase como obstativa ao direito à
estabilidade, ainda mais quando, no curso do aviso prévio indenizado, o autor permanecer em tratamento médico, com o afastamento de
suas funções por período superior a quinze dias. Assim, com fulcro no artigo 9ª da CLT, nula a dispensa ocorrida, devendo o autor ser
reintegrado em suas funções. PROCESSO TRT/15ª REGIÃO Nº 00510200400415002. Juíza Relatora MARIA CECÍLIA
FERNANDES ALVARES LEITE. Decisão N° 030199/2005.
ACÓRDÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS SOBRE O AVISO PRÉVIO INDENIZADO. Sendo o
aviso prévio concedido na forma indenizada, sem a contraprestação de trabalho, não há falar em contribuição previdenciária sobre o
mesmo, mormente porque o Decreto n. 3.048/99, em seu artigo art. 214, parágrafo 9º, inciso V, alínea "f", expressamente exclui a
parcela, de tais incidências ao estabelecer que a mesma não constitui salário de contribuição. Provimento negado. Número do processo:
00324200430204005 (RO). Juíza Relatora: JANE ALICE DE AZEVEDO MACHADO. Porto Alegre, 22 de março de 2006.
ACÓRDÃO AVISO PRÉVIO PARA CUMPRIMENTO EM CASA – NATUREZA INDENIZATÓRIA. O aviso prévio cumprido em
casa é um artifício utilizado pelo empregador para tentar prolongar o prazo de pagamento das verbas rescisórias. Por isso, equivale ao
aviso prévio indenizado, devendo as verbas rescisórias ser pagas até o 10º dia a contar da notificação da demissão (CLT, art. 477, § 6º,
alínea “b” e Orientação Jurisprudencial nº 14 da SDI1 do Col. TST). Por fim, não cabe argumentar que o aviso prévio cumprido no
domicílio é mais favorável ao obreiro, pois lhe permite mais tempo livre para procurar outro emprego. Na verdade, se o aviso prévio
fosse declaradamente indenizado, o empregado teria o mesmo tempo livre, poderia iniciar de imediato nova prestação de serviços para
outro empregador e receberia as verbas rescisórias no prazo máximo de 10 dias a contar da comunicação da dispensa. PROCESSO
TRT15ª REGIÃO Nº 01385200501615009. Juiz Relator MANUEL SOARES FERREIRA CARRADITA. Decisão N°
008901/2007.
ACÓRDÃO EMENTA: PROFESSOR RUPTURA CONTRATUAL NO CURSO DO ANO LETIVO " INDENIZAÇÃO " AVISO
PRÉVIO Não se há falar em existência de bis in idem em face de determinação judicial de pagamento conjunto de aviso prévio e de
indenização prevista em norma coletiva para os professores no caso de dispensa no curso do ano letivo. Os dois institutos " indenização
pela resilição contratual no curso do ano letivo e aviso prévio " têm fatos geradores distintos bem como visam a reparar prejuízos
distintos " um, busca recompensar o professor pela dispensa em período em que é sabidamente difícil encontrar uma nova colocação no
mercado de trabalho e, outro, que visa ao ressarcimento pela ruptura abrupta do contrato de trabalho indeterminado. Assim, a
condenação no pagamento de ambos não representa deferimento de uma mesma parcela em duplicidade. Processo 02188200614503
007 RO. Relator Maurício José Godinho Delgado. Belo Horizonte, 09 de julho de 2007.
ACÓRDÃO AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT. NÃO DEVIDO. PREVISÃO
CONVENCIONAL. Aduz a reclamada que o aviso prévio cumprido em casa está previsto em norma coletiva e seu pagamento ocorreu
no prazo estipulado no art. 477 da CLT, não sendo devida a multa ora aplicada. A Constituição Federal assegura o reconhecimento das
convenções e dos acordos coletivos (art. 7º, XXVI), e, no caso, a convenção aplicável ao reclamante na cláusula 36 permite que o
empregado cumpra o aviso prévio em casa. Desse modo, interpretar esse dispositivo como dispensa do aviso prévio é o mesmo que
tirarlhe a eficácia, pois reconhece sua validade por estar contido em instrumento coletivo e lhe imprime efeitos diversos daqueles
pretendidos pelas partes. Assim, considerando o disposto na convenção coletiva, dou provimento ao recurso para extirpar da
condenação a multa prevista no art. 477 da CLT, tendo em vista que o pagamento das verbas rescisórias ocorreu no dia do término do
contrato, consoante dispõe a letra a do § 6º do dispositivo supra. PROC. N. 1716/200500424001RO.1. Relator ANDRÉ LUÍS
MORAES DE OLIVEIRA. Campo Grande, 10 de julho de 2007.
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2017517 Aviso Prévio
Base legal: Art. 7º, XXI da Constituição Federal/88;
Artigos 449, 457, 458, 476, 477, 481, 482, 483, 487 a 491, 501 e 502 da CLT;
Lei nº 5.889/73;
Lei nº 6.708/79;
Lei nº 7.238/84;
Lei 8.213/91;
Lei nº 8.036/90;
Lei 12.506/2011;
IN SRT MTE 15/2010 e os citados no texto.
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Guia Trabalhista Índice
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