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= Capítulo 1 =
Noções Básicas de Hidráulica
Laminar Turbulento
AGOSTO / 2006
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114
SUMÁRIO
Introdução
Referências Bibliográficas
Anexos
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UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114
INTRODUÇÃO
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1.1.1. Fluido
É uma matéria que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão de cisalhamento
(tangencial), não importando quão pequena ela possa ser (Fox & McDonald, 1998).
Líquidos
Fluidos
Gases / Vapores
1.1.2. Líquido
Fluido ideal, incompressível, perfeitamente móvel, onde não existem forças tangenciais entre
as moléculas do líquido e as paredes dos tubos, ou seja, onde não existe viscosidade.
No escoamento permanente, qualquer propriedade pode variar de ponto a ponto, porém todas
as propriedades permanecerão constantes com o tempo, em cada ponto.
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Exemplo:
A B
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vA1 vB1
vA1 = vB1
vA2 vB2 vA2 = vB2
vA3 vB3 vA3 = vB3
1000 ⋅ D ⋅ v ⋅ ρ
Re = onde,
µ
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m
ρ=
V
P
γ =
V
m⋅g
Note que: P = m ⋅ g ⇒ γ = ⇒ γ =ρ⋅g
V
Logo, o peso específico depende da aceleração gravitacional local.
1.1.9. Densidade
Também denominada densidade relativa, é a razão entre a massa específica de uma substância
e a massa específica de uma substância tomada como padrão.
ρ
d=
ρ Padrão
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1.1.10. Viscosidade
Quando um fluido escoa, sob a ação de uma força externa, suas moléculas interagem entre si
oferecendo uma resistência ao escoamento. Esta resistência é devida principalmente a fricção
interna e se apresenta como uma reação à força que faz com que o fluido escoe. Esta reação é
a viscosidade.
Assim, um fluido é tanto mais viscoso quanto maior for a resistência oposta a força externa
que o faz escoar.
Modelo de Newton:
S
r F
v
r
y v1
y1
v=0
v
F∝S⋅
y
v
F =µ⋅S ⋅
y
F v
=µ⋅ ⇒ É a tensão de cisalhamento no fluido (força por unidade de área)
S y
ou,
v F
= ⇒ É o gradiente de velocidade ou variação da velocidade ao longo
y µ⋅S
da altura y. Chama-se também de taxa de cisalhamento.
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E, finalmente:
F/S
µ= ⇒ É o coeficiente de viscosidade absoluta (dinâmica), relação entre
v/ y
a tensão de cisalhamento e a taxa de cisalhamento.
• Viscosidade cinemática:
µ
υ=
ρ
1.1.11. Pressão
É a razão entre a força aplicada normalmente a uma área e a dimensão da área, ou seja, é a
força por unidade de área.
S
F
F
p=
S
Unidades usuais: Pa, kgf/cm2, bar, PSI (lbf/in2), mH2O e torr (mmHg)
Sistema Internacional: Pa (N/m2)
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• Tipos de pressão:
pm
patm patm
è p abs = p atm + p m
B
pm (+)
patm
pm (-) pabs
A
pabs
Pressão Nula
(100% vácuo)
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A
h pB − p A = γ ⋅ h
B
p A = p B = pC
A B C
p A' = p B ' = pC '
A’ B’ C’
p
h=
γ
Observação importante: Deve-se ter total atenção nas unidades utilizadas no calculo.
No caso da utilização de unidades não compatíveis, fatores de compatibilização de
unidades deverão ser utilizados.
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Exemplo 1.1: A) Obter as alturas de coluna de líquido que correspondem às pressões abaixo indicadas.
I) II) III)
h1 h2 h3
Solução:
10
I) h1 =
⋅ 10 ∴ h1 = 100m
1,0
10
II) h2 = ⋅ 10 ∴ h2 = 83,33m
1,2
10
III) h3 = ⋅10 ∴ h3 = 117,65m
0,85
Note que entrando na equação com pressão em kgf/cm2 e peso específico em kgf/dm3,
deve-se multiplicar a equação por 10 para se obter a altura em metro.
I) II) III)
p1 p2 p3
Solução:
1,0 ⋅ 100
I) p1 = γ ⋅ h = ∴ p1 = 10kgf / cm 2
10
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1,2 ⋅ 100
II) p2 = ∴ p2 = 12kgf / cm 2
10
0,85 ⋅ 100
III) p3 = ∴ p3 = 8,5kgf / cm 2
10
V
Q=
t
Existe ainda outra forma comumente utilizada para se expressar vazão. Note que V = S ⋅ l ,
onde S é área da seção transversal por onde ocorre o escoamento e l é a distância percorrida
pelo líquido. Logo:
S ⋅l
Q=
t
l
Mas, = v (velocidade)
t
Logo, Q = S ⋅v
É a energia que o líquido possui devido à sua posição em relação a um plano de referência.
Ew ⋅ γ
Z= ∴ Ew = Z
Z γ
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A h
p
Ep = h =
Z γ
m ⋅ v2 ρ ⋅ v2
Ec = =
2 2
γ
Sendo γ = ρ ⋅ g ⇒ ρ =
g
γ ⋅ v2 1 v2
Então: Ec = multiplicando por , temos: Ec =
2g γ 2g Dimensão: Comprimento
p v2
Et = Ew + Ep + Ec ∴ Et = Z + +
γ 2g
Dimensão: Comprimento
S1
S2
v1 v2
Q1 = S1 ⋅ v1 e Q2 = S 2 ⋅ v 2
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Considerando que o fluído é incompressível, o volume de líquido por unidade de tempo que
passa na seção de área S1 é igual ao volume de líquido por unidade de tempo que passa na
seção de área S2, logo:
Q1 = Q2
Então:
Q = S1 ⋅ v1 = S 2 ⋅ v 2
1.4.1. Definição
PCD ≡ LE
2
v1 2
v2
2g
2g
LP
p1
γ p2
γ
Energia
Z1 Z2
ET1 ET2
Plano de Referência
Posição
PCD – Plano de Carga Dinâmica: Lugar geométrico onde se tem o somatório das energias
totais de cada ponto.
LP – Linha Piezométrica: Lugar geométrico onde se tem o somatório das energias de posição
e de pressão de cada ponto. No caso acima, a LP não é uma reta porque o diâmetro varia
(menor diâmetro è maior velocidade è maior v2/2g è Q constante).
LE – Linha Energética: Lugar geométrico onde se tem o somatório das energias de posição,
de pressão e cinética de cada ponto.
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ET1 = ET1
2 2
p v p v
Z1 + 1 + 1 = Z 2 + 2 + 2
γ 2g γ 2g
1 PCD ≡ LP ≡ LE
p2
2 γ p3
γ
p4
γ
Z1
3
Z2
4
Z3
Z4
Plano de Referência
p2 p p
Z1 = Z 2 + = Z3 + 3 = Z4 + 4
γ γ γ
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hf2
1 PCD
2
v2
2g
2
hf3
p2 LE 2
γ v3
2g
Z1
p3 hf4
3 γ
Z2 LP 2
v4
2g
4 p4
Z3 γ
Z4
Plano de Referência
2 2 2
p v p v p v
Z 1 = Z 2 + 2 + 2 + hf 2 = Z 3 + 3 + 3 + hf 2 + hf 3 = Z 4 + 4 + 4 + hf 2 + hf 3 + hf 4
γ 2g γ 2g γ 2g
hf è Perda de Carga
Fórmula Geral:
2 2
p v p v
Z 1 + 1 + 1 = Z 2 + 2 + 2 + hf 1− 2
γ 2g γ 2g
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1.5.1. Definição
Perda de carga (hf) é a energia cedida pelo fluido para vencer as resistências que se oferecem
ao seu escoamento, ou seja, é a perda de energia que o fluido sofre ao escoar. As resistências
são causadas pela interação entre as moléculas do fluido no momento do escoamento.
No estudo dos sistemas hidráulicos, verificamos que a perda de carga pode ser desmembrada
em duas formas:
Massa específica (ρ )
hf
J=
L
Note que esta grandeza não é adimensional, pois a relação envolve duas grandezas distintas:
hf (energia por unidade de peso) e L (comprimento).
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L v2 1 v2
hf = f ⋅ ⋅ J= f ⋅ ⋅ , onde:
D 2g D 2g
Para a obtenção do fator de atrito f deve-se calcular primeiramente o número de Reynolds (Re)
e então utilizar o seguinte critério:
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f = (Fórmula de Poiseville)
Re
f è Ábaco de Moody
Esta fórmula também pode ser expressa nas seguintes formas equivalentes:
Material da Tubulação C
Ferro fundido novo 130
Ferro fundido 15 – 20 anos (valor usual para tubos com incrustações) 100
Ferro fundido com mais de 20 anos 90
Aço galvanizado 125
Aço soldado novo 130
Aço soldado em uso 90
Cimento amianto 140
Plástico PVC 140
v2
hf = k ⋅ , onde:
2g
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h f = J ⋅ Leq
• Fórmula de Flamant
D⋅J v7
=b , onde:
4 D
• Fórmula de Strickler
2
D 3 1
v = K ⋅ ⋅J 2
, onde:
2
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Valores de K para:
K
Tubos de ferro fundido novos 80 a 90
Tubos de ferro fundido velhos 50 a75
Tubos de aços novos 80 a 90
Tubos de aço velhos 70 a 80
Tubos de aço com revestimento especial 80 a 90
Tubos de PVC 100
Tubos de fibrocimento 90 a 100
• Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao
Q = 55,934 ⋅ J 0,57 ⋅ D 2, 71
Q = 63,281 ⋅ J 0,57 ⋅ D 2, 71
onde:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[6] FOX, R. W & MCDONALD, A. T. – Introdução à Mecânica dos Fluidos – Ed. LTC –
Rio de Janeiro – 4a Edição – 1998.
[7] TELLES, P. S. & BARROS, D. G.– Tabelas e Gráficos para Projetos de Tubulações –
Ed. Interciência – Rio de Janeiro – 3a Edição – 1985.
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ANEXOS
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