Você está na página 1de 19

Universidade Gama Filho

Vice Reitoria Acadêmica


Centro de Ciências Exatas e Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica

MÁQUINAS HIDRÁULICAS – MEC 114

= Capítulo 5 =

Interdependência das Características de uma Bomba

Prof. Luiz Carlos de Moura Galves


UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

SUMÁRIO

Capítulo 5 – Interdependência das Características de uma Bomba

5.1. Acionadores

5.1.1. Tipos

5.1.2. Dimensionamento

5.2. Leis de Semelhança ou Leis de Afinidade

5.2.1. Definição

5.2.2. Rotação da bomba

5.2.3. Variação da rotação da bomba

5.2.4. Variação do diâmetro do rotor

5.3. Vórtice ou Vórtex

5.3.1. Definição do fenômeno

5.3.2. Causas

5.3.3. Consequências

5.4. Escorva

5.4.1. Definição

5.4.2. Bombas afogadas

5.4.3. Bombas fazendo sucção

5.4.4. Bombas auto-escorvantes

5.5. Submergência Mínima

5.5.1. Definição

5.5.2. Recomendações do Hydraulic Institute Standards (HIS)

5.6. Bombeamento de Líquidos Viscosos

2
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

5.6.1. Efeitos da viscosidade

5.6.2. Correções devido à viscosidade

5.7. Velocidade Específica

5.7.1. Definição

5.7.2. Velocidade Específica Tipo

5.7.3. Variação em relação à potência, tipo de rotor e tipo de bomba

5.7.4. Velocidade Específica de Sucção

Referências Bibliográficas

3
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

5.1. ACIONADORES

5.1.1. Tipos

Motores são equipamentos que transformam alguma forma de energia (térmica, hidráulica, elétrica, etc.) em
energia mecânica. Conforme o tipo de energia que transforma, o motor e classificado de combustão, hidráulico
ou elétrico. Suas características de alta robustez, baixa manutenção, bom rendimento, baixo custo, ausência de
contatos moveis, etc, tornam o motor elétrico o acionador preferido sempre que seu uso é possível. Com a
evolução da chamada eletrônica de potência e o advento dos conversores de freqüência (e sua posterior
melhoria de qualidade e redução de custo), permitindo o uso de motores de indução em aplicações com
variação de velocidade, tornaram-no praticamente imbatível na grande maioria das aplicações.

5.1.1.1. Motores Elétricos:

O tipo de motor mais utilizado hoje na industria e o motor de indução trifásico com rotor em gaiola de esquilo.

5.1.1.1.1. Motores Síncronos: são motores de velocidade rigorosamente constante, ligada ao número de pólos
e à ciclagem ou freqüência da linha de alimentação.

5.1.1.1.2. Motores de Indução: são motores assíncronos com velocidade ligada ao valor da carga. Esta
variação corresponde ao “slip” (ou escorregamento) entre as velocidades do induzido e a velocidade síncrona
do campo rotativo do estator. A velocidade é ligada, como no síncrono, ao número de pólos e à ciclagem da
linha de alimentação.

4
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

Fórmula que relaciona a velocidade, o número de pólos e a freqüência:

120 f
RPM =
n

Onde: f = freqüência ; n = número de pólos ; RPM = Velocidade

60 HZ
Nr. De Pólos Velocidade Síncrona Velocidade Assíncrona (*)
2 3600 3550
4 1800 1750
6 1200 1150
8 900 880
10 720 710
12 600 595
Etc. Etc. Etc.
50 HZ

Nr. De Pólos Velocidade Síncrona Velocidade Assíncrona (*)


2 3000 2950
4 1500 1450
6 1000 950
8 750 735
10 600 590
12 500 490
Etc. Etc. Etc.

(*) Valores usuais, dependem do escorregamento.

Os motores elétricos podem ser alimentados por diferentes tensões dependendo da disponibilidade do
usuário. Têm normalmente a possibilidade de ligação em duas tensões (por exemplo, 220 ou 380V) ou
quatro tensões (110, 220, 380, ou 440V).

Como regra geral, deve-se sempre procurar utilizar o maior nível de tensão oferecido, pois quanto maior
for a tensão, menor será a corrente que circula pelos condutores para uma mesma potência consumida e,
portanto, menores serão as perdas.

5.1.1.2. Turbinas a vapor

São maquinas que convertem a energia térmica do vapor em energia mecânica para acionamentos. São
fabricadas sob uma extensa gama de configurações, para diversas pressões, diferentes números de
estágios. Podem ser de condensação, de extração simples e controlada, simples ou de múltiplas entradas,
etc. São produzidas na faixa de potencia desde poucos kW até mais de 1.000 MW.

5
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

5.1.1.3. Motores a Combustão

Diz-se que um gás executa um ciclo termodinâmico quando ele e submetido a sucessões repetitivas de
transformações termodinâmicas. Na pratica, os ciclos termodinâmicos são usados para produzir trabalho.

O motor de combustão extrai a energia térmica do gás produzido pela “queima” do combustível (energia
química do combustível) em energia mecânica, utilizando-se de ciclos termodinâmicos. Não é necessário que a
mesma massa de gás execute cada ciclo. O principal é que os estados termodinâmicos sejam repetitivos.

Nos motores alternativos de combustão interna, o combustível é queimado na própria máquina e a energia dos
gases é extraída pelo acionamento de pistões confinados em cilindros. O pistão move um eixo que transmite a
energia mecânica extraída do ciclo para fora do corpo do motor.

5.1.2. Dimensionamento:

Potência do Motor ≥ BHP x Fator

6
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

Fator depende do BHP: BHP ≤ 25 HP Fator = 1.25

25 HP < BHP ≤ 50 HP Fator = 1.15

BHP ≥ 50 HP Fator = 1.10

Motores Elétricos Comerciais:

Potência (CV) Potência (CV)


0.16 20.0
0.25 25.0
0.50 30.0
0.75 40.0
1.00 50.0
1.50 60.0
2.00 75.0
3.00 100
4.00 125
5.00 150
6.00 175
7.50 200
10.0 250
12.5 300
15.0 Daqui em diante de 50 em 50 CV

5.2. LEIS DE SEMELHANÇA OU LEIS DE AFINIDADE

5.2.1. Definição:

Relações que permitem obter a curva característica de uma bomba, para uma rotação diferente daquela para a
qual se conhece a curva característica.

5.2.2. Rotação da bomba:

Normalmente as curvas de bomba são plotadas para velocidades compatíveis com os motores assíncronos,
utilizados em grande escala comercial. Mas nada impede de se ter bombas com motores síncronos ou com
motores de combustão interna, ou ainda com motores acoplados a variadores de velocidade.

5.2.3. Variação da rotação da bomba

- A vazão variará na razão direta da rotação;


Q1 RPM
= 1

Q2 RPM 2

7
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

- A AMT e o NPSH variarão com o quadrado da rotação;

2 2
AMT 1 RPM NPSH RPM
= 1 1
= 1
AMT 2 RPM 2 NPSH 2 RPM 2

- O BHP variará com o cubo da rotação. 3


BHP 1 RPM
= 1
BHP 2 RPM 2

Estas relações podem ser usadas seguramente para variações moderadas na rotação e são válidas para aumento
e diminuição da velocidade.

5.2.4. Variação do diâmetro do rotor

Se reduzirmos ou aumentarmos o diâmetro do rotor de uma bomba, mantendo a mesma rotação, verificamos
que:

- A vazão variará na razão direta do diâmetro;

Q1 φ
= 1
Q2 φ2

- A AMT variará com o quadrado do diâmetro;

2
AMT 1 φ1
=
AMT 2 φ2

- O BHP variará com o cubo do diâmetro.

3
BHP 1 φ1
=
BHP 2 φ2

8
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

5.3. VÓRTICE OU VÓRTEX

5.3.1. Definição do fenômeno

É o movimento em espiral gerado a partir da superfície livre de


um líquido quando este escoa por um orifício, quando este
orifício encontra-se a uma profundidade inferior a um
determinado limite.

Se a entrada do líquido na tubulação de sucção de um sistema de


bombeamento não está devidamente submersa, poderá haver
condições favoráveis ao aparecimento do vórtice.

5.3.2. Causas:

O dimensionamento poços de sucção deve ser efetuado de modo a impedir a entrada de ar nas tubulações de
sucção das instalações. Assim, algumas recomendações são básicas para se evitar o fenômeno, a saber:

- O bocal de entrada da tubulação de sucção deve distar das paredes pelo menos duas vezes o diâmetro e
submerso em pelo menos três vezes (mínimo de 0,50m);

- O bocal deve ter forma alargada (boca de sino) quando não existir válvula
de ou crivo e folga mínima para o fundo do poço de 0,5 a 1,5 vezes
diâmetro da sucção;

- A largura (ou diâmetro) do poço de sucção multiplicada pela


profundidade do líquido acima do bocal equivale a uma área, no mínimo,
10 vezes maior que a seção horizontal do mesmo poço;

5.3.3. Conseqüências

O crescimento contínuo do vórtice pode dar origem a entrada de ar no interior da bomba provocando:

- Cavitação

- Perda da escorva

5.4. ESCORVA

5.4.1. Definição

Eliminação do ar existente no interior da bomba e da tubulação de sucção, preenchendo estas regiões com o
líquido bombeado, para que a bomba entre em funcionamento sem possibilidade de bolhas de ar em seu
interior.

9
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

5.4.2. Bombas afogadas

5.4.3. Bombas fazendo sucção

No caso de bombas fazendo sucção, este escorvamento é mantido com a utilização das válvulas de pé,
principalmente em sucções com diâmetros inferiores a 400mm, sendo o enchimento executado através do copo
de enchimento para pequenas bombas e de "by-pass" na válvula de retenção no recalque. Para grandes
instalações recorrem-se às bombas de vácuo ou ejetores. Para grandes valores de NPSHr utilizam-se instalações
com bombas afogadas ou submersas, onde temos o chamado auto-escorvamento.

Válvula de pé: válvula de retenção colocada na extremidade inferior da tubulação de sucção, para impedir a
perda da escorva e que o líquido succionado retorne à fonte quando da parada do equipamento.

5.4.3.1. Copo de enchimento 5.4.3.2. Válvula de pé

5.4.3.3. Ejetor

10
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

5.4.3.4. Bomba de vácuo

5.4.4. Bombas auto-escorvantes

São bombas que possuem um reservatório interno à carcaça para um preenchimento inicial de líquido.

Esta reserva de líquido ajuda a criar um vácuo que succionará o


líquido de uma fonte mais baixa.

O princípio de refluxo usa a recirculação


do líquido bombeado para escorvar a
bomba.

A pressão diferencial entre o líquido aerado na entrada do rotor que está


sendo e o líquido não aerado na câmara de escorva cria um vácuo que
succiona o líquido através da tubulação de sucção.

Este princípio elimina a necessidade de se utilizar válvulas internas e


dispositivos externos de escorvamento, inclusive válvulas de pé.

5.5. SUBMERGÊNCIA MÍNIMA

5.5.1. Definição

É a cota mínima de fluido sobre a entrada do tubo de sucção, necessária para evitar a formação de vórtice.

5.5.2. Recomendações do HIS

11
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

Ver figuras a seguir, considerando:

D = Diâmetro recomendado
W= 2D
Y 4D
A 5D
C = de 0.3D a 0.5 D
B = 0.75 D

5.6. BOMBEAMENTO DE LÍQUIDOS VISCOSOS

5.6.1. Efeitos da Viscosidade

12
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

A performance das bombas centrífugas é afetada quando bombeando líquidos viscosos. As principais
conseqüências são:

- Redução do rendimento

- Aumento da potência consumida pela bomba

- Redução da altura manométrica total

- Redução da vazão de projeto

5.6.2. Método do HIS para correção da curva da bomba em função da viscosidade

O "Hydraulic Institute Standard" (HIS) fornece meios para a determinação da performance de uma bomba
centrífuga quando operando com líquidos viscosos. A curva da bomba é usualmente feita com água e é
necessário à correção da performance da bomba em função da viscosidade do líquido bombeado.

O HIS publicou em seus manuais, dois ábacos para correção obtenção de fatores para a correção da
viscosidade: um para vazões até 100 GPM (Fig. 1.52) e outro para um range de vazão de 100 a 10.000
GPM (Fig. 1.53).

O método do Hydraulic Institute Standards é o mais utilizado para correção da performance de bombas
centrífugas trabalhando com líquidos viscosos. Eis um resumo do procedimento:

a) Inicialmente deve-se pre-selecionar uma bomba e determina-se o Ø do rotor pre-selecionado, com a


vazão (Qn) e a AMT (AMTn) de projeto;

b) Identifica-se a vazão e a AMT do ponto de melhor eficiência (BEP) do rotor pre-selecionado;

c) Com a vazão e a AMT do BEP e a viscosidade do fluido pode se obter os fatores de correção da
vazão (CQ) e da AMT (CH), em uma das figuras 1.52 ou 1.53 do HIS. Extrapolações não são
recomendadas.

d) Com estes fatores calcula-se a vazão (Qvisc) e a altura manométrica total (AMTvisc) para o líquido
viscoso.

e) Com Qvisc e AMTvisc selecione o novo Ø do rotor;

f) Determina-se a vazão e a AMT para o BEP do novo Ø do rotor;

g) Com esta nova vazão, nova AMT e com a viscosidade do fluido, obtenha nas figuras apresentadas
na letra “c” acima, os novos valores dos fatores de correção CQ, CH e CE;

h) Para se obter a curva corrigida da bomba, deve-se aplicar os fatores para 60%, 80% 100% e 120%
da vazão de projeto, conforme a tabela abaixo. Checa-se se o rotor arbitrado na letra “f” atende as

13
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

condições de operação requeridas e desenha-se a curva corrigida. Caso o rotor não esteja adequado,
deve-se selecionar um outro diâmetro e repetir os procedimentos a partir da letra “f” acima.

Figura 1.52 do HIS:

14
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

Figura 1.53 do HIS

15
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

5.7. VELOCIDADE ESPECÍFICA

5.7.1. Definição

A velocidade específica (NS) é um índice adimensional de projeto da bomba, que identifica a semelhança
geométrica de bombas.

É usada para classificar os rotores de acordo com seus tipos e proporções. Bombas de mesmo Ns, mas de
tamanhos diferentes, são consideradas geometricamente semelhantes, sendo uma bomba um tamanho
múltiplo da outra. Este processo chama-se “Fatoração” de bombas.
É definida como a velocidade, em revoluções por minuto, na qual um rotor, geometricamente semelhante,
operaria se fosse de um tamanho tal capaz de fornecer uma vazão de 1.0 GPM x uma AMT de 1.0 ft. A
compreensão desta definição é de importância apenas no projeto de engenharia da bomba. A velocidade
específica deve ser entendida como um índice para predizer certas características da bomba.

A seguinte fórmula é usada para calcular a velocidade específica:


n × QBEP
NS = 0.75
Onde: AMTBEP
Ns = Velocidade específica em RPM
n = Velocidade da bomba em RPM
QBEP = Vazão no ponto de melhor eficiência em GPM. Bombas com rotores de dupla sucção devem ter
a vazão reduzida à metade, na aplicação desta fórmula.
AMT BEP = AMT no ponto de melhor eficiência, em pés.

Obs.:
- BEP relativo ao diâmetro de rotor selecionado.

- Dividindo-se o valor encontrado para o Ns acima (GPM, pés e RPM) por 51.65, obtem-se o Ns em
unidades métricas (m³/h, m e RPM ou m³/s, m e RPM).

5.7.2. Velocidade específica tipo

É a velocidade específica para o ponto de melhor eficiência da bomba (BEP do rotor de diâmetro
máximo).

5.7.3. Variação em relação à potência, tipo de rotor e tipo de bomba.

A velocidade específica determina a forma geral ou tipo do rotor. À medida que a velocidade específica
aumenta, a relação entre o diâmetro de saída do rotor (D2) e o de entrada ou diâmetro do olho (D1),
diminui. Esta relação se torna 1.0 para um rotor de fluxo axial.

Rotores de fluxo radial desenvolvem carga principalmente por força centrífuga. Os rotores radiais
geralmente são projetos de vazões menores e AMT’s mais altas.

16
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

Bombas de velocidades específicas mais altas desenvolvem carga em parte por força centrífuga, e em
parte por força axial. Uma velocidade específica mais alta indica um tipo de bomba com geração de carga
mais por forças axiais e menos por forças centrífugas.

Um rotor de fluxo axial, com uma velocidade específica de 10.000 ou maior, gera sua AMT
exclusivamente por forças axiais. Rotores de fluxo axial são projetados para grandes vazões e baixas
AMT’s.

A velocidade específica identifica aproximadamente a relação aceitável entre o diâmetro do olho do rotor,
(D1) e o diâmetro máximo do rotor (D2).
Ns: 500 a 4.000 => D1 / D2 > 1.5 – bomba de fluxo radial
Ns: 4.000 a 10.000 => D1 / D2 < 1.5 – bomba de fluxo misto
Ns: 10.000 a 15.000 => D1 / D2 = 1.0 – bomba de fluxo axial

A velocidade específica também é usada no dimensionamento de uma bomba nova por ampliação de
escala de uma bomba menor de mesma velocidade específica. O desempenho e construção da bomba
menor são usados para predizer o desempenho e modelar a construção da bomba nova (fatoração de
bomba).

17
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

5.7.4. Velocidade específica de sucção (NSS)

É um número adimensional, ou índice, que define as características de sucção de uma bomba. Os valores
de S estão associados às melhores condições de sucção, sendo um dado do projeto de sucção do rotor.

A velocidade específica de sucção é usada comumente como base para calcular a faixa operacional segura
de capacidade para uma bomba. Quanto mais alta, mais reduzida é a faixa operacional segura de seu
ponto de melhor eficiência BEP. Os números variam entre 3.000 e 20.000. Bombas de projeto
convencional têm valores de S compreendidos entre 6000 e 12000. A norma N-553c limita em 11000 a
velocidade específica de bombas API-610.

Bombas operando com altas velocidades sem uma condição de sucção adequada, podem ocasionar
desgaste anormal, e falhas por vibração excessiva, ruído elevado e danos por cavitação.

A seguinte fórmula é usada para calcular a velocidade específica. Basicamente, trata-se da mesma
fórmula da velocidade específica, substituindo a AMT pelo NPSHr:

n × QBEP
NSS = 0.75
NPSH RBEP

Onde:
NSS = Velocidade específica em RPM
n = Velocidade da bomba em RPM
QBEP = Vazão no ponto de melhor eficiência em GPM. Bombas com rotores de dupla sucção devem ter
a vazão reduzida à metade, na aplicação desta fórmula.
NPSHr BEP = NPSHr no ponto de melhor eficiência, em pés. Em bombas de múltiplos estágios o NPSHr
refere-se ao rotor do primeiro estágio.

Obs.:
- BEP relativo ao diâmetro de rotor selecionado.

- Dividindo-se o valor encontrado para o NSS acima (GPM, pés e RPM) por 51.65, obtem-se o valor em
unidades métricas (m³/h, m e RPM ou m³/s, m e RPM).

18
UGF Máquinas Hidráulicas – MEC 114

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] MATTOS, E. E. de & FALCO, R. de – Bombas Industriais – Ed. Interciência – Rio de Janeiro –
2ª Edição – 1998.

[2] AMITRANO, F. – Curso de Bombas – Rio de Janeiro – 1989.

[3] TELLES, P. S. – Tubulações Industriais: Cálculo – Ed. LTC – Rio de Janeiro – 8a Edição – 1994.

[4] PLATA, C. – Máquinas Hidráulicas – Rio de Janeiro – 2000.

[5] MACINTYRE, A. J. – Bombas e Instalações de Bombeamento – Ed. LTC – Rio de Janeiro – 2a


Edição – 1997.

[6] FOX, R. W & MCDONALD, A. T. – Introdução à Mecânica dos Fluidos – Ed. LTC – Rio de
Janeiro – 4a Edição – 1998.

[7] TELLES, P. S. & BARROS, D. G.– Tabelas e Gráficos para Projetos de Tubulações – Ed.
Interciência – Rio de Janeiro – 3a Edição – 1985.

[8] KARRASSIK, I. J., Centrifugal Pumps, Selection, Operation and Maintenance. New York: F. W.
Dodge Corporation, 1960

[9] TORREIRA, R. P., Bombas, Válvulas e Acessórios. São Paulo: Editora Libres – 1ª. Edição, 1996

[10] CAMERON HYDRAULIC DATA, Edited by C. C. Heald, 18th. Edition

[11] STEPANOFF, S., Centrifugal and Axial Flow

19

Você também pode gostar