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= Capítulo 5 =
SUMÁRIO
5.1. Acionadores
5.1.1. Tipos
5.1.2. Dimensionamento
5.2.1. Definição
5.3.2. Causas
5.3.3. Consequências
5.4. Escorva
5.4.1. Definição
5.5.1. Definição
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5.7.1. Definição
Referências Bibliográficas
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5.1. ACIONADORES
5.1.1. Tipos
Motores são equipamentos que transformam alguma forma de energia (térmica, hidráulica, elétrica, etc.) em
energia mecânica. Conforme o tipo de energia que transforma, o motor e classificado de combustão, hidráulico
ou elétrico. Suas características de alta robustez, baixa manutenção, bom rendimento, baixo custo, ausência de
contatos moveis, etc, tornam o motor elétrico o acionador preferido sempre que seu uso é possível. Com a
evolução da chamada eletrônica de potência e o advento dos conversores de freqüência (e sua posterior
melhoria de qualidade e redução de custo), permitindo o uso de motores de indução em aplicações com
variação de velocidade, tornaram-no praticamente imbatível na grande maioria das aplicações.
O tipo de motor mais utilizado hoje na industria e o motor de indução trifásico com rotor em gaiola de esquilo.
5.1.1.1.1. Motores Síncronos: são motores de velocidade rigorosamente constante, ligada ao número de pólos
e à ciclagem ou freqüência da linha de alimentação.
5.1.1.1.2. Motores de Indução: são motores assíncronos com velocidade ligada ao valor da carga. Esta
variação corresponde ao “slip” (ou escorregamento) entre as velocidades do induzido e a velocidade síncrona
do campo rotativo do estator. A velocidade é ligada, como no síncrono, ao número de pólos e à ciclagem da
linha de alimentação.
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120 f
RPM =
n
60 HZ
Nr. De Pólos Velocidade Síncrona Velocidade Assíncrona (*)
2 3600 3550
4 1800 1750
6 1200 1150
8 900 880
10 720 710
12 600 595
Etc. Etc. Etc.
50 HZ
Os motores elétricos podem ser alimentados por diferentes tensões dependendo da disponibilidade do
usuário. Têm normalmente a possibilidade de ligação em duas tensões (por exemplo, 220 ou 380V) ou
quatro tensões (110, 220, 380, ou 440V).
Como regra geral, deve-se sempre procurar utilizar o maior nível de tensão oferecido, pois quanto maior
for a tensão, menor será a corrente que circula pelos condutores para uma mesma potência consumida e,
portanto, menores serão as perdas.
São maquinas que convertem a energia térmica do vapor em energia mecânica para acionamentos. São
fabricadas sob uma extensa gama de configurações, para diversas pressões, diferentes números de
estágios. Podem ser de condensação, de extração simples e controlada, simples ou de múltiplas entradas,
etc. São produzidas na faixa de potencia desde poucos kW até mais de 1.000 MW.
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Diz-se que um gás executa um ciclo termodinâmico quando ele e submetido a sucessões repetitivas de
transformações termodinâmicas. Na pratica, os ciclos termodinâmicos são usados para produzir trabalho.
O motor de combustão extrai a energia térmica do gás produzido pela “queima” do combustível (energia
química do combustível) em energia mecânica, utilizando-se de ciclos termodinâmicos. Não é necessário que a
mesma massa de gás execute cada ciclo. O principal é que os estados termodinâmicos sejam repetitivos.
Nos motores alternativos de combustão interna, o combustível é queimado na própria máquina e a energia dos
gases é extraída pelo acionamento de pistões confinados em cilindros. O pistão move um eixo que transmite a
energia mecânica extraída do ciclo para fora do corpo do motor.
5.1.2. Dimensionamento:
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5.2.1. Definição:
Relações que permitem obter a curva característica de uma bomba, para uma rotação diferente daquela para a
qual se conhece a curva característica.
Normalmente as curvas de bomba são plotadas para velocidades compatíveis com os motores assíncronos,
utilizados em grande escala comercial. Mas nada impede de se ter bombas com motores síncronos ou com
motores de combustão interna, ou ainda com motores acoplados a variadores de velocidade.
Q2 RPM 2
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2 2
AMT 1 RPM NPSH RPM
= 1 1
= 1
AMT 2 RPM 2 NPSH 2 RPM 2
Estas relações podem ser usadas seguramente para variações moderadas na rotação e são válidas para aumento
e diminuição da velocidade.
Se reduzirmos ou aumentarmos o diâmetro do rotor de uma bomba, mantendo a mesma rotação, verificamos
que:
Q1 φ
= 1
Q2 φ2
2
AMT 1 φ1
=
AMT 2 φ2
3
BHP 1 φ1
=
BHP 2 φ2
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5.3.2. Causas:
O dimensionamento poços de sucção deve ser efetuado de modo a impedir a entrada de ar nas tubulações de
sucção das instalações. Assim, algumas recomendações são básicas para se evitar o fenômeno, a saber:
- O bocal de entrada da tubulação de sucção deve distar das paredes pelo menos duas vezes o diâmetro e
submerso em pelo menos três vezes (mínimo de 0,50m);
- O bocal deve ter forma alargada (boca de sino) quando não existir válvula
de ou crivo e folga mínima para o fundo do poço de 0,5 a 1,5 vezes
diâmetro da sucção;
5.3.3. Conseqüências
O crescimento contínuo do vórtice pode dar origem a entrada de ar no interior da bomba provocando:
- Cavitação
- Perda da escorva
5.4. ESCORVA
5.4.1. Definição
Eliminação do ar existente no interior da bomba e da tubulação de sucção, preenchendo estas regiões com o
líquido bombeado, para que a bomba entre em funcionamento sem possibilidade de bolhas de ar em seu
interior.
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No caso de bombas fazendo sucção, este escorvamento é mantido com a utilização das válvulas de pé,
principalmente em sucções com diâmetros inferiores a 400mm, sendo o enchimento executado através do copo
de enchimento para pequenas bombas e de "by-pass" na válvula de retenção no recalque. Para grandes
instalações recorrem-se às bombas de vácuo ou ejetores. Para grandes valores de NPSHr utilizam-se instalações
com bombas afogadas ou submersas, onde temos o chamado auto-escorvamento.
Válvula de pé: válvula de retenção colocada na extremidade inferior da tubulação de sucção, para impedir a
perda da escorva e que o líquido succionado retorne à fonte quando da parada do equipamento.
5.4.3.3. Ejetor
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São bombas que possuem um reservatório interno à carcaça para um preenchimento inicial de líquido.
5.5.1. Definição
É a cota mínima de fluido sobre a entrada do tubo de sucção, necessária para evitar a formação de vórtice.
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D = Diâmetro recomendado
W= 2D
Y 4D
A 5D
C = de 0.3D a 0.5 D
B = 0.75 D
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A performance das bombas centrífugas é afetada quando bombeando líquidos viscosos. As principais
conseqüências são:
- Redução do rendimento
O "Hydraulic Institute Standard" (HIS) fornece meios para a determinação da performance de uma bomba
centrífuga quando operando com líquidos viscosos. A curva da bomba é usualmente feita com água e é
necessário à correção da performance da bomba em função da viscosidade do líquido bombeado.
O HIS publicou em seus manuais, dois ábacos para correção obtenção de fatores para a correção da
viscosidade: um para vazões até 100 GPM (Fig. 1.52) e outro para um range de vazão de 100 a 10.000
GPM (Fig. 1.53).
O método do Hydraulic Institute Standards é o mais utilizado para correção da performance de bombas
centrífugas trabalhando com líquidos viscosos. Eis um resumo do procedimento:
c) Com a vazão e a AMT do BEP e a viscosidade do fluido pode se obter os fatores de correção da
vazão (CQ) e da AMT (CH), em uma das figuras 1.52 ou 1.53 do HIS. Extrapolações não são
recomendadas.
d) Com estes fatores calcula-se a vazão (Qvisc) e a altura manométrica total (AMTvisc) para o líquido
viscoso.
g) Com esta nova vazão, nova AMT e com a viscosidade do fluido, obtenha nas figuras apresentadas
na letra “c” acima, os novos valores dos fatores de correção CQ, CH e CE;
h) Para se obter a curva corrigida da bomba, deve-se aplicar os fatores para 60%, 80% 100% e 120%
da vazão de projeto, conforme a tabela abaixo. Checa-se se o rotor arbitrado na letra “f” atende as
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condições de operação requeridas e desenha-se a curva corrigida. Caso o rotor não esteja adequado,
deve-se selecionar um outro diâmetro e repetir os procedimentos a partir da letra “f” acima.
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5.7.1. Definição
A velocidade específica (NS) é um índice adimensional de projeto da bomba, que identifica a semelhança
geométrica de bombas.
É usada para classificar os rotores de acordo com seus tipos e proporções. Bombas de mesmo Ns, mas de
tamanhos diferentes, são consideradas geometricamente semelhantes, sendo uma bomba um tamanho
múltiplo da outra. Este processo chama-se “Fatoração” de bombas.
É definida como a velocidade, em revoluções por minuto, na qual um rotor, geometricamente semelhante,
operaria se fosse de um tamanho tal capaz de fornecer uma vazão de 1.0 GPM x uma AMT de 1.0 ft. A
compreensão desta definição é de importância apenas no projeto de engenharia da bomba. A velocidade
específica deve ser entendida como um índice para predizer certas características da bomba.
Obs.:
- BEP relativo ao diâmetro de rotor selecionado.
- Dividindo-se o valor encontrado para o Ns acima (GPM, pés e RPM) por 51.65, obtem-se o Ns em
unidades métricas (m³/h, m e RPM ou m³/s, m e RPM).
É a velocidade específica para o ponto de melhor eficiência da bomba (BEP do rotor de diâmetro
máximo).
A velocidade específica determina a forma geral ou tipo do rotor. À medida que a velocidade específica
aumenta, a relação entre o diâmetro de saída do rotor (D2) e o de entrada ou diâmetro do olho (D1),
diminui. Esta relação se torna 1.0 para um rotor de fluxo axial.
Rotores de fluxo radial desenvolvem carga principalmente por força centrífuga. Os rotores radiais
geralmente são projetos de vazões menores e AMT’s mais altas.
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Bombas de velocidades específicas mais altas desenvolvem carga em parte por força centrífuga, e em
parte por força axial. Uma velocidade específica mais alta indica um tipo de bomba com geração de carga
mais por forças axiais e menos por forças centrífugas.
Um rotor de fluxo axial, com uma velocidade específica de 10.000 ou maior, gera sua AMT
exclusivamente por forças axiais. Rotores de fluxo axial são projetados para grandes vazões e baixas
AMT’s.
A velocidade específica identifica aproximadamente a relação aceitável entre o diâmetro do olho do rotor,
(D1) e o diâmetro máximo do rotor (D2).
Ns: 500 a 4.000 => D1 / D2 > 1.5 – bomba de fluxo radial
Ns: 4.000 a 10.000 => D1 / D2 < 1.5 – bomba de fluxo misto
Ns: 10.000 a 15.000 => D1 / D2 = 1.0 – bomba de fluxo axial
A velocidade específica também é usada no dimensionamento de uma bomba nova por ampliação de
escala de uma bomba menor de mesma velocidade específica. O desempenho e construção da bomba
menor são usados para predizer o desempenho e modelar a construção da bomba nova (fatoração de
bomba).
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É um número adimensional, ou índice, que define as características de sucção de uma bomba. Os valores
de S estão associados às melhores condições de sucção, sendo um dado do projeto de sucção do rotor.
A velocidade específica de sucção é usada comumente como base para calcular a faixa operacional segura
de capacidade para uma bomba. Quanto mais alta, mais reduzida é a faixa operacional segura de seu
ponto de melhor eficiência BEP. Os números variam entre 3.000 e 20.000. Bombas de projeto
convencional têm valores de S compreendidos entre 6000 e 12000. A norma N-553c limita em 11000 a
velocidade específica de bombas API-610.
Bombas operando com altas velocidades sem uma condição de sucção adequada, podem ocasionar
desgaste anormal, e falhas por vibração excessiva, ruído elevado e danos por cavitação.
A seguinte fórmula é usada para calcular a velocidade específica. Basicamente, trata-se da mesma
fórmula da velocidade específica, substituindo a AMT pelo NPSHr:
n × QBEP
NSS = 0.75
NPSH RBEP
Onde:
NSS = Velocidade específica em RPM
n = Velocidade da bomba em RPM
QBEP = Vazão no ponto de melhor eficiência em GPM. Bombas com rotores de dupla sucção devem ter
a vazão reduzida à metade, na aplicação desta fórmula.
NPSHr BEP = NPSHr no ponto de melhor eficiência, em pés. Em bombas de múltiplos estágios o NPSHr
refere-se ao rotor do primeiro estágio.
Obs.:
- BEP relativo ao diâmetro de rotor selecionado.
- Dividindo-se o valor encontrado para o NSS acima (GPM, pés e RPM) por 51.65, obtem-se o valor em
unidades métricas (m³/h, m e RPM ou m³/s, m e RPM).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] MATTOS, E. E. de & FALCO, R. de – Bombas Industriais – Ed. Interciência – Rio de Janeiro –
2ª Edição – 1998.
[3] TELLES, P. S. – Tubulações Industriais: Cálculo – Ed. LTC – Rio de Janeiro – 8a Edição – 1994.
[6] FOX, R. W & MCDONALD, A. T. – Introdução à Mecânica dos Fluidos – Ed. LTC – Rio de
Janeiro – 4a Edição – 1998.
[7] TELLES, P. S. & BARROS, D. G.– Tabelas e Gráficos para Projetos de Tubulações – Ed.
Interciência – Rio de Janeiro – 3a Edição – 1985.
[8] KARRASSIK, I. J., Centrifugal Pumps, Selection, Operation and Maintenance. New York: F. W.
Dodge Corporation, 1960
[9] TORREIRA, R. P., Bombas, Válvulas e Acessórios. São Paulo: Editora Libres – 1ª. Edição, 1996
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