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FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE INTERAÇÃO COMUNITÁRIA

Aline Valério

Aline Onohara

Amanda Brito Goulart

Amanda Sik

Angelita Valcanaia

Aristóteles Massafra

William Bortoli

PROJETO DE INTERVENÇÃO – PRATICA EDUCATIVA


Promoção e Prevenção a Saúde do Homem

VÁRZEA GRANDE – MT
2017/02

INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Centro Universitário de Várzea Grande - UNVAG

CURSO

Medicina

UNIDADE DE SAÚDE ENVOLVIDA

UBS Maria Galdina – Vila Arthur

DISCENTE RESPONSÁVEL PELO PROJETO

José Carlos Dias Pereira

TEMA

Saúde do Homem

TÍTULO DO PROJETO

Promoção e Prevenção a Saúde do Homem


DESCRICAO RESUMIDA DO PROJETO

Mostrar ao público alvo, por meio de uma palestra interativa, a real importância da
prevenção de doenças prevalente ao sexo masculino e seus sinais e sintomas mais
comuns. Nesse projeto abordamos: Diabetes Melitus, Hipertensão Arterial Sistêmica,
Câncer de Próstata, Álcool e Tabagismo.


JUSTIFICATIVA

No Brasil, em 2016, 27,4% dos óbitos foram decorrentes de doenças cardiovasculares,


relacionadas a elevação da pressão arterial, atingindo 37% quando são excluídos os óbitos por
causas mal definidas e a violência. A mortalidade no Brasil ainda é elevada em comparação a
outros países, tanto para doença cerebrovascular como para doenças do coração. Entre os
fatores de risco para mortalidade, hipertensão arterial explica 40% das mortes por acidente
vascular cerebral e 25% daquelas por doença coronariana. A mortalidade por doença
cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da pressão arterial, a partir de
115/75 mmHg.1

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente
entre os homens em todas as Regiões do país, com 95,63/100 mil na Sul, 67,59/100 mil na
Centro-Oeste, 62,36/ 100 mil na Sudeste, 51,84/100 mil na Nordeste e 29,50/100 mil na Norte.
Estimam-se 61.200 casos novos de câncer de próstata para o Brasil em 2016. Esses valores
correspondem a um risco estimado de 61,82 casos novos a cada 100 mil homens.2

Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, cerca de 63% dos homens e 33% das
mulheres adultas fumam cigarro, dentre estes, os com menores condições socioeconômicas e
níveis educacionais fumam mais. O cigarro brasileiro tem o preço muito baixo, sendo o sexto
mais barato do mundo em comparação com países desenvolvidos e em desenvolvimento,
tornando-o um produto de acesso físico simples, facilitando a iniciação entre crianças e
adolescentes. Estimativas da OMS indicam que um terço da população mundial adulta, isto é,
um bilhão e 200 milhões de pessoas, entre as quais 200 milhões são mulheres, seja fumante.
Salienta ainda que anualmente os produtos derivados do tabaco são responsáveis pela morte
de 4,9 milhões de pessoas em todo o mundo por ano, o que corresponde a mais de 10 mil
mortes por dia, sendo 50% nos países em desenvolvimento. No Brasil, o tabagismo é
responsável por aproximadamente 45% das mortes nos homens com menos de 65 anos, por
mais de 20% de todos os óbitos por doença coronariana nos homens com idade maior que 65
anos e por 40% dos óbitos por doença coronariana em mulheres com mais de 65 anos de
idade. Além disso, homens fumantes entre 45 e 54 anos de idade têm quase três vezes mais
probabilidade de morrer de infarto do miocárdio do que os não-fumantes da mesma faixa
etária (BRASIL, 2003). Não havendo uma mudança de curso da exposição mundial ao
tabagismo, a Organização Mundial de Saúde estima que o número de fumantes passará do ano
2000 a 2030 de 1,2 bilhões para 1,6 bilhões e que o número de mortes anuais atribuíveis ao
tabagismo aumentará de 4,9 milhões para 10 milhões, sendo que 70% ocorrerão nos países
menos desenvolvidos. A morbidade e a mortalidade onde o tabaco está relacionado tenderá a
aumentar significativamente nas próximas décadas, pela maior prevalência do hábito e pelas
políticas mais agressivas das empresas do tabaco. Esta projeção impõe a implementação
urgente de efetiva política anti-tabagista.3

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis representaram, em 2007, cerca de 72% do total de


mortes no Brasil e em 2003, o DM já representava 6% do total de óbitos no País. Neste
sentido, o DM encontra-se entre as principais causas de mortes, podendo alcançar o 7º lugar
dos óbitos em 2030. Estima-se que, mundialmente, o DM é uma doença que afeta 347
milhões, sendo que mais de 80% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda. O DM
possui alta incidência na população brasileira, revelando-se como um problema de grande
importância social e para a saúde pública do País. Os estudos epidemiológicos brasileiros
apontam que nas últimas três décadas houve uma variação de 2% a 13% de pessoas com DM.
Na década de 80, o predomínio de Diabetes na população brasileira era de cerca de 2%; já na
década de 90 do século passado encontrou-se um predomínio mais alto, variando entre 7% e
13%. Note-se que esses índices são muito superiores aos da Pesquisa de Saúde Mundial,
realizada em 2003, que identificou um percentual de pessoas com Diabetes de 6,2%. Um
estudo baseado em inquérito de morbidade auto-referida, realizado em 2006, identificou uma
prevalência de Diabetes em 5,3%. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD),
realizada em 1998/2003/2008, sobre a prevalência do Diabetes no Brasil mostrou uma
elevação de 2,9% em 1998 para 4,3% em 2008 (foram pesquisadas no ano de 1998 - 217.709,
no ano de 2003 - 254.870 e no de 2008 - 271.677 pessoas com 18 anos ou mais de idade).
Estudos revelam como fatores de risco ao DM: a idade (predomínio acima de 60 anos)
sobrepeso/obesidade e sedentarismo. Nos estudos realizados a média de idade encontrada foi
de 63,4 anos, 63,7 anos e acima de 40 anos. Em relação ao sobrepeso e obesidade, o Índice de
Massa Corporal (IMC) foi de 27,79 (sobrepeso). Em outro estudo, entre os diabéticos, 45,5%
dos adolescentes, 36,0% dos adultos e 60,4% dos idosos apresentaram sobrepeso, enquanto
40,1% dos adultos eram obesos. Pesquisa com dados secundários de 7.938 diabéticos
(HiperDia) encontrou 42,9% de sedentários. Em todas as regiões brasileiras, em 2008, a
prevalência de DM entre mulheres foi maior em comparação com os homens (a maior
diferença entre os sexos foi na região Norte, a partir dos 60 anos). A região Sul apresentou
prevalência mais elevada entre as mulheres de 70 a 79 anos, em torno de 21,5%. No entanto,
entre os homens da mesma faixa etária, a maior prevalência foi registrada na região Centro-
Oeste, em torno de 17,3%. Em ambos os sexos, o diagnóstico da doença se torna mais comum
entre indivíduos com idade mais avançada, alcançando menos de 1,0% dos indivíduos entre 18
e 29 anos e mais de 10,0% dos indivíduos com 60 anos de idade ou mais. Um estudo, realizado
em 2010, encontrou prevalência de 14,9% e 15,8%, para homens e mulheres idosos,
respectivamente. 4

No ano de 2001 o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID)


realizou uma pesquisa domiciliar de caráter nacional em 107 cidades brasileiras com
população superior a 200.000 habitantes na faixa etária compreendida entre 12 e 65 anos. A
pesquisa teve como principal objetivo estimar pela primeira vez no país a prevalência do uso
de álcool e de outras drogas. Os resultados encontram-se em um relatório intitulado “I
Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil”. Os resultados em
relação ao uso de álcool no Brasil revelam que 77,3% dos homens e 60,6% das mulheres já
fizeram uso de álcool na vida, totalizando em 68,7% o número de participantes que já fizeram
uso de álcool na vida. Em todas as faixas etárias estudadas, os indivíduos do sexo masculino
fizeram mais uso de álcool na vida do que os indivíduos do sexo feminino.
Quanto ao uso regular de bebidas alcoólicas (mínimo de 3 a 4 vezes por semana, incluindo
aqueles que bebem diariamente), 9,1% dos homens e 1,7% das mulheres fazem uso regular de
álcool, totalizando em 5,2% o número de indivíduos que bebem regularmente. É importante
notar a diferença entre o consumo regular de álcool por homens e mulheres. Nas faixas etárias
entre 12 e 17 anos, 0,2% dos homens e 0% das mulheres fazem uso regular de álcool. Dos 18
aos 24 anos, 5,6% dos homens e 1,4% das mulheres bebem regularmente, sendo que dos 25
aos 34 anos os indivíduos do sexo masculino bebem cinco vezes mais do que os indivíduos do
sexo feminino, totalizando 10,8% dos homens e 2% das mulheres. Esta diferença permanece
constante na faixa etária dos 35 aos 65 anos, em que 13,3% dos homens e 2,2% das mulheres
fazem uso regular de álcool.
Quanto a prevalência de dependentes de álcool, 17,1% dos homens e 5,7% das mulheres são
dependentes, totalizando em 11,2% a porcentagem de dependentes alcoólicos. O número
maior de dependentes encontra-se nas faixas etária dos 18 aos 24 anos em que 23,7% dos
homens e 7,4% das mulheres são considerados dependentes. No ano de 2005, o CEBRID
realizou a segunda versão desse estudo, intitulado de “II Levantamento Domiciliar sobre Uso
de Drogas Psicotrópicas no Brasil – 2005”, visando a acompanhar o panorama geral de uso de
álcool e outras drogas na sociedade brasileira e de notar possíveis flutuações na prevalência de
uso dessas substâncias. A pesquisa indicou que o número de brasileiros, com idades entre 12 e
65 anos, dependentes de bebidas alcoólicas foi de 12,3%, o que corresponde à população de
5.799.005 pessoas. A comparação das duas pesquisas permitiu observar um agravamento nos
indicadores de uso de álcool. No I Levantamento Domiciliar a prevalência de dependência de
álcool foi de 11,2% na população geral, sendo de 17,1% entre homens maiores de 12 anos e de
5,2% na faixa dos 12 aos 17 anos. No II Levantamento a estimativa de dependentes de álcool
foi de 12,3%, sendo de 19,5% entre homens e de 6,9% entre mulheres. Os dados também
indicaram aumento do consumo de álcool em faixas etárias cada vez mais precoces. Em 2001,
o número de dependentes na faixa de 12 a 17 anos foi de 5,2% contra 7% em 2005. O estudo
constatou também que o maior número de dependentes de bebidas alcoólicas continua sendo
do sexo masculino na faixa etária entre 18 e 24 anos, o percentual foi de 23,7% (2001) e 27,4%
(2005). O número de pessoas que procuraram tratamento reduziu de 4% em 2001 para 2,9%
em 2005, respectivamente de 1,9 milhão de pessoas para 1,4 milhão. O uso na vida de álcool,
nas 108 maiores cidades do País, foi de 74,6%, porcentagem superior àquela encontrada no I
Levantamento (68,7%). O menor uso na vida de álcool, segundo o II Levantamento Domiciliar,
ocorreu na Região Norte (53,9%), ao passo que o maior foi na região Sudeste (80,4%). Desse
modo, concluísse que o uso de álcool contribui fortemente na etiologia e manutenção de
vários problemas sociais, econômicos e de saúde enfrentados no Brasil.5

OBJETIVOS

Geral: Demonstrar de forma objetiva a importância da prevenção das doenças


prevalentes ao sexo masculino, enfatizando seus sinais, sintomas e fatores de risco.

Específicos:

1. Compreender os fatores desencadeantes, sinais e sintomas e as comorbidades


relacionadas ao quadro de Hipertensão Arterial Sistêmica.
2. Relacionar os sinais e sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna com os
fatores de risco para o desenvolvimento do Câncer de Próstata.
3. Compreender a importância da redução da prevalência do uso de tabaco no
Brasil.
4. Entender os principais fatores de risco associados ao diabetes, bem como os
principais sinais e sintomas afim de se evitar a doença.
5. Caracterizar os fatores de risco, os sinais e as consequências do uso crônico do
álcool.

METODOLOGIA

Data: 13/11/2017

Local: SEDAVINIL

Horário: 08:00 horas

Técnicas: Palestra

Carga Horária Total: 2 horas

RECURSOS MATERIAIS FINANCEIROS

Não houve gastos financeiros com materiais.

RESULTADOS ESPERADOS

Um aumento significativo da procura dos serviços básicos de saúde por parte do


público-alvo masculino, com o intuito de estabelecer uma relação melhor entre equipe
de saúde e paciente afim de se tratar de forma continua doenças estabelecidas, bem
como prevenir a instalação de novas patologias.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

08:00h: Apresentacao do grupo e introdução sobre os temas a serem discutidos.

08:05h: Hipertensao Arterial Sistemica.

08:15h: Cancer de Próstata.

08:25h: Tabaco

08:35h: Diabetes Melitus.

08:45h: Álcool
08:55h: Consideracoes finais

09:00 – 09:30h: Aberto para perguntas e questionamentos.

10:00h: Encerramento da palestra.

REFERÊNCIAS

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 128 p. : il.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 37)
2. Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Dados Epidemiológicos acerca do Câncer de
Próstata – Rio de Janeiro: INCA, 2016.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : o
cuidado da pessoa tabagista / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde,
2015.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Diabetes Mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2006. 64 p. il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 16) (Série A. Normas e
Manuais Técnicos)
5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica.
Brasília: Ministério da Saúde; 2014

PARECER DO (A) PRECEPTOR (A) DO PC

Data: 13/11/2017

( ) Apto ( ) Apto com pendências ( ) Inapto

___________________________________________
PRECEPTOR (A) DE PRATICA
ASSINATURA
Legenda: Apto: contém 100% dos elementos exigidos. Apto com pendencias: apresenta mais de 50% dos elementos exigidos.
Inapto: Apresenta menos de 50% dos elementos exigidos.
Em casos de projetos de educação em saúde aptos, entretanto apresentarem
pendencias, o preceptor devera corrigir o projeto e fazer sugestões para melhoria, na
intenção de favorecer o processo de aprendizagem porem após essa entrega do projeto
não deverá receber novamente para futuras correções, e sim avaliar a execução do
mesmo.

Sugestões para melhorias

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