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ANTROPOLOGIA
Nº: 36
Sala: 02
Turno: Diurno
Victor Kajibanga (2004: 93) reporta-se a José Redinha, para falar da existência de
três áreas socioculturais e onze grupos etnolinguísticos distribuídos em 112 comunidades.
São essas comunidades, em que se encontram subdividido os grupos étnicos, que nos
designamos por subgrupos étnicos.
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Passemos então a enumerar os grupos e subgrupos étnicos existentes no nosso
país. José Quipungo (1987: 54-65) apresenta a seguinte distribuição de grupos étnicos em
subgrupos e sua localização por províncias do território nacional que adoptamos:
Tchiluba: mena mai, mena lulua e baluba. A sua localização é no leste de Angola,
nas mediações fronteiriças entre as províncias de Muxico e Lunda-Sul.
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Os grupos não bantu em Angola.
Os grupos não bantu são: Os ovakwisi, os ovakwepe e nkung (bosquemane), que
habitam na região pouco fértil do sul de Angola, isso respeitando a já referida Carta Étnica
de Angola de 1970.
Étnicidade.
Os estudos das relações étnicas (ou da etnicidade) concentram-se nas relações sociais
entre pessoas da mesma etnia e pessoas de etnias diferentes (Rex 1987: 11-12). O termo
etnicidade deriva de etnia, pelo que se impõe definir primeiro a expressão-mãe. Etnia (ou
grupo étnico) pode ser definida como (Smith 2001:26; Barth 1997:189-190; Rex 1987:34-
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Etnia é um agrupamento de pessoa que se identificam umas com as outras (ou são
assim identificadas por terceiros), com base em semelhanças culturais ou biológica, reais
ou presumidas (Carvalho 2008a: 64). Quanto mais elementos são partilhados pelo grupo,
mas este se aproxima do tipo ideal de etnia e de uma comunidade de cultura histórica,
com um sentido de identidade comum (Smith 2001: 26). O sentimento de entrelaçamento
entre várias famílias biológica a partir de antepassados comuns, o território e a
proximidade cultural são elementos que determinam fortemente a identidade étnica
(Carvalho 2008ª: 64).
Já a etnicidade é um termo que se usa desde os anos 1970, de conteúdo muito vasto,
incluindo tudo o que tem a ver com etnia, identidade étnica, as relações inter-étnicas e o
papel dos factos inter-étnico na vida política (Ismaguilova 2003: 134).
A etnicidade é uma forma de organização social uma base étnica, que propicia uma
alternativa colectiva que permite que se desenvolvam estratégias de sucesso económico.
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A etnia sempre foi uma fonte fundamental de significado e de reconhecimento social,
como também de discriminação, constituindo-se em muitos casos como base de luta por
justiça social (castells 2007: 86), os critérios que conformam a existência de etnicidade
são os seguintes:
Pertença de grupo.
Identidade étnica.
Consciência da pertença u das diferenças de grupo.
Ligações afectivas ou vínculos baseados num passado comum e putativo e nos
objectivos ou interesses étnicos reconhecidos.
Vínculos laborados ou simbolicamente diferenciados por ´´marcadorea´´ (uma
tradição, emblemas, crenças culturais, territoriais ou biológicas).
Identidade
A identidade, enquanto factor de analise do domínio da antropologia social e
cultural e da sociologia, é um conceito com correlação estrita com o de etnicidade. Isto
explica-se no facto de que só tem sentido falar-se em relações intra ou inter-etnicas,
quando estão em contacto traços culturais específicos a indivíduos de um mesmo grupo,
gerando afinidades nada negligenciáveis do ponto de vista da consciência de espécie, ou
traços culturais de indivíduos de grupos diferentes.
Concordamos com Carlos Serra (2003:67-71), quando nos assegura que cada uma
das nossas identidades só tem sentido quando simultaneamente confrontada com a
autoridade, e que estamos diante de exemplos de etnicidade, se esta for vista pelo ângulo
da relação nos-eles. Para além disso, ninguém se elmerza porque se quer etnierzar, mas a
etnicidade, enquanto momento identitário relacional que inclui e exclui, responde a
necessidades sociais concretas.
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Para Manuel Castells (2007:9), quer para um indivíduo, quer para um actor
colectivo, pode haver identidades múltiplas. Assim, por exemplo, pode fala-se de
identidade nacional, quando se trata de importantes áreas da cultura e da sociedade em
relação a uma nação (Smith 2001:21-22), de identidade cultural, gerada pela cultura num
dado espaço social, referindo processos úteis para a identificação de pessoas e grupos
sociais (Gonçalves 2003: 18); de identidade pessoal, que é o conjunto das representações
e dos sentimentos que uma pessoa desenvolve a propósito de si mesma (Silva 2008: 81).
Exclusão social.
Uma das inferências que se pode fazer, ao operacionalizar-se o conceito de
etnicidade, é que ele nos remete, amiúde, para situações de exclusão social. Podem ser
apontada varias razoes para que a etnia seja um factor importante a ter em conta nas
sociedade contemporâneas. Uma dessas razões é o facto de ela constituir fonte de
discriminação e estigma (Castells 2007: 82).
Paulo de Carvalho (2008b: 36) adianta que vivemos numa sociedade em que há
processos sócias que lançam para a exclusão várias camadas da população, uma vez que
a sociedade cria uma sede de barreiras que não são transpostas por essas camadas. Quem
não transpõe essas barreiras e quem não se enquadra na situação considerada normal,
passa à situação de excluído. O excluído é não apenas aquele que não consegue superar
as barreiras impostas pelo sistema de ensino ou pelo mercado de trabalho, mas também
aquele que não partilha os nossos pontos de vista, que não venera o mesmo Deus, que não
pratica os mesmos ritos, pertence a outro grupo étnico ou tem cor de pele diferente da
modal.
É nesta senda que Bruto da Costa (2007) distingue cinco dimensões de exclusão
social, tendo Paulo de Carvalho (2008b: 38) nolescentado uma dimensão política,
totalizando as seis dimensões de exclusão que se enumeram a seguir:
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Exclusão de tipo cultural, que tem a ver com dificuldades de integração, em
consequência de fenómenos como a xenofobia.
Exclusão de ordem patológica, designadamente de natureza psicológica ou
mental.
Exclusão por comportamentos auto-destrutivos, tais como o alcoolismos a
toxicodependência e a prostituição.
Exclusão de natureza politica, que tem a ver com o não exercício de direitos
políticos, incluindo o direito de cidadania.
Nomadismo
O nomadismo é a prática de povos que não tem local de residência fixo e que, por
isso, mudam permanentemente de lugar. Os povos com este modo de vida designam-se
por nómadas. São povos cujas actividades produtivas principais são a caça, a recolecção
ou a pastorícia.
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exemplos de povos nómadas são os beduínos, que à semelhança dos tuareg são
igualmente da África sahariana e os pigmeus que actualmente podem ser encontrados nas
florestas dos Camarões, no Gabão, em algumas regiões da república Centro Africana, no
Congo Democrático e no oriente (Olderogge 1982: 245).
Segundo Dmitre Olderogge (1982: 297), os san e os khoi-khoi tem muito poucas
características em comum, destacando-se a cor da pele e a presença de consoantes cliques
em ambas línguas, ao passo que são notadas as seguintes diferenças fundamentais:
Racismo.
O dia 21 de Março foi estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas)
como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. A data foi
escolhida em memória aos mais de 60 mortos do massacre ocorrido na África do Sul
nesse mesmo dia no ano de 1960.
Racismo Reverso
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racismo pressupõe uma discriminação social que só é possível mediante o
estabelecimento de relações de poder e diferenças hierárquicas. E em termos históricos
e sociais, os grupos negros não apresentam poderio superior aos brancos, o que portanto
não poderia gerar uma situação de opressão, que é o que pressupõe a partir de uma atitude
racista.
Tipos de racismo
Raça
A raça (do italiano razza) é um conceito que obedece a diversos parâmetros para
classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica de acordo com suas
características genéticas ou feno típicas. É comum falar-se das raças de cães ou de outros
animais.
Discriminação Racial.
Direta – sempre que, em razão da origem racial, étnica, nacional ou outra uma
pessoa seja objecto de tratamento menos favorável do que aquele que é, tenha sido
ou possa vir a ser dado a outra pessoa em situação comparável. Por exemplo, o
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proprietário de um imóvel que se recusa a arrendar para cidadãos estrangeiros
realiza uma discriminação directa;
Indirecta – sempre que disposição, critério ou prática, aparentemente neutro,
coloque pessoas de uma dada origem racial, étnica, nacional ou outra numa
situação de desvantagem comparativamente com outras pessoas. Por exemplo,
uma empresa que tenha como condição para a promoção dos funcionários o facto
de falar a língua portuguesa sem sotaque, pode parecer um critério neutro, mas
acaba por excluir todos os funcionários que não tenham o português como língua
nativa (a não ser que a função a ser exercida justifique que o candidato apresente
uma determinada dicção, como no caso dos tradutores).
Aculturação.
Transculturação
TransculturaçãoÉ o processo que ocorre quando um indivíduo adopta uma cultura
diferente da sua, a transculturação está ligada á transformação de padrões culturais locais,
a partir da adopção de novos padrões vindos através das fronteiras culturais, em encontros
envolvendo sempre diferentes etnias e elementos culturais.
Quando uma pessoa Angolana chega á China, onde ela for morar ela irá passar alguns
elementos de sua cultura, seus hábitos e maneira de viver, e aprenderá elementos da
cultura chinesa, isso é transculturação.
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Afrodescendente
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Antropologia física
Antropologia cultural
Antropologia Biológica
Antropologia Pré-Histórica
Antropologia Linguística
Antropologia Psicológica
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da antropologia psicológica,que consiste no estudo dos processos e do funcionamento do
psiquico humano.
Antropologia Social
Particularismo Histórico: Esta era a teoria dada por Boas como alternativa para
o evolucionismo. Seu fundamento estava na ideia de que para se obter uma compreensão
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mais geral das culturas era necessário iniciar o estudo pelo particular. Vemos então que
este método pode ser descrito como sendo empirista e diacrônico.
Raça: Para Boas, o conceito de raça na verdade seria uma classificação não
científica dos traços físicos superficiais que possuímos. Vemos em seus textos que Boas
não faz uso do termo raça, mas do termo formas corporais. A ideia de raça na verdade era
uma construção de tipos ideais locais baseados em características físicas semelhantes,
sendo estes retirados de localidades comuns. Porém Boas ressalta que por mais
fisicamente semelhantes um grupo de pessoas seja, haverá inúmeros indivíduos na qual
esta descrição não poderia caber.
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Esses elementos integram-se em nossa personalidade a partir de nossas experiências e,
com àquilo que delas pensamos ter significados. Ainda, resta-nos o processo de adaptação
cultural que extrapola a dimensão do indivíduo, focando o ambiente social em que o
mesmo vive.
O outro antropólogo é Leslei White, ele por sua vez, considera que a origem da cultura
ocorreu quando o homem foi capaz de gerar e compreender os símbolos.
Estas explicações de natureza física e social admitem que a cultura de repente e implicam
também a aceitação de um ponto critico (expressão de Alfred Kraeber), que foi a causa
da transformação do primata em um ser capaz de cultura. Esta explicação concorda com
a posição de alguns pensadores católicos que defendem a entronização da cultura no
momento em que o homem recebeu do seu Criador uma alma imortal estando o corpo
suficientemente evoluído para tornas-se digno de uma alma.
Hoje em dia, este ponto critico é considerado uma impossibilidade cientifica, pois a
natureza não age por saltos, mas em um processo contínuo, gradativo e incrivelmente
lento. Clifford Geertz, pela paleontologia, demonstrou que o corpo humano formou-se
aos poucos e que já se podiam perceber traços de cultura antes mesmo de o cortes cerebral
evoluir até a condição do cortes humano.
Por fim, contata-se (no ponto de vista do autor) que o homem não é somente produtor de
cultura, mas também produto da cultura que "desenvolveu-se simultaneamente com o
próprio equipamento biológico e é, por isso mesmo, compreendida como uma das
características da espécie, ao lado do bipedismo e de um adequado volume cerebral."
(LARAIA, 2003, P.58).
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de sua sociedade; pelo contrário, ele pode permanecer completamente ignorante a respeito
de alguns aspectos.”(LARAIA, 1999, pág. 84)
Etnocentrismo.
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Anexos.
Povos bantu.
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