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Sumário

Introdução 3
Finalidades 4
Material 5
Procedimentos na Sondagem de Alívio Feminina 6
Procedimento na Sondagem de Demora Feminina 7
Procedimento na sondagem masculina 9
Retirada da sonda 11

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Introdução

A Sondagem Vesical, embora simples em sua natureza, tem pormenores muito


importantes, que se negligenciados podem causar danos ao paciente. Além da
utilização de técnica estéril, são fundamentais, uma lubrificação adequada, e
manobras extremamente delicadas. Dentre os principais problemas decorrentes da
sondagem, existe as infecções, e o trauma uretral. Quando se subestimam os
princípios básicos a serem seguidos, e são realizadas manobras inadequadas,
intempestivas, forçando-se a progressão da sonda, é que ocorrem lesões.

A obstrução urinária causa repercussões anatômicas e funcionais a montante, e


predispõe à instalação de infecção urinária, e à hidronefrose. A obstrução está
presente em grande parte das patologias urológicas.

Conceito: É a introdução de um cateter estéril através da uretra até a bexiga, com o


objetivo de drenar a urina. Deve-se utilizar técnica asséptica no procedimento a fim de
evitar uma infecção urinária no paciente.

A sondagem vesical pode ser dita de alívio, quando há a retirada da sonda após o
esvaziamento vesical, ou de demora, quando há a necessidade de permanência da
mesmo. Nestas sondagens de demora, a bexiga não se enche nem se contrai para o seu
esvaziamento, perdendo com o tempo, um pouco de sua tonicidade e levando à
incapacidade de contração do músculo detrursor; portanto antes da remoção de sonda
vesical de demora, o treinamento com fechamento e abertura da sonda de maneira
intermitente, deve ser realizada para a prevenção da retenção urinária.

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Finalidades

 Esvaziar a bexiga dos pacientes com retenção urinária;


 Controlar o volume urinário;
 Preparar para as cirurgias principalmente as abdominais;
 Promover drenagem urinária dos pacientes com incontinência urinária;
 Auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário.

Observações:

A sondagem vesical só é aconselhada:


- Na incontinência urinária: somente em casos especiais, preferindo-se usar absorventes,
calças plásticas, especiais ou URUPEN nos homens: o Urupens é um tipo de condom
adaptado externamente ao pênis, ligado a uma extensão e este ao coletor de urina.
- Na retenção urinária, quando as medidas para estimular a micção forem ineficazes:
(verificar se trata se de retenção urinária ou anúria. Se houver hipertensão dolorosa da
bexiga, é retenção urinária; abrir torneira próximo ao paciente; despejar água morna na
região perineal, colocar bolsa de água quente na região abdominal; promover
privacidade do paciente.)

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Material

Bandeja contendo:

 Pacote de cateterismo estéril com:


 Cuba rim
 Cúpula
 Pinça kocher
 5 gazes dobradas
 Seringa de 20cc (a seringa no caso masculino serve para lubrificar a mucosa da
uretra introduzindo Xilocaína gel e também aliviando a dor na sondagem
vesical, também casos de sondagem em que há presença de coágulos como por
exemplo em paciente com infecção do trato urinário, ou lesão de bexiga, a
seringa pode ser utilizada para aspirar os coágulos e permitir a passagem da
urina....)
 Um pacote de luva estéril
 Sonda vesical apropriada estéril
 Frasco com povidine tópico
 Lubrificante (xilocaína gel)

Acessório (quando houver necessidade)

 Comadre coberta
 Biombo
 Material para lavagem externa
 Seringa com água destilada
 Extensão de sonda mais saco coletor
 Esparadrapo
 agulha de aspiro

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Procedimentos na Sondagem de Alívio Feminina

Com pacote de sondagem:

 Reunir o material;
 Cercar a cama com biombo;
 Encaminhar a paciente para higiene íntima ou faze-la se necessário;
 Colocar o material na mesa de cabeceira e prender o saco de lixo;
 Colocar a paciente em posição ginecológica, protegendo-a com um lençol;
 Abrir com técnica asséptica o pacote de cateterismo sobre a cama entre as pernas
da paciente;
 Colocar na cuba redonda o anti-séptico e o lubrificante na gaze;
 Abrir o invólucro da sonda vesical, colocando-a na cuba rim;
 Colocar a luva com técnica asséptica;
 Lubrificar a sonda;
 Colocar o campo fenestrado no períneo e aproximar a cuba rim;
 Afastar os pequenos lábios com o polegar e o indicador da mão esquerda e com
a mão direita fazer anti-sepsia no períneo com as bolas de algodão ou gaze
embebida na soluça anti-séptica, usando a pinça Pean. A anti-sepsia deverá ser
no sentido púbis-ânus; na seqüência: grandes lábios, pequenos lábios, vestíbulo;
usar a bola de algodão uma vez e despreza-la;
 Limpar a região com soro fisiológico, obedecendo-os mesmos princípios de
assepsia descritos;
 Afastar com a mão direita a cuba redonda e a pinça;
 Continuar a manter, com a mão esquerda, exposto o vestíbulo e, com a mão
direita, introduzir a sonda lubrificada (a mais ou menos 10 cm), colocar a outra
extremidade na cuba-rim para receber a urina drenada;
 Retirar a sonda (quando terminar a drenagem urinária) e o campo fenestrado;
 Controlar o volume urinário, colher amostra da urina ou guardá-la para o
controle de diurese;
 Deixar a unidade e o material em ordem.

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Procedimento na Sondagem de Demora Feminina

 Explicar o procedimento e sua finalidade à paciente e/ou ao acompanhante;


 Reunir o material;
 Colocar biombos em volta do leito;
 Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
 Colocar a paciente em posição ginecológica com uma aparadeira;
 Realizar a higiene íntima;
 Lavar as mãos;
 Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, entre as pernas da paciente, usando
técnica asséptica;
 Colocar a solução anti-séptica estéril na cuba redonda ( PVPI tópico ou
clorexidina em veículo aquoso );
 Colocar dentro do campo do cateterismo: seringa, Sonda Vesical de Folley,
gazes e o coletor de urina para sistema fechado;
 Abrir a ampola de água bidestilada e colocar fora do campo;
 Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xylocaína. Perfura-lo com
agulha calibrosa e colocar pequena quantidade de xylocaína numa gaze;
 Calçar somente a luva estéril direita. Com a mão esquerda não enluvada, aspirar
o conteúdo da água bidestilada;
 Calçar a luva estéril esquerda;
 Testar o Cuff da sonda, em seguida conecta-la ao sistema coletor;
 Lubrificar a sonda com xylocaína;
 Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução anti-séptica;
 Limpar primeiramente o monte pubiano, no sentido transversal, com um
movimento único e firme, utilizando sempre uma gaze para cada movimento
 Limpar com um movimento único e firme os grandes lábios do lado mais
distante para o mais próximo, de cima para baixo, desprezando a gaze para cada
movimento;
 Colocar o campo fenestrado sobre o períneo;
 Afastar os grandes lábios para expor o meato uretral e com a mão não-
dominante limpar os pequenos lábios da mesma forma. A mão não-dominante
será agora considerada contaminada;
 Limpar o meato uretral com movimento uniforme, obedecendo a direção meato
uretral-ânus, sem tirar a mão não-dominante do local. Se os lábios forem soltos
acidentalmente, repetir o processo de limpeza.

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 Introduzir delicadamente o cateter lubrificado no interior do meato uretral e
observar se há uma boa drenagem urinária. Avançar a sonda até a bifurcação,
para assegurar que o balão fique posicionado inteiramente no interior da bexiga;
 Injetar 5 mL de água bidestilada para preencher o Cuff da sonda, em seguida,
tracioná-la;
 Fixar a sonda com esparadrapo ou micropore na face interna da coxa para evitar
a tração da sonda;
 Manter o coletor de urina abaixo do nível da bexiga, para evitar o refluxo. Fixá-
lo ao leito sem que toque no chão, evitando dobras;
 Posicionar a paciente confortavelmente;
 Colocar etiqueta no coletor com: data, volume de água bidestilada colocada no
Cuff e nome do profissional que realizou o procedimento;
 Recolher o material do cateterismo;
 Deixar a unidade em ordem;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a coloração e as demais
características da urina.

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Procedimento na sondagem masculina

 Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao acompanhante;


 Reunir o material;
 Colocar biombos em volta do leito;
 Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
 Colocar o paciente em posição dorsal com as pernas estendidas com uma
aparadeira;
 Realizar a higiene íntima;
 Lavar as mãos;
 Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, usando técnica asséptica;
 Colocar a solução anti-séptica estéril na cuba redonda ( PVPI tópico ou
clorexidina em veículo aquoso );
 Colocar dentro do campo do cateterismo: seringa, Sonda Vesical de Folley,
gazes e coletor de urina para sistema fechado;
 Abrir a ampola de água bidestilada e colocar fora do campo;
 Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xylocaína. Perfura-lo com
agulha calibrosa;
 Calçar somente a luva estéril direita;
 Com a mão esquerda não enluvada, aspirar o conteúdo da água bidestilada;
 Calçar a luva estéril esquerda;
 Testar o Cuff da sonda e, em seguida, conectá-la ao sistema coletor;
 Solicitar auxílio para preencher a seringa com 10 mL de xylocaína;
 Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução anti-séptica;
 Limpar primeiramente a região púbica, no sentido transversal, com movimento
único e firme, desprezando a gaze para cada movimento. Usar gazes para
segurar o pênis perpendicular ao corpo e limpar, no sentido longitudinal, de
cima para baixo, do lado mais distante para o mais próximo, sempre utilizando
uma gaze para cada movimento;
 Limpar o corpo do pênis;
 Colocar o campo fenestrado. Deixar o pênis em repouso sobre o campo;
 Segurar o pênis do paciente, perpendicular ao corpo, puxar o prepúcio para
baixo, de modo a expor a glande. Limpar a glande com movimentos circulares,
começando a partir do meato;
 Limpar o orifício da uretra;
 Injetar 10 mL de xylocaína no meato;
 Introduzir delicadamente o cateter no interior do meato uretral e observar se há
uma boa drenagem urinária. Avançar a sonda até a bifurcação para assegurar que
o balão fique posicionado inteiramente no interior da bexiga;

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 Injetar 5 mL de água bidestilada para preencher o Cuff da sonda e, em seguida,
tracioná-la;
 Fixar a sonda com esparadrapo ou micropore na região hipogástrica para reduzir
a curva uretral e a pressão no ângulo peniano-excrotal, prevenindo a formação
de fístula;
 Após a sondagem vesical, o prepúcio deve ser recolocado sobre a glande, pois
sua posição retraída pode vir a causar edema;
 Manter o coletor de urina abaixo do nível da bexiga, para evitar o refluxo. Fixa-
lo ao leito sem que toque no chão, evitando dobras;
 Posicionar o paciente confortavelmente;
 Colocar etiqueta no coletor com: data, volume de água bidestilada colocada no
Cuff e nome do profissional que realizou o procedimento;
 Recolher o material do cateterismo;
 Deixar a unidade em ordem;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a coloração e as demais
características da urina.

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Retirada da sonda

Material:

 Saco de lixo;
 Luva de procedimento;
 Seringa.

Procedimento:

 Verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);


 Calçar luvas de procedimento;
 Aspirar o soro fisiológico ou AD do CUFF (mesmo volume que foi colocado);
 Retirar a sonda;
 Desprezar no lixo.

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