Você está na página 1de 47

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL

CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG


DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ESGOTO

DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS
DE ESGOTO SANITÁRIO

Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes


E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br
Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/
PROFUNDIDADE DOS COLETORES

• Máximas:

➢ Passeio: 2,0 a 2,5 m


➢ Eixo ou terço: 3,0 a 4,0 m
➢ Coletores situados abaixo de 4,0 m: projetar coletores
auxiliares para receber ligações prediais
• Mínimas:

➢ Proteção da tubulação
➢ Permite a ligação predial

NORMA: recobrimento mínimo de 0,90 m no leito e


0,65 m no passeio
PROFUNDIDADE MÍNIMA DOS
COLETORES

Pmín = 1,5 m; Pótimo entre 1,8 m e 2,5 m; Pmáx = 4,5 m


Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)
PROFUNDIDADE MÍNIMA DOS
COLETORES

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


MATERIAIS UTILIZADOS EM TUBULAÇÕES
DE ESGOTO
• Tubos cerâmicos: Ø 100, 150, 200, 250, 300, 350, 375, 400 mm (redes
coletoras)

• Tubos de PVC: Ø 100 a 400 mm (redes coletoras e linhas de recalque)

• Tubos de concreto: Ø 400 a 2000 mm (coletores tronco, emissários e


interceptores)

• Tubos de ferro fundido dúctil: Ø 150 a 1200 mm (linhas de recalque)

• Tubos de polietileno: Ø 63 a 1200 mm (linhas de recalque, emissários


submarinos)

• Tubos de poliéster reforçados com fibra de vidro (PRFV): Ø 150 a


3000 mm (redes coletoras e linhas de recalque)
.
LIGAÇÕES DE ESGOTO QUANTO A
POSIÇÃO DA REDE COLETORA

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


LIGAÇÕES DE ESGOTO QUANTO A
POSIÇÃO DA REDE COLETORA

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


LIGAÇÕES DE ESGOTO QUANTO A
POSIÇÃO DA REDE COLETORA

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


ESGOTO SANITÁRIO

• Esgoto doméstico

• Esgoto industrial

• Água de infiltração
VAZÕES
• A contribuição do esgoto doméstico depende dos
seguintes fatores:

➢ População: estudo do crescimento populacional

➢ Consumo de água efetivo “per capita”: q (sem as perdas


físicas)

➢ Coeficiente de retorno esgoto / água: C = 0,80

➢ Coeficientes de variação de vazão:

 Coeficiente do dia de maior contribuição: K1

 Coeficiente da hora de maior contribuição: K2


VARIAÇÃO DO CONSUMO

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


ÁGUA DE INFILTRAÇÃO
• A infiltração na rede depende das condições locais, tais
como:

➢ NA do lençol freático

➢ Tipo de solo

➢ Material da tubulação

➢ Tipo de junta

➢ Qualidade de assentamento dos tubos

NBR 9649: Taxa de infiltração TI = 0,05 a 1,0 L / (s.km)


DESOBSTRUÇÃO DE REDE COLETORA

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


DESOBSTRUÇÃO DE REDE COLETORA

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


DESOBSTRUÇÃO DE REDE COLETORA

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


CÁLCULO DAS VAZÕES
DETERMINAÇÃO DAS TAXAS DE
CONTRIBUIÇÃO PARA CÁLCULO DAS
REDES COLETORAS

• Rede Simples

• Rede Dupla

• Rede Mista (simples e dupla)


TAXAS DE CONTRIBUIÇÃO PARA
REDES SIMPLES

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


TAXAS DE CONTRIBUIÇÃO PARA
REDES DUPLAS

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


TAXAS DE CONTRIBUIÇÃO PARA
REDES SIMPLES E DUPLAS

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


CÁLCULO DAS VAZÕES NOS TRECHOS

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)
DECLIVIDADE MÍNIMA

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


DIÂMETRO, VELOCIDADE MÁXIMA E
DECLIVIDADE MÁXIMA
• Critério de projeto: Lâmina máxima (y/D) = 0,75 ou 75%, e
para manter essa lâmina, o diâmetro mínimo necessário pode
ser calculado diretamente por (n = 0,013):

em que,

I0 = declividade, em [m/m]
Qf = vazão final de jusante do trecho, em [m³/s]
d0 = diâmetro, em [m]
DIÂMETRO, VELOCIDADE MÁXIMA E
DECLIVIDADE MÁXIMA

• Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as


vazões de início e fim de plano (Qi e Qf).

• Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com


qualidade estatística, recomenda-se como o menor valor de
vazão, 1,5 L/s em qualquer trecho.

• Os diâmetros a empregar devem ser previstos nas normas e


especificações brasileiras relativa aos diversos materiais. A
NBR 9649 (NB 567) de 1986 da ABNT admite o diâmetro
mínimo DN 100.
DIÂMETRO, VELOCIDADE MÁXIMA E
DECLIVIDADE MÁXIMA

• Para manter a velocidade máxima em 5 m/s, pode ser


utilizada a expressão aproximada da declividade máxima
(válida para n = 0,013):

em que: Imin em m/m e Qf em L/s.

• A declividade de cada trecho da rede coletora não deve


ser inferior à mínima admissível e nem superior à máxima
calculada.
COMO CALCULAR A DECLIVIDADE...
• Quando o coletor a montante está com a profundidade
ou recobrimento mínimo e a declividade do terreno é
maior ou igual a declividade mínima:

• a declividade no trecho fica igual a declividade do terreno

• e a profundidade tanto a montante, como a jusante, igual ao


recobrimento mínimo mais o diâmetro da tubulação.
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)
COMO CALCULAR A DECLIVIDADE...
• Quando a declividade do terreno é menor que a
declividade mínima (plano ou até negativa):

• a declividade no trecho fica igual a declividade mínima

• e a profundidade (ou o recobrimento) a jusante pode ser


calculada.

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


COMO CALCULAR A DECLIVIDADE...
• Se o coletor a montante está acima da profundidade ou
recobrimento mínimo e a declividade do terreno > Imin:

• procura retornar para a profundidade ou recobrimento


mínimo

• se o I resultar em valor inferior a mínima, utilizar a Imin

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


COMO CALCULAR A DECLIVIDADE...
• Quando a declividade do terreno for muito acentuada:

• utilizar declividade máxima nos trechos

• utilizar degraus ou PVs com tubos de queda

• pode ser necessário reduzir a distânciaFonte:


entre os PVs ou TILs
ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)
PROFUNDIDADE DO PV/PI A JUSANTE (m)

• Anota-se o maior valor entre as profundidades de


jusante dos trechos concorrentes a essa singularidade.

• Sua utilidade é detectar eventuais degraus que


necessitem tubos de queda (declividade do terreno maior
que a declividade máxima), cuja ocorrência obriga a
utilização de PV e anotação na coluna referente às
observações.
CÁLCULO DA LÂMINA: seção circular
CÁLCULO DA LÂMINA: seção circular
CÁLCULO DA LÂMINA: seção circular
CÁLCULO DA LÂMINA: seção circular
Usando a Tabela...
VELOCIDADE FINAL DE ESCOAMENTO DE
INÍCIO E FINAL DE PLANO
Usando a Tabela...
VELOCIDADE DE ESCOAMENTO DE INÍCIO E
FINAL DE PLANO
Usando a Tabela...

• Calcular a velocidade de escoamento:

V = valor encontrado x √Ip

• Caso o valor de V seja superior a velocidade crítica,


deve ser alterada a declividade de projeto ou o diâmetro
do coletor.
VELOCIDADE CRÍTICA

• Norma da ABNT NBR 9649/1986:

➢ Quando a velocidade final Vf é superior à velocidade


crítica Vc, a maior lâmina admissível deve ser 50% do
diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do
trecho.

➢ A velocidade crítica é definida por:


sendo g a aceleração da gravidade e RH, o raio hidráulico.
VELOCIDADE CRÍTICA
TENSÃO TRATIVA OU TENSÃO DE ARRASTE
A tensão trativa é definida com uma tensão tangencial
exercida sobre a parede do conduto pelo líquido escoado.

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


TENSÃO TRATIVA
EXEMPLO DE TABELA DE
DIMENSIONAMENTO
EXEMPLO DE TABELA DE
DIMENSIONAMENTO
DETALHAMENTO E INFORMAÇÕES
REFERÊNCIAS

ALEN SOBRINHO, P.; CONTRERA, R.C. Sistemas de Esgoto Sanitário.


Apresentação da disciplina Saneamento II. São Paulo. Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo. Acesso em: 16/12/2013.

Você também pode gostar