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Questões Comentadas IBFC Espaço Jurídico PDF
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FONOLOGIA E ACENTUAÇÃO
Questão 01
Ano: 2016
Órgão: COMLURB
Prova: Engenheiro de Segurança do Trabalho
a) F-V-V-F
b) V-F-V-F
c) F-F-F-V
d) V-V-V-F
Gabarito: A
Comentários:
1
nossa língua, pois o acento tônico da palavra recai sobre o
‘ti’ (preventivas), tratando-se de uma paroxítona. Esse
exemplo permite-nos ver a importância da tonicidade da
palavra como um elemento de sua própria identidade, uma
vez que a alteração da sílaba tônica pode corromper
completamente a unidade de sentido.
ii. Contudo, é importante ressaltar que, caso “prevêntivas”
existisse, ela seria obrigatoriamente acentuada por se tratar
de uma palavra proparoxítona. Lembram-se da regra de que
todas as proparoxítonas são acentuadas? Pois bem.
iii. A primeira afirmativa, portanto, está falsa.
b. ( ) a palavra “indesejável” mantém o acento agudo e ( ) a palavra
“caráter” mantém o acento agudo
i. As afirmativas acima apresentam as palavras “indesejável” e
“caráter” devidamente grafadas com o acento agudo. De
acordo com a Gramática, palavras paroxítonas terminadas
em ‘l’ e em ‘r’ devem ser acentuadas. Essa regra não foi
alterada pelo Novo Acordo Ortográfico, então continua
válida.
ii. Ambas as afirmativas, portanto, estão verdadeiras.
c. ( ) a palavra “negócios” perde o acento agudo
i. A palavra “negócios” é uma paroxítona terminada em
ditongo oral. Essa é mais uma regra de acentuação das
paroxítonas, razão por que “negócios” mantém o acento
agudo. A afirmativa está falsa.
4. A título de revisão, o ditongo oral consiste no encontro de duas vogais
orais em uma mesma sílaba. Para melhor compreendê-lo, lembre-se de
que o ditongo (que, em si, é o encontro de duas vogais numa mesma
sílaba) pode ser oral ou nasal – como em “sabão”. A oralidade se relaciona
com o ar saindo apenas pela boca; a nasalidade, com o ar saindo pela
boca e pelo nariz.
Questão 02
Ano: 2013
Órgão: SEPLAG-MG
Prova: Pedagogia
Assinale abaixo a alternativa cujas palavras são acentuadas pela mesma regra de
“abóbora”, “bobó” e “míssil”, respectivamente.
a) música/cipó/terrível
b) cérebro/mó/difícil.
c) necrotério/ebó/pênsil.
d) titânico/pó/fácil.
Gabarito: A
2
Comentários:
Questão 03
Ano: 2013
Banca: IBFC
Órgão: MPE-SP
Prova: Analista de Promotoria I
Gabarito: C
Comentários:
3
flexão – a exemplo de tem (3ª pessoa do singular do presente do
indicativo) e têm (3ª pessoa do plural do presente do indicativo).
2. Das palavras apresentadas, “traido” é a única que precisa ser acentuada
para existir. Da forma como está grafada, a palavra seria pronunciada com
a tônica no ditongo: “trai-do” (palavra paroxítona de duas sílabas). A
forma válida, porém, é “tra-í-do” (palavra de três sílaba com hiato), que
consiste no particípio passado do verbo ‘trair’.
3. Quanto às demais alternativas, temos a possibilidade das duas formas
cogitadas:
a. “pratica” (verbo) e “prática” (substantivo);
b. “negocio” (verbo) e “negócio” (substantivo);
c. “critica” (verbo) e “crítica” (substantivo); e
d. “capitulo” (1ª p. do pres. Do indicativo do verbo capitular) e
“capítulo” (substantivo).
Questão 04
Ano: 2016
Banca: IBFC
Órgão: MGS
Prova: Auxiliar de Cozinha
A Angústia
Quem não sabe como vencer o estado de angústia, dê uma olhada para o
desespero alheio.
Aos ouvidos das lebres chega, de repente, um violento estrépito1. Elas então
pensam ter chegado a hora de pôr termo à vida porque não sabiam como livrar-
se de tanto temor.
Assim, (apavoradas), chegam à beira de uma lagoa com o intento de
lançaram-se na água e afogarem-se.
À chegada daquele batalhão de lebres, as rãs fogem aterrorizadas. Então uma
das lebres fala: “Há gente com medo de nós. Vamos prosseguir vivendo como
todos os outros fazem.”
Refeitas do susto, as lebres retomaram a sua vida de rotina saltitante.
1 barulho
Gabarito: A
4
Comentários:
1. Mais uma vez, estamos diante de uma questão que cobra do candidato
conhecimentos sobre as regras de acentuação na língua portuguesa.
2. As letras ‘c’ e ‘d’ enunciam regras que não existem e, portanto, devem ser
descartadas de pronto. A ver.
a. Quanto a “paroxítona terminada em vogal”, é importante destacar
que nenhuma palavra é acentuada simplesmente porque termina
em vogal, apesar de a terminação nas vogais a, e e o ser
fundamento para a acentuação das palavras oxítonas e dos
monossílabos tônicos.
b. Quanto a “oxítona terminada em ‘ia’”, o examinador buscou induzir
o candidato ao erro quando trouxe um exemplo da regra das
paroxítonas (acentuam-se as palavras terminadas em ditongo oral,
a exemplo de pátria). Observemos, porém, que a palavra
“angústia” nem mesmo oxítona é.
3. Na letra ‘b’, o examinador traz uma regra existente e válida – “acentuam-
se todas as proparoxítonas” –, mas que não se aplica a “angústia”, uma
vez que esta é uma palavra paroxítona.
4. A regra que justificativa a acentuação de “angústia” é a de que se
acentuam as paroxítonas terminadas em ditongo oral. É importante
ressaltar que aí estão abrangidos tanto os ditongos crescentes quanto os
decrescentes, apesar de a banca ter optado por referir expressamente o
caso específico de “angústia”.
a. Para quem não lembra, ditongo crescente é aquele composto de
uma semivogal seguida de uma vogal. Em nossa língua, de uma
maneira geral, as vogais i e u desempenham o papel de semivogal,
pois, quando em ditongo, têm uma articulação menos intensa do
que a vogal que lhe acompanha – a, e ou o.
b. A ideia de crescente, como a palavra estabelece, parte do menor
para o maior, do menos para o mais. Quando o ditongo é crescente,
portanto, partimos da semivogal para a vogal. O ditongo ia é
crescente e, na palavra paroxítona angústia, implica o uso do
acento gráfico sobre a sílaba tônica da palavra.
Questão 05
Ano: 2016
Banca: IBFC
Órgão: MGS
Prova: Auxiliar de Cozinha
5
c) notam-se dois encontros vocálicos
d) ocorre um encontro consonantal
Gabarito: D
Comentários:
1. Questão simples, mas que pode facilmente cair na sua prova, pois o IBFC
já cobrou esse mesmo formato em outras ocasiões. Logo, não deixemos
de analisá-la.
2. A palavra lebres:
a. É composta de duas sílabas (le-bres);
b. Não apresenta flexão de grau.
i. A título de revisão, os graus do substantivo são o
AUMENTATIVO, em que sua significação é exagerada ou
intensificada – no caso em análise, tal forma seria lebrão; e
o DIMINUTIVO, em que sua significação é atenuada ou
considerada afetivamente – o de lebre seria lebrezinha.
c. Não apresenta dois encontros vocálicos, mas sim duas vogais “e”
em sílabas diferentes;
d. Nela, ocorre o encontro consonantal br na sílaba -bre.
3. Logo, a alternativa correta é a letra ‘d’.
6
ORTOGRAFIA
Questão 01
Ano: 2016
Órgão: TCM-RJ
Prova: Técnico de Controle Externo
Gabarito: A
Comentários:
7
crer, dar, ler, ter e vir. A afirmativa está falsa, mas não quanto a todos
os verbos listados. Vejamos:
a. Quanto aos três primeiros, antes do Novo Acordo Ortográfico,
tínhamos os seguintes pares: ele crê/eles crêem; que ele dê/que
eles dêem; ele lê/eles lêem. Atualmente, com a queda do acento
no plural, temos: creem, deem e leem. Gravem isso!
b. Além disso, a afirmativa comete um deslize ao afirmar que a regra
se refere à terceira pessoal do plural do presente do indicativo, uma
vez que isso se aplica apenas aos verbos crer e ler. Quanto ao verbo
dar, o par dê/deem está conjugado na terceira pessoa do plural do
PRESENTE DO SUBJUNTIVO.
c. Por fim, a queda do acento circunflexo para a 3ª pessoa do plural
do presente do indicativo dos verbos ter e vir NÃO ocorreu. Sendo
assim, é necessário marcar na escrita a diferença entre “ele tem” e
“eles têm”, bem como entre “ele vem” e “eles vêm”.
5. A sequência correta é V, F e F.
Questão 02
Ano: 2016
Órgão: TCM-RJ
Prova: Técnico de Controle Externo
Assinale a locução que não deve ser grafada com hífen de acordo com
o Novo Acordo Ortográfico.
a) cor-de-rosa
b) pingue-pongue
c) mato-grossense
d) manda-chuva
Gabarito: D
Comentários:
8
um a sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita
unidade de sentido’.”.
a. Por exemplo, a palavra arco-íris. Tanto a palavra “arco” quanto a
palavra “íris” preservam sua unidade fonética quando estão juntas
na palavra “arco-íris”, razão por que se utiliza o hífen na sua escrita.
3. Entendendo esse princípio pelo seu contrário, a grafia das palavras
compostas em que se perdeu a noção de composição deve ser aglutinada,
ou seja, sem o hífen. É exatamente essa regra que nos encaminhará para
a resposta correta da questão: mandachuva. Esta palavra é composta
pela forma verbal manda e pelo substantivo chuva. A composição (ou seja,
a junção) de manda com chuva gerou uma terceira palavra, mandachuva,
que consiste em uma nova unidade fonética em relação às palavras
isoladamente consideradas.
4. Tendo em vista essa regra geral, analisemos as demais palavras
apresentadas nas alternativas.
a. Quanto à alternativa ‘a’, a regra é que NÃO se usa hífen em
locuções de qualquer tipo. Por isso, escrevemos “fim de semana”,
“cor de café”, “sala de jantar”. Ocorre que COR-DE-ROSA É UMA
EXCEÇÃO a essa regra e deve, sim, ter o hífen empregado em sua
grafia. Outras exceções à regra apresentada são: água-de-colônia,
arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, à queima-roupa.
b. Na alternativa ‘b’, pingue-pongue, o hífen está corretamente
utilizado, pois seu emprego é obrigatório em palavras compostas
por elementos semelhantes ou idênticos. Outros exemplos que
ilustram essa regra são: esconde-esconde, pega-pega, tic-tac,
mata-mata etc.
c. Em mato-grossense, na alternativa ‘c’, o emprego do hífen está
correto. A regra em questão é a de que serão hifenizados os
adjetivos gentílicos (no caso, mato-grossense) derivados de
topônimos compostos (no caso, Mato Grosso).
Questão 03
Ano: 2012
Órgão: INEP
Prova: Pesquisador-Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais
9
c) imprecindível – porque
d) imprecindível – por que
e) imprescindível – por quê
Gabarito: A
Comentários:
PORQUE
Trata-se de uma das conjunções explicativas possíveis,
assim como pois, uma vez que, porquanto, entre outras. É
utilizado nas respostas às perguntas feitas com o “Por que”
estudado no tópico 1.1.
Respondendo à pergunta sobre a demora do concurso, eu
diria “Porque o Universo está providenciando mais tempo para
você estudar, caro aluno!”.
POR QUÊ
A forma separada e com acento ocorre quando o “que”
está diante de ponto final, interrogação, exclamação ou
reticências. Por conta dessa posição no final da frase, o “que”
passa a ser tônico e recebe o acento circunflexo: “Você não sabe
por quê? Senta aí, que eu vou te contar.”
PORQUÊ
10
Nesse último caso, trata-se de um substantivo. Quando
está junto e com acento, ele designa um objeto abstrato que
tem como sinônimo razão, causa.
Vejamos em dois exemplos: “Eu quero entender o porquê
dessa demora toda”; “Existem muitos porquês possíveis para a
atitude dela”.
Uma dica sempre válida para identificá-lo é verificar a
possibilidade de ele ser antecedido por um artigo
(determinante), uma vez que é um substantivo.
4. A frase do enunciado da questão se enquadra no tópico 1.1. Sendo assim,
temos “É imprescindível descobrir por que houve a falha na produção”.
Questão 04
Ano: 2013
Órgão: MPE-SP
Prova: Analista de Promotoria II
Primeiro entrava a mulher, receosa; agora chegava o amante, a cara ferida pela
chicotada de um galho. Admiravelmente ela estancava o sangue com seus beijos,
mas ele recusava as carícias, não havia vindo para repetir as cerimônias de uma
paixão secreta, protegida por um mundo de folhas secas e caminhos furtivos. O
punhal ficava momo contra seu peito, e debaixo pulsava a liberdade escondida.
Um diálogo ardente corria pelas páginas como um riacho de serpentes, e sentia-
se que tudo estava decidido desde sempre. Até essas carícias que envolviam o
corpo do amante, como querendo retê-lo e dissuadi-lo, desenhavam
abominavelmente a figura de outro corpo que era necessário destruir. Nada havia
sido esquecido: desculpas, azares, possíveis erros. A partir dessa hora cada
instante tinha seu emprego minuciosamente atribuído. O impiedoso duplo
reexame se interrompia apenas para que uma mão acariciasse uma face.
Começava a anoitecer.
11
II. Durante a ______, os deputados entraram em discussão.
Gabarito: C
Comentários:
Questão 05
Ano: 2016
Órgão: COMLURB
Prova: Técnico de Segurança do Trabalho
12
abaixo e assinale a que apresenta somente palavras acentuadas
corretamente.
Gabarito: C
Comentários:
13
PONTUAÇÃO
Questão 01
Ano: 2015
Órgão: MGS
Prova: Pedagogo
Bem-vindo. E parabéns. Estou encantado com seu sucesso. Chegar aqui não
foi fácil, eu sei. Na verdade, suspeito que foi um pouco mais difícil do que você
imagina.
Para início de conversa, para você estar aqui agora, trilhões de átomos
agitados tiveram de se reunir de uma maneira, intricada e intrigantemente
providencial a fim de criá-lo. É uma organização tão especializada e particular
que nunca antes foi tentada e só existirá desta vez. Nos próximos anos
(esperamos), essas partículas minúsculas se dedicarão totalmente aos bilhões de
esforços jeitosos e cooperativos necessários para mantê-lo intacto e deixá-lo
experimentar o estado agradabilíssimo, mas ao qual não damos o devido valor,
conhecido como existência.
Por que os átomos se dão esse trabalho é um enigma. Ser você não é uma
experiência gratificante no nível atômico. Apesar de toda a atenção dedicada,
seus átomos na verdade nem ligam para você - eles nem sequer sabem que você
existe. Não sabem nem que eles existem. São partículas insensíveis, afinal, e nem
estão vivas. (A ideia de que se você se desintegrasse, arrancando com uma pinça
um átomo de cada vez, produziria um montículo de poeira atômica fina, sem
nenhum sinal de vida, mas que constituiria você, é meio sinistra.) No entanto,
durante sua existência, eles responderão a um só impulso dominante: fazer com
que você seja você.
(BRYSON, Bill. Breve história de quase tudo. Trad. de Ivo Korytowski. São
Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 11)
14
d) “Apesar de toda a atenção dedicada, seus átomos, na verdade, nem ligam
para você".
Gabarito: D
Comentários:
15
Questão 02
Ano: 2016
Órgão: TCM-RJ
Prova: Técnico de Controle Externo
Gabarito: D
Comentários:
Questão 03
Ano: 2016
Órgão: COMLURB
Prova: Engenheiro de segurança do trabalho
17
Leia a afirmativa abaixo, retirada do texto, e assinale a resposta
correta:
Gabarito: D
Comentários:
1. A letra ‘a’ está incorreta, uma vez que o plural de “cidadão” é “cidadãos”,
conforme consta da afirmativa apresentada.
2. A letra ‘b’ acusa um erro de pontuação em “(...) cidadãos, ao passo (...)”
que não existe de fato. A vírgula está adequadamente empregada para
separar uma oração subordinada adverbial anteposta à oração principal.
3. A letra ‘c’ está incorreta ao afirmar que a palavra “países” não deve ser
acentuada, porque temos um i tônico que forma um hiato com a vogal
anterior. Uma vez que a palavra seja paroxítona, o acento em tal contexto
apenas não aconteceria em dois casos:
a. se a vogal do hiato estivesse diante do dígrafo nh, como em rainha;
b. se diante da vogal em hiato houvesse um ditongo decrescente,
como em feiura.
i. Ressalte-se que a regra explicada na letra b é decorrente do
Novo Acordo Ortográfico.
4. A letra ‘d’, gabarito da questão, acerta ao afirmar que o trecho apresenta
erro de pontuação em “(...) individual ou coletivo, são aplicadas (...)”, pois
a vírgula aí empregada fere a regra de não se poder separar o sujeito do
seu verbo. Portanto, ela não deveria existir.
18
Questão 04
Ano: 2016
Órgão: COMLURB
Prova: Engenheiro de segurança do trabalho
Gabarito: A
Comentários:
20
Questão 05
Ano: 2016
Órgão: COMLURB
Prova: Técnico de Segurança do Trabalho
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a) O quadro de Segurança do Trabalho, de uma empresa compõe-se de uma
equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.
b) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa, compõe-se de uma
equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.
c) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma
equipe multidisciplinar composta por: Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.
d) O quadro de, Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se, de uma
equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.
Gabarito: C
Comentários:
22
Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. A pontuação
proposta também está equivocada, uma vez indevido o emprego
da primeira vírgula – as demais estão corretas. Não se pode separar
o sujeito de seu predicado.
c. Letra ‘d’ – O quadro de, Segurança do Trabalho de uma empresa
compõe-se, de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico
de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho,
Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Também incorreta,
a pontuação proposta separa a forma verbal “compõe-se” do seu
complemento “de uma equipe multidisciplinar”. Isso, conforme já
visto em outras questões, não é gramaticalmente aceito.
d. Letra ‘c’ – O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa
compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por: Técnico
de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho,
Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Eis a alternativa
correta.
Questão 06
Ano: 2016
Órgão: Câmara Municipal de Araraquara - SP
Prova: Assistente
Gabarito: B
Comentários:
23
1. Questão no mesmo formato da anterior. Ressalto que ela induz o
candidato ao erro, pois o enunciado pede a pontuação que “não deixa a
frase incorreta”. Ou seja, ele pede a alternativa cuja pontuação esteja
CORRETA.
2. A versão original do texto destacado, “Com as novas tecnologias, a
velocidade da informação e o processo comunicacional tornam-se cada
vez mais complexos e consequentemente de mais difícil compreensão”,
temos apenas a vírgula isolando o adjunto adverbial deslocado para o
início da oração.
3. Vamos analisar a pontuação proposta em cada uma das alternativas:
a. Letra ‘a’ – “Com as novas tecnologias a velocidade da informação e
o processo comunicacional, tornam-se cada vez mais complexos e,
consequentemente de mais difícil compreensão”. O primeiro erro a
ser apontado é a ausência de vírgula para isolar o adjunto adverbial
“Com as novas tecnologias, (...)” no começo da oração. Além disso,
a primeira vírgula grafada em vermelho está incorreta, porque
separa o sujeito do seu predicado. A segunda vírgula grafada em
vermelho, por sua vez, somente se justificaria se houvesse outra
após “consequentemente”, de modo a isolar este adjunto do
restante da oração.
b. Letra ‘c’ – “Com as novas tecnologias, a velocidade da informação
e o processo comunicacional tornam-se cada vez mais complexos
e, consequentemente de mais difícil compreensão”. A vírgula
grafada em vermelho, assim como na letra ‘a’, somente se
justificaria se houvesse outra após “consequentemente”, de modo
a isolar este adjunto do restante da oração.
c. Letra ‘d’ – “Com as novas tecnologias, a velocidade da informação,
e o processo comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e
consequentemente, de mais difícil compreensão”. A primeira
vírgula grafada em vermelho está, equivocadamente, separando os
dois núcleos do sujeito composto “a velocidade da informação e o
processo comunicacional”. A segunda, por sua vez, somente se
justificaria se houvesse outra antes de “consequentemente”, de
modo a isolar este adjunto do restante da oração.
d. Letra ‘b’ – ”Com as novas tecnologias, a velocidade da informação
e o processo comunicacional tornam-se cada vez mais complexos
e, consequentemente, de mais difícil compreensão”. Alternativa
correta.
24
Questão 07
Ano: 2017
Órgão: EBSERH
Prova: Assistente Administrativo
Vivendo e...
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola
de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do
polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha quando era garoto.
Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o significado da
palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude.
Gude era gude.
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para
dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive
variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei que jeito é
esse. [...]
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)
Gabarito: C
Comentários:
25
6. Ressalte-se que as reticências também podem caracterizar uma
enumeração infinita (ou, para ser mais acertado, indeterminada),
conforme consta da letra ‘c’, porém não é este o caso.
Questão 08
Ano: 2016
Órgão: EBSERH
Prova: Advogado
Minhas
maturidade
Circunspecção, siso, prudência.
(Mario Prata)
É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos
50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer
Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com
tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo
muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.
E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma posição
menos incômoda, acertando as pontas.
[...]
Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz de
assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.
É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.
Homem maduro não bebe, vai à praia.
Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o
corpo é ligeiramente imaturo.
Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda estão,
finalmente, acabando. Restam uns cinco.
Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.
O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?
Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já foi
assim.
[...]
Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar
as luzes da casa.
O homem maduro faz palavras cruzadas!
Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.
A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega
pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.
O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas
imaturas.
Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos
imaturos.
Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar os
dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.
26
O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.
Meu Deus, o que será de nós, os maduros?
Gabarito: E
Comentários:
27
Questão 09
Ano: 2014
Órgão: PC-RJ
Prova: Papiloscopista Policial
Notícia de Jornal
(Fernando Sabino)
28
Assinale a alternativa que melhor explica a função do travessão no fragmento
transcrito a seguir:
Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um
bicho, uma coisa - não é um homem.” (5º §)
Gabarito: C
Comentários:
Questão 10
Ano: 2016
Órgão: EBSERH
Prova: Técnico em Segurança do Trabalho
29
que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica
de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não
se amargura?
[...]
Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na mão
lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de florzinha
branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas coloridas), hoje
aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser simplesmente à cidade
vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema, indo a restaurante
(pode ser o de quilo, ali na esquina), eventualmente namorando ou casando de
novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma excursão com os
filhos. Tudo isso sem esquecer a universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela
primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com
alguma nova amiga.
[...]
Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros
e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das
pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos acusadores,
acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias
palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como
dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias
exageradas, dos remendos e intervenções para manter ou recuperar a “beleza”.
A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos. Precisa
acreditar em alguma coisa.
(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)
Gabarito: B
Comentários:
30
b. Para fazer sobressair termos ou expressões geralmente não
peculiares à linguagem de quem fala;
c. Para acentuar o valor significativo de uma palavra ou expressão;
d. Para realçar ironicamente uma palavra ou expressão.
3. A autora utilizou as aspas sobre a palavra “beleza”, o que, dentro da
construção do texto, evidencia o uso descrito em 2d. Lembremos que o
realce irônico tem por função apontar o contrário do que diz. Sendo assim,
todo o movimento de desconstrução da beleza atrelada à juventude que
a autora perfaz em sua coluna ganha reforço gráfico com a referência à
palavra beleza entre aspas.
31
CRASE
Questão 01
Ano: 2017
Órgão: EBSERH
Prova: Advogado
Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o
que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]
Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso
diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se
estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou
uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas.
Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça.
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...
- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de
coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras
mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos
sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.
- Bom rapaz. Bom rapaz.
Como se isso estivesse me interessando...
Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas.
De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto”
e leio sempre). [...]
Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um
enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra.
Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...]
Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fino.
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São Paulo:
Ática, 1996)
Vocabulário:
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção
científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-
guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos
qualquer sentimento e vontade de revolução.
32
O emprego do acento grave em “Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos
de confiança.“ (5º§) justifica-se pela mesma razão do que ocorre no
seguinte exemplo:
Gabarito: C
Comentários:
Questão 02
Ano: 2016
Órgão: Prefeitura de Jandira - SP
Prova: Enfermeiro
Encontro
Com atenção não seria difícil descobrir pequenas mudanças: os cabelos mais
claros, e entretanto com menos luz e vida; a boca pintada com um desenho
diferente, e o batom mais escuro. Impossível negar uma tênue, fina ruga – quase
estimável. Mas naquele instante, diante da amiga amada que não via há muito
tempo, não eram essas pequenas coisas que intrigavam o seu olhar afetuoso e
melancólico. Havia certa mudança imponderável, e difícil de localizar – a voz ou
o jeito de falar, o tom ao mesmo tempo mais desembaraçado e mais sereno?
E mesmo no talhe do corpo (o pequeno cinto vermelho era, pensou ele, uma
inabilidade: aumentava-lhe a cintura), na relação entre o corpo e os membros,
havia uma sutil mudança.
33
Sim, ela estava mais elegante, mais precisa em seu desenho, mas perdera
alguma indizível graça elástica do tempo em que não precisava fazer regime para
emagrecer e era menos consciente de seu próprio corpo, como que o abandonava
com certa moleza, distraída das próprias linhas e dos gestos cuja beleza
imprevista ele fora descobrindo devagar, com uma longa delícia.
Por um instante, enquanto conversava com outras pessoas presentes assuntos
sem importância, ele tentou imaginar que impressão teria agora se a visse pela
primeira vez, se aquela imagem não estivesse, dentro de seus olhos e de sua
alma, fundida a tantas outras imagens dela mesma perdidas no espaço e no
tempo. Não tinha dúvida de que a acharia muito bonita, pois ela continuava bela,
talvez mais bem vestida; não tinha dúvida mesmo de que, como da primeira vez
que a vira, receberia sua beleza como um choque, uma bênção e um leve pânico,
tanto a sua radiosa formosura dá uma vida e um sentido novo a qualquer
ambiente, traz essa vibração especial que só certas mulheres realmente belas
produzem. Mas de algum modo esse deslumbramento seria diferente do antigo
– como se ela estivesse mais pessoa, com mais graça e finura de mulher, menos
graça e abandono de animal jovem.
O grupo moveu-se para tomar lugar em uma mesa no fundo do bar. Ele andou a
seu lado um instante (como tinham andado lado a lado!), mas não quis sentar,
recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho naquela roda. Despediu-
se. E quando estendeu a mão àquela que tanto amara, e recebeu, como
antigamente, seu olhar claro e amigo, quase carinhoso, sentiu uma coisa boa
dentro de si, uma certeza de que nem tudo se perde na confusão da vida e que
uma vaga mas imperecível ternura é o prêmio dos que muito souberam amar.
(BRAGA, Rubem. O verão e as mulheres. Rio de Janeiro, ed. Record, 10ª ed., 2008)
Gabarito: D
Comentários:
34
“estendeu a mão ÀQUELA que tanto amara”. Desse modo, a crase ocorre
normalmente.
3. A letra ‘c’ diz que o acento grave deveria ser deslocado para o a que
antecede “mão”. Contudo, vimos no tópico anterior que a mão consiste
no objeto direito da forma verbal “estendeu”, sendo este ‘a’ apenas um
artigo. Se a crase é a fusão de dois elementos, um único elemento não
pode justificar o fenômeno. A alternativa em comento também está
errada.
4. A letra ‘d’ é a correta, conforme análise feita no tópico 2.
Questão 03
Ano: 2016
Órgão: COMLURB
Prova: Técnico de Segurança do Trabalho
35
Leia o texto abaixo e identifique qual das alternativas apresenta
correta aplicação de crase, seguindo a mesma lógica do texto.
Gabarito: A
Comentários:
36
Questão 04
Ano: 2016
Órgão: Câmara Municipal de Araraquara - SP
Prova: Assistente
Gabarito: C
Comentários:
37
Questão 05
Ano: 2016
Órgão: EBSERH
Prova: Técnico de enfermagem
Rito de Passagem
Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai, fiz
a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um barbeiro
cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma complexa
emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de melancolia. O
seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um homem. O tempo
passou.
Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava barba.
Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se constitui numa
garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas prezada como tal. Fazer
a barba é um rito de passagem.
Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é uma
revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina aborrecida.
Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver livre do
barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no espelho, e
constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem - o ato de
barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.
Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância ficou
pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do espelho já
não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que seremos. E os
pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo sonhos e fantasias
que não mais voltarão.
É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como a
própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos. Cresce
mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando certamente
o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem entender.
(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre: L&PM, 2003)
Gabarito: E
Comentários:
38
1. Todas as alternativas apresentam o verbo “passar”, que, no contexto em
que foi aplicado, é transitivo indireto e rege complemento iniciado pela
preposição a. Logo, asseguramos a existência da preposição e passaremos
a verificar a existência do artigo feminino para verificar em qual assertiva
a crase ocorre de forma correta.
2. Vamos comentar cada uma das alternativas:
a. Na letra ‘a’, a crase está ocorrendo diante do pronome
demonstrativo “esta”, o que não é possível. A crase só pode ocorrer
com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo,
pela fusão da preposição a com a letra a que inicia estes pronomes.
b. Na letra ‘b’, a crase está ocorrendo em “à situações”, o que também
não é possível. Como “situações” está no plural, o artigo também
está no plural – as. Sendo assim, restariam somente as duas
opções de registro a seguir: A SITUAÇÕES ou ÀS SITUAÇÕES.
c. A letra ‘c’ traz “passa à fazer”, porém não é possível a ocorrência
da crase diante de verbos no infinitivo, uma vez que estes não
admitem a determinação no feminino.
d. A letra ‘d’, por fim, traz a ocorrência mais flagrantemente
equivocada, dado que traz a crase diante de um artigo masculino.
A presença do artigo feminino é condição indispensável para
ocorrência do fenômeno, do contrário haverá somente a preposição
a.
Questão 06
Ano: 2015
Órgão: EMBASA
Prova: Enfermeiro do Trabalho
39
não passarem mais fome, e aí não pode porque é sustentar vagabundo (...).
Moral da história: deixa os outros ajudarem quem bem entenderem, já que você
não vai ajudar ninguém".
Todo vegetariano diz que a parte difícil de não comer carne não é não comer
carne. Chato mesmo é aguentar a reação dos carnívoros: “De onde você tira a
proteína? Você tem pena de bicho? Mas de rúcula você não tem pena? E das
pessoas que colhem a rúcula, você não tem pena? E dos peruanos que não
podem mais comprar quinoa e estão morrendo de fome?"
O estranho é que, independentemente da sua orientação em relação à carne,
não há quem não concorde que o vegetarianismo seria melhor para o mundo,
seja do ponto de vista dos animais, ou do meio ambiente, ou da saúde, ou de
tudo junto. O problema é exatamente esse: alguém fazendo alguma coisa lembra
a gente de que a gente não está fazendo nada. Quando o vizinho separa o lixo,
você se sente mal por não separar. A solução? Xingar o vizinho, esse hipócrita
que separa o lixo, mas fuma cigarro. Assim é fácil, vizinho.
Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado em
provar que a pessoa que faz alguma coisa está errada — melhor seria se usasse
essa energia para tentar mudar, de fato, alguma coisa. Como diria minha avó:
não quer ajudar, não atrapalha.
Gabarito: A
Comentários:
40
artigo, a redação “à uma” está equivocada, pois pressupõe o
convívio da preposição a, do artigo a e do artigo uma.
b. Letra ‘c’ – “em relação à alimentar-se” também está incorreto. Não
ocorre crase diante de verbo no infinitivo, pois este não admite
determinante (artigo) diante dele. Só acontece de um artigo vir
diante de uma forma infinitiva quando, por derivação imprópria,
ocorrer sua substantivação. Exemplo: “Quando se é pai, o alimentar
passa a ser uma experiência cotidiana”. De todo modo, não há que
se falar em crase.
c. Letra ‘d’ – “em relação à comidas” faz, também equivocadamente,
uma confusão quanto ao artigo que determina o substantivo
“comidas”. Como está no plural, seu determinante é as, e não a.
Desse modo, seria possível grafar apenas “a comidas”, ou “às
comidas”.
d. Letra ‘a’ – “em relação à escolha” está correto, pois se divide desta
forma: em relação a (prep.) + a (artigo) escolha, donde temos em
relação à escolha.
Questão 07
Ano: 2015
Órgão: Docas - PB
Prova: Assistente Administrativo
Quindins Quando sentiu que ia morrer, o Dr. Ariosto pediu para falar a sós
com a mulher, dona Quiléia (Quequé).
- Senta aí, Quequé.
Ela sentou na beira da cama. Protestou, chorosa, quando o marido disse que
sabia que estava no fim. Mas o Dr. Ariosto a acalmou. Os dois sabiam que ele
tinha pouco tempo de vida e era melhor que enfrentassem a situação sem drama.
Precisava contar uma coisa à mulher. Para morrerem paz. Contou, então, que
tinha outra família.
- O quê, Ariosto?!
Tinha. Pronto. Outra mulher, outros filhos, até outros netos. A dona Quiléia
iria saber de qualquer maneira, pois ele incluíra a outra família no seu
testamento. Mas tinha decidido contar ele mesmo. De viva, por assim dizer, voz.
Para que não ficasse aquela mentira entre eles. E para que dona Quiléia fosse
tolerante com a sua memória e com a outra. Promete, Quequé? Dona Quiléia
chorava muito. Só pôde fazer “sim” com a cabeça. Aliviado, o Dr. Ariosto deixou
a cabeça cair no travesseiro. Podia morrer em paz.
Mas aconteceu o seguinte: não morreu. Teve uma melhora surpreendente,
que os médicos não souberam explicar e que Dona Quiléia atribui à promessa
que fizera a seu santo. Em poucas semanas, estava fora de cama. Ainda precisa
de cuidados, é claro. Dona Quiléia tem que regular sua alimentação, dar remédio
na hora certa... Ficam os dois sentados na sala, olhando a televisão, em silêncio.
Um silêncio constrangido. O Dr. Ariosto arrependido de ter feito a confissão. A
Dona Quiléia achando que não fica bem se aproveitar de uma revelação que o
41
homem fez, afinal, no seu leito de morte. Simplesmente não tocam no assunto.
No outro dia o Dr. Ariosto teve permissão do médico para sair, pela primeira vez,
de casa. Arrumou-se. Pediu para chamarem um táxi.
- Quer que eu vá com você? - perguntou a mulher.
- Não precisa.
- Você demora? - Não, não. Vou só...
Não completou a frase. Ficaram mais alguns instantes na porta, em silêncio.
Depois ele disse:
- Bom. Tchau.
- Tchau.
Agora, tem uma coisa: Dona Quiléia não pagou a promessa ao santo. Ainda
compra quindins escondido e os come sozinha. Aliás, deu para comer quindões.
Grandes, enormes, translúcidos quindões.
(Luis Fernando Veríssimo)
Gabarito: D
Comentários:
42
principal. É o verbo principal que determina a natureza do eventual
complemento exigido.
b. A letra ‘b’ está errada ao atribuir a crase à construção de uma
locução adverbial com vocábulo feminino, uma vez que “à mulher”
é complemento verbal.
c. A letra ‘c’ atribui a crase ao “a” inicial de uma locução prepositiva
com vocábulo feminino. Primeiramente, o a está no final da locução
prepositiva; além disso, o termo vocábulo feminino é muito
genérico e não resiste à especificação “complemento feminino”
constante da letra ‘d’.
Questão 08
Ano: 2013
Órgão: SEAP-DF
Prova: Professor - Atividades
Gabarito: D
Comentários:
43
à preposição a regida pelo verbo “voltou” e sacramenta a
ocorrência obrigatória da crase.
c. Na letra ‘c’, “Morte de bebês leva à punição de médico”, o verbo
“leva” rege o objeto indireto introduzido pela preposição a e o
complemento “punição” pede o artigo feminino a. Crase clássica.
Questão 09
Ano: 2013
Órgão: MPE-SP
Prova: Médico clínico
Gabarito: C
Comentários:
44
3. A letra ‘b’ também não apresenta erro, uma vez que em “a alameda”
ocorre tão somente o artigo definido feminino. Não há crase, portanto.
4. A letra ‘c’ também não apresenta erro, pois “a luz dos janelões” contém
tão somente o artigo feminino diante do substantivo feminino “luz”.
Poderia até se tratar de uma locução adverbial, caso em que a crase
ocorreria (à luz de), mas o contexto do fragmento no texto original dissipa
tal hipótese.
5. Na letra ‘d’, a preposição a se encontra diante do pronome demonstrativo
“essa”. Como já vimos no item 1 da questão 01, a crase só acontece com
os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) ou aquilo.
6. Por fim, o gabarito, letra ‘e’. Pela clareza, copio as palavras de Napoleão
Mendes de Almeida a respeito da não ocorrência da crase diante da
palavra casa (pp. 60 e 61 da 46ª edição da Gramática Metódica da Língua
Portuguesa):
Possuímos duas palavras femininas que, ordinariamente,
não admitem o artigo: casa, na acepção de moradia, residência:
“Vim de casa” – “Estive em casa” – “Ó de casa” – são expressões
que mostram claramente a não existência do artigo antes do
vocábulo casa, pois do contrário as expressões seriam “Vim da
casa” – “Estive na casa” – “Ó da casa”. Daqui facilmente
concluiremos ser erro crasear o a antes dessa palavra, quando
empregada com o sentido de lar, residência, domicílio: “Eu vou
a casa”, e não: “Eu vou à casa”.
Se, porém, o vocábulo casa vier seguido de uma
especificação qualquer, como “A Casa X”, “A casa de Pedro”, é
admissível e necessária a crase (quando, naturalmente, essa
palavra estiver em relação complementar). “Fui à Casa Anglo-
Brasileira” – “Dirigi-me à casa de Pedro” – “Irei à Casa da Moeda”
– pois, aplicando-se a segunda regra prática, diremos: “Estive na
Casa da Moeda” – “Vim da casa de Pedro”.
Questão 10
Ano: 2013
Órgão: PC-RJ
Prova: Oficial de Cartório
45
Segundo Geovana, uma funcionária abordou dizendo que não era
permitido dar de mamar no espaço de leitura do Sesc e pediu que ela fosse à
sala de amamentação.
Trata-se de um espaço pequeno, com um micro-ondas para esquentar
papinhas e mamadeiras e uma poltrona, que, naquele momento, estava ocupada
por um pai que dava comida para o filho.
“Fiquei sem entender, mas, apesar do incômodo, tirei a Sofia do peito.
Alegaram que outras crianças poderiam ficar olhando e até sentir vontade de
mamar”, conta.
Geovana encaminhou a reclamação ao Sesc e desabafou no Facebook.
Gerei um burburinho e encontrei outras mães que já tinham tido esse problema
aqui.”
[...]
O Sesc Belenzinho afirmou que a proibição a Geovana foi um erro pontual
de uma funcionária. Coordenadores da unidade acompanharam o “mamaço” e
pediram desculpas às mães presentes.
Gabarito: E
Comentários:
1. A questão pede para assinalarmos a alternativa que faz uma análise
incorreta sobre o uso do acento grave nos dois fragmentos do texto
constantes do enunciado.
2. Quanto ao primeiro fragmento, “Em meio a fotografias de animais
selvagens”, há três afirmações:
a. A letra ‘a’ diz que a crase aí é proibida, o que está correto. Uma vez
que “fotografias” está no plural, a preposição (a) não coincide com
o artigo ausente (as) e a crase não ocorre. A redação da
reportagem, portanto, está correta.
46
b. A letra ‘d’ também está correta ao dizer que haveria a crase se o
artigo estivesse presente, pois a + as = às. Assim, teríamos “Em
meio às fotografias (...)”.
c. A letra ‘e’ diz que deveria ocorrer crase obrigatoriamente, o que
contradiz a letra ‘a’, que já vimos estar correta. É o gabarito da
questão.
3. Quanto ao segundo fragmento, “O Sesc Belenzinho afirmou que a
proibição a Geovana”, são feitas duas afirmações.
a. A letra ‘b’ diz que não pode haver crase. A banca
b. A letra ‘c’ diz que poderia ocorrer crase sem alteração do sentido.
47
FUNÇÕES MORFOSSINTÁTICAS DO “QUE” E DO “SE”
Questão 01
Ano: 2016
Órgão: EBSERH
Prova: Médico urologista
Questão 02
Ano: 2016
Órgão: EBSERH
Prova: Técnico em Segurança do Trabalho
49
novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma excursão com os
filhos. Tudo isso sem esquecer a universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela
primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com
alguma nova amiga.
[...]
Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros
e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das
pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos acusadores,
acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias
palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como
dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias
exageradas, dos remendos e intervenções para manter ou recuperar a “beleza”.
A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos. Precisa
acreditar em alguma coisa.
(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)
a) A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma necessita de projetos e
afetos.
b) A alma tem suas dores, e para que seja curada necessita de projetos e afetos.
c) A alma tem suas dores, e para que se sinta curada necessita de projetos e
afetos.
d) A alma tem suas dores, e para que a curem necessita de projetos e afetos.
e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita de projetos e
afetos.
Gabarito: A
Comentários:
50
3. A alternativa ‘c’ traz “para que se sinta curada”, texto em que a forma
verbal sentir-se está na voz ativa, porém subverte o sentido original.
4. A alternativa ‘d’ traz “para que a curem”, texto em que o verbo curar está
na voz ativa, porém subverte o sentido original.
5. A alternativa ‘e’ traz “para que busque a cura”, texto em que a forma
verbal busque está na voz ativa, porém subverte o sentido original.
6. Por fim, a alternativa ‘a’ traz para que “cure a si mesma”, revelando uma
interpretação possível a partir do uso da palavra se não como pronome
apassivador, mas como pronome reflexivo. A alma age e sofre
simultaneamente o efeito da ação verbal, que é curar.
Questão 03
Ano: 2016
Órgão: TCM-RJ
Prova: Técnico de Controle Externo
Meu engraxate
É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu
engraxate me deixou.
Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada.
Então me (1) inquietei, não sei que (2) doenças mortíferas, que (3) mudança
pra outras portas se passaram em mim, resolvi perguntar ao
menino que (4) trabalhava na outra cadeira. O menino é um retalho de
hungarês, cara de infeliz, não dá simpatia alguma. E tímido, o que torna
instintivamente a gente muito combinado com o universo no propósito de
desgraçar esses desgraçados de nascença. “Está vendendo bilhete de loteria”,
respondeu antipático, me (5) deixando numa perplexidade penosíssima: pronto!
Estava sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou um
dos que ficam fregueses e dão gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir
que tinha de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um
menino que, a gente ensinando, podia ficar engraxate bom.
(ANDRADE, Mário de. Os Filhos da Candinha. São Paulo, Martins, 1963. P. 167)
( ) Nas três ocorrências, a palavra que (2), (3) e (4) tem a mesma função
sintática.
( ) Nas duas ocorrências, a palavra me (1) e (5) refere-se ao narrador.
( ) A palavra que (4) pode ser classificada como pronome relativo.
( ) A palavra que (2) estabelece a coesão textual, retomando “doenças
mortíferas”.
51
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para
baixo.
a) V V F V
b) F V F V
c) F V V F
d) F F V V
Gabarito: C
Comentários:
52
Questão 04
Ano: 2016
Órgão: EBSERH
Prova: Técnico de enfermagem
Rito de Passagem
Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai, fiz
a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um barbeiro
cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma complexa
emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de melancolia. O
seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um homem. O tempo
passou.
Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava barba.
Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se constitui numa
garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas prezada como tal. Fazer
a barba é um rito de passagem.
Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é uma
revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina aborrecida.
Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver livre do
barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no espelho, e
constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem - o ato de
barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.
Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância ficou
pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do espelho já
não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que seremos. E os
pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo sonhos e fantasias
que não mais voltarão.
É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como a
própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos. Cresce
mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando certamente
o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem entender.
(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:
L&PM, 2003)
Em “o rosto que nos mira do espelho já não é mais o rosto da
criança que fomos” (4°§), os termos em destaque têm sua correta
classificação gramatical indicada em:
Gabarito: C
Comentários:
53
1. A partir do texto das alternativas, é possível saber que a banca está
cobrando do candidato o conhecimento sobre a classificação morfológica
das duas ocorrências do que sublinhadas no trecho destacado.
2. A primeira, “o rosto que nos mira (...)”, evidencia tratar-se de um
pronome relativo cujo antecedente é “rosto”. Note que o que pode ser
devidamente substituído por o qual.
3. A segunda ocorrência, “(...) não é mais o rosto da criança que fomos”,
traz novamente um pronome relativo, mas de referente distinto:
“criança”. Tal como o primeiro que, é possível substituí-lo por a qual.
4. Do exposto, o gabarito é letra ‘c’: ambos são pronomes relativos, porém
os referentes são distintos.
Questão 05
Ano: 2015
Órgão: SAEB-BA
Prova: Analista
Gabarito: E
Comentários:
55
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
56
é aquilo que é atual, que ocorre agora. Sendo assim, peguemos
essa ideia de atualização permanente daquilo que acontece para
entendermos o sentido dessa função.
i. A função fática se relaciona, então, com o teste do canal,
para assegurar que o fluxo da comunicação está livre e
operante. O exemplo clássico é a saudação telefônica “Alô!”,
como quem diz “podemos nos falar a partir deste momento”.
f. METALINGUÍSTICA – ocorre quando o centro da atenção do texto
é o próprio código, ou seja, o próprio sistema de signos. Um filme
que fala de cinema, um dicionário (que usa palavra para falar de
palavras), entre outros exemplos.
5. Sendo assim, as funções da linguagem têm a natureza de ligar os
elementos envolvidos na comunicação com as possibilidades funcionais
que estes encerram, e são classificados em número de 6: emotiva,
apelativa, referencial, poética, fática e metalinguística.
Questão 01
Ano: 2015
Órgão: Docas - PB
Prova: Contador
a) emotiva e poética
57
b) apelativa e referencial
c) metalinguística e fática
d) referencial e emotiva
Gabarito: A
Comentários:
Questão 02
Ano: 2014
Órgão: PC-RJ
Prova: Papiloscopista Policial
Texto I
Notícia de Jornal
(Fernando Sabino)
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem
de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem
socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada
durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma
ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas
regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem)
afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de
Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu
de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto
Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de
fome.
58
Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes.
Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um
anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa
- não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes,
que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do
homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até
mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua
morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e
sem perdão.
Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha,
por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o
homem morrer de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente
vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes,
que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As
autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem.
Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada
mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena
rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da
Guanabara, um homem morreu de fome.
Texto II
O Bicho
(Manuel Bandeira)
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
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Tanto na crônica (Texto I) quanto no poema (Texto II) os enunciadores não se
limitam a apresentar o fato; eles também buscam causar comoção em seus
leitores. A função de linguagem que melhor retrata esse objetivo e os trechos
que podem representar esse aspecto são, respectivamente:
Gabarito: D
Comentários:
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Questão 03
Ano: 2014
Órgão: PC-RJ
Prova: Papiloscopista Policial
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou
a atenção da comunidade internacional, mas nada sugere que as medidas até
agora adotadas para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes.
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações registradas
neste ano ocorreram nas últimas três semanas, e as mais de 2.000 mortes
atestam a força da enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de
Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a
epidemia está fora de controle.
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De um lado, as
condições sanitárias e econômicas dos países afetados são as piores possíveis.
De outro, a Organização Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com
celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas
localidades afetadas.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas
financeiros. Só 20% dos recursos da entidade vêm de contribuições
compulsórias dos países-membros – o restante é formado por doações
voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, e a
organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual, hoje de
quase US$ 4 bilhões. Para comparação, o CDC dos EUA contou, somente no
ano de 2013, com cerca de US$ 6 bilhões.
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A agência passou a
dar mais ênfase à luta contra enfermidades globais crônicas, como doenças
coronárias e diabetes. O departamento de respostas a epidemias e pandemias
foi dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais experimentados
deixaram seus cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para reconhecer a
gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais possível enfrentá-lo
de Genebra, cidade suíça sede da OMS. Tornou-se crucial estabelecer um
comando central na África Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera-se também maior comprometimento das potências mundiais,
sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que possuem antigos laços com
Libéria, Serra Leoa e Guiné, respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio enorme, mas é
ainda maior a necessidade de agir com rapidez. Nessa batalha global contra o
ebola, todo tempo perdido conta a favor da doença.
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A função da linguagem predominante no texto “Corrida contra o ebola” é a:
a) metalinguística
b) emotiva
c) fática
d) referencial
e) apelativa
Gabarito: D
Comentários:
Questão 04
Ano: 2014
Banca: IBFC
Órgão: TRE-AM
Prazeres mútuos
(Danuza Leão)
É normal, quando você vê uma criança bonita, dizer “mas que linda”,
“que olhos lindos”, ou coisas no gênero. Mas esses elogios, que fazemos tão
naturalmente quando se trata de uma criança ou até de um cachorrinho,
dificilmente fazemos a um adulto. Isso me ocorreu quando outro dia conheci,
no meio de várias pessoas, uma moça que tinha cabelos lindos. Apesar da
minha admiração, fiquei calada, mas percebi minha dificuldade, que aliás não é
só minha, acho que é geral. Por que eu não conseguia elogiar seus cabelos?
Fiquei remoendo meus pensamentos (e minha dificuldade), fiz um
esforço (que não foi pequeno) e consegui dizer: “que cabelos lindos você tem”.
Ela, que estava séria, abriu um grande sorriso, toda feliz, e sem dúvida passou
a gostar um pouquinho de mim naquele minuto, mesmo que nunca mais nos
vejamos.
Fiquei pensando: é preciso se exercitar e dizer coisas boas às pessoas,
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homens e mulheres, quando elas existem. Não sei a quem faz mais bem, se a
quem ouve ou a quem diz; mas por que, por que, essa dificuldade? Será falta
de generosidade? Inveja? Inibição? Há quanto tempo ninguém diz que você
está linda ou que tem olhos lindos, como ouvia quando criança? Nem mesmo
quando um homem está paquerando uma mulher ele costuma fazer um elogio,
só alguns, mais tarde, num momento de intimidade e quando é uma bobagem,
como “você tem um pezinho lindo”. Mas sentar numa mesa para jantar pela
primeira vez, só os dois, e dizer, com naturalidade, “que olhos lindos você tem”,
é difícil de acontecer.
Notar alguma coisa de errado é fácil; não se diz a ninguém que ele tem o
nariz torto, mas, se for alguém que estiver em outra mesa, o comentário é
espontâneo e inevitável. Podemos ouvir que a alça do sutiã está aparecendo ou
que o rímel escorreu, mas há quanto tempo você não ouve de um homem que
tem braços lindos? A não ser que você seja modelo ou miss - e aí é uma
obrigação elogiar todas as partes do seu corpo-, os homens não elogiam mais
as mulheres, aliás, ninguém elogia ninguém.
E é tão bom receber um elogio; o da amiga que diz que você está um
arraso já é ótimo, mas, de uma pessoa que você acabou de conhecer e que
talvez não veja nunca mais, aquele elogio espontâneo e sincero, é das
melhores coisas da vida.
Fique atenta; quando chegar a um lugar e conhecer pessoas novas,
alguma coisa de alguma delas vai chamar a sua atenção e sua tendência será,
como sempre, ficar calada. Pois não fique. Faça um pequeno esforço e diga
alguma coisa que você notou e gostou; o quanto a achou simpática, como
parece tranquila, como seu anel é lindo, qualquer coisa. Todas as pessoas do
mundo têm alguma coisa de bom e bonito, nem que seja a expressão do olhar,
e ouvir isso, sobretudo de alguém que nunca se viu, é sempre muito bom.
Existe gente que faz disso uma profissão, e passa a vida elogiando os
outros, mas não é delas que estamos falando. Só vale se for de verdade, e se
você começar a se exercitar nesse jogo e, com sinceridade, elogiar o que
merece ser elogiado, irá espalhando alegrias e prazeres por onde passar, que
fatalmente reverterão para você mesma, porque a vida costuma ser assim.
Apesar de a vida ter me mostrado que nem sempre é assim, continuo
acreditando no que aprendi na infância, e isso me faz muito bem.
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Gabarito: B
Comentários:
Questão 05
Ano: 2013
Órgão: PC-RJ
Prova: Oficial de Cartório
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Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/11/1372731-maes-fazem-
mamaco-em-unidade-do-sesc-em-sao-paulo.shtml
(Acessado em 17/11/2013)
a) Referencial
b) Metalinguística
c) Fática
d) Conativa
e) Emotiva
Gabarito: A
Comentários:
1. O texto consiste em uma notícia do jornal Folha de São Paulo, o que, por
si só, nos remete a uma linguagem objetiva de relato de um fato, que se
relaciona com o elemento comunicativo do REFERENTE.
2. Verificando o corpo do texto, é possível visualizar que o conteúdo está
focado no assunto a ser tratado, narrando os episódios decorrentes a
partir do fato central: uma mãe ter sido proibida de amamentar sua filha
no espaço de leitura do Sesc Belenzinho, em São Paulo.
3. A função da linguagem predominante, portanto, é a REFERENCIAL.
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