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Abordagens

Humanistas
POR TAMIRES CATÃO
PSICOLOGIA
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Sejam
bem-vindos
muito
Olá, sou Tamires Catão, psicóloga especializada em
Gestalt-terapia.
Vamos embarcar juntos para compreender as
ABORDAGENS HUMANISTAS.

PSICÓLOGA/ C 09/ 01075


RP 5
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Introdução
A matéria de "Abordagens Humanistas" explora teorias e conceitos que
enfatizam a importância da experiência subjetiva, liberdade individual e
crescimento pessoal na compreensão do comportamento humano.
Destacam-se abordagens como a psicologia humanista de Abraham
Maslow e Carl Rogers, que buscam compreender a autenticidade,
autorrealização e a busca do significado na vida.
Transpessoal Abordage
centrada
m na
pessoa
Psicodram
a Logoterapia
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Índice
•Na década de 1960 surgiu, na
psicologia americana, o movimento chamado
de “terceira força em psicologia”, reflexo do
sentimento de descontentamento que
predominava contra os aspectos mecanicistas
e materialistas da cultura ocidental. — os quais
instruíam também a nossa profissão.

•Esse movimento visava humanizar a


atividade psicológica sem se limitar a ser apenas
mais uma revisão da teoria e de outras
abordagens, mas questionar algumas teses
psicológicas da psicanálise e do
behaviorismo, sistemas dominantes na época.
•Os psicólogos humanistas eram contrários a essas duas
correntes por considerar que ambas concentravam-
apenas em partes do ser humano, desatentos
se

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complexidade da pessoa pela ênfase nas partes (um,
à
comportamento
no observável a outra, na
dimensão inconsciente.

•A psicologia humanista nasce, pois, da


necessidade de ampliar a visão do homem,
que se achava limitada e restrita a apenas alguns
aspectos, a alguns elementos, segundo as
perspectivas behaviorista e psicanalítica”.
Tributária do pensamento holístico que também
vicejava nessa década, a vertente humanista da
psicologia afirmou ser a dimensão não
consciente, assim como o
observável, apenascomportamento
uma d
realidade
perspectivado homem, e não sua totalidade. a

A consideração pela dimensão consciente do homem retomou a questão da liberdade e do


presente e foi muito influenciada pela contribuição filosófica da fenomenologia e do exis
época.

Os humanistas também se opuseram às ideias


da psicanálise pelo fato de Freud ter se
baseado apenas em estudos de neuróticos e
psicóticos, sem observar as possibilidades
do indivíduo saudável.
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Principais ABRAHAM
MASLOW
CLARK
MOUSTAKAS
CARL ROGERS

Representantes
Para eles, quando se abria mão dos
aspectos positivos do ser
humano, focando apenas no lado
obscuro da personalidade, a
psicologia ignorava forças e
potencialidades da pessoa que os
humanistas se empenharam cm
recuperar em conceitos como
tendência à autorrealização,
status de homem consciente e
— ao retomar a questão da
liberdade como extensão conceitual Abraham Clark Carl

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Maslow Moustakas Rogers
— importância do momento
presente.
Maslo 07
w
A partir dessas críticas aos movimentos dominantes
na psicologia norte-americana, Maslow propôs o que
chamou de “terceira força da psicologia”, a
psicologia humanista, que se propunha:

1)Concentrar-se na experiência
humana, abandonando a pesquisa com animais;

2)Enfatizar que as experiências interiores


dos seres humanos são tão ou mais importantes
que seus comportamentos observáveis (embora
esses não possam ser desprezados.
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3)Determinar o que é o ser humano saudável


e estudar seus aspectos positivos: felicidade,
paz de espírito, êxtase;

4)Estudar os seres humanos como


organismos integrais, que não podem ser
divididos em partes para facilitar a observação;

5) Entender a “autorrealização”.
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O conceito de “autorrealização” é central no pensamento de
Maslow e implica o desenvolvimento máximo dos potenciais de
cada ser humano.

Para ele, todo ser humano nasce com um enorme potencial (o


mesmo para todo ser saudável, definido como em pleno
funcionamento de seu organismo físico e mental) que deve ser
“trabalhado” durante toda a vida ativa de cada indivíduo de modo a
ser “realizado”.

Ou seja, desvelado, revelado, deixando de ser um potencial para


tornar-se um recurso criativo disponível para uso (essa ideia levou
a psicologia humanista a também ser conhecida como movimento
do potencial humano).
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Assim, o “objetivo” psicológico existencial de cada
pessoa deveria ser desenvolver-se e atingir a
autorrealização: A realização plena de si como
obra do trabalho sobre si, na medida em que se
procuram atualizar os potenciais com os quais
se nasce.

É importante notar que, para Maslow,


potenciais só podem
esses ser desenvolvidos através de
um ato de vontade e do constante trabalho
consciente (essa ênfase na vontade consciente
implica outra importante ruptura de Maslow com a
psicanálise).
Para realizar esse potencial e atingir a
autorrealização, Maslow postulava ser necessário
percorrer uma escala, uma hierarquia de cinco
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necessidades conhecida como a pirâmide das
necessidades de Maslow, que são:

Necessidades
fisiológicas: tais
como fome, sede,
sexo
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Necessidades de segurança:
que vão da simples necessidade
de estar seguro dentro de uma
casa até formas mais
elaboradas de segurança, como
emprego, religião, entre outras.
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Necessidades de amor, afeição


e sentimentos de pertença, tais
como o afeto e o carinho dos
outros.
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Necessidades de estima, que


passam por duas vertentes: o
reconhecimento das nossas
capacidades pessoais (autoestima)
e o reconhecimento dos outros
ante nossa capacidade de
adequação às funções que
desempenhamos.
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Necessidades de autorrealização.
Quando o indivíduo procura tornar-
se aquilo que ele pode ser e que é
entendida como realização suprema
de todas as potencialidades
implícitas no humano.
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A abordagem Centrada na pessoa
• A Abordagem Centrada na Pessoa surge como reação aos paradigmas
psicanalítico e comportamentalista propondo uma diferente visão do ser
humano sobre a qual será criada uma nova forma de terapia: a terapia
centrada na pessoa.

• Carl Rogers (1902-1987) traz para a psicoterapia uma diferente perspectiva do


homem e, consequentemente, uma forma diversa de encarar a pessoa que
pede ajuda e a relação terapeuta/cliente.
Carl Rogers vê o ser humano como inerentemente dotado de liberdade e de poder
de escolha.

Mesmo nas condições mais adversas, mesmo sob as condicionantes mais severas, o ser
humano pode preservar e desenvolver alguma capacidade de autonomia e auto
determinação.

Sem subestimar o impacto negativo que as mais diversas situações podem ter sobre o
desenvolvimento e o bem-estar do indivíduo.

Rogers mantém a firme convicção de que o ser humano mantém, em algum grau, capacidade
para não se limitar a reagir aos acontecimentos e a ser por eles conduzido.

Pode, ainda assim, ser um agente criativo na realidade que o rodeia.


Por outro lado, o Homem é visto como sendo intrinsecamente motivado para um
processo construtivo.

É esta motivação, uma espécie de sabedoria do organismo, que o leva a


sobreviver, a manter a sua organização, a sarar, se for necessário, e a evoluir na
direção de uma progressiva complexidade e autonomia.

É a partir destes princípios gerais que a terapia não diretiva vai se fundamentar.

Essa não direção refere-se essencialmente à abstenção de juízos de valor, mas não
à ausência de compreensão, apoio e incluso ajuizamentos que possam lograr a
definição vital do cliente.

No entanto, para evitar confusões, Rogers substituiu o conceito de “não diretividade”


pelo de “centrado no cliente”, mais indicativo do processo e do seu arraigo na
experiência vivida pelo sujeito.
Conceitos fundamentais da Abordagem Centrada na Pessoa

• Método fenomenológico
• Pondo em suspenso a crença no valor dos juízos, conceitos e teorias a respeito do outro, a
terapia centrada na pessoa enfatiza a importância fundamental da experiência subjetiva e
pré-reflexiva como critério de conhecimento.

• Decorrendo desta atitude fenomenológica, o papel do terapeuta será assim o de, a partir do
ponto de vista fenomenal do cliente, procurar a compreensão da consciência vivencial da
experiência de si e do mundo.

• Para tal, propõe C. Rogers, o terapeuta tentará:


• "ver através dos olhos da outra pessoa, perceber o mundo tal como lhe
aparece, aceder, pelo menos parcialmente, ao quadro de referência interna da
outra pessoa“.
(...) A essência da terapia... é um encontro de duas pessoas, no
qual o terapeuta é aberta e livremente ele próprio e evidencia isto
talvez mais completamente, quando ele pode livre e com
receptividade entrar no mundo da outra. Rogers, 1980, p. 100- 101).
(...) O cliente sente-se confirmado (para usar o termo de Buber)
não somente no que ele é, mas em suas potencialidades. Pode
afirmar-se, temerosamente de estar certo, como uma pessoa única,
separada.

Pode tornar-se o arquiteto de seu próprio futuro através do


funcionamento de sua consciência. O que isso quer dizer é que já
que ele está mais aberto à sua experiência, pode permitir-se viver
simbolicamente em função de todas as possibilidades.

Pode consentidamente dar vida, em seus pensamentos e


sentimentos, aos impulsos criativos dentro de si mesmo, às
tendências destrutivas que ele descobre dentro de si, ao desafio do
crescimento, ao desafio da morte. Pode fazer face, em seu
consciente, ao que para ele significa ser, e o que lhe significa não
ser.

Torna-se uma pessoa humana autônoma capaz de ser o que é e de


escolher seu caminho. Este é o resultado da terapia, vista por esta
segunda tendência.
 Valoriza a relação Terapeuta Cliente.

 O terapeuta tem um papel fundamental no processo.

 Uma terapia não-diretiva: O terapeuta não está ali para dá sugestões ou


propor algum caminho.

 O terapeuta tenta traduzir a experiencia do cliente.

 Esse ser humano (cliente) é dotado de liberdade e tem o poder de escolha.

 O ser humano é capaz de se desenvolver mesmo com situações adversas.

 Ele se motiva para um processo construtivo.

 Essa motivação é uma espécie de sabedoria do organismo.


• Ver pelos olhos da outra pessoa.

• Perceber o mundo tal como aparece.

• Ser sensível ao mundo do cliente.

• O termo centrada no cliente não é um mero


contato de aproximação ou para criar
vinculo.

• É transmitir ao nosso cliente condições que


promovem a busca de si mesmo, que
possibilita a pessoa entrar em contato com
o seu próprio eu.
O termo centrada na pessoa...
• Entrar no mundo do cliente não é um mero
contato para ter aproximação ou algum
vinculo.

• É, na verdade, transmitir ao nosso cliente


condições que promovem o exercício da
busca de si mesmo.

• Possibilita a pessoa entrar em contato com


seu próprio eu.

• Não é uma mera etapa inicial do processo


destinada a fortalecer a relação, ou um
instrumento para melhor identificar a raiz dos
problemas.
•Tendencia atualizante.

•Para Rogers as pessoas escolhem caminhos e


ambiente que levam a pessoa a se atualizar.

•Motivação necessária e impulso, são expressões


da tendência do próprio organismo.

•Para atualização das suas capacidades e


potencialidades as pessoas são sensíveis a
situação no meio que podem facilitar ou dificultar
uma tendencia de atualização.

• Capacidade de ter consciência de si próprio.

•Conhecer e avaliar o seu próprio funcionamento.

•E aqui entramos no conceito importante para essa


abordagem Rogeriana: A Empatia.
• A compreensão empática.

•A empatia é, assim, o meio através do


qual o terapeuta se pode aproximar de um
"tipo particular de compreensão distinto de
outros tipos de compreensão resultantes
de enquadramentos exteriores, tais como
diagnósticos, julgamentos, ou
esclarecimento de
suposições.

•Capacidade de entrar no universo do


outro sendo sensível a significação de
suas vivências.

•Ajuda o cliente a tomar consciência


daquilo que ainda não foi claro pra ele,
mas respeitando o ritmo das suas próprias
descobertas.

•É uma dança sútil.


Exemplo na prática clínica...
• Chega um cliente com diagnóstico de Borderline: Por mais que sabemos do que se trata o transtorno,
preciso deixar com o que o outro fale da sua experiencia.

• Ele vai dar o próprio significado para sua experiencia.

• As experiencias vão acender a consciência possibilitando o autoconceito.

• Para que isso aconteça o terapeuta tem que criar condições sem colocar juízo de valor.

• Propiciando um olhar positivo incondicional.


Olhar positivo incondicional

• Aceitação genuína do outro que


se mantem constante
independente da situação ou
daquilo que é revelado.

• Reconhecer o outro sem


colocar nenhuma condição ou
critério.

• Um olhar positivo para qualquer


situação.
A relação terapêutica e o
processo de mudança.

• Incongruência.
• Uma percepção distorcida da
realidade que pode ser por parte
do cliente e também por parte do
terapeuta.

• O self cria condições afastadas da


realidade.

• Introjetar situações distorcidas.


• Exemplo Clínico: Cliente chega
achando que não fala bem, mas na
verdade é super comunicativo.
congruência refere-se à consistência interna, ao estado de integração psicológica do terapeuta
no espaço da relação.

Pode ser entendida como a preparação do terapeuta para poder experimentar as atitudes de compreensão empática
e olhar positivo incondicional.

Se o terapeuta, ele próprio, estiver incongruente, preso à rigidez das suas próprias defesas, como conseguirá
promover a fluidez do cliente ou estar aberto à sua diversidade e complexidade?
•Se tiver medo da dor,
como será ele capaz de
ouvir e de ajudar o cliente
a enfrentar a sua própria
dor?
•Se, na relação terapêutica, o terapeuta for confrontado com
experiências que lhe ameaçadoras, como manter o seu poder de
escuta e de compreensão, ou mesmo a sua capacidade em
discernir os seus sentimentos dos do cliente?
OBRIGAD
A
•OBRIGADA!
•ATÉ A PRÓXIMA AULA...

@tamirescatao.psi

(62) 99608-5598

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