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Curso de Bacharelado em Psicologia

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA-SEMINÁRIO

Muriaé-MG
30 de março de 2021
Curso de Bacharelado em Psicologia

HUMANISMO- PSICOLOGIA HUMANISTA

Trabalho apresentado a
unidade de ensino de história
da psicologia do Curso
Universitário da faculdade de
Minas- UNIFAMINAS.
Professor: Pablo
Acadêmicos: Agnaldo
Martins Daniel, Gustavo
Amorim Souza Matos, Jhon
Mark McClelland, Marcela
Proba Dutra, Nariany Carla
Marcelino Ferrari, Thays
Martins Laurindo de Oliveira e
Yasmin dos Santos
Nascimento.

Muriaé-MG
30 de março de 2021
INTRODUÇÃO
A Psicologia Humanista norte-americana surgiu há cerca de cinquenta anos, onde
se teve como origem em um dos principais trabalhos de Abraham Maslow. E então
nessa mesma década, ele se tonou um dos fundadores e impulsionadores dessa
escola de pensamento. O humanismo foi um movimento em diferença à Psicanálise
de Freud, mas não somente nisso, como também ao Behaviorismo. Os líderes do
movimento humanista levantaram suas vozes contra a imagem de homem e de
método científico defendidas pelo Behaviorismo e também contra a imagem de
homem e de método terapêutico da Psicanálise. Como afirma De Carvalho (1990), a
oposição ao Behaviorismo foi a posição que, pelo caminho da negação, mais
contribuiu para o estabelecimento conceitual da Psicologia Humanista. Os
Humanistas caracterizam o Behaviorismo como uma teoria em que o homem é visto
como um ser inanimado, um organismo puramente reativo, "uma coisa passiva
perdida, sem responsabilidade por seu próprio comportamento" (p. 33). Assim, o
Behaviorismo veria o homem como um conjunto de respostas a estímulos, ou seja,
uma coleção de hábitos independentes. Então, pode se dizer que o humanismo se
diferenciava dessas teorias, pois defendia que o homem não era regido por um
inconsciente e nem mesmo por fatores externos. Pode assim dizer que, enquanto a
psicanálise e o behaviorismo se concentravam em pensamentos e comportamentos
problemáticos do indivíduo, Maslow veio com interesse em saber o que fazia as
pessoas felizes e o que elas faziam para atingir esse objetivo.
Mais tarde, Carl Rogers, que foi um psicólogo humanista, concordou com as
pressuposições de Maslow e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se
autorrealizar, precisa de um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e
revelação), aceitação (ser aceito como é, sem imposição de condições) e empatia
(ser compreendido). Rogers complementa que sem isso, relacionamentos e
personalidades saudáveis não se desenvolvem como deveriam. Ele centrava seus
estudos e atenção no ser humano saudável. Logo, o considerava agente de sua
mudança, e não um ser humano doente à espera de fatores condicionantes. Rogers
denominou o indivíduo como cliente. O objetivo era aumentar a sua confiança no
processo, assim, surgindo um novo conceito de psicoterapia: A Terapia centrada
no cliente (pessoa). Carl Rogers acreditava que as pessoas são naturalmente boas
e estão sempre buscando o seu crescimento pessoal. Ele destacou a importância
do apoio incondicional, inclusive partindo dos psicólogos, para um tratamento
efetivo.

DESENVOLVIMENTO
Maslow criou uma escala de necessidades a serem satisfeitas e, a cada conquista,
nova necessidade se apresentava. Isso faria com que o indivíduo fosse buscando
sua autorrealização, pelas sucessivas necessidades satisfeitas, conforme gráfico
abaixo:
A hierarquia das necessidades de Maslow é representada por uma pirâmide.
Os cinco níveis de necessidades são, de baixo para cima:
• Necessidades fisiológicas: comida, água, sono, homeostase
(funcionamento do organismo em equilíbrio), sexo, respiração, excreção.
• Necessidades de segurança: segurança do corpo, família, emprego,
recursos.
• Necessidades Sociais: Família, amigos, comunidade.
• Necessidade de Estima: Aprovação da família, aprovação dos amigos,
respeito dos demais.
• Necessidade de Realização Pessoal: Crescimento pessoal,
autoconhecimento, realização de seu potencial, autocontrole, independência.
Os indivíduos buscam satisfazer, em primeiro lugar, suas necessidades fisiológicas.
Sem que essas necessidades sejam satisfeitas, o ser humano não consegue
avançar na hierarquia das necessidades. Depois que isso ocorre, o ser humano
busca satisfazer as necessidades de segurança. Em seguida, as necessidades
sociais. Depois a estima e por fim, chega no topo da pirâmide, em busca da sua
autorrealização. Maslow foi considerado um dos principais teóricos da motivação.
Para Maslow, as pessoas tem um desejo natural de buscar a autorrealização e têm
a capacidade de perseguir seus objetivos de forma independente e livre.
E Carl Rogers acreditava que os seres humanos têm um desejo básico, o de se
autorrealizar, isto é, atingir o nível mais elevado possível do seu potencial. Rogers
cita o exemplo de uma flor, que crescerá todo seu potencial se as condições como
ambiente, água e iluminação forem adequadas. Ao contrário das flores, cada
indivíduo humano é único, e se desenvolve de acordo com a sua personalidade,
sempre de maneira diferente um do outro.No humanismo, os seres humanos são
vistos como indivíduos ativos e donos de sua realização. Para Rogers, a capacidade
de se auto desenvolver está dentro de cada um. Porém, muitas vezes está
adormecida e precisa ser despertada. Esse despertar pode se dar através da
abordagem terapêutica humanista, com o auxílio do psicólogo. Este deve agir sem
julgar e sem direcioná-los a uma estratégia sem antes fazer uma confrontação.
Rogers defendia que o objetivo de sua abordagem terapêutica era escutar o cliente,
facilitar o autoconhecimento e ajudar a encontrar a sua definição de personalidade.
Rogers enfatizava acreditar que as pessoas são essencialmente boas e criativas, e
que as pessoas se tornam destrutivas somente quando um conceito ruim de si
mesmo e restrições externas se sobrepõem a valorização de suas capacidades.
HUMANISMO E A PESSOA TOTALMENTE FUNCIONAL
Ele descreve uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para chegar à
autorrealização, uma pessoa altamente funcional. Segundo o psicólogo, cinco
comportamentos e características indicam um indivíduo funcional:
1. Abertos à experiência
Pessoas abertas a viver experiências e que aceitam todas as emoções oriundas
delas, sendo positivas ou negativas. Pessoas altamente funcionais não negam as
emoções negativas, e sim, aprendem a trabalhá-las.
2. Vida existencial
São pessoas que dão um sentido à sua existência, são ativas e estão em constante
movimento, vivendo, aprendendo, existindo. Essas pessoas se preocupam em viver
o presente, sem deixar de considerar o passado ou futuro, mas aproveitando ao
máximo o momento atual.
3. Confiam nos sentimentos
Essas pessoas confiam nos seus sentimentos, instintos e reações. São pessoas
autoconfiantes e que prezam a sua capacidade de decidir e fazer escolhas certas.
4. Criatividade
Pessoas que possuem pensamento criativo e assumem riscos, agem com
criatividade e inovação para superar crises. Diz respeito a capacidade de se ajustar
às situações e buscar novas experiências.
5. Liberdade Experiencial
Uma pessoa feliz e autorrealizada está sempre em busca de preencher seu tempo
com novas experiências e emoções com liberdade e responsabilidade, fazendo o
que elas gostam e querem.
De acordo com Rogers, as pessoas em pleno funcionamento são equilibradas e
vivem de forma interessante, muitas vezes são reconhecidas como
empreendedoras e motivadoras.
HUMANISMO E O DESENVOLVIMENTO DE PERSONALIDADE
A teoria da personalidade de Rogers se apoia no “eu” ou autoconceito, cuja
definição é: “o conjunto organizado de percepções e crenças sobre si mesmo”.
Na psicologia humanista, o “eu” é a personalidade interior, comparada à “alma” da
psicologia de Freud.
Segundo Rogers, todas as pessoas buscam a congruência, o equilíbrio e
consistência entre a sua autoimagem e seu “eu ideal”.
No humanismo, o autoconceito inclui três elementos:
• Autoestima: É a avaliação que o indivíduo faz de si próprio, e como ele
valoriza as suas características individuais.
• Autoimagem: Como a pessoa se enxerga e se descreve. A autoimagem
afeta como uma pessoa pensa, sente e se comporta no mundo.
• Eu ideal: Como a pessoa gostaria de ser. Os conjuntos de valores,
comportamentos e características que uma pessoa gostaria de ter. São as
ambições e objetivos que um indivíduo tem.
Quanto mais próximos o “eu ideal” e a autoimagem forem, mais congruente uma
pessoa é e aumenta o seu valor sobre si mesmo.
AUTOREALIZAÇÃO E CONGRUÊNCIA
Rogers dizia que o a autorrealização ocorre quando o indivíduo está em um estado
de congruência, ou seja, quando o “eu ideal” (como a pessoa gostaria de ser) é
congruente com seu comportamento real (a sua autoimagem).

CONCLUSÕES FINAIS
A psicologia humanista não reduz a pessoa em componentes como genes, mente,
inconsciente e comportamentos observáveis. Essa é uma terapia individualizada,
em que o cliente é quem decide quais assuntos serão abordados durante a sessão
e quais passos são necessários para alcançar seus objetivos e cumprir metas. Esse
tipo de abordagem permite que o cliente tenha uma visão mais realista e completa
sobre seu comportamento.
O que marca a psicologia humanista é seu compromisso de engajamento em favor
da mudança social e cultural, contribuindo para a construção de uma sociedade com
valores mais humanos e menos controladores. O objetivo da terapia humanista é
propor confrontos e questionamentos que levem o indivíduo a refletir sobre o seu
“eu ideal” e sua autoimagem, buscando a congruência, já que é o indivíduo que
possui o controle do processo terapêutico. Dessa forma, o psicoterapeuta deve
possuir três qualidades: congruência, empatia e oferecer consideração positiva
incondicional. A empatia consiste em se colocar no lugar do cliente, enxergar as
coisas como ele vê e sentir como ele sente, e é importante comunicar a ele esse
processo, para que ele tenha confiança no método. A consideração positiva
incondicional trata-se de receber a pessoa e aceitá-la como ela é, demonstrando
respeito. E por último, a congruência é manter a relação profissional com o cliente
de forma autêntica, para conduzir a pessoa nesse processo. Colocando a pessoa
em primeiro lugar e facilitando o alcance da autorrealização e a conquista de todo o
potencial do indivíduo.
REFERÊNCIAS:
https://www.vittude.com/blog/humanismo/
https://www.ibccoaching.com.br/portal/o-que-e-psicologia-humanista/
https://www.fafich.ufmg.br//~memorandum/a12/castanon01.pdf
https://www.infoescola.com/psicologia/psicologia-humanista/

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