PSICOLOGIA SOCIAL II – POR

UMA NOVA CONCEPÇÃO DE

INDIVÍDUO PARA A
PSICOLOGIA
PROFª ARIANA FERREIRA CARNEIRO
CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA
 SOBRE SILVIA LANE

• SILVIA LANE (1933-2006) FOI UMA DAS MAIS IMPORTANTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA
SOCIAL NO BRASIL, TENDO SUA OBRA COMO REFERÊNCIA NA ABORDAGEM CRÍTICA.

• FORMADA EM FILOSOFIA PELA USP EM 1956.

• FOI PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA SOCIAL (ABRAPSO)

DE 1980 A 1983.

• PARTICIPOU DA ESTRUTURAÇÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA NA PUC-SP.

• EM 1972 FUNDOU O CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (O

SEGUNDO DO PAÍS).
 INTRODUÇÃO

• “QUASE NENHUMA AÇÃO HUMANA TEM POR SUJEITO UM

INDIVÍDUO ISOLADO. O SUJEITO DA AÇÃO É UM GRUPO, UM 'NÓS’,
MESMO SE A ESTRUTURA ATUAL DA SOCIEDADE, PELO FENÔMENO
DA REIFICAÇÃO, TENDE A ENCOBRIR ESSE ‘NÓS’ E A TRANSFORMA-
LO NUMA SOMA DE VÁRIAS INDIVIDUALIDADES DISTINTAS E
FECHADAS UMAS ÀS OUTRAS.” (LUCIEN GOLDMAN, 1947).
 INTRODUÇÃO
• DUAS TENDÊNCIAS NA PSICOLOGIA SOCIAL:

1. TENDÊNCIA PRAGMÁTICA, QUE BUSCA ALTERAR/CRIAR ATITUDES PARA

INTERFERIR NAS RELAÇÕES GRUPAIS PARA HARMONIZÁ-LAS E GARANTIR A
PRODUTIVIDADE DO GRUPO

2. TENDÊNCIA DE CRIAR CONHECIMENTOS PARA EVITAR NOVAS CATÁSTROFES

MUNDIAIS E CONSTRUIR CIÊNCIAS GENERALIZANTES

• CRISE DA PSICOLOGIA SOCIAL E QUESTIONAMENTOS SOBRE UMA CIÊNCIA QUE

NÃO CONSEGUE INTERVIR, EXPLICAR OU PREVER COMPORTAMENTOS SOCIAIS.
 INTRODUÇÃO
• CRÍTICAS: PSICOLOGIA SOCIAL ENQUANTO CIÊNCIA QUE AFIRMA SOBRE RELAÇÕES
EXISTENTES, MAS NÃO EXPLICA O “COMO” NEM O “PORQUE” DOS FENÔMENOS SOCIAIS.

• P.S. NORTEAMERICANA COMO CIÊNCIA IDEOLÓGICA REPRODUTORA DOS INTERESSES

DAS CLASSES DOMINANTES: BUSCAR “HARMONIA SOCIAL” EM UMA SOCIEDADE
REPRODUTORA DE CONFLITOS E DESIGUALDADES.

• TENTATIVA DE DESCREVER O INDIVÍDUO ENQUANTO UM SER ABSTRATO.

• TRADIÇÃO BIOLÓGICA: INDIVÍDUO ENQUANTO ORGANISMO QUE INTERAGE NO MEIO

FÍSICO, E OS PROCESSOS PSICOLÓGICOS SERIAM AS “CAUSAS” DAS INTERAÇÕES.
 INDIVÍDUO ABSTRATO X INDIVÍDUO
CONCRETO
• PARA COMPREENDER O INDIVÍDUO, BASTA • A SUA BASE OU INFRAESTRUTURA SERIA O
COMPREENDER O QUE OCORRE NO
CONJUNTO DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO,
“INTERIOR”.
OU SEJA, AS RELAÇÕES DE CLASSES
• O INDIVÍDUO NÃO VIVE SOZINHO: ELE
FALA, PENSA, APRENDE E ENSINA, ESTABELECIDAS EM DETERMINADA
TRANSFORMA A NATUREZA, É CULTURA E SOCIEDADE. SOBRE ESTA ESTRUTURA
HISTÓRIA.
ECONÔMICA SE ERGUERIA A
• SEU ORGANISMO É UMA SUPERESTRUTURA, QUE CORRESPONDE
INFRAESTRUTURA QUE PERMITE O
DESENVOLVIMENTO DE UMA ÀS FORMAS DE CONSCIÊNCIA SOCIAL EM
SUPERESTRUTURA, QUE É SOCIAL E GERAL, COMO A POLÍTICA, A FILOSOFIA, A
HISTÓRICA. CULTURA, AS CIÊNCIAS, AS RELIGIÕES, AS
ARTES, ETC
 INDIVÍDUO ABSTRATO X INDIVÍDUO
CONCRETO
• PSICOLOGIA HEGEMÔNICA QUE BUSCA ENTENDER OS COMPORTAMENTOS EM
TERMOS DE SUA FREQUÊNCIA, TIRANDO CONCLUSÕES CAUSAIS PELA
DESCRIÇÃO PURA E SIMPLES DOS COMPORTAMENTOS.

• SIM, O REFORÇO AUMENTA A FREQUÊNCIA DOS COMPORTAMENTOS, ASSIM

COMO A PUNIÇÃO EXTINGUE COMPORTAMENTOS.

• A PERGUNTA É: POR QUE CERTOS COMPORTAMENTOS SÃO REFORÇADOS? POR

QUE OUTROS SÃO PUNIDOS E EXTINTOS? POR QUE CERTOS OBJETOS SÃO
CONSIDERADOS REFORÇADORES OU PUNITIVOS?
 IDEOLOGIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS

• O POSITIVISMO, PELA SUA BUSCA PELA OBJETIVIDADE, NÃO DÁ CONTA DO SER HUMANO

ENQUANTO AGENTE CRIATIVO DE MUDANÇA. OU SOMOS SOCIALMENTE DETERMINADOS OU

SOMOS CAUSA DE SI MESMOS: SOCIOLOGISMO X BIOLOGISMO.

• A PSICOLOGIA SOCIAL NORTEAMERICANA É IDEOLÓGICA PORQUE CONSIDERA OS

COMPORTAMENTOS SÓ PELA FREQUÊNCIA EM QUE OCORREM, COMO SE FOSSEM NATURAIS OU

UNIVERSAIS, SEM CONSIDERAR AS RELAÇÕES ENTRE INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA.

 IDEOLOGIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS
• A IDEOLOGIA, COMO PRODUTO HISTÓRICO QUE SE CRISTALIZA NAS
INSTITUIÇÕES (AQUELAS QUE ESTABELECEM AS NORMAS SOCIAIS E GARANTEM
A ADEQUAÇÃO E HARMONIA SOCIAL), TRAZ CONSIGO UMA CONCEPÇÃO DE
HOMEM NECESSÁRIA PARA REPRODUZIR RELAÇÕES SOCIAIS, QUE POR SUA VEZ
SÃO FUNDAMENTAIS PARA A MANUTENÇÃO DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO DA
VIDA MATERIAL DA SOCIEDADE COMO TAL.

• COMO A SOCIEDADE SE ORGANIZA NA PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL?

GERAÇÃO DE CONTRADIÇÕES QUE, AO SEREM SUPERADAS, GERAM NOVAS
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS.
 IDEOLOGIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS

• PARA QUE ESTA CONTRADIÇÃO NÃO NEGUE A TODO MOMENTO A SOCIEDADE

QUE SE PRODUZ, É NECESSÁRIA A MEDIAÇÃO IDEOLÓGICA, OU SEJA, VALORES,
EXPLICAÇÕES TIDAS COMO VERDADEIRAS QUE REPRODUZAM AS RELAÇÕES
SOCIAIS NECESSÁRIAS PARA A MANUTENÇÃO DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.

• QUAIS SERIAM AS RELAÇÕES SOCIAIS NECESSÁRIAS PARA MANTER AS

RELAÇÕES DE PRODUÇÃO NOS TEMPOS DE HOJE?

• INDIVIDUALISMO, ISOLAMENTO, MERITOCRACIA, COMPETITIVIDADE.

 IDEOLOGIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS

• QUANDO AS CIÊNCIAS HUMANAS SE ATÊM APENAS NA DESCRIÇÃO,

SEJA MACRO OU MICROSSOCIAL, DAS RELAÇÕES ENTRE OS
HOMENS E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS, SEM CONSIDERAR A
SOCIEDADE COMO PRODUTO HISTÓRICO-DIALÉTICO, ELAS NÃO
CONSEGUEM CAPTAR A MEDIAÇÃO IDEOLÓGICA E A REPRODUZEM
COMO FATOS INERENTES À “NATUREZA” DO HOMEM.
 TRAZENDO SKINNER COMO EXEMPLO

• SUPEROU O ESQUEMA DE ESTÍMULO-RESPOSTA, TRAZENDO ATENÇÃO PRA

INFLUÊNCIA QUE O AMBIENTE TEM SOBRE OS COMPORTAMENTOS, VENDO O
INDIVÍDUO COMO PRODUTO DE SUAS RELAÇÕES SOCIAIS (PORÉM NÃO COLOCA A
QUESTÃO DE QUE ESTAS RELAÇÕES SOCIAIS SÃO CONSTRUÍDAS HISTORICAMENTE).

• UM ORGANISMO QUE SE TRANSFORMA A PARTIR DAS CONSEQUÊNCIAS DE SUAS

AÇÕES.

• POR QUE CERTOS COMPORTAMENTOS SÃO PUNIDOS E OUTROS REFORÇADOS

DENTRO DE UM MESMO GRUPO SOCIAL?
 TRAZENDO KURT LEWIN COMO EXEMPLO
• BUSCOU CONSTRUIR LEIS PSICOLÓGICAS: PSICOLOGIA TOPOLÓGICA E VETORIAL.

• TRAZ A QUESTÃO DA RELAÇÃO DO INDIVÍDUO COM SEU MEIO ENQUANTO

INDISSOCIÁVEIS.

• DESCRIÇÃO DE PROCESSOS GRUPAIS A PARTIR DE MODELOS DE LIDERANÇA

(AUTORITÁRIA, DEMOCRÁTICA E LAISSEZ-FAIRE), SENDO A LIDERANÇA DEMOCRÁTICA
A MAIS ADEQUADA PARA GARANTIR A CRIATIVIDADE E PRODUTIVIDADE.

• SEM A CONSCIÊNCIA DA FORMA COMO A ESTRUTURA SOCIAL INFLUENCIA OS GRUPOS,

UMA LIDERANÇA “DEMOCRÁTICA” PODE REPRODUZIR PADRÕES AUTORITÁRIOS:
TRABALHADOR ENQUANTO “COLABORADOR”, EMPRESA ENQUANTO “FAMÍLIA”, ETC.
 REPRODUÇÃO IDEOLÓGICA NA PSICOLOGIA

• “SE A PSICOLOGIA APENAS DESCREVER O QUE É OBSERVADO OU ENFOCAR O INDIVIDUO

COMO CAUSA E EFEITO DE SUA INDIVIDUALIDADE, ELA TERÁ UMA AÇÃO
CONSERVADORA, ESTATIZANTE — IDEOLÓGICA — QUAISQUER QUE SEJAM AS PRÁTICAS
DECORRENTES.”

• “SE O HOMEM NÃO FOR VISTO COMO PRODUTO E PRODUTOR, NÃO SÓ DE SUA HISTÓRIA
PESSOAL MAS DA HISTÓRIA DE SUA SOCIEDADE, A PSICOLOGIA ESTARÁ APENAS
REPRODUZINDO AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA IMPEDIR A EMERGÊNCIA DAS
CONTRADIÇÕES E A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.”
 A PSICOLOGIA SOCIAL E O MATERIALISMO
HISTÓRICO

• DUALIDADE FÍSICO X PSÍQUICO IMPLICA UMA CONCEPÇÃO IDEALISTA DO SER

HUMANO, NA VELHA TRADIÇÃO ANIMÍSTICA* DA PSICOLOGIA, OU ENTÃO
CAÍMOS NUM ORGANICISMO ONDE HOMEM E COMPUTADOR SÃO IMAGEM E
SEMELHANÇA UM DO OUTRO. MAS ISSO NÃO EXPLICA OS SUJEITOS CRIATIVOS E
TRANSFORMADORES.

• *ANIMISTA: É A IDEIA DE QUE TODAS AS COISAS, INCLUINDO PESSOAS, ANIMAIS,

CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS, FENÔMENOS NATURAIS E OBJETOS
INANIMADOS, POSSUEM UM ESPÍRITO QUE OS CONECTA UNS AOS OUTROS.
 A PSICOLOGIA SOCIAL E O MATERIALISMO
HISTÓRICO
• É DENTRO DO MATERIALISMO HISTÓRICO E DA LÓGICA DIALÉTICA QUE VAMOS
ENCONTRAR OS PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS PARA A RECONSTRUÇÃO DE
UM CONHECIMENTO QUE ATENDA À REALIDADE SOCIAL E AO COTIDIANO DE CADA
INDIVÍDUO E QUE PERMITA UMA INTERVENÇÃO EFETIVA NA REDE DE RELAÇÕES
SOCIAIS QUE DEFINE CADA INDIVÍDUO — OBJETO DA PSICOLOGIA SOCIAL.

• TEMOS QUE PARTIR DO EMPÍRICO, FAZENDO ANÁLISES QUE SAIAM DO NÍVEL

APARENTE E COMPREENDAM O MUNDO CONCRETO, E PARA TANTO NECESSITAMOS
DE CATEGORIAS QUE DEEM CONTA DAS DETERMINAÇÕES SOCIAIS.
 A PSICOLOGIA SOCIAL E O MATERIALISMO
HISTÓRICO
• DOIS FATOS FUNDAMENTAIS PARA A COMPREENSÃO DO INDIVÍDUO:

1. NÃO SOBREVIVEMOS A NÃO SER EM RELAÇÃO A OUTRAS PESSOAS, SENDO A

DICOTOMIA INDIVÍDUO X GRUPO UMA DICOTOMIA FALSA;

2. AS RELAÇÕES SOCIAIS DEMANDAM A EXISTÊNCIA DA LINGUAGEM, QUE É

CONSTRUÍDA SOCIALMENTE E HISTORICAMENTE E PREEXISTE AO INDIVÍDUO.

• A LINGUAGEM TRAZ EM SEU CÓDIGO DIFERENTES SIGNIFICADOS, E AS

PALAVRAS TERÃO UM SENTIDO PESSOAL DIFERENTE A DEPENDER DA RELAÇÃO
ENTRE PENSAMENTO E AÇÃO, MEDIADAS PELOS OUTROS SIGNIFICADOS.
 A PSICOLOGIA SOCIAL E O MATERIALISMO
HISTÓRICO

• ANÁLISE DO INDIVÍDUO CONCRETO: COMO AS RELAÇÕES GRUPAIS, LINGUAGEM,

PENSAMENTO E AÇÕES ESTÃO INTERLIGADOS NAS DEFINIÇÕES DAS
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS PARA A ANÁLISE PSICOSSOCIAL.

• A ATIVIDADE IMPLICA EM AÇÕES ENCADEADAS ENTRE INDIVÍDUOS, QUE

DEMANDAM COMUNICAÇÃO (LINGUAGEM) E UM PLANO DE AÇÃO
(PENSAMENTO) PARA A SATISFAÇÃO DE NECESSIDADES EM COMUM, QUE PARTEM
DE ATIVIDADES ANTERIORMENTE DESENVOLVIDAS.
 A PSICOLOGIA SOCIAL E O MATERIALISMO
HISTÓRICO

• “REFLETIR SOBRE UMA ATIVIDADE REALIZADA IMPLICA REPENSAR SUAS AÇÕES,

TER CONSCIÊNCIA DE SI MESMO E DOS OUTROS ENVOLVIDOS, REFLETIR SOBRE
OS SENTIDOS PESSOAIS ATRIBUÍDOS ÀS PALAVRAS, CONFRONTÁ-LAS COM AS
CONSEQUÊNCIAS GERADAS PELA ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELO GRUPO
SOCIAL, E NESTA REFLEXÃO SE PROCESSA A CONSCIÊNCIA DO INDIVÍDUO, QUE É
INDISSOCIÁVEL ENQUANTO DE SI E SOCIAL.”

• RELAÇÕES GRUPAIS MEDIADAS POR INSTITUIÇÕES SOCIAIS: MEDIAÇÃO

IDEOLÓGICA NA ATRIBUIÇÃO DE PAPEIS SOCIAIS E RELAÇÕES TIDAS COMO
“CORRETAS” E “ESPERADAS”.
 A PSICOLOGIA SOCIAL E O MATERIALISMO
HISTÓRICO
• “A CONSCIÊNCIA DA REPRODUÇÃO IDEOLÓGICA INERENTE AOS PAPÉIS SOCIALMENTE
DEFINIDOS PERMITE AOS INDIVÍDUOS NO GRUPO SUPERAREM SUAS INDIVIDUALIDADES E SE
CONSCIENTIZAREM DAS CONDIÇÕES HISTÓRICAS COMUNS AOS MEMBROS DO GRUPO,
LEVANDO-OS A UM PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO E DE ATIVIDADES CONJUNTAS QUE
CARACTERIZAM O GRUPO COMO UNIDADE.”

• “NA MEDIDA EM QUE O PROCESSO É GRUPAL, OU SEJA, OCORRE COM TODOS OS MEMBROS,
ELE TENDE A CARACTERIZAR O DESENVOLVIMENTO DE UMA CONSCIÊNCIA DE CLASSE,
QUANDO O GRUPO SE PERCEBE INSERIDO NO PROCESSO DE PRODUÇÃO MATERIAL DE SUA
VIDA E PERCEBE AS CONTRADIÇÕES GERADAS HISTORICAMENTE, LEVANDO-O A ATIVIDADES
QUE VISAM À SUPERAÇÃO DAS CONTRADIÇÕES PRESENTES NO SEU COTIDIANO, TOMA-SE UM
GRUPO-SUJEITO DA TRANSFORMAÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL.”
 DECORRÊNCIAS METODOLÓGICAS: A
PESQUISA-AÇÃO ENQUANTO PRÁXIS

• IMPORTÂNCIA DE SE UTILIZAR CONHECIMENTOS PRODUZIDOS POR DIFERENTES

CAMPOS DO SABER PRA SE COMPREENDER A REALIDADE, A PARTIR DE UM
COMPROMISSO QUE BATE DE FRENTE COM A TENTATIVA DE NEUTRALIDADE NA
CIÊNCIA: PESQUISADOR-PRODUTO-HISTÓRICO.

• A PESQUISA DEVE TER COMO OBJETIVO TRANSFORMAR A REALIDADE, E O

PESQUISADOR TAMBÉM SE TRANSFORMA NESSE PROCESSO.

• A PESQUISA SEMPRE IMPLICA EM INTERVENÇÃO, AÇÃO DE UNS SOBRE OS OUTROS.

 DECORRÊNCIAS METODOLÓGICAS: A
PESQUISA-AÇÃO ENQUANTO PRÁXIS

• NÃO HÁ SEPARAÇÃO ENTRE PESQUISADOR E PESQUISADO, AS ESPECIFICIDADES

INDIVIDUAIS APONTAM PARA ASPECTOS GRUPAIS E SOCIAIS COMUNS, QUE SÃO
CONSTRUÍDOS HISTORICAMENTE. ASSIM, ENTENDEMOS O PROCESSO HISTÓRICO
PARA COMPREENSÃO DOS INDIVÍDUOS ENQUANTO MANIFESTAÇÕES DA
TOTALIDADE SOCIAL.

• O CONHECIMENTO É UMA PRÁXIS: AS EXPERIÊNCIAS SÃO REPENSADAS EM

CONFRONTO COM NOVAS EXPERIÊNCIAS, POSSIBILITANDO REFLEXÕES CRÍTICAS
SOBRE AS ANÁLISES FEITAS, AMPLIANDO SEMPRE A COMPREENSÃO DA
EXPERIÊNCIA VIVIDA.
TODA PSICOLOGIA É UMA PSICOLOGIA SOCIAL
• CADA CAMPO DA PSICOLOGIA DEVE BUSCAR O RESGATE DA NATUREZA
HISTÓRICO-SOCIAL DO SER HUMANO.

• NÃO SE PODE CONHECER O COMPORTAMENTO HUMANO DE MANEIRA ISOLADA

OU FRAGMENTADA, COMO SE ELE EXISTISSE POR SI E PARA SI.

• DEVEMOS BUSCAR CONHECER O INDIVÍDUO NO CONJUNTO DE SUAS RELAÇÕES

SOCIAIS, TANTO NAQUILO QUE É ESPECÍFICO A ELE QUANTO NAQUILO QUE É
MANIFESTAÇÃO SOCIAL E GRUPAL.

• COMO O HOMEM É SUJEITO DA HISTÓRIA E TRANSFORMADOR DE SUA PRÓPRIA

VIDA E DA SUA SOCIEDADE.