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UNIOESTE – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

GABRIEL ARIENTI BARBIERI

AVALIAÇÃO II DE FILOSOFIA MEDIEVAL

TOLEDO – PR
2017
GABRIEL ARIENTI BARBIERI

AVALIAÇÃO II DE FILOSOFIA MEDIEVAL

Segunda avaliação do primeiro semestre

da matéria de Filosofia Medieval I,

em graduação de Licenciatura em Filosofia, pela

UNIOESTE – Universidade Estadual do

Oeste do Paraná.

Professor: José Francisco De Assis Dias

TOLEDO – PR

2017

2
SUMÁRIO

O CONCEITO “DEUS” E A SUA EXISTÊNCIA EM ANSELMO ................................................... 4


A CONTROVÉRSIA DOS “UNIVERSAIS”: REALISMO EXAGERADO, NOMINALISMO,
CONCEPTUALISMO E REALISMO MODERADO ......................................................................... 6
O CONCEITO DE “ENTE”, “ESSÊNCIA” E ESSÊNCIA DAS SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS
E SEPARADAS EM TOMÁS DE AQUINO....................................................................................... 8
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 13

3
O CONCEITO “DEUS” E A SUA EXISTÊNCIA EM ANSELMO

Anselmo de Cantuária, como um filósofo e teólogo cristão, buscou em seu


tempo demonstrar a existência de Deus através de provas racionais. Em grande parte,
a filosofia teológica que empreita em tal tema busca sempre conciliar a fé e razão, em
uma medida onde o grande axioma Credo ut Intelligam1 sintetiza toda o sistema
filosófico, ao qual exprime também perfeitamente o alinhamento de não apenas
Anselmo, mas como de vários outros, como Tomás de Aquino e Agostinho. Ainda
mais, em Anselmo as obras utilizadas são intituladas Monológio e Proslógio2.

Importante é, seguir a ordem do próprio autor, via biografia, dado que existe
certa “cronologia” em suas publicações. Desta forma, a obra Monológio atua como
provas a posteriori 3 (mediante a própria natureza de tudo). Logo, o autor elenca quatro
provas da existência de Deus: Sumo Bem é a primeira.

Se reconhecemos certa bondade e até mesmo maldade nos homens, por


evidente raciocínio lógico, podemos concluir que exista algo que preceda tais atos.
Enquanto reconheço que sou bom em certa medida, esta mesma medida me permite
demonstrar que existem coisas mais boas que outras, níveis e graus de bondade.
Dentro destes graus de bondade, deve existir algo que seja o máximo da bondade
que se possa atingir, pois ir ao infinito seria algo irracional. Portanto, o máximo grau
de bondade é o Sumo Bem e Bem Supremo: Deus. Deus não é bom, é a bondade
suprema, pois ele não participa, é.

A segunda prova da existência de Deus via Anselmo é a prova que remete a


existência e grandeza. Se analisarmos, como criaturas, seres, existimos e podemos
nos elevar enquanto seres. No entanto, deve, da forma da prova passada, existir algo
a qual não se possa passar em grandeza e ser, algo que sustente todo o patamar das
demais coisas, as quais são em graus, mas que esta coisa superior (Deus) não
participa, mas é a Suma Grandeza.

1
Ao português: “Creio para entender”.
2
A obra intitulada Monológio foi antecedente à Proslógio. A primeira é uma transcrição de certas reflexões
feitas e exercidas em convívio do próprio Anselmo. Logo após sua publicação, à futuros pedidos, surge a obra
Proslógio.
3
Ao português: “Seguinte”, “Posterior”.
4
A terceira prova da existência de Deus é a criação. Na medida que nada criado
advém do nada, ou seja, um filho tem como causa seu pai e mãe. Um pai tem como
causa seu pai e sua mãe, e assim por diante, mas, se regredimos ao infinito, além de
irracionais, chegaríamos em um grande impasse, e por isso, deve existir algo que, por
mais que não conseguimos observar ao fim da cadeia, habita o começo dela, algo que
cria sem “mover-se”.

A quarta prova baseia-se na perfeição. Existem coisas, seres, mais e menos


perfeitos. Enquanto me reconheço imperfeito, reconheço que há mais perfeição a se
adquirir, mas que assim como as provas acima, deve existir algo que seja a perfeição,
que preceda todo o ciclo, e que por si só, seja fonte e sustento de toda perfeição, pois,
se reconheço imperfeição, deve haver a perfeição em totalidade. Minha parcialidade
revela a necessidade de uma totalidade.

No entanto, na obra Proslógio Anselmo apresenta o Argumento Ontológico,


uma espécie de união dos pensamentos e provas acima citados.

Anselmo inicia deixando claríssima a intenção de não limitar Deus, e também,


de explanar melhor seu entendimento sobre ele. Desta forma, o autor busca angariar
inicialmente deixando a compreensão de Deus mais completa, e uma das formas é
analisar se ele existe apenas no âmbito da mente (como funcionalidade intelectiva).
Ou seja, seria Deus apenas fruto da mente? Obviamente, Deus em todos os
argumentos apresentados anteriormente nada mais foi que o máximo a se pensar
sobre algo, o máximo a “ir” sobre algo, seja a criação, perfeição, bondade, etc. e desta
forma, de algum maneira há de se analisar tais afirmações, pois constituem, talvez, a
maior barreira para se atingir uma prova em fatos, lógica, racional e concreta,
inabalável. A primeira sentença exposta é que se este ser do qual não é possível
pensar nada maior existisse, de alguma forma, seria possível prosseguir isto na
mente, ou seja, tornar-se-ia o ser do possível na mente (algo maior), e logicamente
constitui uma contradição, e também, um pensamento irracional. Também busca
evidência mediante a lógica que pensar a inexistência de Deus é uma contradição
própria, na medida de que deveria existir algo maior a ser pensado (o que não o
conseguimos fazer).

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A CONTROVÉRSIA DOS “UNIVERSAIS”: REALISMO EXAGERADO,
NOMINALISMO, CONCEPTUALISMO E REALISMO MODERADO

Uma das perguntas mais pertinentes que houveram durante muito tempo,
principalmente na filosofia medieval, foi acerca dos chamados “Universais”, ou seja,
daquilo que se expressa e o quanto é capaz de “universalizar” o expressado. Em
outras palavras, podemos nos perguntar o quanto o conhecimento e linguagem
humana são capazes de representar da realidade em si? Os universais se plasmam
por serem assuntos metafísicos acerca daquilo que unifica certas ideias expressadas
por nós, por exemplo, quando mediante a linguagem falamos sobre um cavalo, de
crinas brancas, e posteriormente, de um mesmo animal de crinas pretas, algo nos
remete entre ambos, isto é, existe uma sintonia, uma ideai em que ambos participam:
a ideia de cavalo. De certa forma, todos os cavalos – dados suas particularidades,
participam desta ideia universal. Os Medievais em especial debruçaram-se frente a
esta polêmica, ao qual até mesmo Platão buscou resolver, mas deixou
inevitavelmente grandes lacunas.

Guilherme de Champeaux (1070-1120) foi um dos filósofos que abordou o tema


dos Universais, mediante a ótica do chamado Realismo exagerado, e como realista,
delimitou este problema, tendo como conceito primordial a ideia de natureza e
essência, as quais seriam singulares, porém idênticas, nos sujeitos. E que esta
natureza em comum, mediante acidente, teria certa variação. Concretamente
baseado, também, no Platonismo, que visualiza as ideias em um plano transcendente
(Mundo das Formas/Ideias), as quais os objetos sensíveis (sombras) participam –
palavra-chave – de determinadas ideias. Assim como Sócrates participa da Ideia de
Homem, participa também de menores ideias. Todo homem participa da ideia de
homem, e de outras pequenas ideias. Cada ideia sintetiza certa característica e
atributo essencial, reconhecido e explicitado mediante a mente e a palavra que unifica
(logos). Existem, também, ideias que ainda não possuem representação física (como
unicórnios). O ponto talvez mais importante do realismo é a visão de correspondência
fiel entre o ente e a ideia universal, sem distinções. Como no citado exemplo, assim,
as demais características são diferenciadas, mas que advém de uma certa totalidade
ideal. Tal realismo pode soar estranho ao momento em que se analisa o exemplo mais
famoso dado por Pedro Abelardo (que evidência à seu mentor as dificuldades desta
6
corrente), ao afirmar que ambos, Platão e Sócrates, por participarem da ideia de
homem, são o mesmo, pois tange-se a ideia que os unifica.

Frente ao realismo, Roscelino de Compiègne foi um filósofo que defendia uma


corrente contrária, o Nominalismo. Desta forma, enxergavam os universais (e as
ideias por trás deles) apenas como meramente impressões vocais, nomes, pois em
si, via-os como individuais e que não se referiam, em fatos, a nada universal, pois
tratavam-se apenas da sentença de que “apenas a individualidade é real”. Nisto
advém, também, a expressão flaus vocis, que via os universais como ideias abstratas
que apenas servem e tem utilidade quando usadas para demonstrar o particular.

Por fim, após Guilherme de Champeaux, advém Pedro Abelardo que apresenta
o Realismo Moderado. O principal ponto está em considerar e elencar a substância
como o próprio indivíduo, e logo, as ideias universais seriam uma espécie de ponte
entre o próprio Ser das coisas e a mente e seu pensamento (os quais a ideia se insere
“visível” a nós). E assim como Tomás apresenta (posteriormente explicitado neste
trabalho), liga-se ao princípio de individuação (a combinação de forma e matéria/corpo
e alma).

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O CONCEITO DE “ENTE”, “ESSÊNCIA” E ESSÊNCIA DAS SUBSTÂNCIAS
COMPOSTAS E SEPARADAS EM TOMÁS DE AQUINO.

Assumindo um caráter didático, Tomás de Aquino opta por explicitar em sua


obra De ente et Essentia4 a qualidade da questão pertinente que abarca o Ente e a
Essência das coisas, pois, em primeira mão, são estes pontos aos quais o intelecto
concebe em primeiro lugar, postos como “pano de fundo” em metafísicas como a de
Aristóteles5 e Avicena6. Desta forma, o autor assume a postura de explicar
inicialmente o caráter do ente antes de prosseguir com a essência.

Inicialmente o Ente pode ser dito de duas formas, sendo a primeira aquilo que
corresponde a algo inserido dentro da própria realidade, já a segunda forma abarca o
âmbito proposicional (da verdade inserida em uma proposição, isto é, em uma
enunciação de uma sentença, que pode ser verdadeira ou não). Existe uma
particularidade na segunda forma, enquanto em si mesmo, o ente é possível de
sentenciar em uma proposição algo afirmativo, mesmo que ele (inserido em uma
sentença) não tenha correspondência com a realidade.

Nisto, Tomás exemplifica no Capítulo primeiro, parte um, do livro acima citado,
acerca do entendimento sobre os entes, os dois tipos acima citados. Se analisarmos
a cegueira, quando dizemos que ela (a enfermidade) está na vista, estamos
incorrendo em afirmar algo que, no caso do primeiro tipo de ente (ao qual depende da
correspondência com a realidade), não é um ente, pois se insere no ente da própria
visão, e que logo, por depender dele, não existe em uma realidade externa a ele;
depende dele e de condições inerentes a ele (visão), e por isso, não é um ente
deslocado e independente. Por fim, neste exemplo, a cegueira é ausência de visão, e
não uma realidade empírica em fatos.

Desta forma, a essência das coisas não poderia se vincular a algo que
estivesse desvinculado à realidade empírica, pois logo, a essência não representaria
nada perceptível do ente, e mais ainda, se assim fosse, a essência não corresponderia
a ente algum, pois trataria apenas a ausências inerente aos próprios entes. Desta

4
Traduzido ao português como “O Ente e a Essência”.
5
Obra “De Caelo et Mundo” ou do português “O Céu e o Mundo”.
6
“Liber de philosophia prima” ou do português “Livro da filosofia primeira”.
8
forma, nos resta apenas concluir que a essência esteja vinculada ao primeiro tipo de
divisão do ente (inserido à realidade). Portanto, Tomás diz em sua obra De ente et
Essentia, no capítulo um, parte segunda:

“[...] é necessário que a essência signifique alguma coisa


de comum a todas as naturezas pelas quais os diversos
entes são classificados nos diversos géneros e espécies,
como por exemplo, a humanidade é a essência do Homem,
e igualmente em relação aos demais. ” (p. 5)

No entanto, por mais que compreendamos que a essência diz respeito ao


inerente do próprio ente, de certa forma ao que era chamado de Qualidade, Forma e
Natureza, pois explicitavam aquilo que condiz e dá individualidade, limita o ente
enquanto tal, que lhe permite ser aquilo que é, existem formas diferentes de
essências, o entendimento não deve permanecer no que vislumbramos por hora, pois
devemos considerar também as substâncias (parte quatro do livro acima citado,
capítulo primeiro).

Devemos compreender que Tomás afirma que a essência, enquanto aquilo que
é próprio e verdadeiro perante o ente, se encontra nas substâncias, e de certo modo
(relativamente) nos acidentes. Isto quer dizer que a substância, ou seja, aquilo que se
fala e se atribui acerca de um ente, tem íntima relação com a essência, enquanto a
essência mesma está na substância. Assim, Tomás vai além e nos apresenta a
qualidade de certas substâncias, sendo simples e outras compostas.

Na substância simples a essência possui caráter nobre e verdadeiro, pois dá-


se como causa da composta, e nisto, possui um aspecto antecessor a composta como
um todo (e por isso é mais verdadeira e nobre):

“Por conseguinte, elas [simples] são, pelo menos a


substância primeira e simples que é Deus, a causa das
substâncias compostas. ” (TOMÁS DE AQUINO, 2008, p.7)

Desta forma, logicamente estudar a substância simples (e por consequência a


essência dos entes) seria o mais interessante, já que a busca iria se direcionar à fonte,
mas que, no entanto, torna-se complexa de se atingir, pois se perde facilmente acesso

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à simples. Sendo assim, Tomás angaria suas reflexões sob a substância composta
dando início ao capítulo II de sua obra, cumprindo o que havia dito no prólogo7 da obra

Inicia Tomás com um axioma (que origina o título da primeira parte do capítulo
II): “Nas substâncias compostas conhece-se a forma e a matéria, como no Homem a
alma e o corpo. ” (p.8). Isto é, forma e matéria constituem a substância composta, e
unicamente forma (alma), ou matéria (corpo), não são capazes de explicitar a
essência do ente. No caso da matéria, Tomás afirma a evidência de sua incapacidade
sozinha de postular a essência, pois está não gera as classificações, e no caso da
forma, por mais que seja confundível, a forma sozinha não é capaz de dizer sobre a
essência, pois perante as substâncias naturais, se não houvesse matéria, se
confundiria com as definições matemáticas.

Logo, por mais que exista a matéria e a forma inerentes à substância composta,
deve-se surgir algo que seja exterior à ambas coisas citadas, pois, do contrário, se
assim fossem referidas, seria atribuir ao acidente de ambas o posto de essência, o
que por si só, constitui um equívoco (tratando-se de algo parcial e relativo). Além do
mais, este sentido relativo do acidente é algo particular à matéria, e moldável. Tomás
exemplifica:

“[...] por exemplo, a brancura faz com que uma coisa seja
branca em acto. E assim, quando se recebe uma tal forma,
não se diz, simplesmente, que há uma geração, mas
apenas em sentido relativo. ” (TOMÁS DE AQUINO, 2008,
p.9)

Portanto, poderíamos dizer que o Ser da matéria em si não é apenas a forma


a qual não se apresenta, muito menos apenas a matéria que se fundamenta, mas sim,
ambos unidos. Então, poderíamos dizer que o nome de uma coisa não advém de um
único princípio citado, mas sim do abarcante deles, exemplificado por Tomás quando
a ação do quente (calor) sob o húmido gera o sabor doce, logo, por mais que o calor
(quente) seja aquilo que causou algo no húmido, e por consequência, causa do doce,
o doce em si não recebe o nome do calor, mas da própria interação entre ele e o
húmido.

7
Parte 2, intitulada “Método da exposição”
10
Quando termos em mente o princípio de individuação (singularidade, aquilo que
confere individualidade), a essência será exclusivamente particular, ao invés do
universal, tornar-se-ia, mediante a definição da própria, o significado intrínseco na
mesma, desta forma, a matéria enquanto determinada, torna-se o próprio princípio de
individuação, enquanto confere certos aspectos particulares (individuais). Porém,
além disto, a matéria designa o aspecto “individuativo” (gênero), enquanto a forma
determina a espécie em que este mesmo se insere. Nisto, estando na espécie se
determina o gênero. (TOMÁS DE AQUINO, 2008, p. 11, 12 e 17)

“E por esta razão, de Sócrates, predica-se ‘homem’.


Porém, no caso de a natureza da espécie ser significada
com exclusão da matéria delimitada, que é o princípio de
individuação, então ela apresentar-se-á à maneira de uma
parte. É desta maneira que ela é significada pelo nome
‘humanidade’. Na verdade, humanidade significa o que faz
com que o Homem seja Homem. ” (TOMÁS DE AQUINO,
2008, p. 17 e 18)

No entanto, para prosseguirmos, entender a essência é necessária, pois a


mesma é dividida em duas formas ou modos: a sua própria noção (a verdade está
apenas no que a ela tange, como o homem, que se inclui enquanto tal, mas varia entre
branco, negro, etc.) e enquanto o ser nos indivíduos (predicado mediante os
acidentes). (p.22)

Quando tangemos o ponto da espécie de do indivíduo (p. 24 e 25), começamos


a elencar aspectos interessantes, pois Tomás busca evidenciar que, na medida em
que ocorrem os acidentes, corre a mudança e distinção entre as espécies
concernentes aos seres, aos quais por si só, são interligados à substância dos
mesmos, portanto, moldam a forma dos acidentes (mediante a própria substância).

E por fim, a abordagem por hora deve introduzir-se nas substâncias separadas
(p. 26). Deste modo, inicialmente veremos que a essência, observadas e localizadas
nas substâncias separadas, exemplificada pela Alma, Inteligência e na primeira causa
(embora simples, introduz-se sua composição em ambas citadas) ou imateriais e
inteligíveis (as quais se tornam mediante a substância intelectiva), não possuem
relações à matéria:
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“De facto, vemos que as formas não são inteligíveis em
acto senão na medida em que se separam da matéria e
dos seus condicionamentos.

Consequentemente, é necessário que em qualquer


substância intelectiva haja imunidade absoluta de matéria,
de modo que ela não tenha matéria como parte de si, nem
seja também como uma forma impressa na matéria, como
sucede nas formas materiais. ” (p.26)

Ou seja, a substância intelectiva por si só deve estar em distância da matéria,


pois em si mesmo é intelectiva e não material, e isto implica na obrigatoriedade de
que a mesma substância não possua matéria como parte de si, mas também, que ela
não tenha a forma impressa, exprimida e explicitada na matéria, pois desta forma
haveria uma discordância entre ela, e tornar-se-ia material.

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REFERÊNCIAS

ANSELMO. Os pensadores: Santo Anselmo e Abelardo. Tradução Ângelo Ricci, Ruy


Afonso da Costa Nunes. São Paulo : Nova Cultural, 1988.

MELO, Thiago X. O Problema dos Universais como um Problema de Categorização


Ontológica. Rio de Janeiro: UFRJ, 2013.

VICENTE, José J. N. B. Tomás de aquino: o ente e a essência como concebidos


primeiro pelo intelecto. Bahia: Griot – Revista de Filosofia. UFRB, 2014

AQUINO, Tomás. O Ente e a Essência. Tradutor: Mário Santiago de Carvalho.


Portugal- Covilhã: Universidade da Beira Interior , 2008.

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