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A passagem do cinema mud ae cinema falado Dimer epecll don Cars del ciethqe, 18-415, Fepigan, 1974, an (Os problemas teens clo som flac: AUMONT, J. “Analyse d'une aquence de “La chien Linguist ‘et simile, 1973, Lyon, AVRON, D. “Reman srle aval d sn dan a prod coe _mlographguesandano eed ahi nme pe 78 BURCH, 1. “De Hoge scr sone Pra ci, 132-148. . Hare 1 D.< OST, F Nona cna, noe ining, Paris, 1979. DANEY S. “Longue et Yaspiateu”, em Cais di cnéma 278-279, GARDIES, A. Appoce dit flmique Paris 1980, prncpalmente pp S268 MARIE, M. “Un film sonore un film musical, un fl parla”, ea Muri histone race, Pari, 1973 ODIN, R. “A propos den couple de concepts (son in/son of), em “Linguine ef émilgie 61978, Lyon 2 AMONTAGEM O principio de montage ‘Como indicamos anteriormente 4 respeto da representacto ftmica, um dos tagos especticos mais evidentes do cinema é ser {uma are da combina eda organizagho (um filme sempre mobil ‘nvumacerta quantidade de imagens desonsedeinscrgdesgrificas ‘morganizagiese proporges varies). Anogio de monagem nel tsa enraterstcse, portant, possvel notar de imediato que se trata de uma nogie totalmente centeal em qualquer teorizagio do ‘ico, ‘Como jf foros levadas a abservar em outras nogies, a de montage procede em sua defini mais corrente plicada a mes, de uma base empiric: a existénca, ha muito tempo (quase ese as orgens do cinematégefo), de uma diviso do tabalho na precio de filmes que muito depress levow 3 exeeuc30em separa {lo como tana laetas especilizadns, das diversas fases dessa Pro dlusio. Nom file fe mais geralment,no cinema) amontagem ¢ 3 = principio, uma atividadetéenica, orgaizada como profisto e que, bo decorrer de suas écadas de existncia,determinou as cooedeny. {dase estabelocen aos poucos certs procedimente ecrtosipos de atividade \kva darters line trina noes dena pre: ‘Samer eps conse spon ade, dc opore mente dcp danas par cea hs de ime pow eens quid airmen gam tata teat itis eee qu rela sa corset ‘Scho pls don rae dre oi, Po Fo"enson’skhngencom ates) 2 corto dea ona cto eral tp Serio resi Sem enor em deals nest sti, Fa Suto importante eeervar gue to ceo 0 cinema wszow & {Dono demutasimajers erm soquencx” com ns ames Hore muita contort hordes quant dato [ecu dee suger dn nastngeen pels pee Ye™ em in line deg Como ade as ques anligay a ‘istic sd Gg Nas) 80 een Se li pls cm grace hs ‘e que seus filmes sto no mono srs se qu, Ente os {andes prcurse vetoes dena montage df th ton fotos em (ID) ence, The ra as reer (103) Em todo cas, todos s histrindoresconcordam em conside rar que 0 efetoesttica principal do surgimenta da montage fot tua libertag da cimer, até entso prea 3 plano fixo, Ede ato um paradoxo muitas vezes assnalado que, enquanto 0 casino sais Aireto para uma mobilizacio da edmera pare ter sido, logicamente, ‘odo movimento de camera, montagem leve un papel muito mals lecisvo nas das primeiras décadas do enema, Confirmando o que liz Christian Met “tansformagio do cnematigrafo em cinena ‘operou'se em torn dos preblemas de sucessio de vias imagens ‘rit maie do quc em tomo de uns modalidade suplementar da propria imagem or iso, func principal da montagem (decert. principal, pois apareceu primero — mas também porque 3 histria posterior tos filmes no cessou de confirmar se lugar prepondlerante) 64508 fungi narratea. Dessa forma, todas a descrigdes lissies da ton tagem consideram, maisou menos expicitamente, est Fungo como fio normal ca montagem; deste ponto de vita, amontagen &, Portanto, © que garante 9 encadeamento dos elementos dit aio Segundo uma elacio que lobalmente,é uma relagio de caus dee /outemporalidade digetcas:trati-s sempre, desea perspect vay de fazer com que o “drama” seja mais bem percebico © con rendido com correo peo espectado. asa fungio “fundamental” a6 “fundadors” da montagens 6 na maioria das vezes,opostaa uma outra grande fngSo, 3s vee considerada como excasiva da primeira, equ seria uma montagert ‘expressew — isto 6, uma montagem que “eo € um meio, mas um o fim” e que “visa @ exprimis por si mesma, pelo chaque de dss imagens, om sentimente ou uma iia” (Marcel Matin) Es sting ne ans anagem que vse sedate ‘ore ismento de ume nurogio ca ¢ una gt Piae Padus chogueselicosevetslmente independent de ‘algo ig eft em evidentemente na quest particu ‘Tnomtapon um antagonism ce manag feos em tn pote pice apoptosome ‘Tests gu did dss an eet som ole ‘hs gi, pia es dena menage eres {ques teedetestalizar emer proemlgur mes {So pevodo mado (pr exemple da vanguan ance ‘aiAienea ia de files nto i ere de ‘Seba “cts” de montage, Afraquera eo crite artificial desa distinc entre dois tipos de filme levaram rapidamente 8 consideragio de que e fto lem ‘de sua Fangio central (narrativa), a montagem tamer devera en ‘ouregar-se de produzirno filme ur certo rimero de outros efeitos. nese ponto que ns descrigbes empirias das fungbes da montagem, 1a propria proporgio de seu empirsmo, dvergem amplamente, ‘fatizando aternadamente esta ou aguela funeae eprineipalmen- te, definndo-as com base em pressupostosidcoldgicos gers que ‘nem sempre sf claramente explicitados. Na lereeira part, volare= ‘ioe a esta questi das motivagdes das varias terias da montagem. Assinalems apenss, por enquante, 0 cardter muito geraleaté Vago essas fungdes “criadoras” designadas para a monfagem. Marcel ‘Matin (que consagralongos estados, bastante pertinent, & ques Ho} afirma que a montage cra © movimento, ritmo e "ides [grandes categoras de pensamento, que aids ndo deixam de conti mara dita fungio narrativa equase ro permitem seguir adiantena formalizagio. escrgto mais sistemsticn ‘Essa aborsagem empricae desrtiva da qual acabamos de {ator est lange de nao ter inerese: sempre permanecenclo prsxima do que a histcia das formas micas verifcos, ela rcenseou, em 6 seus melhores exemplos, 0 essncal das fungdes pensive da monta- [gem que agora s teros de tentar organzar mais aconalmete Amontagem “produtiva”— Antes de malsnada,énocessirio dlfinir bem essa nog, 4 qual acabamnos de aludir, de montagem ‘riadora” ou “produtiva” (e que est ligada & prépria ela de possives “efeitos” da montages), Observernes, em primeiro lugae, {que essa nosto ébastante antiga faparecen desde as primeirastentae fives de reese teri sistema sobre o cinema} aon a 10, i ti: {ques pepe nagons no mesa Ede manera meas clare Jan Mir (en 1969): 0 cletomantagem (st 3 nage como prtidade)" fella da asocnio rina ow a, de dane Sager gue, "slic una com acta, deleminam na concn ac Fors nai meme a ‘eros, portanto, que essa nogio se apresenta de fat coma tama verdadeita deg do principio de montagem, desea ver da pont de vista de seus efeitos: a mantagem podria sr defini, de ‘anira bem geral, como "a colocagio, lado aldo de dois elemen- tos lmicos que acaretam a produgaa de tm efeitoexpeciicn, que ‘cada um desses elementos, considerado isoladamente, nto prod” ~detnigao importante que, no fund, 36 faz manifesta eustiicar ‘lugar capital atibuido em todos 0s tempers 3 nogio de montage no cinema em todos os tipos de abordage obra De fato, qualquer tipo de montagem, qualquer utlizagio da rmontagem,¢“proditiva”a montagem narrativa mais “traneparen te" assim como a montagem expresiva mais abstrata, som ibs pratt partir do cununto, © coq entre elementos elferents, ‘ite ou aguele tipo de efit; qualquer ve sein & importa, 3 ‘ezes cosiderivel em certosflimes da gue est em go 0 mamcrto ‘da montagem (to 6 do que a manipulagto do material fimado ppode trazer com relagho 4 concept prelininar do file) — 2 ‘montagem como princi 6, por natuneza, uma técnica de produgao « (desig, de emosts). Em otras paves: 4 mortage Sapte lie amb por sus ne Abordemos essa prprias fangs, das quaisdistinguiremos tus pos principas -Fungiessintiticas — A montagem garante relagies“oemais", etetivets como tl, mais ou menos independentes do sentido, tte om elementos que reine Estas elacies so esencialmente de ois poss + feitos deo, ao contri, desisjungo,e als ample mente tds os fetes de pontuagio ede demarcago. rr dar um exemplo muito elie, sabese que 2 figura ‘oma “pla expos” retes no decor da stein “duntnes van sigueages Us porexemplsocada por Iu pe emanate 2a de ck langue hj bolts ao aio UN) A proshgo de uma ligagto formal entre dois planos sucess vas (cub particular dessa fino sinftiea), em especial, € 2 que Senne o misono sera ett do tern, no qua esa gosto formal vem reforgar uma continuidade da propria represeniags0 {voltagemos asso um pouco adiante, + Efeitos de slerinca (ou, a contro, de linearidade). mes arma qu dives formas stones veri: fume aso gu de demarcate de das 0 ‘malo eter Gua carcerats femal dodo fio {ema crocs po sara ign us. Ob- ‘vase hula pu asia ernie ce opines {Siscr dh montage de kvl) qu, epee {ote doen do pao dont eval (docs aernncinp spar» sled (amo da mortage aera” propamente dou odin xprnit anu repagto eve do eon desig com elo 3 lege en danger pala Pung semnticas —Fssafungio certamente a maisimpor- ‘antecuniversel a quea montage sempre garacte) de ao, abrange @ ‘isos extremamtente numerosos ¢vatiados, De modo talver attic ‘a, dstnguiremos: + aprodugio do sentido denotado — essencalmenteespago- temporal —-quecompreende,no fundo, oque acategornda rmontagem “narrativa” descrevia: a:montagem € um dos principais meis de predugaodo espacofilmicoe, de mane ‘ager detdaa dlegese, ‘+ a prelugio ce sentidos conotados, eles pripios bem diver. sem sua natureza, ou sea, todos 08 c3505 em que amon tagem relaciona dois elementos cierentes ara produzir um feito de causaidade, de prallismo, de comparagio et possi dar aqui ums polo des fang da men ‘age sameness ite da extent que inden x de contaio seta pe ser prazid peel sesuigarcenn mgr enn soe dao que to fata eee clsco para data etre cats cosas ai de compan ou de mtr: ember tecnico (een de vaidae) om Onto, de Baan, (27): do rune de cameos quence oncament plano de muldso humana em eps mar, de Chopin {0806 de un plano de gals cacao, iv emento

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