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As ideologias da montagem: |AUMONT,J. Montage Eisenstein, Paris, 197, psn. BAZIN, A. "Montage ntendit em Qu'st-ce qu le cnina?. EISENSTEIN, SM, At ds oles. Pais, 1974, passin, [NARBONI Js PIERRE, S. RIVETTE, J. “Montage”, em Cehiers du A fungio “expressiva” da montagem: PUDOVKIN, Wi. ip tcrque. Nova York 1958, p. 6-78 Para a histira ea prtica da montagem, de uma perspectiva, muito clssica a referincia bsica continua Sendo IREISZ, K,e MILLAR, G. The tig of fin iting. 2d. Londres "Nova York, Focal Press, 1958 3 CINEMAENARRACAO, (cinerea narration (encontrado cinema eda narasio Namaiovia dos oso ir a nema ir ver um line que conta uma historia, A afrmagio parece wma tole, Yano cinema como raragio so aparentemente constancy cot, elando oor Teor conta propia _A principio, a uno de ambos oer evident nas primes tempos de mn eatencin 0 cinema no se destinaea as rar trovigamenteraravo. Foden ser apes ut itramento dein enigagio sence, am instrament de reportagem ou de doce trent, um prolongarent da ptr et um simples divert ‘hento elmer de faa. Fora concbido como un meio de est, {ue nio linha a vocatio de conta Nstries por procediaentos pectic ° Se nio era necesariamente uma vosas80 € 56, poslano, 0 cencontr do cinema e da narragio conserva algo de fortuito, da fordem de um fato de civilizagdo,havia algunas razes para esse encanto, Ymbrarenos sencalment tds qs dss pe ‘eens se deve prpria materia da expresso cnematogratin: @ Sagem fguraiva em movimento = ‘A imagem figuatva om movimento — Mo de gto « ives te wna mage Brae onde, grages tn cee numero de onvengies the xe poo vee £0 anama,epe ‘ago visu neo), ov teeta so or Sess Mav apenas oft deeper dona unset Se tama qu tle sp rc, um ts desta gue pln Giese qu dnealgospopsin dese ot Asses agen Se Tinvtver no apenas equated tes "eslers es {cals inplctnmete un endo do toc um eee oe stotumievlve que deatanspancers eterno carte Ae fare cm que © ijete sign lg le oe us sens ace Aeris, meso anes de su reproduc, qualquer objeto wecla pars soclnade na qual Coconut gama de ‘lores don quia €rpreserantee gue le “conta. qunguer tet um dncumo es una amo soctl que Por sa ond, tomas um nkiador de diners, de eo, pls tone "seared aunt gee sen ‘ein oniverso sca 0 gual perence, Besse oc, qual fen gags mpi ha sag mesmo om riod, plo Peso sistema soca 80 ul 0 reprsentado pertence «porn tnt, Par peri basta cnienplar Os primes restos fotos que insannenment sor nash para nds, pequenas naratvas A agen wun — Se mes vers, Inset na rst rematogrtic do movies par subi se rel nam ge amore nno ao dee image emo ‘mento una imagem em perpetua tastormagio, que mosta & [gem de um eda cas presets part unt sta, ‘movimento eae tempo, Orepesentado io cnet a ere, 0 sentado em devir, Qualquer objeto, qualquer paisagem, por rai ‘etiticos que sejam encontran-e pel simples fats de erem fil Sion iraciow na rag eoferecidos transforma. Aandlse estat iterdria evidenciou que qualquer hist6ra, qualquer ego, pode reduziese a encaminhaento de um estado ‘Beam estado terminal e pode ser esquematizada por uma série se araformagnes que se encadelam através de sucesbes do tipo: ae repel ext cometado — to pmir — proceso Punitivo| erato puido — beneficio realizado, ortanto, 0 cinema oferes 3 feo, por melo da imagem em movimento, a ureg ea taneformagor em pare, pores Ponts aevane & que ok psvel opera o encanto do cinema e da naragso ‘A busca da legitinidade — A tercelra razto a ser exposta deve-se 2 tm fato mais histrico: 0 estatuto do cinema em sets ‘eimeirs tempos. AinvengSo sem futuro” como declarava Lum Pei nos prineitos tempos um espeticulo um tanto vil, wa ‘Maes de fea que se jusifiava essenciamente—mas nao apenss spel novidade tence Sir dessegueto relativoexiga que o cinema se colocasse 0 ‘os avspicion cas “artes nobres ue era, na passagem do séclo Six parte aculo XX, o teatro © 0 romance; que passasse, de certo Jnado. pela prova de que poesia também conta historias “digas Je intenane™ Nao que'osespecules de Melts j no fossem histo- ‘iets mas eles no possuiam as formas desenvolvidas ecomplesss ‘Se uma pega de teatro ou de um romance Portanto, fot em parte pata ser reconhecido como arte que © cinema seempeniou em desenvolver sus copacidades enarragto ‘esi, em 190, fo rida na Fran 3 Sosa do File de Near aambci es negicamen oad pele mexico RSESEikos fs chamando tres le abo aosos pau So oncom A te de Us dams ds cm Ryan eter O Bw mais enh dea sre € (Set cde Cae do neni Hea ave [imide Cale Sit Sues) com ote Ee Bay Foc asinn a e018). o (© cinema nto narrative: Difculdades de uma fonteira Nawativo/no narraivo — Naar consste em reat um event elo imag npn plo score Primero lugar que odesenvolvistento Ga histor eee 8 cpr te dagele gies ont ee aim, pos sa un ce Hs recursos pata organza seus efi em seu Kiger qu 2 histia sigan desenvolvimento ganas sn meses topes plo nazar e pelos modcor aguas adapta. elo menos no plano do consume, hoe ex dis, precomina 0 cinema narrative. No plano da produsio, nig se deve eaquccer ¢ Ingar importante des filmes nos eampos industrial mica ou tly. {ar Portanto, no se deve assimilar cinema naratvo e essencia do ‘nema, pos, ademais,debars-a de lado o lar que o enema de ‘vanguarda”, “underground” on “experimental, que se pretense ‘no narrative, assumiu assume ainda na hisliria Go cients Enborajstiiqueum certo nero de diferengas ent prod tos priteas de produce dstingo que se amenormafment entre um sins naretve eum eines io neratoo io pees contudo, poder set mantida em bloco, De fato, nao é possivel opar mda ato nao poste iene dena NRFarteepsenveinste © cinema “experimental”, sm cin carer. eo por doe ‘motivos opastos: - + Nem do no cinema nara €forgosamente narrative tepreseniatio. O cinema narrative dupe de ft, de tao um muri igo no ¢ reprint ‘nents eabertrs a panorniecosd, ts jogs “etl 608” de cor e de composigao. an shits anes es recent reser em Lang th cack e Eisenstein momentos que expan exporadicamente rare ioe representagio. E desse modo que ¢porsvel encontrar "files ‘starve dg unc fie {iy Marples oye ome a, de cing” (ou flickr fl, que jog com a extrema brevidade de ‘avatrves da vida colidiana de pequenaPurguesia Anogio destino presupoe,portanto, a agit mpl ca que se decom elements ton dependentes do imag, ful onganzan uns em regio aos onto por meio de um dese: 1 volvimento, de uma expansio e de uma sohug final, para acabar formando um todo coerentee, na maioe parte do lempe, fechad [Buse de cerla forma um "fraseado” da historia, na medica em gue fle se organiza em seuincas de continents Fala do frase dain pra design igi de se dese ‘ssvimeno io que ier qe sop compar sha Scout mate Ape Somme "jlo dais, ys rss ematnda Pov una fae da mena forma que ota des ts de Eraade Letts ‘Bessa completa, ess coenincia (mesmo rltva) dahistta que parecem torné-la autonoma independente de narrativa que = ‘ons. Hla aparece, assim, dotada de uma exiskincia propria que ‘constitu em simulacro do mundo eal. para expicar ess tendén- ‘ada historia aseapresentarcomo universo que se substitu oermo Iistra plo de deg. Em Ariss ean at gee, com mi, ma is ‘maids da len to 6 wma oe man ee ues de mentary uma ct as darn Oso ‘ode’ pra keen Gir oa. Alege & portant, prin iar histracompreen lida como poeadomnd, comounivers hetco, cues elementos se ombnam pra formar una globaldade Apart dente € prec ompreendéa come osieado smo da arate gio no ‘momento em que nko apenas eae concteli as amibem sna tna Sua axpeo 6 portant mais ampla do que ade histra ue tla acaba englobanda fame tudo 0 que a hist eves ou prove para eapectadr, Por is, & posvel lar de ties> {tegte,gue comprenc tnt a se deat se supoto cone test je ogc, htc ow ach quanto abit de Senumentose de motivacde tn quale clarstigem. Adige de io temo, de Howard Hawks (198), cobre sua Rati a conducie de uma tropa debovnon a wna eng stove dade entre pi ese bo adn) eo universofictco que ean ‘tconqulsta do Oeste oprazer dos grander espaososupost cog tmorl dos pesonngeneseu esto de Vida 1 fewer dg te um to angus & 0 mesmo (Styne ae gent na copula equ dase oa, ‘feo qu dsr (opr eroqe donos ques ge amp Jaques ats) Guarino. ‘siento unre den tas 0 col © ras) ‘Silt cl crate pol toc aka ecm gnc) ls exeane ncompena de teow — ‘Ripe nnpnato “neat dens” sosrda coi 1 Ra gue se, cm ncn Sen ve. ein pct ants Gus eee erp.) Finalmente, por nossa ve, etramos tents 9 tam ovender por tinge a hati cordon dns eta di Sari fo & forma com eae elsora no empito doespec “Kross do denenolvientoftnice Ports se toa {I stra tl eome € pone cont, a Yer concuida & tex mart 880 do ms) may da hist el como 8 {eo constuo'a partidos lament que ofnerefrecet ‘Syne umber al oo me fares do momento 0 ‘insets eles vst ansehen ne Tir A dagese sonia, Hi oad ta pista da {Stor com se fs pity ss diag tempor, ou, 20 ‘Shur, wus desmororametos inns co ses dean ‘iment rembramento pg nes de conga om Cina Nts que poo contar Go come 30 fs de mans in. ern nest pot, dng ist, dees, oi ings Epnventnder cmos ders na ta nara por rg a indigo suai. der (Inns conten, dae lagen edo ates gue mre foro Des fm, Corps Sent ception Stig de sot de cori de Latino Wacom (59 ne Yess, codes 6 tra aman de om ta Ho pe ata con {2 eaatedian Ba edencia como desir redo ‘servers nraneadesee rein Sadoul pretend esis, ns 20 mesa tempo, nina c wiverso ag (86 Venera, conden, fa ‘Uma sma observagio aceséria. As vezes, emproga-se 0 terme exadigéicn, no sem tm certo mimero de incertezas. Em particular, emproga-se esse erm a propésito da musica, quando ‘ta intervém para sublinhar ow eprint os sentiments dos perso- Magen sm qe sa prado sf alive ou simplemete lnagivel wo univers aegis. fo caso bem comet do (porque carcatual) dos violins que irrompem quando, emt um ser 0 hers vai encontarse noite, com a heroin, pero do cercado de avalos essa misica desempenia um papel na diegese(sigafca 0 amor), sem dela fazer parte, como a noite, a hz € vento nas flhas. ‘Relagies entre nareativa, histriaemarragia Relges entre narration e histéria — # possvel distin entre estes ts pos de relagto, que vamos cay, segundo Gérard Genet: onder, dro e mao, Aonlon compreende as diferengasentreodeserwolvimento da ruarrativa wo da historia; acontee, com requesela, que a ordem de apresentagio dos acanecimentos dentro da naratva nao sj, por ‘motives de enigma, suspense ointerese dramatic, aguela aul ‘les supostamente deveriam se desenvolver,Trata-e, portato, de procedimentos de anacronia entre as duns séres, Assim, pode-se ‘mencionar depois, na naraiva, um acontecimento anterior na de- ese: € caso do flask, mas também de qualquer elemento da arzativa gue obrigue a seinterpretagio de um aontcimento que fora apresentado ou compreendid anteriormente de ma outs forma Esse procedimenta de inversio ¢extremamentefroquente no «aso do filme de enigima polical ou paicoldgic, onde se apresenta “comatraso” acena que constitu motivo dos atosdesteou daquele pesonagem im Quinn ocr, de Ale Hic (1S) dais de smut perp emer exon, 0 dot cone le brar dia em que durante uma benadia de anes © ‘lps seu imo mals novo empl rn ce En Assn, de Reber Sina (166) qune toon 16 fi polsnosmorta spines minus amonedo et eae arr nonpaerstvetg grbasav4 ene odo mtv de saan A corr, dem er esntradsementon a ain team a evcar por anielpago i acoteaient UTD Fee eee certamenteo caso do las mas tambem de qual depo de anno on indica que pea que 0 eopecader se ao peas deaevelvimente da naeti par magi doom Sivamento diegetic tro. © sir 0 “ao are” € an poeta 10 ns fades Nosed cttn denon suger dems ae (eos deuneeqeece de snag) cajtapans conaiog a Nara entndssiaddp a guint {boos ines qcjqgamcom sono dae, comos Sr Che arte G96) gual o personage pip tos Sessa o fi le de que + age do garb (proche olnkio€ desta pia morte oncomo Bi ‘Sow tear Alin esas), medio eth seer» por dem pip mate pono. igutmat neon ines moder detec “in teas Lohr rs eC Em age Mel Fanoun 1907) durante aguas, qoeesplzs poco Cum simon do goes nazi, ect ens de itniade ftarnconemalhesgursn owe e Ai ate {er 82) apevent um caso prtelr deff! ora frtar ou a ni do ne som do xen gu iter Tota Prulmente ese protien ¢ sine egente ‘Ton fis da inrss nna ier ssp” ne eon fog ies onstcon yi) Em Whe de Ren Tpde RonF 965) ea em seus pein ‘lnm qua dca enc gu des 0 ‘eSemnento des Case no ial do flime 0 lao 10 gal 9 ‘Eom os cts de Abed an, de Bowed Has {ts pre de fat cnsinde na bods de un ‘Selo anne a evoloi rads ages amass Gesletal do imece ‘ecru seo". cnr re supted so errr, mt egente na rao Os ‘ej gu unos co anina So gues oc Ww Para Jean Mitr ese ipo deartincio pela narrative deelesten tos dlogéticosulteriores pertence a uma ligica de inplcagio que & compendia eemprgada pel cpetador drat pyao do Deseo, ev um mater lino gut moss, dao de ura montanue dignc prepare Sener foc te Inds erp. W,"Osehogines) nen Lembranas eansncos pode se deni do tempo gece do tempo fini de enor als de 2 ans pars sta de ‘Quando rai, 198) ou de pega amplitude, quando se tra, porexemplo, do enesalgamottoda sor dum plans to plano egtnte ou precedente i Is des fs de ao, de Robert Beseon (985), 0 ei esti data case gunt seco dep dena cena ‘omsevantgoananie bsamente cavers entails se som prt dey oucsopn cco ma ‘bout " we Aura referees elagdes entre a suposta drag da ac todgacio iogética ea do momento da narativa que Ihe €consagrodo. f rao que a duragio da narativa se harmonize exatamente com a da histcia, como 6 0 caso em Festin dil, de Aled Hitchcock (0948) filme "rodado mms plano”. Anarativa, geralmente, mais ccrta do que histra, mas, em certos casos, é possvel que algumas red matt rem maemo dquo pate Nr Temosum lav nm tlie ln posted er janes sand dum em etn plans ‘mado de den do mem, dust pan punt omada da Plstafora, Volos desenda de ovo o® eon depaus Nas Frage cas daca et comona ec bat ‘hem Bn on sno Oe de Sega Lene (00) oua ena do ‘Sent Aaa (197), de Cade St us Casinos também ncteorin da dara asl do rc en tee do aan, de Howard Haws (988), Php cate Spt eae ear plano metro ital Mai ee cper. Trove excecnen Ves » encontrar Ea sno meno plao, a ma eve dang de tte de SS aparece do gare, gue ele etava fade Mass asc fat de gusta tea esa Do aa Ee inicamsnos qv sahara dese pss nas hors. (© mio 6 relativo a0 ponto de vista que guia a reacko dos sconteimentos, ue egula 8 quantidade de informagio dada sobre “Sst pela narativa, Aqui sé etereme, para ese tipo dé eagles ‘ite ar das instancias,ofendmenoda foclizaao.E preciso cistin uur ene foclizaio por um personages focalizagho sobre wt eongem,mantendo em mente que esa fcalizaSo pode mito Petr nko ner dna e vara, futing, coasideravelmente durante 3 Fata, A foclizagio sobre um personagem & extremamente fre Jute pots decore muito normalment da propria nganizagio de ieiguer narraiva que implion um bere persanagens secundléios Ae aqucke que a camera alae segue. No enema, exe proce ‘mento pode dar lugar a us cero mero de efeitos: enquantoo yooh ocupa a imagem e, por asim dizer, monopoliza a tela, a ag80 prone peossegir em outa pate, reservando para depo Urpresas Boespectador ‘A focaizagio por um petsonagem é igualmente frequent © manifestarse, na matoria das vezes sob aforma do que se chama a Camera subjetiva, mas de mancira moito “borboleeante”, muito flutwante, denteo do filme oii de rs dl pas, de Demet Daves (1471 © ‘Si at topo, emguanta 0 toe Se dosencnla o eta pata Betmanci ai gral opine normal doe nav apr ‘Zine eaperaicamene ans ep tudor visio de {ie ponenagne (ur pp 620, Menino peso” © Vieng scunde) 1 Rete entre nara stra — No que se refer aes tpo de ‘elagdes que Gérard Gente designa peo temo generico de, vamos noslimitara observarquea onganzagtodoflmenaratvoclissiolera muits vezes a fendmenas de dita de elementos que nio prin: ‘cemde ato naragio.Acontect, de ft, que oespectador sea eon ido aribur a diegese o que ¢ uma intervengao note da insncia ‘rata ne desenvolvimento da nartativ 1 posvel detacas um exemple endeno em 0 sant selon de Frangis rtt 1970 as daa de plo ele 'So por isievrs cade ae pean Aas, uo ‘© dottr lard prepara prs estes sags, vemos ape Inara de una tan oda qual pesmanee po un epe,

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