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REVISÃO INTEGRATIVA:
INTERVENÇÕES COMPORTAMENTAIS PARA REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA
Este estudo teve como objetivo realizar revisão integrativa da literatura sobre a efetividade de intervenções
na realização de Atividade Física (AF) na população geral. A busca foi realizada nos artigos on line indexados
nas bases de dados Scopus, Medline e Cinahl. Foram incluídos estudos em língua inglesa ou portuguesa do
Brasil, com nível de evidência 2 ou 3, publicados entre 2004 e 2008. A amostra final foi composta por 14
estudos. Em 57,1% dos estudos, as intervenções foram efetivas para a mudança do comportamento para
realizar AF, porém, poucas foram baseadas em teoria. A diversidade das populações alvo, dos instrumentos
de avaliação e das intervenções dificulta a comparação dos resultados e a construção de evidências sobre a
efetividade de intervenções para a promoção de AF.
INTEGRATIVE REVIEW:
BEHAVIORAL INTERVENTIONS FOR PHYSICAL ACTIVITY PRACTICE
This study aimed to carry out an integrative literature review on the effectiveness of interventions in physical
activity (PA) practice in the general population. The search was carried out in articles indexed in online databases:
Scopus, CINAHL and Medline. Studies in English or Brazilian Portuguese were included, with evidence levels 2
or 3, published between 2004 and 2008. The final sample consisted of 14 studies. In 57.1% of the studies,
interventions were effective for behavior change to practice PA. The diversity of target populations, assessment
instruments and intervention designs makes it difficult to compare results and build evidence on the effectiveness
of interventions for PA promotion.
REVISIÓN INTEGRATIVA:
INTERVENCIONES COMPORTAMENTALES PARA REALIZACIÓN DE ACTIVIDAD FÍSICA
Este estudio tuvo como objetivo realizar una revisión integrativa de la literatura sobre la efectividad de
intervenciones en la realización de Actividad Física (AF) en la población general. La búsqueda fue realizada en
los artículos on line indexados en las bases de datos Scopus, Medline y Cinahl. Fueron incluidos estudios en
lengua inglesa o portuguesa de Brasil, con nivel de evidencia 2 o 3, publicados entre 2004 y 2008. La muestra
final fue compuesta por 14 estudios. En 57,1% de los estudios las intervenciones fueron efectivas para realizar
cambios de comportamiento relacionados a la AF, sin embargo, pocas fueron basadas en teorías. La diversidad
de las poblaciones objetivo, de los instrumentos de evaluación y de las intervenciones, dificulta la comparación
de los resultados y la construcción de evidencias sobre la efectividad de intervenciones para la promoción de
AF.
1
Enfermeira, Mestranda, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, thaisms@gmail.com. 2Enfermeira, Professor Associado,
Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Brasil, e-mail: robertar@fcm.unicamp.br, ceciliag@fcm.unicamp.br. 3Enfermeira,
Hospital e Maternidade Celso Pierro, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil, e-mail: laurabacelar@uol.com.br. 4Enfermeiro, Doutorando,
Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Brasil, e-mail: titodrm@yahoo.com.br.
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(21,4%); Geriatria (14,3%) e Saúde Pública (14,3%); Múltiplos Estágios (Tabela 3). A maioria (71,4%)
com fator de impacto médio de 3,7(±3,9). Metade da apresentou como variável dependente o incremento
produção é originária dos Estados Unidos, seguida isolado da AF, sendo a caminhada o comportamento
pela europeia (21,4%), australiana (21,4%) e alvo mais explorado, seguido pela associação de AF
canadense (7,1%); 57,1% dos estudos foram e alimentação saudável (28,6%), e da associação de
desenvolvidos em universidades, 35,7% em centros AF, alimentação saudável e abandono do tabaco
de pesquisa multicêntrica e 7,1% em hospitais. (7,1%). A duração média das intervenções foi de
Constatou-se distribuição homogênea entre estudos 37,9(±23,3) semanas, com duração mínima de 8 e
experimentais e quase-experimentais (50%, máxima de 72 semanas. A trajetória metodológica
respectivamente), com predomínio de randomização foi considerada adequada em 42,8% dos estudos(10-
11,15,19-20)
(64,3%) e grupo controle (85,7%). O tamanho médio , considerando-se como critérios viabilidade,
das amostras foi de 452(±518) sujeitos. A maioria reprodutibilidade, clareza do método e aplicação de
dos estudos (78,6%) englobou sujeitos de ambos os instrumentos e medidas objetivas; em 14,3% o
gêneros, sendo que em 14,3% dos estudos não se delineamento das etapas não foi claro,
informou o sexo dos participantes e 7,1% arrolou impossibilitando sua reprodutibilidade (13,16); e em
exclusivamente mulheres. Houve grande variação da 28,6% não foram mencionados critérios de inclusão/
faixa etária dos sujeitos, sendo que a maioria arrolou exclusão dos sujeitos na amostra. Na análise dos
adultos e/ou idosos. dados, houve predomínio de modelos paramétricos
O resultado foi avaliado por meio de (42,8%) e de variância e co-variância (42,8%).
questionários de AF, medidas objetivas de AF As intervenções foram efetivas na promoção
(capacidade física, pedômetro, acelerômetro), ou por do comportamento de AF em 57,1% (n=8) dos
variáveis relacionadas ao comportamento estudos analisados e inefetivas em 14,3% (n=2)(7,13).
(motivação, autoeficácia, estágios de mudança), ou O resultado da intervenção não foi relatado em 28,6%
à percepção de sintoma (fadiga). Destacaram-se as (n=4) dos estudos(12,15,18-19). Nos 8 estudos em que a
escalas psicométricas para mensuração da intervenção foi avaliada como efetiva, o outcome
motivação, fadiga e esforço percebido, e para medida avaliado foi o aumento da frequência de AF (75%,
de variáveis psicossociais sabidamente influenciadas n=6) (9-11,14,16,20) , o aumento da frequência de AF,
(17)
pela AF, como evidenciado em outros estudos de associada a outro comportamento (7,1%; n=1) e
revisão (23-24)
. Foi frequente o uso de instrumentos de melhora da QV e da força muscular (7,1%; n=1)(14).
quantificação da duração, intensidade e frequência Não foram relatados efeitos negativos das
da AF. A maioria (64,3%) fez uso de marcadores intervenções.
biológicos como consumo máximo de oxigênio, níveis
de colesterol sérico e índice de massa corporal
(IMC)
(7,11,14-19,20)
e metade dos estudos aplicou testes DISCUSSÃO
físicos, como os de carga e caminhada(8,11,14-15,17-18,20)
(Tabela 1). Os achados evidenciam que a maioria das
Em metade dos estudos, a intervenção foi publicações sobre intervenções para AF está divulgada
baseada em referencial teórico: 28,6% basearam-se em periódicos da Área das Ciências da Saúde,
em Teorias Motivacionais e 21,4% em Modelos de classificados em diferentes assuntos.
Tabela 1 – Relação de instrumentos e testes para medida de AF e variáveis mensuradas nos estudos incluídos
na revisão integrativa. Campinas, 2009
Stage of Change for regular exercise (SoC for Estágios Pré-Contemplação, Contemplação, Clark et al., 2005(13)
regular exercise) Preparação, Ação e Manutenção
Continua...
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Tabela 1 - Continuação.
Seven-day Physical Activity Recall (7-Day PA Recall) Duração, intensidade e gasto energético de AF Pinto et al., 2005(11)
Yale Physical Activity Survey (YPAS) Intensidade e frequência de AF Clark et al., 2005(13)
International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) Níveis de AF habitual na população em geral Spittaels et al., 2007(9)
Adolescent Physical Activity Questionnaire (APAQ) Níveis de AF no lazer Lubans and Morgan, 2008(10)
Rating of Perceived Exertion (RPE) Esforço percebido causado pelo exercício De Backer et al., 2008(14)
Testes físicos
One maximum strength test (1-RM Test) Carga máxima com que o indivíduo realiza uma De Backer et al., 2008(14)
repetição de dado exercício resistido
Rockport 1-mile Walk Test Prediz a capacidade aeróbica em caminhada de Pinto et al., 2005(11)
1,6km
Pedômetro Número de passos caminhados Hyman et al., 2007(17); Mahar et al.,
2006(8); Beresford et al., 2007(20)
Acelerômetro Grau de aceleração linear do pulso, movimento total Fortier et al., 2007(18); Pinto et al.,
do corpo e grau de AF 2005(11)
Teste de esforço (6' e 12') Consumo máximo de oxigênio - VO2 Fortier et al., 2007(18); Spence et al.,
2007(15); De Backer et al., 2008(14)
Nenhum estudo foi encontrado em periódico apontam para um sumário sistemático generalizado
delineamento metodológico mostrou incoerências sua aplicação melhore a efetividade das intervenções
quanto ao processo de amostragem, bem como falta na mudança de comportamento. Entretanto, tem sido
de clareza nas etapas da intervenção, achados que argumentado que a maioria das teorias fornece
(23-24)
são congruentes com outros estudos de revisão . subsídios importantes sobre quais necessidades
O período médio de follow-up coincidiu com a duração devem ser mudadas e não como essas mudanças
da intervenção, o que aponta para a necessidade de podem ser induzidas(26). Seria importante, assim, que
desenhos longitudinais, para que evidências sejam as teorias, além de explicar a motivação do sujeito
estratégias foram baseadas em teoria, em especial e como traduzir tais determinantes em métodos,
significativo na AF, somente em 28,6% as estratégias dos métodos de intervenção e das medidas de
tinham sido baseadas em teoria, o que corresponde avaliação empregadas, bem como a ausência de
apenas a 14,3% da amostra. Atualmente, há amplo normalização nos autorrelatos sobre AF nos estudos
debate entre os estudiosos, sobre a utilidade e investigados, limita a identificação dos potenciais
barreiras percebidas na aplicação das teorias atributos das estratégias associados à efetividade da
(23-25)
comportamentais . As teorias comportamentais intervenção.
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Tabela 2 – Síntese das intervenções para promoção de atividade física descritas nos artigos incluídos na
revisão integrativa. Campinas, 2009
Efetividade da
Seleção Tamanho
Nível de Grupo Comportamento Referencial intervenção na
Referência da da Descrição da Intervenção Medidas Obtidas
Evidência Alvo Alvo Teórico mudança de
Amostra Amostra
comportamento
Holland et 2 Idosos Randômi- n=504 Caminhada, Não descreve A amostra foi randomizada em grupo IMC, presença de Aumento dos
al., 2005(7) portadores ca natação, Controle (n=249) e Intervenção condições crônicas minutos por
de uma ou hidroginástica, (n=255), que foi submetido ao Health de saúde; minutos semana em
mais ciclismo ou outra Matters Program, com contatos gastos em atividade atividades
afecções atividade telefônicos a cada 4 semanas e aeróbica e aeróbicas,
crônicas aeróbica entrevista aos 6 meses. Durante alongamento na alongamento e
de saúde entrevistas, elaborado o última semana; visitas sociais
planejamento de ação em saúde atividades sociais na (p<0,1);
(mudanças de comportamento para última semana; diminuição da
obter hábitos saudáveis) e de fitness limitações sociais depressão
(programa de exercícios aeróbicos). nas últimas quatro (p=0,63),
No seguimento, visitas e contatos semanas; preocupação e
telefônicos para reforço e preocupações com a limitações com a
manutenção do planejamento. saúde, dor, fadiga e saúde (p=0,23).
Duração: 24 semanas. dispneia nas últimas
duas semanas.
Mahar et al., 2 População Randômi- n=243 Locomoção e Não descreve Amostra de alunos de duas classes Número de passos Aumento do
2006(8) geral; ca caminhada de cada ano do equivalente ao (pedômetro). número de
crianças Ensino Fundamental dividida em passos no Grupo
de 5 a dois grupos: 1) Energizers 1 (p<0,05).
11anos classroom-based PA Program
(n=135): 10' de jogos, brincadeiras e
AF aeróbicas por dia por 12
semanas, liderada por professor
previamente treinado; e 2)
Energizers Training (n=108):
aconselhamento sobre obesidade na
infância e importância da realização
de AF regular.. Duração: 12
semanas.
Spittaelset 3 População Randômi- n=285 AF não TPB* Distribuição da amostra em 3 Frequência e Aumento dos
al., 2007(9) geral; ca especificada grupos, com aplicação de duração de níveis de AF e
adultos questionário on-line por meio do site atividades físicas no diminuição do
(não do estudo, no 1º contato e 6 meses trabalho, nas horas tempo sentado
i d o so s) após. Os Grupos 1 (n=173) e 2 de lazer e nos grupos 1 e 2,
(n=129) receberam aconselhamentos locomoção; período em relação ao
para realização de AF com base em sentado por dia. grupo 3 (p<0,01).
suas respostas. O Grupo 1, após
aconselhamento, foi seguido por e-
mail por 32 semanas. O Grupo 3
(n=132) não recebeu
aconselhamento antes de 6 meses
do início do estudo. Duração: 24
semanas.
Lubans and 3 General Conveniê- n=116 Corrida, Teoria O grupo Controle (n=66) foi Número de passos/ Aumento
Morgan, population; ncia caminhada, Cognitiva submetido ao aconselhamento sobre minutos/dia gastos significativo dos
2008(10) adolesce- ciclismo S o ci a l AF; Grupo Intervenção (n=50) em AF (moderada a níveis de AF no
nts submetido a sessões semanais de vigorosa); horas/dia Grupo Intervenção
between 70' de exercícios aeróbicos gastas assistindo em comparação
12 and 16 (ginástica), sendo 15' de televisão, usando o ao Controle
years of aconselhamento e 55' de computador ou jogos (p<0,05).
age participação em AF, Duração: 8 eletrônicos.
semanas.
Pinto et al., 2 Adultos e Randômi- n=86 Locomoção e Não descreve Grupos Controle (n=43) submetido IMC; dobras Grupo Intervenção
2005(11) i d o so s ca caminhada às medidas usuais e Intervenção cutâneas; horas realizou mais
co m (n=43), submetido a aconselhamento gastas com sono e minutos de AF
câncer sobre como se exercitar, monitorar a com AF na última p o r d i a , co m
FC, fazer aquecimento e realização semana; velocidade aumento do
de caminhada com duração de 10', máxima atingida número de
duas vezes/semana, até atingir 30', para caminhar p a sso s;
cinco vezes/semana. Contato 1,6km; motivação apresentou
telefônico semanal para para realizar AF; incremento da
encorajamento, com feedback para número de passos motivação para
os participantes na 2ª, 4ª, 8ª e 12ª (pedômetro); grau de AF, maior
semana. Manutenção do contato aceleração linear do variação do
telefônico por 3 meses após o fim do pulso, movimento humor e menor
programa. total do corpo e grau fadiga em relação
Duração: 48 semanas. de A F ao Controle
(acelerômetro); (p=0,001).
humor; fadiga e
estima corporal.
Harris et al., 3 População Conveniê- - Aumentar a Não descreve Profissionais (médicos, enfermeiros) Capacidade prática Resultados não
2005(12) geral, não ncia habilidade de de clínicas de saúde submetidos a para implementar a publicados
especifica profissionais da questionários para avaliação de seu intervenção SNAP; (protocolo de
condições saúde em conhecimento e prática no conhecimento de estudo).
de saúde promover AF oferecimento e avaliação de práticas para avaliar
ou i dade diversas intervenções em AF para pacientes e oferecer
com fatores de risco para SNAP intervenções para
(Smoking, Nutrition, Alcohol and pacientes com os
Physical Activity). Entrevistas fatores de risco
motivacionais e treinamentos sobre SNAP.
implementação, barreiras e
facilitadores para o programa.
Duração: não descrita.
Continua...
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Tabela 2 - Continuação.
Efetividade da
Seleção Tamanho
Nível de Grupo Comportamento Referencial intervenção na
Referência da da Descrição da Intervenção Medidas Obtidas
Evidência Alvo Alvo Teórico mudança de
Amostra Amostra
comportamento
Clark et al., 3 População Conveniê- n=1274 AF não Teoria Amostra submetida ao SENIOR Status Percebido de Maioria dos
2005(13) geral; ncia especificada, Transteorética (Study of Exercise and Nutrition in Saúde; tempo gasto sujeitos no
i d o so s melhorar de Mudança Older Rhode Islanders Project), em AF no trabalho, estágio Pré-
consumo de sendo fornecido manual sobre AF. exercício e Contemplação -
frutas e vegetais Seguimento por cartas e entrevistas recreação; estágio sem intenção de
por telefone a cada 4 meses. de mudança para mudar o
Duração: 48 semanas. realizar exercício; comportamento.
mobilidade funcional; Intervenção não
consumo de frutas e efetiva.
vegetais.
D e B a cke r 2 Adultos e Randômi- n=71 Treinamento Não descreve Grupo Controle (n=22) submetido a Força muscular; Grupo Intervenção
et al., i d o so s ca resistido cuidados usuais e Grupo Intervenção função apresentou maior
2008(14) co m (n=49), submetido a 18 semanas de cardiopulmonar; força muscular e
câncer treinamento resistido e bicicleta fadiga e qualidade melhor qualidade
ergométrica (sob supervisão), após de vida relacionada de vida (p<0,01).
seis semanas de quimioterapia. Nas à saúde.
12 primeiras semanas, frequência de
2 vezes por semana. Nas 6 últimas
semanas, 1 vez por semana.
Avaliação a cada 4 semanas. Ao fim
do seguimento, aconselhamento
para manter a AF em casa (em 5
encontros). Duração: 68 semanas.
Spencer et 2 Pacientes Randômi- Não S e ssã o d e Não descreve A amostra foi randomizada em C a p a ci d a d e Resultados não
al., 2007(15) co m ca informado exercícios Grupos Controle e Intervenção. O cardiorrespiratória publicados
câncer; aeróbicos último foi submetido a sessões de com teste de (protocolo de
não exercícios aeróbicos 3 vezes por caminhada de 6 estudo).
especifica semana, por 12 semanas, com minutos; mensuração
i dade supervisão de fisiologista. Duração de fadiga e QV;
inicial de 20' e intensidade leve, com dosagem do Fator
aumento gradativo para 40' e de Crescimento de
intensidade alta (modificada ao Insulina 1 (IGF-1) e
longo do seguimento). Duração 12 Proteína ligadora do
semanas. fator de crescimento
de Insulina (IGFBP-
3).
Spiegel e 2 População Randômi- n=1013 AF não Teoria da Grupo Controle (n=478) submetido a Consumo de frutas e Aumento do
Foulk , geral; ca específica; Ação Racional cuidados usuais e Grupo Intervenção vegetais; frequência consumo de frutas
2006(16) crianças melhorar (n=529) submetido ao WAY*, dividido de realização de e vegetais em
de 5 a consumo de nos módulos: 1 = conceito de bem- atividade física; ambos os grupos,
11anos frutas e vegetais estar, orientações sobre Intenção e Índice de Massa mais significativo
Normas Subjetivas; 2 = orientações Corporal. no grupo
para registrar dados fisiológicos e Intervenção.
níveis de AF (escalas); 3 = princípios Aumento dos
para realização de AF, estabelecer e níveis de AF no
incorporar rotina de exercícios; 4 = grupo Intervenção
aulas sobre nutrição; 5 = (p=0,05).
funcionamento do corpo humano; 6 =
genética e história familiar e 7 =
alunos reproduzem verbalmente o
que aprenderam para familiares e
registram como se deu essa
abordagem. Disponibilizado website
e DVD para dar apoio às atividades.
Duração: 28 semanas.
Hyman et 3 Adultos e Conveniê- n=230 Caminhada, Não descreve Amostra dividida em 3 grupos: Creatinina/sódio A abordagem
al., 2007(17) i d o so s ncia ce ssa r o Grupo 1 (n=92): aconselhamento urinário; glicemia de simultânea para
com HAS tabagismo e simultâneo para os três jejum , hemoglobina os três
diminuir consumo comportamentos alvo, Grupo 2 glicada, número de comportamentos
d e só d i o (n=96): aconselhamento sequencial p a sso s e foi mais efetiva
para os três comportamentos alvo; autoeficácia. para a diminuição
Grupo 3 (n=93): controle. Encontro do consumo de
pessoal a cada 6 meses, com sete sódio (p=0,41),
contatos telefônicos entre eles. AF (p=0,03) e
Duração: 72 semanas. abandono do
tabagismo
(p=0,02)
Fortier et al., 2 População Randômi- n=120 Caminhada Teoria Grupo Controle (n=59): Motivação; Resultados não
2007(18) geral; ca da aconselhamento breve para autoeficácia; grau de publicados.
adultos e Autodetermin- realização de AF. Grupo Intervenção aceleração linear do
i d o so s a çã o (n=61): aconselhamento intensivo pulso, movimento
para AF. 1/3 de cada grupo foi total do corpo e grau
selecionado para participar de testes de atividade física
físicos/metabólicos. O programa (acelerômetro);
consiste no modelo dos "7 As" Estado percebido de
(Adress, Ask, Advise, Assess/Agree, saúde; capacidade
Assess, Assist, Arrange). Semanas aeróbica, FC,
3, 5, 12, 13 e 25, realizado pressão arterial,
aconselhamento e avaliação medidas
pessoal. Semanas 6, 7, 9, 11 e 19 antropométricas;
contato telefônico. Semanas 2, 13 e glicemia de jejum,
25 realização de teste metabólico e hemoglobina glicada,
físico. Duração: 25 semanas. lipídios séricos e
resistência à insulina.
Continua...
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Tabela 2 - Continuação.
Efetividade da
Seleção Tamanho
Nível de Grupo Comportamento Referencial intervenção na
Referência da da Descrição da Intervenção Medidas Obtidas
Evidência Alvo Alvo Teórico mudança de
Amostra Amostra
comportamento
Williams et 2 População Randômi- n=300 Caminhada e TPB Amostra randomizada em Grupo 1 Tempo por dia gasto Resultados não
al., 2004(19) geral; ca atividades da (n=120): entrevista, programa de em AF; gasto publicados.
adultos preferência de aconselhamento face-a-face e energético em AF;
(não cada participante seguimento telefônico; Grupo 2 AF no trabalho, no
i d o so s) (n=124): entrevista e programa de lazer e nas
aconselhamento à distância e atividades
seguimento por cartas; Grupo 3 - domésticas;
Controle (n=121): breve calorimetria,
aconselhamento. Duração: 52 consumo máximo de
semanas. O2 e FC.
Beresford et 2 População Randômi- n=1633 AF não Teoria da Grupos Controle (n=768) e Níveis séricos de Aumento dos
al., 2007(20) geral, não ca especificada, Aprendizagem Intervenção (n=865), este submetido colesterol; IMC; níveis de AF no
especifica melhorar ingesta S o ci a l ao programa PACE† -1ª Fase: recordatório grupo Intervenção,
condições alimentar de conscientização da importância da alimentar de 24h; maior nas
de saúde frutas e verduras alimentação saudável e AF; 2ª Fase: número de mulheres
ou i dade motivação/ apoio para melhora de passos/semana; (p<0,001).
AF; 3ª Fase: motivação e apoio para frequência de
melhora da ingesta alimentar; 4ª realização de AF.
fase: sistema de apoio - encorajar
AF e ingestão de alimentos
saudáveis; e 5ª Fase: apoio à
manutenção de AF e de mudanças
dietéticas por meio de reuniões
sociais. Duração: 72 semanas.
Limitações do estudo
Dos 57,1% estudos, cujo incremento da AF
foi significativo, as estratégias de intervenção
As limitações se relacionaram ao uso
consistiam em aconselhamentos, informações/ exclusivo dos descritores DeCS e MeSH para localizar
orientações por escrito e materiais didáticos, isolados os artigos nas bases de dados eletrônicas, o que pode
ou em associação, cujos períodos de aplicação/ explicar a recuperação de número limitado de estudos
seguimento diferiram substancialmente. Tais no período determinado, bem como a inclusão de
disparidades impossibilitam comparações e estudos acessados por meio eletrônico, o que
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