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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

Programa Especial de Formação

Pedagógica para Docentes

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Por: Luciane de Castro Tofano

Supervisor de Estágio

Profa Mary Sue Carvalho Pereira

1
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017.

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

Programa Especial de Formação

Pedagógica para Docentes

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Apresentação de relatório de estágio junto ao Instituto A Vez do


Mestre da Universidade Candido Mendes como requisito parcial
para obtenção do grau de licenciatura em Docência do Ensino
Fundamental e Médio.

Por: Luciane de Castro Tofano

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SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO DO CONTEXTO 04

SOBRE A INSTITUIÇÃO 05

SOBRE A PARTICIPAÇÃO 07

A PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA 09

CONCLUSÃO 14

REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15

ANEXO

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IDENTIFICAÇÃO DO CONTEXTO

Nome da instituição: Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (IEPIC)

Natureza da instituição: Escola Pública Estadual da E.I ao Curso Normal;

Local da instituição: Niterói;

Disciplina do estágio: Docência do Ensino Fundamental e Médio

Profs. Regente: Rosimar Miranda Machado e Rosimere da Silva Brito

Semestre/Ano de realização: 2º semestre 2015

Número de horas: 170 h

Período de estágio: 18/06/2015 a 30/08/2015

Natureza do Estágio: Observação das aulas de Psicologia da Educação.

Turma observada: 2º ano do Curso Normal

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SOBRE A INSTITUIÇÃO

O Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (IEPIC), de Niterói, foi a primeira


instituição brasileira para formação de professores e com tem 182 anos e continua em
atividade. Ela é a mais antiga escola de professores do país. Com a denominação de “Escola
Normal”, foi a primeira escola normal do Brasil e da América, instituída através do Ato n. º 10 de
1º de abril de 1835, da Assembleia Legislativa da Província do Rio de Janeiro, sancionada em
04 de abril de 1835. O IEPIC está locado na Travessa Manoel Continentino, 32, no bairro São
Domingos em Niterói/RJ.

O IEPIC é escola de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e


Adultos. Mas se destaca pelo curso Normal, de nível médio, que conta, hoje, com 1.100
estudantes.

A denominação de Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, o IEPIC que


conhecemos, foi adotada em 1965, como homenagem a uma das grandes figuras do
magistério fluminense. Ismael Coutinho foi professor e filósofo de renome internacional, nasceu
em Santo Antônio de Pádua (RJ) a 12 de maio de 1900 e faleceu em João da Boa Vista (SP)
em 24 de julho de 1965. Era filho de José Coutinho de Carvalho e Amélia Mascarenhas de
Lima Coutinho. Desde o Decreto Nº 2027 de 10 de agosto de 1978, O Instituto de Educação
Professor Ismael Coutinho oferece, através de seus Cursos a Educação Básica.

A Instituição já chegou a possuir cerca de mais de 3.000 alunos distribuídos em quatro


prédios e com separações definidas para seus Segmentos de Ensino. Em sua história, ao
longo de reformas educacionais, o IEPIC algumas vezes deixou de ser escola normal. A
denominação de Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, o IEPIC que conhecemos,
foi adotada em 1965, como homenagem a uma das grandes figuras do magistério fluminense.

De 1960 a 1964 a Educação passa a ser utilizado como instrumento de transformação


da estrutura social. Nesse período os conceitos de Educação Popular foram elaborados por
Paulo Freire, Ferreira Goulart, entre outros.

“...a pedagogia, como pedagogia humana e libertadora terá dois momentos


distintos. O primeiro, em que os oprimidos vão revelando o mundo da opressão
e vão comprometendo-se na práxis; o segundo, em que transformada a
realidade opressiva, esta pedagogia deixa de ser oprimida e passa a ser

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pedagogia dos homens em processo de permanente libertação” (FREIRE,
2003, p.25).

. A educação enquanto política social do Estado capitalista tem respondido às necessidades


de valorização do capital, ao mesmo tempo em que tem se constituído num instrumento de
emancipação da classe trabalhadora, através do efetivo acesso ao saber socialmente
produzido. No Brasil, o projeto da sociedade na ótica do capital tem atribuído à educação o
papel da formação e qualificação da força do trabalho, como forma de garantia de maior
produtividade demonstrando um vínculo equivocado de educação como o mundo do trabalho
dentro de uma sociedade capitalista.
O Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho também atende aos estudantes dos
anos finais do Ensino Fundamental, através da modalidade da Educação de Jovens e Adultos
(EJA). Inicialmente, constituíam os grupos de EJA alunos que não tiveram a oportunidade de
estudar na idade adequada. Entretanto, essa realidade tem sido modificada ao passar dos
anos com a inserção de alunos adolescentes com defasagem idade/série que migraram do
ensino regular para a Educação de Jovens e Adultos.

Equivocadamente a escola é considerada sinônimo de empregabilidade e mobilidade


social. Uma face da escola retrata a preferência pelos ricos, e mais recentemente pelas classes
intermediárias, demonstrando que a exclusão das camadas populares vem sendo determinada
concretamente e historicamente pelos interesses concentradores de bens e capital, que
dominam a sociedade. A escola pública no sistema capitalista é direcionada para uma
concepção produtivista, desenvolvendo habilidades de competências, de valores e atitudes
direcionadas à formação de um indivíduo que seja capaz de assegurar a empregabilidade no
mercado de trabalho.

Considerando a teoria marxista, que diz que toda concepção de educação é válida
como um investimento desde que conscientizada como um investimento lucrativo para as
empresas privadas, os investimentos feitos para aprimorar a força de trabalho, sob forma de
“qualificação de mão-de-obra”, devem ser vistos no contexto da produção capitalista. Nesse
cenário a força de trabalho não é qualificada no interesse do trabalhador, para que melhore sua
vida, para que se torne independente e que se emancipe das relações de trabalho vigente, mas
sim para aprimorar e tornar eficazes as relações de trabalho, ou seja, para reiterar a
dependência do trabalhador.

A escola segue o princípio de que a educação não resolve isoladamente os problemas


do desemprego e que a mesma cumpre um papel ingrato diante à sociedade. Acredita que a
escola pública para o trabalhador deveria ser alegre, competente, séria, democrática e,
sobretudo comprometida com a transformação social, gratuita em todos os níveis e para todos.
Acredita também em uma educação para a formação da consciência critica predominando as
ideias de liberdade. Uma escola que tenha como princípio educativo que possa superar as

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dicotomias entre o trabalho manual e intelectual, a teoria e prática, a formação geral e
formação profissional. 1

A Instituição possui os seguintes ambientes para o desenvolvimento de suas atividades


educativas:
Sala de Recursos, a Sala de Informática e a Sala de Leitura. Estes espaços de
aprendizagem são utilizados como espaços pedagógicos diferenciados.
A Sala de Recursos atende aos alunos com necessidades especiais e àqueles que
apresentam dificuldades de aprendizagem.
A Sala de Informática é utilizada tanto como ferramenta pedagógica para o
desenvolvimento das aulas, de acordo com o planejamento dos professores, quanto para
entretenimento pedagógico (ou seja, jogos e atividades que desenvolvem nos alunos
conhecimentos diversos e raciocínio lógico).
A Sala de Leitura disponibiliza livros de Literatura Infantil e Literatura Clássica para
empréstimo e deleite dos alunos, além de ser utilizada como ferramenta pedagógica pelos
professores, sempre com o intuito de fomentar o prazer e o costume pela leitura.

SOBRE A PARTICIPAÇÃO

Ao chegar ao Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho a fim de solicitar a


autorização para o estágio fui muito bem recebida pela pedagoga. Ela levou-me para
conhecer as dependências da U.E. e apresentou-me os professores e demais funcionários.
Todos foram bem receptivos. Ela explicou-me ainda como funcionam os espaços da escola.
Fui, então, encaminhada para a sala da professora Rosimar Miranda Machado, sempre
muito solícito, que me apresentou aos alunos. Minha experiência no primeiro dia de aula foi
marcante e apontou como esse trabalho seria interessante e cheio de desafios! A EJA tem
peculiaridades que não podem ser esquecidas:

Necessidade de trabalhar a autoestima dos alunos com defasagem de idade e


aprendizagem;
Estabelecimento de relação de confiança entre professor e aluno;
Cuidado com a linguagem infantilizada;
Muitos alunos com dificuldade na linguagem oral e escrita.

1
Retirado do Site “História do Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho”. Disponível em <
http://infoiepic.xpg.uol.com.br/historia.htm >. Acesso em 16/07/2017.

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O trabalho seria realizado junto às turmas do 2º ano do Curso Normal nas aulas de
Psicologia da Educação, com as professoras Rosimar Miranda Machado e Rosimere da Silva
Brito. Nestas turmas foram feitas observações e algumas intervenções. As observações tinham
por objetivo refletir sobre as práticas que estão sendo desenvolvidas nas turmas, para o futuro
exercício da docência. Desta forma contribuindo para que o aluno atuasse de forma autônoma,
crítica, criativa e participativa para ao exercer sua profissão. As intervenções consistiram na
apresentação de alguns filmes, escolhidos pelas professoras da turma, visando estimular
professores construtores de uma sociedade democrática que valorize o exercício pleno da
cidadania com equidade, solidariedade e justiça social. Filmes: Pro dia nascer feliz, de João
Jardim (2006), Entre os muros da escola, de Laurent Cantet (2009).
Para Ferreira (2010, p. 71) defende a importância da Psicologia na área educacional
dizendo que:

A Psicologia, mediante as intervenções psicopedagógicas, muito pode


contribuir para o desenvolvimento não só educacional, mas do ser humano
como um todo, com suas técnicas e parcerias que se unem a favor do outro. É
necessário aceitar que cada sujeito tenha sua construção social, cultural e uma
história de vida. O importante é sermos éticos e trabalharmos em função do
outro.

Em algumas aulas, a professora reservava um tempo para que eu colocasse a minha


vivência em sala de aula e respondesse algumas perguntas dos alunos. A realização do estágio
curricular de docência relatado neste ensaio enfrentou diversos entraves até chegar ao seu
final. A escola em que se realizou o estágio não estava em seu melhor momento para acolher
estagiários de licenciatura, pois passava por uma fase de reestruturação administrativa e
pedagógica.
Diversos contratempos afetaram o cumprimento das atividades de estágio, desde o período
de observação até a prática de docência, destacando-se, principalmente, as inúmeras
mudanças no quadro de horário das aulas da escola, o que acarretou, por diversas vezes,
alterações na programação do estagiário e no desenvolvimento do projeto de docência.
O cronograma inicial do projeto de docência não foi cumprido em sua totalidade, devido
mudanças imprevistas no calendário da escola ou do quadro de professores.

A PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA

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A educação é, provavelmente, o bem mais precioso de uma sociedade. No entanto, o
reconhecimento “superficial” de sua importância pelos órgãos políticos não esconde nem isenta
o real descaso que com ela se tem, especialmente quando se trata da educação básica. Talvez
não em todos os casos, mas, em geral, as escolas públicas estaduais sofrem com graves
problemas de infraestrutura e condições de trabalho, o que afeta diretamente a qualidade do
ensino, pois não se podem realizar boas aulas sem recursos ou incentivo.

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer
coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram.
Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da
educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não
aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget) 2

Tensas relações estão estabelecidas em nossa sociedade. Recentemente elas fazem


parte do universo das escolas e inúmeras vezes são simuladas como harmoniosas ou tratadas
como singulares e normais pelos profissionais da educação.

As atitudes e ideias de violência estão envolvidas em diferentes situações como:


discriminação, racismo, bullying e a violência física. Diante dessa situação torna-se
imprescindível o debate sobre as dimensões das relações sociais na escola e um
redimensionamento das políticas públicas de reconhecimento, valorização e respeito na
mesma, daí a importância de se tratar do tema desde a educação infantil até o Curso Normal.

Não é justificável que um jovem recém-saído do ensino médio possa preparar-se para
ser professor de primeira à quarta série em um curso que não aprofunda nem amplia os
conhecimentos previstos para serem transmitidos no início do ensino fundamental. Nem é
aceitável a alegação de que os cursos de licenciatura "não sabem" ou "não têm vocação" para
preparar professores de crianças pequenas.

É também difícil de aceitar que, para lecionar até a quarta série do ensino fundamental,
o professor domine os conteúdos curriculares dessas séries apenas no nível médio, enquanto
para lecionar a partir da quinta em diante do ensino fundamental e médio seja necessário um
curso superior de quatro anos. Da mesma forma, é raro que os formadores de formadores
justifiquem o currículo de graduação das licenciaturas de futuros professores em função daquilo
que eles deverão ensinar nos níveis fundamental e médio.

2
Pensador. Disponível em <https://goo.gl/Ay3TDy>. Acesso em 16/08/217.

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Com relação à prática pedagógica dos alunos pôde-se observar certa imaturidade dos
alunos, considerando-se que no ano seguinte estariam formados. Isto é, prontos para seguirem
a carreira do magistério.

Alguns alunos com quem conversamos confessaram não querer ser professor. Faziam o
curso por pressão familiar. Alegavam que hoje em dia a profissão de professor, além de
desvalorizada, membros da sociedade faltavam com respeito aos professores, alguns sendo
até agredidos por alunos e seus familiares. Fatores como a influência negativa da mídia,
valorizando outras profissões, renegando a do professor.

Segundo Paulo Freire “ser professor tornou-se uma realidade para mim, depois que
comecei a lecionar; tornou-se uma vocação depois que comecei a fazê-lo”. (1986. p.39).

Também participamos da SEMANA PEDAGÓGICA, comemorando 180 anos da Escola


Normal, com apresentações musicais, poesias, palestras, debates, oficinas, produções
literárias centradas no Tema Formação Educacionais no Curso Normal.

Durante a SEMANA PEDAGÓGICA, que aconteceu entre os dias 17 a 21 de agosto,


contou com as seguintes atividades:

Palestras e oficinas sobre diversas temáticas, como:

“A ética na formação de professores”;

“Formação pessoal e social”;

“Conhecimento do mundo”;

“Hipóteses da escrita”;

“Letramento”;

“Planejamento”;

“Materiais pedagógicos essenciais para educação infantil e 1º ano do ensino


fundamental”;

“Oficinas de construção de material pedagógico utilizando sucatas”;

“Grupo de trabalho: planejamento de aulas para uso de laboratórios de informática”.

A SEMANA PEDAGÓGICA foi prestigiada, tanto pelos alunos da instituição, como por
visitantes de outras escolas do bairro.

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Aspectos observados no ambiente escolar do Instituto de Educação Professor Ismael
Coutinho:

►ausência da família e dos responsáveis no acompanhamento do desenvolvimento da


aprendizagem dos alunos;

►violência física: brigas, brincadeiras estúpidas, agressões aos colegas, brigas na sala de
aula, no recreio;

►violência emocional: “bullying”;

►violência verbal: palavrões, agressões verbais e ofensas;

►modelos negativos;

►influência negativa da mídia na construção do processo educacional;

►banalização da violência;

►desrespeito a si e, principalmente, ao próximo;

►ansiedade e insegurança (descredibilidade nos processos e instituições).

Com discussões e projetos bem elaborados, a escola aplica como prática pedagógica
bases de um relacionamento harmonioso, buscando superar os desafios e pontos de apoio
para o processo a ser desencadeado.

Assim, considera como atitudes assertivas:

☺buscar as causas e consequências das pequenas e grandes agressões entre os alunos e da


falta de cuidados com o espaço físico escolar;
☺reconhecer a existência da falta de comunicação entre escola e comunidade escolar e a
necessidade de valorização e respeito da escola;

☺reconhecer a importância das trocas de informações com os Responsáveis e órgãos da


Secretaria sobre o comportamento e aprendizado dos alunos de forma rápida e de pronto
atendimento;

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☺manter a família, responsáveis e órgãos competentes cientes dos problemas existentes e
fazer os encaminhamentos devidos e que estes sejam de fato executados pelos mesmos.

Para diminuir a distância entre a família e a escola, são desenvolvidas as seguintes


ações:

- Projetos com culminância aberta aos pais e comunidade, as quais são definidas no início do
ano letivo, de acordo com o plano anual;

- Convocação dos pais, não só para reclamar, apresentar problemas, mas para dar orientação,
articulando com outras áreas, com palestras e atividades diversificadas e desportivas para os
pais a fim de conscientizá-los e orientá-los a importância da escola e das atividades educativas
e pedagógicas, em encontros acolhedores, na última quarta-feira de cada mês;

- Atividades diversificadas e desportivas inseridas nas atividades pedagógicas da escola;


- Convocação individual dos pais que não comparecem às reuniões coletivas e, sempre que
houver o não comparecimento após convocações consecutivas, o responsável, através do
aluno, é encaminhado ao Conselho Tutelar para que se faça acontecer a responsabilidade que
os pais devem ter em relação aos menores, de acordo com a legislação vigente;

- Quando necessário, a participação dos alunos na reunião de pais para que eles tenham a
possibilidade de refletir sobre suas ações e se responsabilizar pelos seus atos e
conseqüências;

- Entrevistas individuais com pais e/ou alunos a fim de estreitar os laços de parceria e ampliar
as possibilidades de diagnóstico da realidade dos alunos, sempre que houver necessidade;

- Conscientização dos pais sobre o espaço escolar e os momentos mais adequados para a
comunicação/conversa com os professores para que eles tenham consciência sobre como agir
e transitar no espaço social coletivo, solicitando que os pais agendem com antecedência as
conversas com os professores e/ou pedagogos;

- Conscientização dos pais e comunidade em relação à inclusão, nos encontros acolhedores;

- Fortalecimento da representatividade dos pais do CEC a fim de legitimar a gestão


democrática, a qual direciona o trabalho dessa unidade.

Para combater a influência negativa da mídia na construção do processo educacional,


são desenvolvidas as seguintes ações:

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- Produção artística (música, dança, literatura, teatro, etc.), cultural e “prático-científica” feita
pelos próprios alunos a fim de favorecer o conhecimento das produções artísticas de
relevância, estimulando a criatividade e a construção da arte, de forma contínua;

- Reedição de projetos que já foram realizados e obtiveram sucesso nos anos anteriores, a ser
definido no plano anual.

Para trabalhar com a representatividade e sua relação com a gestão democrática, são
trabalhadas as seguintes ações:

- Os alunos tem a oportunidade de organizar, semestralmente, a eleição de aluno


representante para todos os grupos de referência, com discussões em assembléias, a fim de
estimular o espírito de liderança e a participação efetiva na gestão democrática; essa ação é
acompanhada por orientações gerais e específicas para os alunos representantes;
- A prática da rotina pedagógica e orientações sobre princípios e atitudes adequadas ao
convívio social, as quais acontecem diariamente, a fim de promover o respeito a si mesmo e ao
outro enquanto ser humano. Para tanto, há demanda de realização de atividades pedagógicas
diferenciadas utilizando os espaços da escola além dos tradicionais, da integração e melhor
aproveitamento desses nos projetos pedagógicos, uma melhor comunicação na Unidade
Escolar (visual, escrita) como forma de letramento e processo de construção do conhecimento,
comunicação /inter-relação pedagógica entre os grupos e os professores de referência;

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CONCLUSÃO

O estágio de observação foi muito importante para o meu aprendizado, pois pude perceber
que para o ensino da Psicologia Educacional é preciso ter, além de grande domínio do
conteúdo, habilidade e ter um grande repertório para dinâmicas com os alunos.

Quanto às aulas observadas, foi muito válido porque eu pude ver que as professoras, ao
abordarem os conteúdos em sala de aula, nem sempre conseguiam a atenção de todos da
turma. Alguns completamente desinteressados enquanto outros, ao contrário, pareciam ter
prazer em assistir às aulas. Mas, mesmo diante das dificuldades, pude presenciar a
criatividade, e boa vontade das professoras em darem suas aulas de maneira produtiva de
modo que as estas se tornassem prazerosas e cativantes em alguns momentos.

Meu objetivo principal foi auxiliar esses jovens a aprenderem a se expressar melhor no
trabalho; a não se intimidar em situações mais formais e a adequar sua fala ao meio onde está
(mais formal, menos formal). Houve o retorno esperado, pois quando a comunidade escolar
está toda envolvida com a prática pedagógica o saber acontece.

Por fim, ao avaliar o período do estágio sobre a docência de Psicologia Educacional,


posso concluir que foi positiva. Apesar dos contratempos e imprevistos que se deram no
decorrer da jornada, a resposta dos alunos durante as aulas e no desenvolvimento das
atividades forneceu indícios positivos de que o cumprimento das propostas e planejamentos
alcançaram o êxito que se esperava.

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REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J.F de; TOSCHI. Educação escolar: política, estrutura e
organização. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2005

BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Nº


9394/96.

FERREIRA, A. da S.; PACHECO, A. B. Intervenção psicopedagógica numa perspectiva


multidisciplinar: trabalhando para o desenvolvimento das potencialidades de estudantes
adolescentes. p. 53 à 76. Conselho Federal de Psicologia. Experiências profissionais na
construção de processos educativos na escola. Conselho Federal de Psicologia – Brasília:
CFP, 2010. 180 p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 18.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

______. SHOR, Ira. Medo E Ousadia – o cotidiano do professor. RJ: Paz e Terra, 1986.

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Anexo

Breve histórico cronológico da Escola Normal

1834 – Nasce a ideia da criação da primeira Escola Normal no governo do 1o Presidente da


Província do Rio de Janeiro, Joaquim José Torres.

1835- Criação da 1a Escola Normal do Brasil.

1847- 1o de setembro – Acontece a reforma no ensino e a consequente incorporação da escola


Normal ao Liceu Provincial de Niterói.

1851- A Escola Normal de Niterói passa a funcionar no Liceu de Ofícios.

1865- Circula na escola um periódico: O Normalista (manuscrito)

1894- Eleva-se para quatro anos o tempo de curso da escola normal.

1912-1919- Gestão do diretor Armando Gonçalves. Cria-se o hino à escola normal com letra de
Armando Gonçalves e música de Lima Coutinho.

1918- Na gestão do presidente Constitucional do Estado, Raul Veiga, transfere-se a Escola


Normal para Rua Padre Antônio Feijó (hoje Avenida Ernani do Amaral Peixoto), onde
atualmente funciona o Liceu Nilo Peçanha.

1920- Foi oficializado o anel de grau, tendo de um lado as armas do estado e do outro um livro
com uma pena.

1931- É criado, junto à Escola Normal, o curso ginasial, ambos reunidos com a denominação
de Escola Normal e Liceu Nilo Peçanha.

1938- O Liceu Nilo Peçanha e a escola Normal passam a denominar-se Instituto de Educação
do Estado do Rio de Janeiro.

1955- A Escola Normal é transferida para o prédio que hoje tem o nome de Grupo Escolar
Getúlio Vargas.

1965- O Instituto de educação de Niterói passou a chamar-se Instituto de educação professor


Ismael Coutinho.

1978- O IEPIC absorve a Escola Estadual de Ensino Supletivo Getúlio Vargas e o Jardim de
Infância Maria Guilhermina.

1981- Autorização para ministrar o Curso de Estudos Adicionais.

1989- Propõe-se à formação integral de seus alunos.

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