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Painel Sanduíche com Núcleo em

Vermiculita Expandida: Análise da eficiência


do conector tipo treliça

Autores:
Helen Oliveira Tenório, Msc, UFG.
Daniel de Lima Araújo, Dsc, UFG.
Matilde Batista Melo, graduanda, UFG.
Reynaldo Machado Bittencourt, Engº Civil, Furnas.

São Carlos, 2005.


Introdução
Tendência
• Agilidade;
Otimizar processo
construtivo • Redução em
desperdícios de materiais;
• Conforto;
• Meio ambiente.
Sistema tipo sanduíche

Placas (concreto, metal, madeira)

Núcleo (poliestireno expandido


poliuretano, argamassa com
agregado leve)

Conector (rígido: treliça, barras


dobradas; flexível: pinos metálicos)
Objetivos
¾ Propor nova forma de ligação (placa-núcleo);

¾Estudar o grau de conexão


e interação do painel;

¾Estudar a eficiência do conector


tipo treliça na rigidez do painel;

¾Viabilizar o uso da Vermiculita


Expandida como material de enchimento.
Conectores
RÍGIDO:

Barras dobradas

FLEXÍVEL:

Pinos metálicos
Classificação
E E E E
+ + x= h/2 +
h x> h/2 LN
LN
-
M LN

LN + +
h LN LN
- - - -
Totalmente Parcialmente
composto composto Não-composto

Diagrama de Deformação da Seção Transversal de Painéis Sanduíche


(EINEA et al, 1991).
Classificação
O EUROCODE 4-Draft 2001 apresenta dois conceitos
diferenciando grau de conexão e grau de interação:
GRAU DE Deslizamento relativo na
INTERAÇÃO interface

GRAU DE
COMPOSIÇÃO/ Capacidade de atingir momento
CONEXÃO máximo sem ruptura da ligação
Vermiculita Expandida

Exfoliação das lâminas

• Alta capacidade de flutuação;


• Isolamento acústico e térmico;
• Alta porosidade;
Massa específica: 610 kg/m³ • Baixa massa específica.
Condutividade: 0,878 W/mºC
Resistência à compressão: 2,5MPa
Modelos Analíticos
1) Momento fletor – teoria de flexão do concreto armado
NBR-6118 (ABNT, 2003)
• Material do núcleo não possui resistência
mecânica;
• Não há deslizamento entre a placa e o
considerações núcleo;
• Não há interferência do conector na
resistência à flexão;
• Painel composto.
2) Esforço Cortante – modelo de analogia em treliça
NBR-6118 (ABNT, 2003)
Modelos Analíticos
Resistência da interface placa-núcleo – FIP (1982)
(resistência da argamassa)
Vd
τ sd = < τ rd = β c f td + ρf y (β s senα + cos α )
bint d

Categoria da superfície
coeficiente
1 2
βs 0,60 0,90
βc 0,20* 0,40
Programa Experimental
Laboratório de concreto - DCT.T – Furnas
Centrais Elétricas S.A.
Descrição dos modelos
Modelo ligação nº de conector h treliça
P-2L-PN-100 Placa-núcleo 2 8 cm

P-SL-100 Placa-núcleo 0 -

1.50 m m
40 mm Ø – 6,3 mm
150 mm T1 T2 80 mm T3 T4 70 mm
40 mm Ø – 4,2 mm
550 mm
Instrumentação

77,5 40 40 77,5
tela ø4,2mm #10cm
2,5

20 3
50

10
2
20

1
2,5

5 122.5 122.5 5
placa 1
Instrumentação
Traço utilizado
Placa de Argamassa para o
Material concreto núcleo com 100%
armado de Vermiculita
Cimento CPII F 32 378,6 kg 418,8 kg
Areia Natural 807,3 kg -
Vermiculita
- 168,8 kg
Expandida
Brita – dmáx=12.5mm 944,0 kg -
Fumo de Sílica 24,0 kg -
Aditivo
0,925 kg -
Superplastificante
Água 203,6 kg 507,5 kg
Fator a/c 0,538 1,223
Concretagem

h=8 cm

250
4
50

7
Painel com Painel sem
Descrição das Propriedades conector conector
(P-2L-PN-100) (P-SL-100)
fcm 36,7±0,9
(MPa)
40,2±0,6
PLACA fctm 3,4±0,3 3,8±0,2
COMPRIMIDA (MPa)
Ec 24,2±1,0 24,2±4,7
(GPa)
fcm 3,3±0,2 2,7±0,1
(MPa)
fctm 0,6±0,0 0,4±0,1
NÚCLEO
(MPa)
Ecm 2,3±0,2 3,7±0,6
(GPa)
Esquema de ensaio
Resultados

F = 53,34 kN F = 30 kN
Resistências teórica e experimental

Teórico/
Modelo Cortant. Flexão Interfac. Exp.
Exp.

P-2L-PN-100 46,60 52,65 371,80 53,34 0,87

P-SL-100 16,00 53,82 34,10 30,00 0,53


Deformação na tela
Carga x Deformação - tela eletrosoldada
90

80

70

60
P2LPN100
Força (kN)

50

40
PSL100
30

20

10

0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Deformação (µε)
Deformação no concreto
Força x Deformação - concreto
90

80

70

60
Força (kN)

50
P2LPN100
40

30 PSL100

20

10

0
-2000 -1750 -1500 -1250 -1000 -750 -500 -250 0
Deformação (µε)
Deformação no conector
Força x Deformação - diagonal extremidade treliça 2
90
80
70
60 T16
T9 lado direito
50 T15
lado esquerdo
Força (kN)

40
30 esquerdo direito
20
10
COMPRIMIDO TRACIONADO
0
-10
-250 0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000
Deformação(µε)
Flecha
Força x Deslocamento
90
80
70
60
P2LPN100
50
Força (kN)

40
30 PSL100
20
10
0
-10
-5 0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento (mm)
Deformação da seção transversal

9,0 10,5 12,0 13,5 15,0


Deformação da
tela tracionada

Deformação dos altura


altura

7,5
banzos da treliça

6,0
4,5
Deformação da

3,0
tela comprimida

1,5
0,0
10000

-2000
8000

6000

4000

2000

deformacao
Deformação
deformação do concreto
Conclusões
• O conector proporcionou um aumento significativo da
resistência da interface. A ruptura do painel com conector foi
78% maior que a força de ruptura do painel sem conector;
•A aderência entre a placa e o núcleo não foi capaz de
fornecer composição total ao painel;
•O modelo de analogia em treliça subestimou a resistência à
força cortante do painel;
• O procedimento da FIP (1982) mostrou-se adequado para
avaliar a resistência da interface com núcleo em Vermiculita
Expandida;
• Constatou-se que a presença do conector não alterou a
rigidez à flexão do painel.
Agradecimentos

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