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Conteúdo:
● Natureza da Química
● Propriedades da matéria.
● Extensão
● Divisibilidade
● Impenetrabilidade
● Compressibilidade
● Elasticidade
● Inércia
Data:
Nome:
HO
O O
HO
HO OH
1
0
2
0
3
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5
0
O
H3 C
OH
NH2
A todos que usarem este material.
Há muitas maneiras de ensinar química. A organização e o conteúdo dessa apostila foi preparado
levando-se em consideração diversos fatores dentro da Escola Profissionalizante Santo Agostinho, como
carga horária, plano político pedagógico e a nova proposta do MEC para o ensino médio. Apesar de todos
os esforços, erros poderão ter ocorrido ao longo da apostila. Se o leitor imaginar um modo mais claro de
ensinar, ou encontrar algum erro nas discussões, fique à vontade para conversar com o autor para
providenciarmos uma análise deste material.
A Química presta uma contribuição essencial à humanidade com alimentos e medicamentos, com roupas
e moradia, com energia e matérias-primas, com transportes e comunicações. Fornece, ainda, materiais
para a Física e para a indústria, modelos e substratos à Biologia e Farmacologia, propriedades e
procedimentos para outras ciências e tecnologias.
Graças à Química, o nosso mundo se tornou um lugar mais confortável para se viver. Nossos carros,
casas, roupas transbordam criatividade química. O nosso futuro energético dependerá da Química, assim
como atingir um dos objetivos do Milênio, que é prover água e saneamento básico seguros para toda a
humanidade.
Um mundo sem a ciência Química seria um mundo sem materiais sintéticos, e isso significa sem
telefones, sem computadores e sem cinema. Seria também um mundo sem aspirina ou detergentes,
shampoo ou pasta de dente, sem cosméticos, contraceptivos, ou papel - e, assim, sem jornais ou livros,
colas ou tintas. Enfim, sem o desenvolvimento proporcionado pela ciência Química, a vida, hoje, seria
chata, curta e dolorida!
Destaque-se, ainda, que a Química ajuda os historiadores da arte a investigar os segredos por detrás de
pinturas e esculturas em museus, ajuda os peritos forenses a analisar as amostras colhidas em uma cena
de crime e rapidamente rastrear os autores, bem como revelar a base molecular de pratos que encantam
as nossas papilas gustativas.
Enquanto a Física decodifica as leis do universo e a Biologia decifra as do mundo vivo, a Química
desvenda os segredos da matéria e de suas transformações. A vida é sua mais elevada forma de
expressão. A Química exerce, portanto, um papel primordial em nossa compreensão dos fenômenos
materiais, em nossa capacidade de agir sobre eles, para mudá-los e controlá-los. E as transformações
materiais que faremos - como humanos - refletirão o melhor ou o pior de nós.
Para poder perceber e conseguir relatar algumas experiências, a química utiliza símbolos que tornam
possível a representação de alguns fenômenos. Para escrevermos estes fenômenos e tentarmos
compreender o que aconteceu, descrevemos as observações em termos de partículas, denominadas
átomos e moléculas. Esta é a química representada em um nível submicroscópico.
Quando você cozinha algum alimento em casa você está trabalhando a química no nível macroscópico.
Como assim? Suponha que você faça um macarrão. Embora a maioria nem sempre se dê conta disso,
você viu a água sofrer uma mudança de estado, de líquido para vapor, observou o sal (cloreto de sódio)
se dissolver na água formando uma solução e provavelmente notou que o óleo não se misturou a água e
que ele flutua nela devido a diferença de densidade. Pode acreditar, fazer química no laboratório é bem
semelhante, a grande diferença é que você não pode lamber a colher no final.
Simbologia:
Qualquer coisa que tenha existência física ou real é matéria. Tudo o que existe no universo conhecido
manifesta-se como matéria ou energia. A matéria pode ser líquida, sólida ou gasosa.
● Cite três exemplos que estão à sua volta e pode ser classificado como matéria.
● Cite três exemplos que estão à sua volta e não podem ser classificados como matéria.
Propriedades da matéria
A lista é bem ampla, e nem todos os tópicos se aplicam universalmente. Alguns têm mais afinidade a uma
ou outra manifestação da Matéria. Confira nestes exemplos de Propriedades:
● Massa
● Extensão
● Divisibilidade
● Impenetrabilidade
● Compressibilidade
● Elasticidade
● Inércia
● Organolépticas: são verificadas pelos órgãos dos sentidos: Alguns exemplos: Sabor, odor, cor
e textura. Uso dos sentidos na percepção das características
Fenômenos: É qualquer transformação que ocorre em um sistema. São divididos em dois tipos:
fenômenos químicos e fenômenos físicos.
Fenômeno Químico: Esse tipo de fenômeno altera a natureza dos compostos que compõem o sistema.
Podemos também afirmar que ocorre alteração na estrutura molecular das substâncias desse sistema em
transformação.
C + O2 🡪 CO2
Fenômeno Físico: É aquele que não altera a natureza dos compostos que compõem o sistema. Não
ocorre alteração na estrutura molecular das substâncias participantes:
H2O(s) → H2O(ℓ)
Derretimento de uma geleira
Fonte: meioambiente.culturamix.com Fig.1.1
Estados da Matéria
O estado que se encontra a matéria é muito útil e de fácil observação. Veremos os três estados
(sólido, líquido e gasoso).
Sólidos em temperatura ambiente* são facilmente identificados pois possuem volume fixo e forma
rígida que mudam muito pouco com a variações de temperatura e pressão.
Líquidos têm volume fixo, mas não possuem forma definida. Assume a forma do seu recipiente.
Gases também são fluidos, mas tanto seu volume quanto sua forma são determinados pelo tamanho
e formato do recipiente que o contém. O volume de um gás varia com a temperatura e pressão.
Teoria Cinético-Molecular
A teoria cinético-molecular nos ajuda a interpretar as propriedades dos sólidos, líquidos e gases
(ver Fig.1.2)
De acordo com esta teoria toda matéria consiste de pequenas partículas (átomos e moléculas). Nos
sólidos as partículas possuem vibração em um arranjo compacto e regular. Raramente uma
partícula de um sólido passa seus vizinhos imediatos.
Nos líquidos e gases as partículas não possuem um arranjo organizado e podem se mover passando
umas pelas outras. Nestes estados as partículas possuem vibração e deslocamento. Em condições
normais os gases possuem partículas muito distantes umas das outras e alta velocidade. No ar a
temperatura ambiente, uma molécula de N2 se movimenta em média a 450m/s, colidindo umas
com as outras. Esse movimento aleatório permite que o gás ocupe todo o recipiente que os contém
e consequentemente o volume da amostra de gás é o volume do recipiente. Outra observação é
que quanto mais alta a temperatura, maior será o movimento das partículas. A esta energia damos
o nome de Energia Cinética (estudaremos isso melhor em capítulos à frente).
Outros exemplos:
Mistura: É todo tipo de material constituído por duas ou mais substâncias puras, chamadas de
componentes da mistura.
Sistema: É uma porção limitada de matéria que está sendo considerada para estudo.
Alotropia: O mesmo elemento químico forma duas ou mais substâncias simples diferentes:
EXEMPLO:
Pela atomicidade - Gás oxigênio (O2) e gás ozônio (O3). Carbono grafite e Carbono diamante. Fósforo
vermelho e fósforo branco: Pn (atomicidade indeterminada) e P4
Pelo arranjo geométrico: Enxofre rômbico e monoclínico; Grafite, diamante e fulereno
Ao retirarmos um material da natureza, este vem na forma de mistura. Normalmente contém impurezas
as quais precisam ser removidas para um melhor aproveitamento da substância desejada.
Aquecimento da mistura para vaporização do solvente. Após sua vaporização, o solvente passa por um
condensador a fim de retornar ao estado líquido e ser recuperado em recipiente adequado.
Por compressão e resfriamento gradativo da mistura gasosa, ocorre a liquefação de cada um dos
componentes do sistema.
Por ação da gravidade ocorre precipitação do material sólido, ficando assim depositado no fundo do
recipiente.
A parte sólida da mistura heterogênea pode ser retirada com um material poroso (filtro).
Centrifugação: Separação entre sólido e líquido (sangue)
Utilizando um imã, o material magnético é atraído (ferro) e o material não magnético não sofre nenhuma
influência.
Os dois sólidos são colocados na presença de um determinado solvente. Um dos sólidos não será
solubilizado e posteriormente este será retirado por filtração. O outro sólido (solúvel) pode ser retirado por
evaporação ou destilação simples.
Por aquecimento, o sólido de menor ponto de fusão passa para o estado líquido (enxofre), sendo retirado
do sistema.
Existem outros processos de separação de misturas heterogêneas que serão abordados em aula, como:
flotação, floculação, catação, ventilação, cristalização fracionada, peneiração entre outros.
Destilação (extração) por arraste a vapor. Diversos tipos de folhas, frutos, sementes, raízes, cascas e
caules permitem extrair óleos essenciais, que se destacam pela grande importância terapêutica e
econômica devido ao alto teor de constituintes ativos. Os interesses das indústrias por esses produtos
vêm crescendo muito e a comercialização movimenta milhões de dólares em todo o mundo.
Levigação é utilizada para separar uma mistura heterogênea de sólidos com diferentes densidades. Um
exemplo clássico é o da obtenção de ouro em garimpos através do sistema da bateias, onde uma mistura
de água com diversos resíduos de solo é trabalhada com movimentos para ‘mexer’ e ir separando os
diversos produtos pelo peso. Os mais leves ‘sobem’, e os
mais pesados ‘descem’. O ouro, então, fica bem no fundo.
Tamisação ou peneiração
Ventilação
O processo da separação de misturas por ventilação é utilizado para separar uma mistura heterogênea
de sólidos, através do uso de uma corrente de ar. Um exemplo para você nunca mais esquecer: Após
torrar o amendoim e descascá-los é preciso separar a casca dos grãos. Quando você assopra o tabuleiro,
ou quando joga os grãos para cima e os recolhe de volta, ou quando liga um secador de cabelo para
espantar as cascas, o que se faz é um processo de separação de misturas por Ventilação.
Separação magnética
A separação Magnética é utilizada para separar uma mistura heterogênea onde um dos componentes é
magnético, e que por isso mesmo pode ser atraído por ímãs ou eletroímãs. Se você tem um pote com
moedas de ferro e de alumínio, ao passar por sobre elas um ímã, apenas as moedas de ferro serão
puxadas do monte. Outro exemplo é utilizar imãs para separar ferro em pó e enxofre.
Tratamento de água
O tratamento da água consiste em remover ou minimizar, a níveis não prejudiciais à saúde, as impurezas
presentes na água, antes da distribuição da mesma para ser consumida. A origem da água é essencial
para definirmos o tratamento adequado a esta. Águas minerais de fontes subterrâneas profundas não
necessitam nenhum tratamento prévio antes de serem consumidas, porém as águas superficiais
necessitam de um tratamento especial que consiste em 8 etapas.
1ª - Oxidação dos metais com cloro, principalmente ferro e manganês, para precipitá-los.
2ª – Coagulação com alumínio – o alumínio (ou cloreto férrico) complexa (se aglomera) com os resíduos
(principalmente orgânicos) formando flocos insolúveis.
5ª – Filtração em filtros naturais (cascalho, antracito, areia) – para reter partículas sólidas.
8ª – Fluoretação – adição de flúor à água para auxiliar a prevenção de cáries dentárias na população.
Propriedades Físicas
Você é reconhecido pelos seus amigos pela sua aparência física: sua altura, seu peso, cor do cabelo e
etc. Isso também é verdade para substâncias químicas.
Por falar em altura e peso, cite duas unidades de medida de massa e duas de comprimento
usualmente utilizadas por nós.
Cor
Estado da matéria
Temperatura de fusão
Temperatura de ebulição
Densidade.
Ainda existem outras, mas como não é de interesse neste momento, vamos citá-las adiante.
Unidades de Massa
Desafios
Unidades de Volume
Conversão de unidades
• 1 cm3 = 1 mL
• 1dm3 = 1 L = 1000 mL
• 1 m3 = 1000 L = 1.000.000 mL
Densidade
A densidade, razão entre massa e volume de um corpo, é uma propriedade física usada para identificar
as substâncias.
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎
Densidade =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
A densidade da água pura a 25°C é 0,997g/cm3. Neste curso, podemos considerar a densidade da
água sendo 1,0g/cm3.
Quando colocamos um objeto na água e ele afunda dizemos que o objeto é mais denso que a água. Se
o objeto flutuar significa que é menos denso que a água.
Se quaisquer duas das três quantidades – massa, volume ou densidade – forem conhecidas para uma
mesma amostra, será possível calcular a terceira.
Temperatura
Outra propriedade muito útil dos elementos e compostos puros é a temperatura de fusão e de ebulição.
Usaremos as escalas Celsius (C) – desenvolvida por Anders Celsius (1701-1744) astrônomo sueco - e
a escala Kelvin (K) – Desenvolvida por Lorde Kelvin (1824-1907) primeiro a sugerir uma escala sem
números negativos.
Vários estudos sugerem que a menor temperatura possível é -273,15°C que é o zero da escala Kelvin ou
zero absoluto. Logo, para você passar dos graus Celsius para Kelvin basta somar 273.
K = °C + 273
Transformações químicas ou reações químicas, é quando uma ou mais substância (os reagentes) são
transformados em uma ou mais substâncias (os produtos).
Os próximos registros sobre a constituição da natureza vieram de Abdera, na Ásia Menor, onde o filósofo
Leucipo se fixou por volta de 478 a.C. Ele acreditava que o universo era constituído por elementos
indivisíveis e pelo vazio, e que os movimentos desses elementos, gerando união ou separação,
produziam ou destruíram os materiais. Leucipo não deixou registros sobre suas reflexões. Porém, elas
permaneceram e foram melhoradas pelo seu seguidor Demócrito, que viveu entre 460-370 a.C. e,
seguindo as ideias do seu mestre, afirmava que a menor partícula constituinte de qualquer tipo de matéria
não poderia ser fragmentada, pois se fosse divisível ao infinito, confundir-se-ia com o vazio. Por essa
característica, denominou tal partícula de átomo, palavra grega que significa indivisível.
Essas ideias foram apoiadas por alguns filósofos. Porém, outros, entre os quais Aristóteles, que foi um
dos maiores filósofos de todos os tempos, consideravam um absurdo existir algo indivisível,
estabelecendo-se, então, duas correntes de pensamento.
A partir do século XVII, muitos cientistas começaram a realizar experiências utilizando métodos e
materiais distintos e, logo cedo, ficou demonstrado que a possibilidade da matéria ser contínua não era
respaldada pelos resultados obtidos, fazendo com que o modelo de Aristóteles para a constituição da
matéria desmoronasse e o atomismo se firmasse como uma realidade incontestável.
Para isso, os resultados dos trabalhos do físico e químico irlandês Robert Boyle, publicados em 1661,
foram decisivos. Nesses trabalhos, ele concluiu que todos os objetos eram compostos por átomos, que
seriam as unidades fundamentais da matéria. Para chegar a essa conclusão, ele atentou para o fato de
que algumas das substâncias já conhecidas podiam se combinar formando outras. Assim, o bronze podia
ser formado combinando-se cobre com zinco; os sais podiam ser preparados combinando-se ácidos com
álcalis e algumas substâncias podiam se separar, formando outras mais simples, como se observava
quando se aquecia as amálgamas, fato que resultava na produção de mercúrio e de outro metal.
Dalton
Na segunda metade do século XVII, o empirismo, associado à reflexão, tornou a teoria atômica inegável,
e passou a ser prática comum para muitos estudiosos da natureza. Entre os químicos que assim
procediam, Lavoisier foi um dos que mais se destacou, usando balança sistematicamente como
instrumento para investigação em química, descobriu dezenas de elementos e estabeleceu a lei da
conservação das massas. Todo esse labor criativo fez com que Lavoisier ficasse reconhecido como um
dos mais importantes químicos de todos os tempos.
Na sequência aos trabalhos de Lavoisier, outros químicos – como Proust, Dalton e Richter –
estabeleceram as leis ponderais que contemplava a lei da conservação das massas (conhecida como
lei de Lavoisier) e a lei das proporções definidas (fixas) conhecida como lei de Proust, que dizia que as
proporções em uma reação química, são sempre constantes.
● Lei da conservação das massas. Se você reagir 12g de carbono (C) com 32g de gás oxigênio
(O2), em condições adequadas, você deverá obter 44g de produto, no caso CO2. Ou seja, a soma
das massas dos reagentes deve ser igual à soma das massas dos produtos.
● Lei das proporções definidas. Se uma certa quantidade de átomos de carbono reagir com duas
vezes a quantidade de átomos de oxigênio, dizemos que a proporção é 1:2. Sendo assim, caso
dobremos a quantidade de átomos de carbono, precisaríamos dobrar a quantidade de oxigênio
para manter a reação se processando como antes.
Em 1808, analisando os resultados dos experimentos que conduziram ao estabelecimento das leis
ponderais, observando as relações entre as massas dos reagentes nas reações e, mais uma vez,
resgatando as ideias de Leucipo e Demócrito, Dalton (1766-1844) formulou uma teoria atômica, cujos
postulados estabeleciam que:
Os átomos de Dalton eram partículas indivisíveis, esféricas, maciças, impenetráveis e indestrutíveis que
ficaram conhecidas como bola de bilhar, semelhantes às ilustrações da Fig. 2
Eletricidade
Embora o modelo de Dalton não contemplasse cargas elétricas, em 1808 quando Dalton postulou sua
teoria, a humanidade já conhecia a eletricidade. Dois tipos de cargas elétricas foram descobertas à época
de Benjamin Franklin (1706-1790). Franklin denominou-as de carga positiva (+) e negativa(-), pois
comportavam-se como opostas e podiam neutralizar-se mutuamente.
J. J. Thomson
Em 1898 Thomson, após diversos experimentos utilizando tubos de raios catódicos, propôs a existência
de cargas elétricas no átomo. Um tubo de raios catódicos era uma ampola de vidro do qual retirava-se o
ar lá de dentro (promovendo um vácuo parcial) com pequenas peças metálicas em cada extremidade,
denominadas eletrodos (Fig.2.2).
Com esse experimento, Thomson chegou à conclusão de que, quando os átomos do material gasoso no
interior do tubo eram submetidos a uma alta tensão, cargas elétricas eram expelidas em direção à placa
positiva.
● Como o átomo apresenta cargas negativas, deve apresentar partículas positivas para que a carga
final seja nula;
● As cargas negativas não estão fixas ou presas no átomo, podendo ser transferidas para outro
átomo em determinadas condições;
● O átomo pode ser considerado como um fluido contínuo de carga positiva onde estariam
distribuídas as cargas negativas;
Rutherford
Em 1910 Ernest Rutherford decidiu investigar a fundo o modelo de Thomson havia descoberto que
partículas alfa (raios α) eram compostos por cargas positivas com a mesma massa de átomos de hélio
(He). Ele propôs um experimento utilizando polônio, material radioativo que emitia partículas alfa que
colidiriam com uma finíssima lâmina de ouro. Envolveu o experimento com sulfeto de zinco e com o auxílio
de dois colaboradores, Hans Geiger e Ernest Marsden, montaram o aparelho representado pela Fig. 2.4.
e observaram o que acontecia com as partículas alfa ao se chocarem com a fina lâmina de ouro.
e-
Radioatividade
Em 1896, o físico francês Henri Becquerel, descobriu que um minério de urânio marcava uma chapa
fotográfica, mesmo guardado em um envelope que o protegia dos raios de luz.
Em 1898 Marie Curie (1867-1934) e colaboradores isolaram o polônio e o rádio que emitem a mesma
espécie de raios, e em 1899, ela sugeriu que os átomos de determinados elementos se desintegravam
quando emitem esses raios pouco comuns. Ela chamou este fenômeno de radioatividade e as
substâncias que possuem esta característica são denominadas radioativas.
Pouco depois, muitos estudos foram realizados nesta área. Ernest Rutherford (1871-1937) contribuiu
significativamente nesta área. Pesquisando compostos de urânio, notou que havia pelo menos dois tipos
de radioatividade que ele chamou convenientemente de raios alfa (α) – menos penetrante - e raios beta
(β) – mais penetrante.
Pense que o átomo possui núcleo e eletrosfera e que estão presentes no átomo três tipos de partículas:
Neste momento nos interessam três tipos de radiações. As Alfas, Betas (negativas) e a radiação Gama.
Gama não é matéria, é energia eletromagnética de alta frequência, portanto, não possui massa.
Quando um elemento emite uma partícula alfa ele perde 2 prótons e 4 de massa.
Quando um elemento emite uma partícula beta ele perde 2 prótons e 4 de massa.
Exemplo: 13856Ba → β + 13857La + γ
+++++++++++
Alfa
Beta
Gama
--------------
Placa carregada negativamente
Período de Meia-Vida
A meia-vida de um material radioativo é o período necessário para que ele perca metade do seu poder
radioativo ou de sua massa. Só podemos dizer que um elemento é radioativo quando todos seus isótopos
são radioativos. Quase todos os átomos apresentam um tipo de isótopo radioativo e por isso não são
considerados radioativos. Existe o carbono de massa 12, 13 e 14, sendo este último sendo considerado
radioativo. Temos também os hidrogênios de massa 1, 2 e 3 podendo ser chamados respectivamente de
prótio, deutério e trítio. Sendo o trítio radioativo.
Vamos usar como exemplo o carbono 14 e sua meia vida. A meia vida do carbono-14 é de 5730 anos.
Isso quer dizer que se você tiver 100g de carbono-14 daqui a 5730 anos você terá 50g e com mais 5730
anos, ou seja, após 11460 anos você terá 25g e assim por diante.
Sabe-se que o teor de carbono-14 é constante nos vegetais e animais. Enquanto vivos, cerca de 15
desintegrações por minuto e por grama de carbono total, no entanto, quando o vegetal ou animal morre,
cessa a absorção de CO2 com carbono 14, e começa o decaimento beta do carbono-14. Nesse
decaimento, após 5.730 anos, a radioatividade cairá para a metade. Desse modo, medindo a
radioatividade residual do fóssil, podemos calcular a sua idade.
Existem fórmulas para se calcular a idade de uma amostra usando a datação por carbono-14, uma delas
Por isso, se você tivesse um fóssil com 10% de carbono-14 em comparação com uma amostra viva, o
fóssil teria:
Como a meia-vida do carbono 14 é de 5.700 anos, ela só é confiável para datar objetos de até 60 mil
anos. No entanto, o princípio usado na datação por carbono 14 também se aplica a outros isótopos. O
potássio 40 é outro elemento radioativo encontrado naturalmente em seu corpo e tem meia-vida de 1,3
bilhões de anos. Além dele, outros radioisótopos úteis para a datação radioativa incluem o urânio 235
(meia-vida = 704 milhões de anos), urânio 238 (meia-vida = 4,5 bilhões de anos), tório 232 (meia-vida =
14 bilhões de anos) e o rubídio 87 (meia-vida = 49 bilhões de anos).
* Você não precisa usar fórmulas para resolver a maioria dos problemas de vestibulares sobre meia-vida.
Fissão Nuclear
Ocorre através do bombardeamento de nêutrons em um
núcleo grande e instável como o de urânio, promovendo nele
uma ruptura, “fissão”, através de uma rápida reação em
cadeia, podendo liberar grande quantidade de energia.
Atualmente é usada como fonte de produção de energia
elétrica nas usinas nucleares ou nas chamadas bombas
atômicas.
Número atômico é representado pela letra (Z) e o número de massa pela letra (A). Se a massa é a soma
dos prótons e nêutrons (n), podemos dizer que:
A = Z+ n
Íons
Íons são átomos que deixaram de ser neutros. Na tabela periódica todos os elementos estão na forma
neutra, ou seja, possuem o mesmo número de prótons (+) e elétrons (-). Quando, por alguma razão um
elemento ganha ou perde elétrons ele se torna um íon. Existem dois tipos de íons, os positivos e os
negativos.
O cloreto de hidrogênio HCl, apresenta massa de 35,5 u ( u significa unidade unificada de massa atômica e
corresponde a aproximadamente 1,66x10-27Kg) O conceito de massa atômica se refere ao elemento. Já na análise
da composição de uma substância envolve um número enorme de átomos (estudaremos mais adiante) de modo
que 35,5 u corresponde a uma média em relação à abundância relativa do elemento na natureza. Existem dois
isótopos de cloro na natureza, um com 75,8% de abundância e massa de 35 u, outro com 24,2% de abundância e
massa de 37 u. Fazendo a média ponderada, chegamos a 35,5u.
Bohr
Niels Henrick David Bohr: físico dinamarquês cujos trabalhos contribuíram decisivamente para a
compreensão da estrutura atômica introduziu ao átomo a ideia de quantização de energia. Ou seja, o átomo
entra na perspectiva da mecânica quântica – quantum de energia – Segundo a mecânica clássica, carga
elétrica em movimento emite energia (radiação), algo que não sustentaria o modelo de Rutherford. Com a
ideia de quantização de energia, “no átomo, os elétrons não emitem radiações ao permanecerem na mesma
órbita, portanto, não descrevem movimento em espiral em direção ao núcleo”.
O espectro eletromagnético é a base para o entendimento do modelo de Bohr. Além da luz visível, que
representa apenas uma pequena parte do espectro, outras radiações são de natureza eletromagnéticas, como
ondas de rádio, TV , microondas, celular, raios X e raios gama, todas invisíveis aos nossos olhos.
A luz do sol quando atravessa gotículas de água na atmosfera, decompõe-se em um arco-íris. Sabemos que
quanto menor o comprimento de uma onda eletromagnética, maior será a frequência e a energia daquela
onda.
Percebemos através do espectro que cada cor possui um comprimento de onda, logo, possui uma energia
diferente, sendo o vermelho a cor de menos energia e o violeta a de maior energia.
Alguns anos antes, Robert Bunsen com o auxílio de alguns colaboradores decidiram investigar o espectro
das chamas. Pegaram amostras de diversos elementos químicos, submeteram-nos a um chama e
observaram uma série de linhas coloridas separadas por regiões escuras (Fig.2.9).
Para explicar as características desse espectro, Bohr sugeriu que a teoria de Max Planck (1858-1947),
poderia ser aplicada ao átomo. De acordo com sua teoria, todos elétrons possuem energia quantizada,
ou seja, uma energia exata que ele poderia absorver ou emitir em pequenos pacotes denominados
quanta.
Mesmo na época de Bohr, alguns cientistas, diante de fenômenos que não podiam ser explicados
considerando que a luz era apenas onda, admitiam que poderia haver uma natureza dupla para ela.
Segundo essa ideia, a luz se comportaria tanto como onda quanto partícula. Alguns fenômenos poderiam
ser explicados se tratássemos a luz como partículas (corpúsculos) e outros se a tratássemos como onda.
A resposta à dúvida do caráter ora ondulatório e ora de partícula das emissões eletromagnética pôde ser
analisada com o experimento do efeito fotoelétrico de Einstein. O choque de uma emissão
eletromagnética contra uma placa arrancava elétrons da mesma, evidenciando sob certas condições o
caráter de partícula por parte de ondas.
De acordo com este modelo o átomo se encontra em um espaço tridimensional, possuindo os três eixos,
convenientemente chamados de X, Y e Z. A esfera ao centro representa o núcleo (Fig.2.9.3).
Z Z
Z
X X X
Y Y Y
Vamos entender melhor: Neste modelo temos os níveis, os mesmo de Bohr, 1,2,3... ou K,L,M...Porém,
além dos níveis, temos os subníveis s, p, d, f e dentro dos subníveis os orbitais com formatos diversos.
Neste momento vamos abordar os orbitais s e p.
Nos orbitais, há uma grande probabilidade de se encontrar elétrons. No modelo de Bohr, apenas a energia
total do elétron estava quantizada, o que resultava na ideia de níveis de energia associado a um número
inteiro, chamado de número quântico. Existem quatro números quânticos.
Número quântico principal (n), que são os níveis 1,2,3,4 etc., como no modelo de Bohr.
O segundo número quântico está associado aos subníveis e refere-se ao momentum angular do orbital.
Ele é designado pela letra l e pode assumir valores de zero até n-1. Este número se refere a forma do
orbital. Podemos associar l=0,1,2,3, respectivamente pelas letras s, p, d, f.
O terceiro número é o quântico magnético e indica o número de orbital individual que se encontra o elétron
dentro de um subnível. Designamos este número pela letra ml, que pode variar de –l a +l passando pelo
zero.
O quarto número é o número quântico magnético spin (ms), que pode assumir dois valores -1/2 e +1/2 e
pode ser interpretado como o sentido da rotação do elétron em torno de seu eixo (mesmo esta
interpretação não sendo a mais apropriada, pois isso implica em pensar o elétron apenas como partícula).
n= 1_
0
}
s
n= 2_ ___ 1s
0 -1 0 +1
}
s p d 4s 4p 4d 4f
n= 4_ ___ _____ _______ representa elétrons com spin -1/2
0 -1 0 +1 -2 -1 0 +1 +2 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 5s 5p 5d 5f
}
s p d
n= 5_ ___ _____ _______
f 6s 6p 6d
0 -1 0 +1 -2 -1 0 +1 +2 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 7s 7p
}
s p d f
n= 6_ ___ _____ Fig. 2.11 Fonte: Fantini 2019.
0 -1 0 +1 -2 -1 0 +1 +2 Como preencher o diagrama
}
s p d
n= 7_ ___
0 -1 0 +1
}
s p
Fig. 2.10 Fonte: Fantini, 2019
Princípio de exclusão de Pauli: Em um mesmo átomo não podem existir dois elétrons com os quatro
números quânticos iguais.
Princípio da incerteza de Heisenberg: Em seu artigo de 1927, Heisenberg propõe que em nível quântico
quanto menor for a incerteza na medida da posição de uma partícula, maior será a incerteza de seu
momento linear e vice-versa. Em outras palavras, não é possível determinar ao mesmo tempo a posição
e a velocidade de uma partícula subatômica.
Capítulo 3 – Tabela Periódica
A tabela periódica dos elementos é fundamental no aprendizado da química. Nunca estude química sem
uma tabela periódica. A familiarização com os aspectos e terminologias da tabela são muito importantes.
Desde o início do século XIX, várias tentativas, sem grande sucesso, foram feitas para organizar os
elementos. O trabalho mais detalhado foi feito em 1869, na cidade de São Petersburgo, pelo químico
russo Dmitri Ivanovitch Mendeleev (1934 – 1907).
Os elementos são dispostos em ordem crescente de número atômico, de cima para baixo e da esquerda
para direita.
Os Períodos
Denomina-se período cada uma das linhas da tabela. O número do período corresponde ao número de
camadas ocupadas pelos elétrons. No Primeiro Período, elétrons até à 1ª camada. No Segundo Período,
elétrons até a 2ª Camada, e assim por diante. Daí termos sete períodos.
Modernamente, as famílias são numeradas de 1 a 18, eliminando-se o uso das letras. Observamos na
tabela que as famílias são designadas pelas letras A e B.
As famílias indicadas pela letra A e a família zero recebem denominações específicas. Veja:
Regra do octeto
Existe uma teoria que sugere a presença de 8 (oito) elétrons na última camada de alguns átomos para
que eles se tornem estáveis. Ou seja, átomos que não possuem oito elétrons na última camada são mais
susceptíveis a reagirem quimicamente do que aqueles que possuem 8 elétrons na camada de valência.
Na natureza, tudo tende a um mínimo de energia de forma espontânea. Isso acontece pois tendo baixa
energia, eles se tornam estáveis, adquirem baixa reatividade, o que pode ser observado em muito átomos
quando eles assumem a configuração eletrônica de um gás nobre (exceto o He), ou seja, possuírem 8
elétrons na camada de valência.
Existem algumas exceções a esta teoria. Neste momento do curso os mais importantes a serem
lembrados são: H, He, Be e B.
Sendo assim, como nas colunas da tabela periódica que possuem a letra A indicam a quantidade de
elétrons na última camada, podemos entender que muitos átomos precisam ganhar ou perder elétrons
para assumir a configuração eletrônica de um gás nobre. A tabela a seguir mostra a tendência dos
átomos, em relação às famílias, em perderem ou ganharem elétrons.
1 ou I A 1 e- Perder 1 e- 1+
2 ou II A 2 e- Perder 2 e- 2+
13 ou III A 3 e- Perder 3 e- 3+
14 ou IV A 4 e- Perder 4 e- ou Ganhar 4 e- 4+ ou 4-
15 ou V A 5 e- Ganhar 3 e- 3-
16 ou VI A 6 e- Ganhar 2 e- 2-
17 ou VII A 7 e- Ganhar 1 e- 1-
Existem dois tipos diferentes de grupos, o dos elementos representativos (representados pelos grupos
1A a 8A) e o dos elementos de transição (localizados na região central da tabela periódica). Os
lantanídeos e os actinídeos são conhecidos como elementos de transição interna.
Fig.3.1 Fonte: Blogdoenem, 2019
A tabela pode ser dividida em: Metais, Ametais (Não metais) e Gases Nobres.
• Metais: Apresentam brilho, são bons condutores de calor e eletricidade, são maleáveis, apresentam
dureza e tenacidade, possuem densidade e pontos de fusão e ebulição altos.
• Ametais: Não apresentam brilho, dão origem a substâncias moleculares, não apresentam maleabilidade
e possuem na sua maioria pontos de fusão e ebulição baixos.
Ex: 11Na = 1s2 2s2 2p6 3s1 → 1 elétrons na última camada = família 1A
Como consequência da distribuição dos elementos na tabela periódica segundo o número atômico, as
propriedades químicas e a configuração eletrônica, podemos caracterizá-los sob um novo aspecto.
Exemplo: Um elemento X com número atômico 12: 1s2 2s2 2p6 3s2
• a sua última camada de energia é a 3ª, então esse elemento está no 3º período.
• possui 2 elétrons na última camada, então está na família 2A.
• nos elementos de transição, o número de elétrons deverá ser visto nos subníveis d caso seja
transição externa e f transição interna.
Obs: Ao fazer a distribuição eletrônica pelo diagrama de Linus Pauli, saiba que elementos que terminam
em nd9, deve-se retirar um elétron do nível mais periférico e adicioná-lo ao mais energético, deixando-o
na forma de nd10. Ex.Cu
O mesmo deve ser feito para elementos que terminam em nd4. Deve-se deixá-lo na forma nd5 retirando-
se o elétron mais periférico e transferindo para o mais energético. Ex. Cr
Classificação periódicas.
Volume Densidade
Ru
Re Os Ir
T.F. T.E. Eletropositividade
Fig. 3.3 Classificação periódica. Fonte: Fantini, 2019
Capítulo 4- Moléculas e Compostos
Neste capítulo estudaremos alguns compostos químicos e suas propriedades.
Há muitos anos os químicos usam técnicas para produzir compostos. Hoje, com técnicas mais modernas,
milhares de compostos são produzidos diariamente nos laboratórios espalhados por todo o mundo. Veja
abaixo um ranking com os países com maior número de indústrias químicas no mundo.
8 países com o maior número de
indústrias químicas no mundo em
2016 – Fonte: Abiquim
País Posição
China 1º
Estados Unidos 2º
Japão 3º
Alemanha 4º
Coreia do Sul 5º
Índia 6º
França 7º
Brasil 8º
Compostos são substâncias puras que podem ser decompostas em duas ou mais substâncias puras
diferentes.
Quando a sacarose (açúcar comum) é misturada com ácido sulfúrico, ocorre uma reação química onde
são formados outras duas substâncias: carvão e água.
Perceba que a fórmula da sacarose pode ser escrita como C12(H2O)11 podendo ser chamado de “hidrato
de carbono” ou “carboidrato”.
Quando se tem um composto e você precisa escrevê-lo, deve fazê-lo por meio de uma fórmula química.
Normalmente quando se quer escrever uma reação química no papel, deve-se escrever os compostos
por símbolos ou fórmulas moleculares.
Fórmula molecular
Por exemplo, a sacarose é escrita dessa forma: C12H22O11
C12H22O11 O índice (número que aparece após um elemento) indica quantas vezes a substância
possui determinado átomo. Quando não há parênteses na fórmula, o índice multiplica
o elemento imediatamente à sua esquerda. Neste caso temos: 12 C; 22 H e 11 O.
Índice
Quando, na fórmula, aparece um parênteses, o índice deve multiplicar todos os elementos dentro dele.
Por exemplo:
Coeficiente estequiométrico
Por enquanto não considere o coeficiente estequiométrico. Neste caso,
temos 3 Ca; 2 P e 8 O. Quando não aparecer nenhum índice considere que
2Ca3(PO4)2 há o número 1.
Se, na equação, aparecer o coeficiente estequiométrico (número que vem
na frente da fórmula) deve-se, além de multiplicar o índice, multiplicar tudo
pelo coeficiente estequiométrico. Logo, considerando o coeficiente
Índice passaremos a ter: 6 Ca; 4 P e 16 O.
* Muitas vezes esses números não representam diretamente a quantidade de átomos presentes em uma equação química,
veremos isso mais adiante.
Atenção: Esta fórmula não nos fornece nenhuma informação estrutural.
Para dar este tipo de informação existe a fórmula estrutural. Isso é muito importante para sabermos
como os átomos se agrupam para formar a molécula.
Nas fórmulas estruturais, as linhas entre os átomos representam as ligações químicas, que são as forças
que mantêm os átomos unidos formando moléculas ou compostos. As ligações entre átomos podem ser
do tipo simples, dupla ou tripla.
Por exemplo, a acrilonitrila possui forma estrutural como representada abaixo, com 4 ligações simples, 1
dupla e 1 tripla.
H Ligação simples
C N
H C
C
Ligação dupla H
Ligação tripla
Existem ainda outras fórmulas químicas, como a fórmula condensada, eletrônica (Lewis) e a fórmula
simplificada de bastões ou traços, que veremos com detalhes em momentos posteriores.
Veja como fica a molécula do butano C4H10 sendo representada por diversas fórmulas.
Fórmula Fórmula estrutural Fórmula condensada Fórmula eletrônica Fórmula
molecular simplificada
H3C CH2 CH2 CH3 H H H
H
C4H10 H H H CH3CH2CH2CH3 H C C C C H
H C H
C C H H
C H H
H H
H H H CH3[CH2]2CH3
Por exemplo: Na glicose (C6H12O6) a proporção dos átomos é de um átomo de carbono, para dois de
hidrogênio, para um de oxigênio, ou seja, CH2O (1:2:1).
Lembre-se que este tipo de fórmula não nos dá base para identificar uma substância. Há casos em que
a fórmula mínima de uma substância corresponde à fórmula molecular de outra. E há substâncias que
podem apresentar a mesma fórmula mínima. Veja a seguir:
Perceba que a fórmula mínima CH2O é a mesma para todas as substâncias, isto é, ela expressa que, em
todos os casos, os átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio estão presentes nas fórmulas moleculares
seguindo a mesma proporção de 1:2:1.
CH2O = 30g, se a massa da substância = 180g basta dividir 180/30 = 6, ou seja, precisamos multiplicar
a fórmula mínima por 6.
Logo, 6x CH2O = C6H12O6
Exemplo 2:
CxHyOz massa= 46g
C=52,17%
H=13%
O=34,77%
Calcule a fórmula mínima e molecular.
Capítulo 5- Ligações Químicas Interatômicas
Lembre-se que na tabela periódica estão relacionados apenas elementos simples. O que isso significa?
Bom, procure em sua tabela aço, borracha, madeira ou água. Não vai encontrá-los, pois são substâncias
compostas (constituídas por mais de um tipo de átomo). Se temos 118 elementos químicos na tabela,
como explicar a existência de milhões de substâncias presentes em nossa sociedade? Se você pensou:
graças às ligações químicas, acertou.
Bom, as ligações químicas se estabelecem entre os elétrons da camada mais externa da eletrosfera
(camada de valência). Para tanto, duas características são essenciais:
A força de atração eletrostática que existe entre as cargas elétricas de sinais opostos;
A tendência é que os elétrons tenham de formar pares.
Em 1916, Gilbert N. Lewis e Walter Kossel observaram que, na natureza, apenas os gases nobres
(elementos da família 18, VIIIA ou 0 da tabela periódica) eram encontrados isolados na natureza. Isso
acontecia porque eles tinham uma característica que os outros átomos não tinham: todos os elementos
dessa família (com exceção do hélio, que tem apenas uma camada eletrônica) possuem a camada de
valência de seus átomos preenchida com oito elétrons. Foram eles que criaram o que já vimos
anteriormente: a Regra do Octeto:
Ligação Iônica:
Uma reação química ocorre entre dois átomos os elétrons de Valencia são rearranjados de tal forma que
uma força resultante atrativa que é a ligação química, passa a existir entre esses átomos.
Uma ligação iônica se forma quando um ou mais elétrons de Valencia são transferidos de um átomo para
o outro dando origem a íons positivos e negativos.
Por exemplo, quando o sódio e o cloro reagem entre si, um elétron é transferido do átomo de sódio menos
eletronegativo para o átomo de cloro mais eletronegativo para formar os íons Na+ e Cl- menos.
Esta transferência de elétrons normalmente ocorre graças à Alta diferença de eletronegatividade existente
entre os átomos envolvidos e quanto maior for essa diferença de eletronegatividade maior será o que
chamamos de caráter iônico.
O caráter iônico de uma ligação iônica será maior sempre que a diferença de eletronegatividade entre os
átomos envolvidos for alta se a diferença de eletronegatividade entre os átomos participantes da ligação
baixa é provável que não ocorra uma transferência de elétrons e até pode ser que ela não seja
reconhecida como uma ligação iônica.
O sódio metálico reage vigorosamente com cloro gasoso para produzir cloreto de sódio, o cálcio metálico
e o oxigênio reagem para produzir óxido de cálcio. Em cada um dos casos, o produto é um composto
iônico: NaCl e o CaO.
Estas reações, que são exemplos de um comportamento químico geral para os elementos nos respectivos
grupos periódicos, podem ser compreendidas considerando-se as propriedades atômicas. Os metais
alcalinos e alcalinos terrosos, têm baixas energias de ionização. Desse modo, pouca energia necessária
para remover os elétrons de Valencia desses elementos para formar cátions com a configuração de um
gás nobre.
Por outro lado, os elementos dos grupos que pertencem ao cloro e ao oxigênio possuem valores mais
elevados de eletronegatividade e afinidade eletrônica. Estes elementos formam com facilidade ânions
pela adição de elétrons em suas camadas de Valência.
Como em uma ligação iônica existem os íons, ou seja, o ânion carga negativa ganha um elétron, e o
cátion, carga positiva, perde um elétron, existe uma força de atração de natureza eletrostática entre esses
Íons.
Pense em um ímã você não precisa encostar dois imãs para saber se eles estão sendo atraídos ou
repelidos dependendo dos polos uma interação de natureza eletrostática é muito parecida, um cátion
pode interagir com diversos e o ânion pode interagir com diversos cátions a sua volta.
Sendo assim, os compostos iônicos não são formados por moléculas individuais e sim por cristais. A
estrutura que contém os átomos organizados no cristal chama-se rede cristalina. Veja Fig. 1.
Quando Escrevemos NaCl para designar o cloreto de sódio estamos apenas indicando que, nos cristais
deste composto, a relação sódio: cloro é de 1:1. isso não indica a presença de uma molécula de NaCl.
Propriedade Explicação
São sólidos em condições A força que mantém os átomos unidos (cátions e ânions) é grande, o
ambientes. Isso sugere que que demanda alta energia para rompê-las e passar para o estado
possuem altas temperaturas líquido.
de fusão e ebulição.
São maus condutores de No sólido, não há a presença de íons livres, pois eles se encontram fixos
eletricidade no estado na rede Cristalina e os responsáveis pela condução da corrente elétrica são
sólido. Mas, conduzem os íons livres. Quando um composto iônico se funde ou se dissolve em
corrente elétrica no estado
líquido ou em fase aquosa.
água (dissociação), ocorre a liberação dos íons permitindo a condução da
corrente elétrica.
Fig. 2. Modelo de
solvatação em um
composto iônico
São rígidos e quebradiços Esta característica pode ser explicada pelo arranjo da rede Cristalina.
Visto que, não há moléculas em compostos iônicos, ou seja, a fórmula nos indica apenas uma proporção,
pois pode haver um número indeterminado e muito grande de íons presentes em uma rede
Cristalina, geralmente a fórmula utilizada é a fórmula unitária. Por exemplo, o cloreto de sódio fica NaCl.
Um fator importante a ser considerado é que a carga total do composto deve ser neutra. Isto quer dizer
que a quantidade de elétrons que um átomo perde, deve ser a mesma quantidade que o outro átomo
ganha.
Na fórmula unitária do composto iônico devemos escrever sempre primeiro o cátion e depois o ânion. Os
índices na fórmula indicam apenas a proporção e o número 1 não é escrito.
Vejamos o caso do composto fluoreto de cálcio, CaF2. Entre cálcio e flúor, qual é o átomo mais
eletronegativo?
Se o flúor é um átomo mais eletronegativo significa que ele vai ganhar um elétron vindo do cálcio.
Lembrem-se que, os elétrons que participam da ligação são sempre os elétrons da camada de valência.
Localize o cálcio em sua tabela periódica, qual coluna ele se encontra? Coluna 2 ou IIA, certo?
Significa que ele possui 2 elétrons na última camada que serão transferidos para o flúor, porém, o flúor
que está na coluna 17 ou VIIA precisa adquirir apenas mais um para ter a configuração eletrônica de um
gás nobre, ou seja, 8 elétrons na última camada e ficar estável. Desta forma, como cálcio vai perder dois
elétrons e o flúor precisa adquirir mais um, é necessário a presença de dois flúor na fórmula. Ou seja, a
proporção é de um cálcio perdendo dois elétrons, para dois flúor que ganharão apenas um elétron cada.
Uma maneira simples de chegar à fórmula unitária do composto iônico é trocar as suas cargas pelos
seus índices como mostrado na figura abaixo.
Mas, lembre-se, isso só é possível graças à neutralização das cargas.
Outra fórmula usada para representar substâncias iônicas é a fórmula de Lewis ou fórmula eletrônica que
deve ser escrita utilizando-se os elétrons da camada de valência dos íons. Como o cátion do composto
iônico perde seu elétron da camada de valência, não há elétrons a serem representados. Já o ânion, que
ganha um elétron, abre-se um colchete para representá-los e deve-se indicar a carga dos íons envolvidos.
Ligação Metálica.
Como o nome já sugere, é uma ligação estabelecida entre átomos metálicos (metais). Normalmente os
metais não possuem alta eletronegatividade, energia de ionização e afinidade eletrônica. O que os torna
bons doadores de elétrons.
Sendo assim, pense em dois átomos de ferro fazendo uma ligação química.
A resposta é a seguinte: Na natureza, tudo tende a um mínimo de energia para ser estável, as ligações
químicas normalmente fornecem esta baixa energia desejada e consecutivamente, a estabilidade (isso
se aplica a todas as ligações). No caso dos metais, como eles não possuem a tendência de ganhar
elétrons, quando a ligação é estabelecida, eles “liberam” seu(s) elétron(s), deixando-os livres em sua rede
cristalina (nome dado ao arranjo que os átomos assumem ao fazerem a ligação). Assim como na ligação
iônica, a metálica não possui molécula.
A repulsão entre os cátions é neutralizada graças a atração dos cátions pelos elétrons mantendo a
estrutura coesa. Essa liberdade que os elétrons possuem é o que tornam os metais ótimos condutores
de energia.
Normalmente apresentam temperaturas de fusão e ebulição elevadas, são insolúveis em água, alguns
são solúveis em ácidos ou em misturas de ácidos, como o ouro e são maleáveis (dúcteis).
Ligas Metálicas
Ligas metálicas são misturas homogêneas de metais e podem possuir propriedades químicas e físicas
diferentes dos metais que as originaram. São exemplos de ligas metálicas o ouro 18K (contém 25% de
prata e cobre), o ouro branco 18K (contém 25% de paládio), o bronze (contém 67% de Cu e 33% de
Sn), o aço (pode conter diversos elementos entre eles Fe, C, Cr e Ni), o latão, uma mistura de Cu e Zn,
a prata de lei, 95% de prata e 5% de Cu, o chamado metal wood uma liga a base de bismuto que possui
temperatura de fusão baixa (70°c) muito utilizada para fabricar fusíveis.
Ligação Covalente
Este tipo de ligação configura-se pela superposição dos orbitais moleculares dos ametais e como não há
grande diferença de eletronegatividade entre os átomos participantes da ligação ocorre o compartilhamento
de elétrons formando substâncias moleculares.
Algumas características apresentadas por compostos moleculares são: baixas temperaturas de fusão e
ebulição, formação de moléculas e a solubilidade em água acontece preferencialmente em moléculas do tipo
polar – falaremos da polaridade adiante.
No texto acima citamos a palavra polar e demonstramos através do diagrama a formação da molécula
de hidrogênio. Neste caso, são dois átomos iguais, portanto, atraem igualmente os elétrons na
ligação visto que não há diferença de eletronegatividade entre eles. Nos casos em que, a exemplo da
molécula de hidrogênio, os átomos possuem a mesma eletronegatividade, a ligação é chamada de
ligação covalente apolar. Nessas situações, a nuvem eletrônica está uniformemente distribuída entre os
dois núcleos. O termo Apolar indica que não houve formação de polos carregados.
Vejamos agora o que acontece quando dois átomos com eletronegatividade diferente se ligam, como na
molécula de HCl. Teremos o mesmo tipo de ligação que ocorreu na molécula de H2, mas nesse caso a
nuvem eletrônica não estará uniformemente distribuída; ela estará mais densa (deslocada) a favor do
átomo mais eletronegativo (no caso, o átomo de cloro). A região da molécula próxima ao átomo mais
eletronegativo adquire uma carga parcial negativa, identificada pelo símbolo , ao passo que a região
que contém o átomo menos eletronegativo adquire a carga parcial positiva . A diferença de
eletronegatividade entre os átomos participantes da ligação covalente, confere um caráter polar à ligação,
que passa a ser chamada de ligação covalente polar.
O químico Gilbert Lewis sugeriu que os átomos compartilham elétrons da camada de valência na
ligação covalente para formar o octeto. Como já vimos, isso significa que os átomos se ligam buscando
assumir oito elétrons na última camada e assim terem baixa energia e adquirirem estabilidade. Nesta
representação, usaremos pontinhos para representar os elétrons na camada de valência. Veja o
exemplo a seguir.
As ligações químicas covalentes entre os átomos podem ser representadas pela fórmula de Lewis. Cada
par de elétrons compartilhado representa uma ligação química, ou seja, os elétrons pertencem à região
da eletrosfera comum a cada par de átomos que estão unidos. É comum verificarmos a presença da
fórmula estrutural para representar as ligações covalentes, nesta representação o traço — representa a
ligação química, ou seja, cada traço — contém dois elétrons que estão sendo compartilhados. Veja a
seguir alguns exemplos:
Fig.9. Fonte: Química sem segredo
A possibilidade de um átomo que esteja com a camada completa ou seja Já possui 18 elétrons na sua Valência
compartilhar um par de elétrons com outro átomo. Quer dizer que a ligação covalente não precisa
necessariamente ocorrer com a participação de um elétron de cada átomo. Essa ligação, que se dá com a
participação de elétrons de um único átomo, pode ser chamada de covalente coordenada. Este tipo de
ligação ocorre sempre que um átomo já possuir 8 elétrons e ainda precisar fazer mais ligações. Veja o exemplo
a seguir para o ácido sulfúrico H2SO4:
Existem alguns compostos que fazem ligação covalente, mas apresentam características diferentes dos
demais. A principal diferença desses compostos é que eles não apresentam moléculas como os outros
de ligação covalente. Os que possuem moléculas são chamados de: compostos moleculares. As
substâncias que fazem ligação covalente mas não apresentam moléculas são chamados apenas de
compostos covalentes. São apenas 3 as substâncias que precisamos saber neste momento:
O grafite ou grafita e o diamante são substâncias feitas a partir do mesmo elemento químico, o carbono.
O termo sílica refere-se aos compostos de dióxido de silício, SiO2, nas suas várias formas incluindo sílicas
cristalinas; sílicas vítreas e sílicas amorfas. O dióxido de silício, SiO2, é o composto binário de oxigênio e
silício mais comum, sendo inclusive composto dos dois elementos mais abundantes na crosta da Terra.
A sílica e seus compostos constituem cerca de 60% em peso de toda a crosta terrestre.
Quando uma ligação covalente é estabelecida, moléculas são formadas e essas moléculas, através de
interação (não ligações) dão características físicas e químicas às substâncias moleculares, tais como,
temperatura de fusão, ebulição, solubilidade e viscosidade. Pense nessas interações entre moléculas
como interações entre ímãs. Provavelmente você já pegou dois ímãs e sabe que não é necessário
encostá-los para saber se eles se atraem ou se repelem dependendo dos polos. Nas moléculas acontece
algo similar, elas não precisam se ligarem (encostarem) umas nas outras para ocorrer a interação.
Existem vários tipos de interações intermoleculares (inter = entre moleculares = moléculas), mas, quase
todas derivam de três tipos que são classificadas conforme sua intensidade:
O conjunto das forças intermoleculares também pode ser chamado de Forças de Van der Waals.
Ligação de Hidrogênio
A ligação de hidrogênio ocorre em moléculas polares e é necessário que haja hidrogênio unido (entre)
ou Flúor (F), Oxigênio (O) e Nitrogênio (N), os três mais eletronegativos da tabela periódica.
É a força intermolecular mais forte, pois existe uma grande diferença de eletronegatividade entre os
elementos.
Um exemplo de ligação de hidrogênio ocorre entre moléculas de água (H2O).
Também conhecida como forças de London ou de van der Waals, essas interações ocorrem entre
moléculas apolares.
As moléculas apolares são eletricamente neutras, mas possuem uma nuvem de elétrons que estão em
constante movimento. Os elétrons podem se deslocar para um dos extremos da molécula, criando um
dipolo instantâneo. Os elétrons da molécula vizinha também se deslocarão, e será criado assim um dipolo
nessa molécula (dipolo induzido).
Essas duas moléculas terão uma força de atração entre elas. Essa interação pode ocorrer
sucessivamente entre as moléculas vizinhas em uma fração de segundos.
Pesquisas revelaram que a lagartixa pode fazer interação dipolo induzido entre sua pata e a superfície
que caminha, permitindo que ela ande em superfícies que poucos animais conseguem.
“Semelhante dissolve semelhante”. Esta frase pode ser interpretada da seguinte forma: Substâncias
polares tendem a ter boa interação com outras substâncias polares, muitas vezes se dissolvendo nela. O
contrário também pode ser pensado: Substâncias de caráter opostos, polar e apolar, tendem a ter uma
má interação entre elas, formando muitas vezes misturas heterogêneas.
Por exemplo: H2O é polar e você sabe que água e óleo não se misturam, certo? Neste caso, qual deve
ser o caráter do óleo? Polar ou Apolar?
Anteriormente falamos da força da interação, nós vimos que a ligação de hidrogênio entre as três
interações que vimos até agora é a mais forte. Mas, o que significa ser mais forte?
Para fundir ou ebulir compostos moleculares temos que romper as interações entre as moléculas, se a
molécula possui uma interação forte não será fácil romper lá e como consequência de mandar a Alta
Energia traduzida em altas temperaturas.
Isso quer dizer que, quanto mais forte for a interação intermolecular maior será sua temperatura de fusão
ebulição.
Tomemos como exemplo a molécula de água e a molécula de gás metano. A molécula de água possui
massa de 18g por mol a molécula de gás metano possui massa de 16g por mol, são moléculas
relativamente pequenas que possuem ligações covalentes e de massas parecidas. Porém, como vimos
anteriormente a molécula de CH4 é apolar, portanto faz uma interação de natureza fraca dipolo induzido.
já água, é uma molécula polar e por apresentar hidrogênio entre oxigênios faz a interação do tipo ligação
de hidrogênio, que é forte.
Equação química
A forma que representamos a reação química chama-se equação química.
Na equação, colocamos os elementos que estão envolvidos na reação, de forma abreviada, e como ela
aconteceu, através de símbolos já padronizados. As equações químicas representam a escrita usada
pelos químicos e de forma universal, ou seja, é a mesma em qualquer país.
As substâncias que participam da reação química são chamadas de produtos (tudo antes da seta) ou
reagentes (tudo depois da seta) na equação química. A seta sugere que houve uma transformação.
Exemplo: Duas moléculas de gás hidrogênio juntam-se com uma molécula de gás oxigênio, formando
duas moléculas de água.
Em cima da seta, são utilizados alguns símbolos indicando as condições nas quais a reação deve
ocorrer.
Síntese ou formação é quando duas ou mais substâncias (reagentes) reagem entre si para dar origem
a um único produto. 3 H2 + 1 N2 → 2 NH3
Você pode observar o produto da combustão. Se forem CO2 e H2O é chamada de combustão ou
oxidação completa. C2H6O(s) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(g)
Mas, se os produtos forem CO e H2O ou C e H2O é chamado de combustão incompleta.
C2H6O(l) + 2 O2(g) → 2 CO(g) + 3 H2O(g)
C2H6O(l) + O2(g) → 2 C(s) + 3 H2O(g) = Produção de fuligem e H2O.
Reações com desprendimento de gás carbônico. Sempre que houver a presença de carbonatos –
CO3 – ou bicarbonatos – HCO3 - em ácido, haverá o desprendimento de gás carbônico.
H2SO4 + NaHCO3 → Na2SO4 + H2O + CO2
HNO3 + NaCO3 → Ca(NO3)2 + CO2 + H2O
Precipitação (ppt) é quando não há reagentes no estado sólido, mas quando ocorre a reação, o
produto apresenta uma ou mais substâncias sólidas.
AgNO3(aq) + KCl(aq) → AgCl(s) + KNO3(aq)
Neutralização é quando ocorre a reação entre um ácido e uma base, originando como produtos, sal e
água. HCl + NaOH → NaCl + H2O
Oxirredução ocorre quando há troca de elétrons entre algumas espécies químicas na mesma equação.
Fe2O3 + CO → CO2 + Fe
Referências
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