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Mônica Pereira Bueno

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros

Londrina
2018
MÔNICA PEREIRA BUENO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório de estágio apresentado ao curso de


graduação, em licenciatura em música, da
Universidade Estadual de Londrina (UEL) como
requisito para avaliação da disciplina de
ATIVIDADES DE ESTÁGIO II (2EST602).

Prof. Ms. José Alberto de Andrade de Lima Junior


Prof. Ms. Ronaldo Aparecido de Matos

Londrina
2018
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 4

1.1 Sobre a Instituição 4

2 INTRODUÇÃO 5

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA 6
4 PRÁTICA DE ENSINO 10

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 16

6 REFERÊNCIAS. 17

7 APÊNDICES 18
1. APRESENTAÇÃO

Este trabalho visa a relatar minha experiência como estagiária de uma frente de estágio
realizada no Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros envolvendo alunos da 3º série do
Ensino Médio, durante o segundo semestre do ano de 2017.
Essa frente de estagio teve, além da minha regência de sala, a participação de alunos
estagiários e também observadores dos quatro anos do curso de música da Universidade
Estadual de Londrina, são eles: Estagiários – Rodrigo Abdala; Mariana Franco; Thayse
Rodrigues; Heloisa Trida; Observadores: - André; João; Mariana; Lugue; Thiago; Laís; e
Ricardo; A orientação foi realizada pelo Prof. Me. José Alberto de Andrade de Lima Junior e
também o Prof. Me. Ronaldo Aparecido Matos.
A escolha em querer observar, especificamente estudantes do Ensino Médio se deu
pelo fato de estar mais adaptada às características dessa faixa etária, por conta de meu próprio
meio sociocultural.

1.1 Sobre a Instituição

As atividades dessa frente de estágio foram desenvolvidas durante as quartas-feiras no


período noturno, das19h às 22h, com uma turma da 3ª série do ensino médio do Colégio
Estadual Antônio de Moraes Barros, totalizando mais ou menos 20 estudantes. A instituição
possui endereço à Rua Serra do Roncador, 574 Jardim Novo Bandeirantes, no município de
Londrina, estado do Paraná. Seu raio de abrangência envolve alunos da zona sul da cidade.
O Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros é uma das instituições de ensino que
recebem os alunos graduandos do curso de música da Universidade Estadual de Londrina para
desenvolverem suas frentes de estágios. As aulas de música já acontecem há alguns anos e
muitos alunos dessa escola possuem contato com música, e o colégio tem uma boa estrutura
para as aulas.
2. INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado é o momento da graduação onde o aprendizado


adquirido nos anos anteriores de formação é colocado em prática. Habilidades referentes a
planejamento, teoria, prática, gestão de classe e matéria, fundamentos teóricos metodológicos,
entre outras, são essenciais para o trabalho realizado em sala de aula. Na disciplina de atividade
de estagio II, a experiência docente é realizada com alunos de ensino médio. Nessa etapa
acadêmica é realizada uma observação com carga horária de no mínimo oito horas, através da
qual é realizado um reconhecimento e análise do espaço escolar, incluindo questões de
organização e espaço físico e também atuação dos diferentes agentes neste meio (funcionários,
gestores, professores e alunos). Por ser um curto espaço de tempo, o olhar se atém a questões
que emergem diretamente da sala de aula, local para onde a observação é direcionada. Em
paralelo, vão sendo elaborados o projeto de estágio, planejamento inicial construído a partir das
informações da observação, e o relatório de estágio. Após o período de observação é iniciada a
regência de sala de aula em uma turma do ensino regular. Desde o início havia a intenção de
realizar o estágio com alunos do ensino médio.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

A trilha sonora como fundamento de aprendizagem na Educação Musical


Os temas lecionados a nível de estágio compreenderam trilha sonora, paisagem sonora,
parâmetros do som e técnica de Foley. Embora esses sejam temas diversos que possam ser
considerados isoladamente, a prática de estágio visou à reunião de elementos desses tópicos
para a formação de um todo explicativo - ao menos de modo introdutório - para a compreensão
da trilha sonora e seus aspectos de ensino musical.
A trilha sonora no cinema compreende a sonoplastia - os efeitos sonoros - e a música
que acompanha as cenas de um filme. De acordo com Tony Berchmans (2006, p. 20), a música
no cinema tem por função “tocar” as pessoas. O sentido de tocar, aqui, remete a diversas
emoções, como causa de tensão, desconforto, incômodo, alegria, tristeza, dentre outros. Além
disso, a música nesse contexto serve igualmente para narrar acontecimentos como perseguição,
morte, celebração, descrição de movimento, atingimento de clímax, aceleração ou diminuição
de uma narrativa.
A música, naturalmente, compõe-se de elementos que nos são completamente
abstratos: sons, melodia, harmonia e ritmo. A composição cinematográfica, por sua vez,
abrange tanto um teatro - elemento de natureza visual -, quanto uma série de aspectos sonoros,
que abrangem a música e efeitos sonoros. (EISENSTEIN, 2002).
Embora seja possível afirmar que a música transmite sensações imediatas per se, é
notável que a incorporação dessa arte na sequência fotográfica que integra a composição
cinematográfica serve para criar uma junção de sensações, de modo a catalisar a
experimentação de quem contempla o filme. (EISENSTEIN, 2002).
Dessa forma, o ensino musical pode ser facilitado tomando como base a trilha musical
cinematográfica, pelo fato de conter em si elementos de uma arte muito abstrata - a música -
aliados a uma experiência mais concreta - no caso, o jogo de cenas teatrais e sequenciais que
compõe o filme.
Penna (2012, p.29), por exemplo, estabelece que o ensino musical que se dá apenas
através da musicalização em si corre o risco de permanecer na pura abstração, ao passo que o
ensino musical aliado a imagens (como no caso do cinema), pode trazer o benefício de levar o
estudante a compreender melhor as relações do homem com os sons, e as emoções resultantes
dessa interação.
Paisagem Sonora
É possível afirmar que o termo “paisagem sonora” (soundscape, junção das expressões
sound e landscape) foi cunhado e desenvolvido por Murray Schafer, na década de 1960.
De acordo com Schafer (2011), o ouvinte deve aprender a escutar a paisagem sonora,
apurando sua percepção dos sons do ambiente, direcionando gradativamente sua atenção para
aqueles sons que outrora passariam desapercebidos.
Schafer (2011) aponta, ainda, que estamos cercados de inúmeras frequências sonoras,
como os ruídos das conversas, dos automóveis, toques de sirenes, de telefones, e mesmo os
sons provenientes da natureza.
Dessa forma, o desenvolvimento das habilidades de percepção a partir das técnicas de
Schafer pode se constituir em ferramenta adequada para o aprendizado musical, auxiliando,
tanto como no caso da sinestesia com imagens, a compreensão da relação humana com a
música.

Técnicas de Foley
As técnicas de Foley, assim chamadas em homenagem ao seu criador, Jack Foley,
consistem na reprodução de efeitos cotidianos para serem incorporados às cenas de filmes após
sua gravação.
Todo o processo de gravação dos sons ocorre dentro de estúdios específicos (estúdios
de Foley), pelo fato de que, a despeito de toda a tecnologia já incorporada à indústria
cinematográfica, alguns sons, como o andar na grama, abertura e fechamento de portas, arrastar
de cadeiras, dentre outros, ainda não são possíveis de serem captados com perfeição pelos
microfones nos estúdios de gravação. Dessa forma, faz-se necessário a reprodução desses
efeitos (sonoplastia) em estúdios, em situações posteriores, ocasião na qual o artista de Foley
procura imitar os sons do ambiente em determinada cena, sons esses que de outra forma
passariam desapercebidos, ou então não seriam bem captados. (SVEKOS, 2009).
Não há exatamente uma literatura sobre as técnicas de Foley aplicadas ao ensino de
música em escolas, constando tais técnicas apenas como parte da grade curricular de alguns
cursos de música ou afins em universidades. Não obstante, a inserção desse conteúdo como
parte da paisagem sonora de Schafer pode ser trabalhada no sentido de busca da melhora da
percepção musical. Nesse sentido, as técnicas ensinadas constituem-se numa espécie de
“anexo” à questão da paisagem sonora, sendo seus conceitos transmitidos de maneira
suplementar àquela.
Parâmetros Sonoros
Os parâmetros do som foram definidos por Helmholz em 1876 como sendo altura,
duração, intensidade e timbre.
A altura está diretamente condicionada à frequência do som. Sabe-se que o ouvido
humano consegue captar sons que variam desde a frequência de 20 Hz (Hertz) a 20.000 Hz.
Logo, o conceito de altura sonora tem a ver com a percepção de sons que se encontram desde
os espectros mais graves (as ondas de menor frequência, ou de 20 Hertz) às ondas de maior
frequência, ou mais agudas - aquelas mais próximas do limite máximo captado pelo ouvido
humano.
Para diferenciar a altura do som (a frequência das ondas sonoras) daquilo que temos
comumente conceituado como “altura”, desenvolveu-se a ideia da intensidade sonora.
Enquanto a altura refere-se ao comprimento da onda, a intensidade está relacionada à altura
dessa. Em um diagrama, a altura faria referência à distância entre uma senóide e outra, ao passo
que a intensidade faria referência à distância entre as cristas e os vales das mesmas senóides.
A duração do som constitui-se no elemento de mais fácil percepção, pois corresponde
exatamente ao tempo de duração da onda sonora. Logo, um som de maior duração pode ser
definido como aquele em que a onda mecânica vibra por mais tempo.
É de se notar que, até o presente momento, todos os parâmetros citados podem ser
mensurados objetivamente: altura e intensidade podem ser mensurados em Hertz e decibéis,
respectivamente; a duração pode ser mensurada em segundos, ou em qualquer outra medida de
tempo que se julgue mais conveniente. Quanto ao timbre, no entanto, tais medições
simplesmente não ocorrem, pois este corresponde à qualidade de um som.
De acordo com Schafer (2011), o timbre é uma superestrutura característica de um
som, que distingue um instrumento de outro, na mesma frequência e amplitude.
Tal diferenciação pode ser percebida devido à variação na amplitude da frequência e
dos harmônicos, resultando não mais numa onda senoidal, mas sim em uma mais irregular,
repleta de cristas e vales, de modo que cada fonte sonora produzirá essa onde de uma forma
diferente, o que resulta em diferentes características ou qualidades sonoras (SCHAFER, 2011).
Naturalmente, o conceito de timbre mostra-se mais complexo e dificultoso quando de
sua definição e conceituação, logo, na prática de ensino musical, parece ser o item dentre os
parâmetros sonoros de maior dificuldade de transmissão.
Por fim, vale ressaltar que os temas aqui abordados são, a despeito de sua concepção
individual, considerados como um todo complementar à introdução da musicalização para
jovens. Dessa forma, ao longo da prática curricular, o objetivo foi exatamente o de agregar esses
diferentes conhecimentos de uma maneira mais ordenada e compatível.
4. PRÁTICA DE ENSINO

Aula 01 – 20/09/2017
Enquanto aguardava o início da aula, preparava todos os materiais que precisava, como
o data show, mostrador de slides e aparelho de som. Aguardei o sinal, e foram aproximadamente
vinte minutos de espera. Assim, os alunos foram chegando aos poucos. Neste momento percebi
que só havia nove alunos em sala, e também logo percebi que não teria problemas com a turma,
pois pareciam bem participativos.
Apresentei-me para turma e pedi que se apresentassem, iniciando os trabalhos
propostos. Comecei com um breve questionamento sobre o que seria a trilha sonora. Logo após
o questionamento, reproduzi a peça “Pedro e o Lobo” da série Disquinho, e fiz um pedido aos
alunos para que a ouvissem e fosse observando os eventos sonoros, descrevendo-os com suas
próprias palavras. Neste momento percebi que somente alguns alunos estavam dispostos a
participar da atividade; tentei mais algumas vezes, fazendo com que todos participassem, porém
não houve sucesso. Na próxima atividade haveria apreciação dos sons e a mudança da cena;
durante essa atividade percebi que ficaram mais interessados – de fato, a turma mostrou-se
bastante compenetrada com a atividade – pois se tratava de uma trilha de suspense com um
desfecho completamente inesperado. Dando continuidade à aula, apresentei um vídeo
específico cujo tema era trilha sonora, e também apresentei um vídeo que falava sobre artistas
de foley, sendo esse último o elemento sobre o qual orientaria minhas próximas aulas. Durante
o período entre essas exibições, procurei fazer explanações sobre o assunto. Percebi neste
momento que os alunos realmente ficaram interessados. Todavia, como a aula já havia
começado fora do horário, não foi possível concluí-la.
Em minha avaliação, não obstante, a aula foi bem-sucedida, pois consegui passar
alguns pontos sobre o tema, além de pontos positivos para as próximas aulas. Os alunos, mesmo
com algumas dispersões, participaram de maneira efetiva. Vale relatar que no ano anterior,
quando assumi a sala de aula, estava muito ansiosa, porém neste ano estava muito mais tranquila
e segura quanto à minha exposição.

Aula 02 – 11/10/2017
Nesta aula, como já havia percebido o atraso dos alunos, e também por indicações do
orientador, procurei me adequar quanto à quantidade de conteúdo exposto. Os alunos foram
chegando aos poucos, mesmo assim procurei dar início ao conteúdo.
Começamos a aula relembrando o que seria a trilha ou banda sonora e também o que
seria o artista de foley. Dando continuidade, entramos no conteúdo de timbre, onde apresentei
o tema com suas respectivas explicações teóricas: o que seria e como ele se encaixa na música;
também fiz uma breve explanação sobre paisagem sonora, sempre fazendo associações à trilha.
A atividade prática desta aula constituiu-se da exploração de timbres, e como base, foram
utilizados instrumentos dispostos em sala. Também com a ajuda dos estagiários, pedimos aos
alunos que se virassem e fomos reproduzindo instrumentos de timbres diversos, sempre
perguntando o que ouviram, e se haviam percebido alguma diferença entre eles (os instrumentos
e seus respectivos timbres). Na atividade seguinte, entreguei aos alunos bexigas e folhas de
papel, e solicitei deles tudo que houvesse em seus bolsos, quaisquer coisas que pudessem emitir
sonoridades. Solicitei aos alunos então que fizessem uma exploração com todo aquele material,
de modo a retirar de cada objeto sons diferentes. Os alunos demonstraram pouca vontade de
realizar a atividade, talvez por não terem a prática de criação ou de exploração; ainda assim
fizeram-na à sua maneira. Procurei fazer com que eles entendessem a questão do timbre, porém
não obtive sucesso em minha explanação. Em seguida iria apresentar a animação que
trabalharíamos na próxima aula, no entanto, não foi possível, devido ao toque de encerramento.
De toda forma, o conteúdo proposto para esta aula foi completamente transmitido.
Em relação aos alunos, posso relatar que foram bem participativos, no entanto, os
atrasos no início da aula acabaram prejudicando a condução da mesma. Com relação ao
conteúdo, em minha avaliação, a exploração deste foi bem-sucedida, contudo, verifiquei que os
alunos ainda apresentavam muitas dúvidas sobre as qualidades dos sons ao final da explanação,
o que pode ter como causa minha falha na exposição teórica e/ou uma falta de conhecimentos
prévios por parte dos alunos quanto aos temas mais básicos sobre a teoria musical. É importante
relatar também o intervalo entre as aulas seguintes, pois havendo necessidade de me ausentar
por um dia, solicitei ao estagiário Rodrigo Abdala que trocasse uma aula em seu período
comigo. Houve ainda outra troca, a pedido do próprio Rodrigo, estando o orientado de estágio
ciente de ambas.

Aula 03 – 01/11/2017
Na aula três dei continuidade nos conteúdos de timbre. Para a atividade que seria feita
utilizei diversos instrumentos e objetos que emitiam sons. Deixei todos esses objetos à
disposição para que os alunos pudessem explorá-los. Com isso fui relembrando o que seria o
timbre, conteúdo utilizado para a base da atividade. Em seguida, os alunos assistiram à
animação “Fugu”, da Pixar, por três vezes. Após isso pude dar início ao roteiro, onde cada aluno
pegaria um instrumento que pudesse corresponder ao som de uma cena. Assim, fui escrevendo
no quadro cada som como se fosse uma partitura não convencional. Após isso tentamos juntar
os sons fabricados por eles com a animação. Nesta parte fez-se necessária a ajuda dos
estagiários, pois dividimos a animação em vinte e três cenas, e para sincronizar os sons seriam
necessárias mais pessoas ajudando. Conseguimos fazer dois ensaios, mas quando começamos
a gravar o sinal de intervalo tocou e então encerramos as atividades.
Em minha avaliação essa foi a aula mais proveitosa de todo o estágio, por três motivos:
primeiramente, não houve faltas e nem atrasos, dessa forma, além de poder conhecer todos os
alunos, o conteúdo pode ser explorado de maneira mais efetiva; em segundo, foi possível
perceber que a classe, de modo geral, conseguiu entender a teoria do timbre. Acredito que minha
fundamentação teórica tenha melhorado, e também que a exposição anterior sobre o tema tenha
facilitado a apreensão por parte dos alunos. Por fim, cabe relatar que os alunos participaram
mais ativamente das atividades, e inclusive conseguiram explicar eles mesmos sobre a questão
do timbre. Dessa forma, posso afirmar que, devido à capacidade de interação com os estudantes,
e com a consequente possibilidade de exploração das partes prática e teórica sobre o tema, o
resultado da transmissão do conteúdo foi muito positiva.

Aula 04 – 08/11/2017
Nesta aula realizamos a gravação dos sons para serem colocados na animação.
Organizei todos os instrumentos para que todos os alunos pudessem utilizá-los, coloquei no
quadro todo o roteiro e dei continuidade na atividade, mas houve um problema, os alunos que
participaram da aula anterior não estavam na sala, e havia somente cinco estudantes presentes.
De todo modo, a gravação foi feita com eles e os estagiários.
Posso dizer que mesmo com as ausências conseguimos um resultado muito bom.
Dividimos todos com seus instrumentos, ensaiamos mais duas vezes para lembrar e gravamos.
Houve problemas com a filmadora e por isso foram feitas três gravações; ainda assim, o
resultado final do áudio não foi satisfatório. Com relação aos sons produzidos com a animação
rodando no fundo, no entanto, o resultado ficou muito interessante. Após a gravação dei
continuidade na aula, introduzi o conteúdo de intensidade, contextualizei e demonstrei-o através
de instrumento melódico. Logo após a transmissão do conteúdo, realizamos uma atividade
prática na forma de um jogo, chamado “o mestre mandou”, onde um aluno deveria tocar um
instrumento com diferentes intensidades, e os outros deveriam imitá-lo o mais fielmente
possível. Nesta aula ocorreu tudo bem, apesar dos problemas que surgiram consegui saná-los.
Minha reflexão sobre essa aula é que, apesar da grande ausência de alunos, inclusive
dos mais participativos nas aulas anteriores, e a despeito dos atrasos no começo, o conteúdo foi
bem explorado, a as atividades práticas aliadas à fundamentação teórica foram realizadas de
modo satisfatório. As atividades práticas, principalmente, serviram de modo positivo para atrair
a atenção dos estudantes para a teoria, de modo que o desenvolvimento do conteúdo foi
facilitado.

Aula 05 – 22/11/2017
Comecei esta aula com uma apresentação em data show, que continha conteúdos sobre
parâmetros do som. Fiz uma apresentação expositiva, e também um trabalho de apreciação com
análise básica, onde os alunos teriam que reconhecer os parâmetros de intensidade e timbre com
o instrumento melódico – neste caso, um violino. No decorrer das atividades, os alunos se
apresentavam atentos e muito participativos. Em seguida, assistimos a dois vídeos, um com
exemplo de diferenciação de intensidade, e outro com uma obra de Gustav Mahler. Nesse
momento fui fazendo explanação, porém não foi possível reproduzir completamente o último
vídeo. Os pontos positivos foram que alguns alunos ficaram interessados em ouvir a música, e
também fizeram algumas perguntas sobre orquestra. A administração do tempo nesta aula ficou
faltando, pois faltava a última atividade a ser concluída.
A despeito do fato de que alguns alunos mostraram-se resistentes à participação nas
atividades, mais uma vez pude notar que a reprodução dos vídeos e as atividades práticas
serviram como atrativo para a atenção dos estudantes de maneira geral. Um fato notável foi a
inesperada participação do conjunto da sala quando da reprodução da obra de Mahler. Acredito
que o contraste da música orquestral mais complexa em relação às músicas populares tenha
produzido um efeito de ruptura nos alunos, o que me leva a refletir se o meio social em que
vivem não produza uma espécie de sonegação a este tipo de arte. Penso que a exploração do
tema orquestral foi extremamente positiva, e o efeito contrastante entre as músicas cotidianas e
a música erudita, senão levou os alunos a uma reflexão sobre as possibilidades dessa última, ao
menos serviu como uma possível introdução à complexidade musical.

Aula 06 – 06/12/2017
Nesta aula tive problemas com os recursos de áudio, pois o cabo que havia levado para
a caixa de som não funcionou. Dessa forma, esta aula foi toda baseada em apreciação, o que
acabou se tornando um problema.
Na sexta aula comecei dando continuidade no conteúdo anterior. Terminamos de ouvir
a obra de Mahler, mesmo com o som muito baixo. Tentei fazer com que eles percebessem, mas
não tive sucesso. Continuei com uma peça de Astor Piazolla, demonstrando as variedades de
timbres, intensidade, altura e duração. E por fim passei uma cena do filme “O Iluminado” (The
Shining), cena sobre a qual seria feito o roteiro na próxima aula.
Avaliando meu desempenho na aula, concluí que poderia ter explorado ou pensado
previamente em outras formas de exposição que não fossem tão dependentes dos recursos
audiovisuais. Notei também que, assim como nas experiências anteriores, houve tentativa de
participação por alguns estudantes, porém, devido às falhas nos recursos que me propus a
utilizar, não foi possível atingir os resultados esperados.

Aula 07 – 13/12/2017
Neste dia cheguei no colégio e preparei todo material que seria apresentado, e me
encontrei com o professor orientador. Ficamos um tempo na sala até que descobrimos que não
haveria aula, pois já haviam dispensado todos os alunos.
Neste dia seria realizada a gravação da trilha do filme “O Iluminado”, com base nos
parâmetros dos sons, e também seria feito um fechamento com a turma.
Em uma avaliação final sobre as seis aulas, consideraria principalmente dois pontos:
primeiramente, em praticamente todas as aulas houve atrasos no início dos conteúdos; isso
ocorreu por conta da própria rotina dos estudantes – o fato de trabalharem no período diurno
pode ser levado em conta em relação a esse problema. Por último, penso que as seis aulas
constituíram-se num período demasiadamente curto para exposição completa dos conteúdos
que me propus a transmitir. Com isso, acredito que poderia ter optado pelas seguintes
possibilidades: a exposição de temas menos exigentes, que já fossem possíveis de serem
abordados utilizando-se dos conhecimentos prévios dos alunos, ou ainda uma abordagem mais
enfática em pontos específicos sobre o tema proposto, trabalhando apenas aspectos mais
generalistas deste. Vale ressaltar que o assunto abordado nas aulas também requereria recursos
audiovisuais mais adequados. Este fato não se constituiu exatamente em um empecilho, com
exceção do episódio já relatado anteriormente, porém, posso avaliar que as falhas deste tipo de
recurso seriam determinantes em exposições futuras, tendo como base as experiências que tive
até o momento. Finalmente, é possível afirmar que os recursos utilizados, a despeito dos
problemas relatados, contribuíram de modo decisivo para a atração da atenção dos alunos para
os assuntos explorados; as atividades práticas, igualmente. Em exposições futuras, penso que
esses recursos, caso utilizados de modo mais planejado, possam se constituir em boas
ferramentas.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da minha regência e reflexões organizadas no estágio devo admitir que tenho
muito a melhorar; percebi que há algumas falhas em questão de planejamento e também um
comando mais efetivo perante aos alunos. Acredito que isso só será possível com mais
experiências de acordo com o trabalho diário.
Tenho a convicção de que a experiência do estágio não vai determinar de forma
definitiva meu modo de compreender o fenômeno educativo. O estágio, contudo, foi
fundamental para detectar com mais clareza e precisão quais as maiores dificuldades que tive e
os níveis de gravidade dessas deficiências.
O estágio supervisionado no Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros se consistiu
em um aprendizado muito proveitoso e de grande importância em se tratando de experiência e
conhecimentos que povoam o cotidiano daqueles que trabalham com educação nas instituições
públicas de ensino. Além do mais, através desta experiência foi possível vivenciar a vida escolar
de uma maneira bastante ampla e significativa, bem como refletir sobre as múltiplas
possibilidades de agir, como educador musical, sobre o meio escolar, influenciando e recebendo
influência deste, de modo a elaborar e reelaborar os pré-conceitos sobre o papel do educador
concebido por mim nas diversas e vantajosas discussões sobre Educação Musical durante o
percurso acadêmico.
Sendo assim, a meu ver, o estágio curricular cumpriu sua finalidade, consistindo em
um período de experiência no meu preparo como futuro educador, agregando tanto informações
teóricas e práticas, contribuindo, na mesma medida, no desenvolvimento das relações
interpessoais com alunos e professores da rede pública de ensino.
De agora em diante, cabe a mim a tarefa de organizar constantemente minhas
reflexões a partir do que já relatei neste trabalho e a partir dos novos desafios que virão,
assumindo um compromisso com a pesquisa e a preocupação constante em repensar meus
objetivos, métodos e o sentido de ser professora de educação musical.
6. REFERÊNCIAS

BERCHMANS, Tony. A música do filme: tudo o que você gostaria de saber sobre a música de
cinema. 4. ed. - São Paulo: Escrituras Editora, 2012.

EISENSTEIN, Sergei. A Forma do Filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002.

PENNA, Maura. Música(s) e seu ensino. 2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2012.

SCHAFER, Raymond Murray; O ouvido pensante / R. Murray Schafer; Tradução de Marisa


Trench de O. Fonterrada, Magda R. Gomes da Silva, Maria Lúcia Pascoal; Revisão Técnica de
Aguinaldo José Gonçalves. 2ª. ed. São Paulo: Ed. UNESP, 2011.
SVEKOS, Makro. Sound Ideas - What is Foley? MarvArts Productions, 2000 Web.
www.soundideas.com, acesso em 17/02/2018.
7. APÊNDICES

Estagiária: Mônica Pereira Bueno


Série: Quarto Ano
Escola: Colégio Estadual Antônio Moraes de Barros
Turma: 3º do Ensino Médio

Plano Geral
Objetivos:
Reconhecer na banda sonora os parâmetros dos sons;
Trabalhar o contexto histórico da Trilha Sonora;
Aplicar práticas para cada cena seguindo a linha do artista de Foley;
Perceber a importância da música em trabalhos cinematográficos;
Oportunizar o desenvolvimento da concentração, atenção, criatividade e cooperação;
Vivenciar possibilidades sonoras incentivando a criatividade através de cenas de filmes e
animações;

Conteúdos:
Parâmetros dos sons
Paisagem sonora
Criação Musical

Metodologia:
Contextualizar a música na história do cinema ;
Criação de trilhas sonoras para cenas de filmes e animações;
Trabalhar os parâmetros dos sons através de jogos musicais;
Apreciação sonoras;
Pesquisa de sons;

Recursos:
Instrumentos percussão; Instrumento melódico e harmônico; Objetos que emitem sons; Lousa
ou quadro negro; Aparelho de som e data show;

Avaliação: Avaliação processual;


Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros
Estágio: EB10
Estagiária: Mônica Pereira Bueno

Plano de Aula – 20/09/2017

Introdução a Trilha Sonora

Aula 01
Objetivo Geral
Vivenciar possibilidades sonoras incentivando a criatividade através de cenas de filmes e
animações;

Objetivo Específicos
Identificar as emoções, sensações e intenções produzidas pelos diferentes músicas e sons;
Conhecer o que é um artista de Foley;
Reconhecer as possibilidades musicais a serem trabalhadas em um trabalho áudio visual;

Conteúdos
Conjuntos de sons ou Banda sonora: dialogo; música; Efeitos;
Breve contextualização sobre música e cinema;

Metodologia
Será feito uma breve apresentação para conhecer a turma e também perguntar se os
estudantes sabem como é feita uma trilha sonora. No primeiro momento ouviremos o áudio da
história infantil do Pedro e o Lobo escrita por Serguei Prokofiev, assim pedindo que ouçam
prestando atenção nos sons e como se desenvolve a história. Logo após uma breve discussão
sobre o que perceberam.
Em seguida, assistiremos uma cena com uma mudança sonora. Nesta cena também
será pedido que observe a mudança da trilha e como eles se sentiram em relação a cena.
Dando continuidade à aula farei alguns apontamentos sobre a trilha sonora.
Explicando um pouco da importância da música em trabalhos áudios visuais. E também uma
breve explicação do conjunto de sons trabalhados em uma cena de filme.
No final da aula, será apresentado dois vídeos de como é criado os efeitos sonoros
de um filme e a relação do artista de Foley com o cinema e animações até os dias de hoje.
Recursos
Data show; Notebook; Caixa de som;
https://www.youtube.com/watch?v=KnSivjpHoAo - Artista de Foley
https://www.youtube.com/watch?v=6nVtRBY7fz8 - Como são criados os efeitos sonoros de
filmes?
https://www.youtube.com/watch?v=vW9mZv8yqMU&t=750s - Pedro e o Lobo série
Disquinhos
https://www.youtube.com/watch?v=yvb7TUA6WaQ -Uma trilha muda tudo

Avaliação
Processual;
Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros
Estágio: EB10
Estagiária: Mônica Pereira Bueno

Plano de Aula – 11/10/2017

Timbre

Aula 02
Objetivo Geral
Vivenciar possibilidades sonoras incentivando a criatividade através de cenas de filmes e
animações;
Relacionar os Parâmetros dos sons a uma animação;

Objetivo Específicos
Desenvolver a capacidade de ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos;
Exploração e pesquisa de diversos timbres;
Reconhecer as possibilidades musicais a serem trabalhadas em um trabalho áudio visual;

Conteúdos
Parâmetros dos sons: Timbre;

Metodologia
Será falado sobre o conceito de timbre de forma breve. Em seguida fazermos duas
atividades práticas para a exploração de timbres.
Na primeira atividade os alunos ouvirão diferentes sons e terão que identificar a
fonte sonora. Nesta atividade será utilizado instrumentos e objetos que tem na sala de aula. A
identificação será feita falando a fonte.
Já na segunda atividade, será iniciado dando uma folha de papel sulfite e também
uma bexiga, sempre intercalando cada aluno. Em seguida será pedido que descubram quais sons
que podem ser produzidos com esses materiais. E para finalizar a atividade será perguntado
quais sons eles descobriram.
Em seguida assistiremos uma animação sem som, que será trabalhada na próxima
aula. Eles terão que pensar em quais sons poderá ser utilizado. Ficará como uma tarefa.
E para finalizar o conteúdo será passado um vídeo sobre Timbre.

Recursos
Data show; Notebook; Caixa de som; Instrumentos musicais e objetos que emitem sons;
https://www.youtube.com/watch?v=oolJWcOhHCw - Fugu
https://www.youtube.com/watch?v=GO_EtswQtDo&index=12&list=PLptL0PciCyR8BEH0d
bH2yhVui_iei4EYB - Timbre

Avaliação
Processual;
Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros
Estágio: EB10
Estagiária: Mônica Pereira Bueno

Plano de Aula – 01/11/2017

Trilha sonora de animação

Aula 03
Objetivo Geral
Vivenciar possibilidades sonoras incentivando a criatividade através de cenas de filmes e
animações;
Relacionar os Parâmetros dos sons a uma animação;

Objetivo Específicos
Desenvolver a capacidade de ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos;
Criação de partitura não convencional;
Exploração de timbres diversos para o roteiro da animação “Fugu”;
Criação de um roteiro sonoro;

Conteúdos
Parâmetros dos sons: Timbre;
Partitura não convencional;

Metodologia
Na primeira atividade será lembrado o termo timbre, pedirei aos alunos se ainda
lembram de alguns exemplos. Assim a próxima atividade será baseada no timbre. Em seguida
será feio um roteiro, e para que os alunos não se esqueçam dos sons criaremos uma partitura
não convencional. Esta partitura será utilizada ao fim da aula para a sonorização da animação.
Também falarei o que é partitura e o que é uma partitura não convencional.
Na segunda atividade a turma será dividida em quatro grupo, e cada grupo tocará
sons em 5 cenas, ao total de 23 cenas. É possível que esta atividade seja prolongada para a
próxima aula. A intenção desta atividade é que seja gravado os sons de toda a animação.

Recursos
Data show; Notebook; Caixa de som; Instrumentos musicais e objetos que emitem sons;
Filmadora; Gravador;
https://www.youtube.com/watch?v=oolJWcOhHCw - Fugu

Avaliação
Processual;
Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros
Estágio: EB10
Estagiária: Mônica Pereira Bueno

Plano de Aula – 08/11/2017

Intensidade

Aula 04
Objetivo Geral
Vivenciar possibilidades sonoras incentivando a criatividade através de cenas de filmes e
animações;
Relacionar os Parâmetros dos sons a uma animação;
Praticar e reconhecer através dos paramentos dos sons;

Objetivo Específicos
Desenvolver a capacidade de ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos;
Criação de partitura não convencional;
Gravação de timbres diversos para o roteiro da animação “Fugu”;
Vivenciar a intensidade através do jogo musical;

Conteúdos
Parâmetros dos sons: Intensidade;
Partitura não convencional;

Metodologia
Nesta aula daremos continuação na gravação do roteiro da aula anterior, na aula
passada foi criado um roteiro com sons selecionados pelos alunos, a partir deste roteiro levarei
uma partitura não convencional, onde os alunos utilizarão para alguns ensaios e assim efetuar
a gravação da animação “Fugu”.
Após a gravação daremos início a um novo conteúdo, neste conteúdo falarei de
intensidade. O que é intensidade? Como pode ser utilizada a intensidade? Como é a
nomenclatura da intensidade? Concluindo estas questões daremos início em um jogo musical,
chamado o maestro mandou.
A sala escolhe um aluno para ser o regente. O regente deve escolher um instrumento
de grande intensidade (som forte). Quando o regente tocar forte em seu instrumento todas os
alunos devem tocar seus instrumentos bem alto. Se o regente for diminuindo a força no
instrumento os alunos devem diminuir a intensidade em seus instrumentos. O regente pode
brincar com a intensidade (forte, piano e pianíssimo).

Recursos
Data show; Notebook; Caixa de som; Instrumentos musicais e objetos que emitem sons;
Filmadora; Gravador;
https://www.youtube.com/watch?v=oolJWcOhHCw - Fugu

Avaliação
Processual;
Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros
Estágio: EB10
Estagiária: Mônica Pereira Bueno

Plano de Aula – 22/11/2017

Parâmetros dos sons

Aula 05
Objetivo Geral
Vivenciar possibilidades sonoras incentivando a criatividade através de cenas de filmes e
animações;
Relacionar os Parâmetros dos sons a uma cena;

Objetivo Específicos
Desenvolver a capacidade de ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros;
Vivenciar os Parâmetros dos sons;
Contextualizar os Parâmetros dos sons;

Conteúdos
Parâmetros dos sons: Altura; Intensidade; Duração; Timbre;

Metodologia
Na primeira parte da aula, será projetado com o data show com os conceitos de
parâmetros do som, e também uma breve explicação sobre o assunto sempre demonstrando com
instrumentos musicais suas diferenças. A seguir será demonstrado um vídeo que de ênfase à
intensidade. Após relembrado os parâmetros dos sons, terá uma atividade de reconhecimento
da intensidade, primeiro será colocado um movimento da 5º sinfonia de Mahler, uma obra rica
em questão de intensidade, será pedindo que eles observem onde há piano e forte. Na última
atividade eles assistirão uma cena do filme “O Iluminado” e será discutido se há timbre, altura
e intensidade, e o que foi observado na cena.
Recursos
Data show; Notebook; Caixa de som; Instrumentos musicais e objetos que emitem sons;
Avaliação
Processual;

Fotos

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