Caminho para o único lugar onde gosto de estar Onde a paz e a serenidade se reencontram comigo E respiro verdadeiramente o doce e puro ar Descalça num campo coberto de flores, Corro em direção ao vento e ao céu azulado Sinto-a cada vez mais perto de mim. Ali se encontra, onde sempre costuma estar, A última árvore que nos permite respirar. Encosto-me e conto-lhe tudo o que planeio realizar Nunca recebo uma resposta mas sei que me está a escutar Conto-lhe piadas e ela ri-se, espero eu E todos os dias me despeço quando o sol nos diz adeus.
No dia seguinte voltei, para variar
Corri, e sorria, pelas piadas que lhe ia contar Mal esperava eu que tudo fosse desabar Quando a encontro, de repente, no seu pior estar Derrubada e queimada pelos ignorantes. Desmoronei naquele instante, A situação era preocupante E sobre a mesma, lágrimas derramei Infelizmente, nada consertei. Deitada a pensar na repugnância daquele ato Lamentei-lhe todo o sofrimento Sentido no momento em que a vida lhe foi retirada E para além dos animais não terem onde morar, Perdemos a última oportunidade que tínhamos de respirar.