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1. Meu amor não me deixou Meu velho tamborim
Ary Barroso - 1938 De velho, partiu
Contudo eu sou feliz assim,
Ná Ozzetti - Voz meu amor não me deixou
Geraldo Leite e Hélio Ziskind - Vocal
Swami Jr. - Violão e Violão 7 cordas
Milton Mori - Cavaquinho
Nailor Proveta - Sax Alto e Sax Soprano
Guilherme Kastrup - Surdo e Tamborim
Douglas Alonso - Pandeiro e Repique de Anel
Arranjo de Base - Swami Jr.
Arranjo de Sopros - Nailor Proveta
Arranjo Vocal - Helio Ziskind, Ná Ozzetti
e Geraldo Leite
Meu barracão de zinco 1. Essa canção do Ary Barroso é bem pouco conheci-
O vento levou da. Quem gravou foram as Irmãs Pagãs com o regio-
Meu canarinho amarelo nal do Benedito Lacerda. Tem um “chuá” no canto
Há muito se calou que é um mistério se fez parte ou não da composição
Meu pé de alecrim original. Será que estava marcado na partitura ori-
O sol já queimou
ginal, ou foi só um swing que colocaram na hora da
Contudo eu sou feliz assim,
primeira gravação? O solo de sax do Proveta e o vocal
meu amor não me deixou
conseguem valorizar ainda mais o “chuá”.
Ai, a minha vida
É uma cachoeira perdida
O barulho d’água (chuá) 2. Que bela descrição de uma vida doce: sopa de
Canta minha mágoa (chuá) concha e açúcar de colher. Quem gravou foi o Ciro
A torrente passa (chuá) Monteiro. Quando ele morreu, em 1973, teve um
Meu sonho é fumaça (chuá, chuá, chuá) show de homenagem no Tuca, em São Paulo. Esta-
vam lá o Chico, Gil e Vinícius, além dos compositores
Meu sabiá da terra Pedro Caetano (O que se leva dessa vida, Botões
De noite fugiu de Laranjeira, etc) e o Alcyr Pires Vermelho (Canta
Meu cavalinho alazão
Brasil, Onde o céu azul é mais azul, etc). Pena que
Do pátio escapuliu
choveu muito.
2. Sopa de concha
Alcyr Pires Vermelho e Pedro Caetano - 1941
Geraldo Leite - Voz
Hélio Ziskind e Ná Ozzetti - Vocal
Swami Jr. - Violão e Violão 7 cordas
Milton Mori - Cavaquinho e Bandolim
Guilherme Kastrup - Caixa e Calota com vassoura/
Reco Reco
Douglas Alonso - Surdo, Pandeiro e Repique de Anel
Arranjo - Swami Jr.
Um velho capitalista
A gente fizesse assim:
“Ei”, ô moço, estou sem vintém
E ele soltasse logo
Ná Ozzeti,
uma vaquinha de cem, ai ai ai, ai ai ai Geraldo Leite,
Fábio Tagliaferri
e Mário Manga
3. Gosto mais do outro lado Meu lindo sonho qual trovador
Assis Valente - 1934 Debruça na muralha do passado
Para rever o nosso amor
Hélio Ziskind e Luiz Tatit - Vozes
Swami Jr. - Violão 7 cordas e Baixo Fretless
Mário Manga - Dobro e Violão Tenor
Toninho Ferragutti - Acordeon
Douglas Alonso - Pandeiro e Surdo
Guilherme Kastrup - Cajon, Calota
com vassoura e Reco Reco de mola
Arranjo - Swami Jr.
.
6. Honrando um nome de mulher 7. Pão duro
Gadé e Valfrido Silva - 1936 Assis Valente e Luiz Gonzaga - 1946
Na Ozzetti - Voz Pedro Mourão - Voz
André Mehmari - Piano e Arranjo Gal Óppido, Swami Jr. e Zecarlos Ribeiro - Vocal
Swami Jr. - Violão de 7 cordas
Eu acho bom você falar mais baixo Milton Mori - Cavaquinho
Nosso vizinho está nos escutando Toninho Ferragutti - Acordeon
(e que vizinho!) Guilherme Kastrup - Zabumba, Agogô e Caxixi
Douglas Alonso - Pandeiro, Triângulo e Caixa
A roupa suja a gente lava em casa
Vamos fingir que não se está brigando Arranjo - Swami Jr.
Você já vem queimado lá da rua
Sou pão-duro, vivo bem
Encrenca logo só por coisa à toa
Não dou esmola, não faço favor
Mas se não quer continuar casado
Não ajudo a ninguém
Se vista e vá-se embora,
Sou pão-duro, vivo bem
ora essa é muito boa
Quem quiser que faça assim
Daqui não saio, Como eu também
que o chatô também é meu
Eu moro no morro
Pois a metade do dinheiro
Em um barracão
foi meu pai quem deu
Não tenho tapete
E vá tratando de tirar minha pulseira
Eu durmo no chão
Que você botou no “prego”
A minha comida
prá tomar uma bebedeira
É uma só vez
Nossa união chegou ao fim por culpa sua
E é muito pouquinho
Você quer viver na rua para conquistar
Eu como de mão
Você se vista e casa então onde quiser
Não dou endereço
Que eu fico mesmo no Brasil,
Meu nome completo
honrando um nome de mulher
Não digo a vocês
Quem me visita
Não repete outra vez
Não conto anedota
Porque não convém
A alegria que eu tenho
Não dou a ninguém 8. Vida apertada
Não ando de bonde Ciro de Sousa - 1940
Não ando de barca
Não ando de carro Geraldo Leite - Voz
Não ando de trem Swami Jr. - Violão e Violão 7 cordas
Milton Mori - Cavaquinho
Não dou boa-noite Valdir Ferreira - Trombone
Não dou boa-tarde Júnior Galante - Trumpete
Não dou parabéns Guilherme Kastrup - Pandeiro, Ganzá e Reco Reco
Enquanto isso Douglas Alonso - Pandeiro, Surdo e Tamborim de Nylon
Vou juntando os meus vinténs.
Arranjo de Base - Swami Jr.
Arranjo de Sopros - Milton Mori
Meu Deus, que vida apertada
6. Essa é de uma dupla ainda pouco reconhecida (Gadé
Trabalho, não tenho nada
e Valfrido Silva), a mesma que compôs “Estão baten-
Vivo num martírio sem igual
do”, do Joel & Gaúcho. A Ná e o Mehmari toparam na
A vida não tem encanto
hora. E já veio perfeitinha, editadíssima e totalmente Para quem padece tanto
mixada do próprio estúdio do André Mehmari. Desse jeito eu acabo mal
Ser pobre não é defeito
7. Um de nossos maiores “achados”: um vínculo iné- Mas é infelicidade
dito entre Luiz Gonzaga e Assis Valente. O original Nem sequer tenho direito
era uma Marcha militar cantada pelo Luiz Gonzaga. De gozar a mocidade
A mudança para um forró deu para aproximar do cli- Saio tarde do trabalho
ma das músicas do Jackson do Pandeiro, proposta Chego em casa semimorto
do Swami. Pois enfrento uma estiva
Todo dia lá no 2
No cais do porto
8. Uma do Ciro de Sousa, compositor de primeira, Tadinho de mim, ai...
ainda pouco conhecido na mídia. O Rumo ja havia
cantado um pout-pourri só com musicas ligadas ao
tema: trabalho e o “tadinho de mim” já se destacava.
A gravação original é do Ciro Monteiro e é também
muito boa.
9. Furacão 10. Juro... juro...
Antonio Nássara e Haroldo Lobo - 1940 Paulo Pinheiro e Valdemar Silva- 1939
Hélio Ziskind e Na Ozzetti - Voz Ná Ozzetti - Voz
Geraldo Leite - Vocal e “Furacão” Swami Jr. - Violão e Violão 7 cordas
Swami Jr. - Violão, Violão de 7 Cordas e “Furacão” Milton Mori - Cavaquinho e Bandolim
Milton Mori - Cavaquinho Guilherme Kastrup - Pandeiro e Calota com vassoura
Ubaldo Versolato - Sax Tenor Douglas Alonso - Surdo e Tamborim
Tiquinho -Trombone Arranjo - Swami Jr.
Nahor Gomes - Trumpete
Mané Silveira - Sax Alto Sonhei contigo, meu bem
Popó - Tuba Quando acordei, te procurei, não vi ninguém
Douglas Alonso - Pandeiro, Cajon, Block e Surdo
Guilherme Kastrup - Surdo, Reco Reco,
Nem queira saber que agonia
Caixa e Prato Em querer te ver e não te via
Arranjo de Base - Swami Jr. Fiquei por muito tempo agoniada
Arranjo de Sopros - Milton Mori Por saber que estava enganada
Sonho não devia existir
O furacão derrubou meu barracão Eu juro juro que no duro tenho medo de dormir
Caiu uma pedra e um tijolo na cabeça
Tô machucado, tá doendo pra chuchu Sonho não merece confiança
Ai, Ai, Ai que dor Como a vida de criança, quando tudo é ilusão
Vai na farmácia que eu preciso de um doutor E quando acordo na verdade
É que vejo a falsidade no seu duro duro duro
A ventania começou quando eu dormia coração
Acordei, não vi o dia, era tudo escuridão Não quero nunca mais em minha vida,
Eu levantei e fiz pelo sinal da cruz Despertar tão iludida por um sonho enganador
Quis acender a luz, não encontrei o lampião Prefiro viver sempre na certeza,
Uh!Uh! lamentando com tristeza
E é assim que fazia o Furacão Esse seu ingrato amor, mas eu sonhei
11. P.R.Voce De publicidade
Cristóvão de Alencar e Hervé Cordovil - 1937 E o nosso amor
Transmitirá eternamente
Hélio Ziskind - Voz P.R você
Swami Jr. - Violão Rádio felicidade
Mário Manga - Dobro com slide e Violão Tenor
Milton Mori - Cavaquinho
Popó - Tuba
Valdir Ferreira - Trombone
Júnior Galante - Trumpete
Douglas Alonso - Pandeiro, Caixa, Surdo e Reco Reco
Guilherme Kastrup - Surdo, Block, Prato e Caixas
Arranjo de Base - Swami Jr.
Arranjo de Sopros - Milton Mori 9. Cai uma pedra e um tijolo na cabeça e como está
doendo pra chuchu, é bom chamar o doutor lá na far-
Se o seu ouvido mácia. A letra mostra aquele bom humor carioca que
Fosse um microfone resiste à todas intempéries, até mesmo a essa visão
Ligado ao coração premonitória de um furacão no Brasil. Um arranjo à
Eu lhe diria
la desenhos animados antigos, que mistura sopros,
Bem baixinho
percussão e cordas.
Quero ser speaker
Dessa estação
Assinarei contrato 10. A Juro..juro... (registrada assim) cantada origi-
Para a vida inteira nalmente pela Aracy de Almeida, traz aqueles temas
Mas faço questão da exclusividade ingênuos da musica popular do passado e brinca com
Nossa estação o “duro duro”coração dele, com o “juro juro” dela ao
Assim será recordar o sonho.
Sempre a primeira
P.R. você
Rádio felicidade 11. Tanto o Cristóvão Alencar , quanto o Hervé Cor-
dovil chegaram a ser parceiros do Noel Rosa. Dessa
Nosso programa
dupla o Rumo já havia gravado o “O que é que você
Será muito diferente
fazia?”. O solo instrumental de Dobro com slide e
Pois eu não preciso
Violão Tenor é do Mário Manga e na Tuba, o Popó.
12. Pão com banana 13. Não resta a menor dúvida
Cícero Nunes e J. Portella - 1939 Hervé Cordovil e Noel Rosa - 1935
Akira Ueno e Ná Ozzetti - Voz Luiz Tatit - Voz
Swami Jr. - Violão e Violão 7 cordas Hélio Ziskind - Vocal
Milton Mori - Cavaquinho e Bandolim Swami Jr. - Violão 7 cordas e Baixo Fretless
Guilherme Kastrup - Pandeiros e Block Mário Manga - Violão Tenor
Douglas Alonso - Surdo, Prato e Ovinho Douglas Alonso - Pandeiro e Surdo
Arranjo - Swami Jr. Guilherme Kastrup - Pandeiro, Caxixi e Reco Reco
Arranjo - Swami Jr.
Lá em casa a dona crise está segura
Faz uma semana que ninguém pega gordura Você é uma pequena
Pão com banana é a nossa refeição que não resta a menor dúvida
Néres de arroz, néres de feijão Ó dúvida!
E eu, por sua causa,
Quando não há grana pra banana já não pago a minha dívida
A gente come sanduíche de pão com pão Ó dívida!
Um pão francês, um alemão Estou só esperando
Aos domingos o menu é variado que você me leve o último tostão
Por isso mesmo nosso almoço é jantarado Pra me dar seu coração
Um pão e uma banana para cada pessoa Para possuir seu coração
Eu quero que me digam se esta vida não é boa Darei até meu último tostão
Devido ao passadio, minha prima Leonor Pelo seu amor, serei aviador
Já está se derretendo, já mudou de cor Irei até lamber sabão
Ainda fala em amor
Se acaso você não quiser
O açougueiro, nem os ossos ele manda Fazer por mim aquilo que puder
Já não há mais conversa, Eu irei então, trocar meu coração
para o dono do quitanda Por outro coração qualquer
O Salomão, o turco da prestação
Já jurou pra Deus que não fia mais tostão
Se eu não arranjar colocação
Lá em casa todo mundo
vai morrer de inanição
Se não morrer de indigestão
Ná e André Mehmari;
André Mehmari
Gal Óppido e Zecarlos Ribeiro
Paulo Tatit
e Luiz Tatit
Arnaldo Torres
12. Aqui fizemos uma dupla inédita de canto no
Rumo: a Ná e o Akira. Ele, junto com o Paulo Tatit,
sempre foi o responsável por todas as cordas do gru-
po (violão, guitarra, baixo, cavaquinho, bandolim, etc)
e ficou ótimo na sua versão cantada.
Gal Óppido
13. Essa era parte de nosso repertório de Noel Rosa,
antes do “Rumo aos Antigos”, mostrado no MIS na
década de 70, num show longuíssimo com mais de
30 músicas! Destaque pra dupla Manga e Swami
14. Você não tem razão 15. Não tenho juízo
Pedro Caetano - 1937 Haroldo Lobo e Wilson Batista - 1944
Geraldo Leite e Pedro Mourão - Vozes Ná Ozzetti - Voz
Swami Jr. - Violão e Violão 7 cordas Swami Jr. - Violão e Violão de 7 cordas
Milton Mori - Cavaquinho e Bandolim Milton Mori- Cavaquinho
Guilherme Kastrup - Pandeiro, Afoxé e Reco Reco Valdir Ferreira- Trombone
Douglas Alonso - Prato e Agogô Júnior Galante- Trumpete
Douglas Alonso- Surdo, Repique de Anel,
Arranjo - Swami Jr.
Agogô e Tamborim
Arranjo Vocal - Pedro Mourão
Guilherme Kastrup - Pandeiro, Reco Reco,
Cuíca e Ganzá
Você não tem razão de se queixar desse mundo
Acho que não faço pouco pra poder lhe dar Arranjo de Base - Swami Jr.
A vida de princesa que você quer levar Arranjo de Sopros - Milton Mori
Me bato como um louco pra você poder luxar
É sempre eu que não tenho juízo
Você, mulher, É sempre eu que vou lhe procurar
Nunca deixou meu dinheiro esquentar Para quando de novo brigarmos
Eu sou de trabalhar Ter que ouvir
Para arranjar o meu algum pra você esbanjar “Eu estava tão bem,
Estou vendo o dia que preciso trabalhar Pra que veio me buscar?”
Na caixa do tesouro
Pra ver se desse jeito eu posso dar no couro Ele sabe que eu só vivo bem
Mas acho que contudo ainda vou ver você parar Em seus braços
De reclamar, de reclamar A mulher é parte fraca,
Não tem opinião
Eu não sabia que você sofria deste mal Quando a saudade ataca,
Quero remediar Corro pro telefone
Mas tudo, tudo, pra você depende do metal Não existe outro homem
Pra resolver era preciso
Que você deixasse a fantasia
Procurando fazer alguma economia
Senão era uma vez a vida de um casal
É batatal, é batatal
Popó, Akira,
Gal Óppido
Pedro Mourão,
Milton Mori
e Helio Ziskind
Hélio Ziskind
Produzido por Swami Jr.
Coproduzido por Helio Ziskind
e Geraldo Leite
Capa e Projeto Gráfico
Gatoazul Estúdio Gráfico
Ilustração
Gal Óppido
Pesquisa de repertorio
Geraldo Leite
Produção Executiva e Fotos de estúdio
Rafael Fernandes
Gravado por Beto Mendonça no Estúdio 185
A canção “Honrando um Nome de Mulher”
gravada e mixada por André Mehmari
no Estúdio Monteverdi
Vozes de “Pão Duro” gravadas
no Estúdio Renato Lemos
Voz, Violão e Baixo de “Sopa de Concha”
gravados no Estúdio Helio Ziskind
Mixado por Homero Lotito, Swami Jr., Hélio
Ziskind e Geraldo Leite no Estúdio Trilha Certa
(São Paulo)
Masterizado por Homero Lotito no Reference
Mastering (São Paulo)
Realização
Na página ao lado: Geraldo Leite e Zécarlos Ribeiro
quarteto de sopros
(Nahor, Mané, Ubaldo e Tiquinho); Agradecimentos
Pedro Mourão e Geraldo Leite; André Mehmari, Beth Carmona, Bia Paes Leme,
base instrumental (Douglas, Flávio Pinheiro, Renato Lemos, Thereza Almeida
Milton, Swami e Guilherme);
Junior Galante e Valdir Ferreira; Agradecemos ao IMS - Instituto Moreira Salles
Nailor Proveta que tornou possível o acessoaos arquivos originais.
em meu coração
Eu juro juro
que meu amor não me deixou.
Apesar de minha vida apertada,
vivendo a pão com banana,
não resta a menor dúvida
que eu gosto mais do outro lado,
de seu jeito doce de menina das lojas,
tomando sopa de concha e
honrando um nome de mulher.
Fale mal, mas fale de mim,
diga que sou pão duro,
que não tenho juízo
e que por ela passei como um furacão.
Mas uma coisa eu te garanto,
você não tem razão.