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1.

INTRODUÇÃO
A crescente populacional atrelada a grande ocupação de áreas urbanas, tem
exigido um melhor aproveitamento espacial, sobretudo em áreas onde a
construção, devido à má qualidade (frequentemente de origem argilosa, em
geral de baixa resistência e permeabilidade, bem como elevada
deformabilidade) do solo local, mostra-se complicada. Grandes centros
encontram-se incontrolavelmente condicionados, o que reitera a necessidade
da criação de novos espaços.

Descartada a possibilidade da expansão superficial, recorrer ao subsolo e à


volumetria que se apresenta disponível com a remoção de solo abaixo da cota
superficial tornou-se uma solução viável e bastante eficaz. Porém, uma nova
abordagem e estudo particular de caso é de suma importância na obtenção
segura dessa nova área útil. As escavações provocam a movimentação das
massas de solo devido à variação no seu estado de tensões, adensamento de
solos saturados, por rebaixamento do lençol freático, entre outras causas e tais
perturbações tendem a torná-lo instável nas paredes do corte e
consequentemente nos terrenos adjacentes. Ações que envolvam aberturas de
trincheiras, obras subterrâneas e afins, necessitam de procedimentos que
assegurem a estabilidade do terreno vizinho à escavação. Várias soluções de
suporte foram, ao longo dos anos, com o evoluir da técnica e dos materiais,
desenvolvidas para garantir que dentro de limites razoáveis, o trabalho a
desenvolver não venha perturbar a situação existente. Um conjunto de
estruturas geotécnicas, através das suas diferentes características, garantem o
equilíbrio e adequado comportamento da escavação.

Tais estruturas de suporte, usualmente, dividem-se em dois grupos distintos


em conformidade com a forma que “trabalham” para a garantia da estabilidade
do conjunto: Estrutura de suporte rígidos e flexíveis. O primeiro grupo,
denominado de muros de suporte, que através da sua grande massa (quando
comparada à do segundo grupo) garantem que não ocorrem nem
deslocamentos significativos nem o deslize do terreno suportado, e um
segundo grupo, denominado de estruturas de suporte flexíveis, que se
caracterizam pela sua esbelteza e em que a estabilidade é assegurada
através do seu comportamento enterrado, e/ou pelos apoios - escoras ou
ancoragens.

No presente trabalho dar-se-á enfoque ao grupo das estruturas de suporte


flexíveis, que por sua vez dividem-se em três grupos distintos, levando em
consideração o número de apoios que as mesmas possuem. São elas: cortinas
autoportantes, cortinas mono-apoiadas e cortinas multi-apoiadas, melhores
descritas no próximo capítulo.
2. Revisão Bibliográfica

2.1– Taludes
São inclinações de um terreno (declive, rampa) que delimitam uma superfície terrosa ou
rochosa. Classificado em duas categorias: naturais (também conhecidos por encostas) são
aqueles formados pela ação das intempéries (ventos, chuvas, clima e etc.) e fatores
geológicos. Para conhecer sua estrutura é necessário um criterioso programa de
prospecção. Os artificiais, advindos de atuações do homem na alteração do terreno
frequentemente exibem uma homogeneidade mais acentuada que os maciços naturais e,
por isto, adequam-se melhor às teorias desenvolvidas para as análises de estabilidade.
Dentre as modificações artificiais no terreno, tem-se o corte (escavações) e aterramento
do mesmo.

Figura 1a: Talude de aterramento compactado. (GeoENG: Consultoria Geotécnica & Projetos
de Engenharia.)

Figura 1b: Talude de corte. (GeoENG: Consultoria Geotécnica & Projetos de Engenharia.)
2.2-

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