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III SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENLAÇANDO SEXUALIDADES

15 a 17 de Maio de 2013
Universidade do Estado da Bahia – Campus I
Salvador - BA

UMA ATIVIDADE DO BARULHO:

Apresentação do percurso de uma atividade com o propósito de instaurar o respeito à diversidade sexual
com crianças pequenas.

Amanaiara Conceição de Santana Miranda 1

RESUMO

O texto pretende apresentar um relato sobre as reações de familiares e responsáveis dos/as alunos/as da
Escola Municipal Comunitária de Canabrava, localizada na cidade de Salvador, desencadeadas por uma
consulta, realizada em 2008, sobre a abordagem da diversidade sexual em uma atividade didática na
Educação Infantil e no primeiro ano de escolarização do Ensino Fundamental I. Outro aspecto que será
apresentado é a reação das/os alunas/os durante o desenvolvimento da atividade. A Educação Infantil foi
sempre o lugar das brincadeiras, dos conteúdos de letramento, higiene e desenvolvimento da coordenação
motora, dentre outras. As questões de sexualidade, de desejos e afetividade pouco são implementadas no
currículo da Educação Básica. Na Educação Infantil como primeira etapa desta Educação, a interdição destas
questões é norma. O currículo é formado por conteúdos que não atendem às demandas existentes na
sociedade contemporânea, pois família e escola apresentam um mundo homogêneo para que as crianças
enxerguem. Conteúdos como cidadania são implementados desde que não sejam divergentes dos valores
proclamados pela sociedade ocidentalizada. A atividade desenvolvida foi explicada primeiramente aos
responsáveis. Após a explicação, os mesmos assinaram um termo de consentimento para a realização da
atividade. Depois da realização da atividade com os educandas/os, os responsáveis e familiares
participaram de um novo encontro para discutir sobre as reações das crianças que foram observadas pela
professora e coordenadora pedagógica durante o processo de desenvolvimento.

Palavras-chave: Educação básica; respeito; família; diversidade sexual.

1
- Professora e coordenadora pedagógica da SMED- Secretaria Municipal de Educação, pesquisadora associada do
NUGSEX – Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade, Diadorim-UNEB e pesquisadora do NGEALC – Núcleo de
Estudos Africanos e Afrobrasileiros em Línguas e Culturas – UNEB

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A inflexibilidade da doutrina que permeia as aprendizagens impostas aos


indivíduos determina práticas masculinizantes e feminilizantes que conduzem homens e mulheres a funções
e posições determinadas numa sociedade.

No cotidiano, as representações de gênero são sempre associadas na nossa sociedade a um


discurso essencialista. A escola também se filia a este pensamento já que se constitui um momento da
convivência humana. Assim, a escola é um espaço ideal para problematizar a reprodução das diferenças,
pois ela é uma instituição importante para produzir transformação, inclusive no tocante às diferenças de
gênero, criando momentos de discussão que explicitamente tragam à reflexão crítica sobre preconceitos,
rótulos e atitudes discriminatórias.

A escola é um importante espaço de construção e reprodução de valores sociais, permeado por


relações de poder que se estabelecem através dos códigos das práticas e dos símbolos, produzindo
hierarquias entre os sujeitos que dela fazem parte. Apresentar a diversidade sexual com
legitimidade/positividade aos sujeitos que nela habitam é importante para a construção de identidades de
indivíduos menos preconceituosos. O tema diversidade sexual é um dos assuntos de maior preocupação no
ambiente escolar, causando questionamentos e dúvidas não só nos/as alunos/as e seus familiares como
também em nós professores/as. Devido ao lugar que historicamente ocupa enquanto mediador/a da escola
em relação à sociedade, o/a professor/a acaba sendo convocado/a quase que obrigatoriamente a repensar
os valores, as condutas e os modos de conduzir as situações que revelam a questão da diversidade sexual
na escola.

Para Guacira Louro, (2007) sexualidade pode ser vista como invenção social. Ela é constituída
partindo de diferentes discursos sobre o sexo: discursos que regulam, normalizam e instauram saberes,
produzindo “verdades” e que estão impregnados de questões de gênero.

E ao falar em “verdades” e como ela atua incondicionalmente na vida dos sujeitos, principalmente
em seres em desenvolvimento como são as crianças, devemos refletir sobre práticas de si. Para Michel
Foucault (2006) práticas de si é uma expressão que designa o fato de que as ações do sujeito são percebidas
por ele mesmo como criação sua quando, na “verdade” essas condutas são determinadas conforme os
valores e as regras estabelecidas socialmente. Em toda prática ou atitude há um saber e o corpo é que
servirá como base para os saberes sobrevirem. É um saber que ao ser tomado como verdade torna-se parte
do corpo, mas que só ganha vida no campo da experiência, quando é tomado como “verdade” e ao ser
efetuado como prática própria, como prática de si.

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Nos últimos anos, alguns estudos têm sido realizados para a educação de crianças
de zero a seis anos, porém são direcionados, em sua maioria, aos aspectos de motricidade, afetividade,
epistemologia do conhecimento, formação dos profissionais, propostas pedagógicas, currículo e políticas
públicas. Em sua maioria, consistem em relatos de experiências coletados a partir de vivencias no ambiente
das escolas infantis, nos quais não aparecem questões relacionadas a gênero, sexualidades presentes neste
espaço.

Segundo Fulvia Rosemberg (1990; 1994) pouco se escreveu sobre a educação de meninas e
meninos, principalmente na Educação Infantil no Brasil. Ela observa que os trabalhos se limitam a discutir o
sexismo no livro didático e a relação professor/a-aluno/a.

Os estudos mais importantes abordando as relações de gênero na infância são feitos em outros
países. A título de exemplo, podemos citar os estudos de Marina Subirats (1988; 1995), que pesquisou na
Espanha crianças de quatro a seis anos de idade. A pesquisa tinha como objetivo demonstrar como as
crianças aprendem, desde muito cedo, a desvalorizar as atividades classificadas como femininas. Ao analisar
os registros verbais das professoras, a autora constatou a negação do gênero feminino, desde a linguagem,
referindo-se às crianças sempre no masculino, como também negação sistemática de qualquer conduta que
se identificasse com comportamentos classificados como “femininos”.

No Brasil, Jane Felipe de Souza (2000-2002) desenvolveu uma pesquisa sobre gênero e sexualidade
nas pedagogias culturais: implicações a Educação Infantil. O objetivo da pesquisa era problematizar as
relações existentes entre Pedagogia, gênero e sexualidade na educação infantil, a partir da perspectiva dos
estudos feministas e estudos culturais, tendo como marco teórico da análise a abordagem pós-
estruturalista. A Pedagogia é considerada não só como domínio de habilidades e técnicas, mas também
modo de produção cultural de como o poder e o significado são utilizados na construção e sistematização
do conhecimento.

Assim fazendo as leituras diversas é que eu tinha sempre o desejo de trazer a discussão do respeito
a diversidade sexual o mais cedo possível para as crianças, pois sempre acreditei que as crianças pequenas
ainda não estão “deformadas” como os adultos e até mesmo as crianças maiores. Pois acredito na educação
como ação dialógica e este pensamento coaduna com o de Richard Miskolci onde ele identifica que

educar seria uma atividade dialógica em que as experiências até hoje invisibilizadas,
não reconhecidas ou, mais comumente, violentadas, passassem a ser incorporadas

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no cotidiano escolar, modificando a hierarquia entre quem educa e


quem é educado e buscando estabelecer mais simetria entre eles de forma a se
passar da educação para um aprendizado relacional e transformador para ambos.
(MISKOLCI, 2012, 55)

Desde 2007 atuando como coordenadora pedagógica na Escola Municipal Comunitária de


Canabrava participei da implementada da discussão sobre gênero, sexualidade e diversidade sexual. Esta
escola atende a clientela da Educação Infantil, Ensino Fundamental I e a modalidade de Educação para
Jovens e Adultos. Contudo, na Educação Infantil e no primeiro ano de escolarização do Ensino Fundamental
I da Educação Básica, se resumia a discussão ao âmbito do gênero e sexualidade. Nunca foi feita uma
situação didática que objetivasse o respeito à diversidade sexual.

No ano de 2008, para iniciar a implementação com a turma do Grupo 05 da Educação Infantil
(alunos/as com cinco anos de idade) e o primeiro ano de escolarização (alunos/as com seis anos de idade),
realizei a situação didática em que o instrumento principal de condução da discussão era a atividade do
jogo dos erros. Eis abaixo a atividade:

Fonte: As figuras foram retiradas de placas sinalizadoras em banheiros públicos.

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A realização da atividade consiste em você colocar as figuras que estão abaixo


iguais as que estão acima.

Primeiramente fizemos um encontro com os/as responsáveis dos/as alunos/as da Educação Infantil
e do primeiro ano do Ensino Fundamental I, onde desenvolvemos uma situação didática. A situação didática
teve a sequência, a saber:

- Ouvir música: Sonho Impossível (Chico Buarque)

- Reflexão sobre o conteúdo da letra da música;

- Explicação da atividade em questão;

- Realização da atividade

- Reflexão sobre as imagens (desenhos) e o que os desenhos traduziam para eles/as.

Após a referida situação didática,um pai se posicionou dizendo que mostrava o que vem
acontecendo no mundo, as coisas absurdas que os seres humanos estão fazendo ainda com a ajuda do
governo.

Uma mãe então disse “-Isto existe desde que mundo é mundo!” (Sic)

E apareceram diferentes posicionamentos.

Após reflexão sobre o que o desenho traduzia, fizemos uma pergunta: Vocês acham que podemos
desenvolver esta atividade com os/as alunos/as a partir dos cinco anos de idade?

Para compreender o percentual das respostas segue os dados abaixo:

34 pessoas presentes neste encontro: 29 mulheres e 05 homens

Das 34 pessoas presente, 19 pessoas acharam que poderíamos desenvolver a atividade a partir da
Educação Infantil, 12 pessoas acharam que poderíamos desenvolver atividade a partir do 1 ano e 03
pessoas acharam que não deveríamos usar a atividade para nenhum dos grupos.

Após posicionamentos, assistimos o desenho animado Medo de quê (Instituto PAPAI), onde fizemos
a leitura fílmica. Após a leitura perguntamos: o que este desenho tem a ver com a proposta da atividade
(jogo dos erros)?

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As respostas mais comuns foram:

- Se as crianças presenciarem desde pequena essas coisas ou em casa ou na escola, não serão que
nem os personagens do texto quando crescerem;

- Mas, se elas vêm também poderão querer ser veado ou sapatona vendo isto tudo como normal.

Pensando nas respostas podemos analisar que algumas famílias entendem que a educação que
dermos agora consequentemente terá efeito na ação do indivíduo na fase adulta e outras achavam que o
fato de fazer o jogo, no futuro as crianças poderiam ter uma orientação sexual homossexual.

Lançamos outras perguntas:

- Tem alguém que possui amizade com pessoas homossexuais?

Das 34 pessoas participantes, 25 pessoas responderam que sim;

- Os pais destas pessoas que vocês conhecem são homossexuais ou heterossexuais? Todas 34
pessoas responderam que eram heterossexuais;

- O que vocês acham do fato de mesmo eles/as convivendo com pais heterossexuais, escolheram
ser homossexuais?

14 pessoas responderam que pelo fato do pai e da mãe não serem homossexuais, mas o desejo
dos/as filhos/as era escolha de cada um; 09 pessoas responderam que isto era uma doença, por isso o
comportamento do pai e da mãe não influenciava na orientação sexual destes filhos/as e 02 pessoas
responderam que era “discaração” (falta de vergonha).

Após as respostas fizemos reflexões sobre o que é a homossexualidade, sobre o processo de


desconstrução desta sexualidade como doença desde 1997, como historicamente a sexualidade foi tratada
e etc.

Depois de mais de duas horas, em pleno sábado, decidimos que deveríamos ter outro encontro com
as mesmas pessoas no sábado seguinte.

Durante a semana fui procurada por mais de 06 responsáveis que não estavam presentes na
reunião, mas que estavam sabendo do que havia sido discutido, então 04 responsáveis disseram que
gostariam de participar do próximo encontro, pois não concordavam com o que tinham falado sobre o que

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a escola estava querendo ensinar as crianças. No entanto, 02 responsáveis nos informaram


que iriam para a reunião que gostaria de defender a ideia que a escola deveria trabalhar estes assuntos,
pois no bairro de Canabrava tinha muitos homossexuais e gostaria que seus filhos não tivessem
preconceito, pois viram na televisão que daqui a uns dias discriminar homossexuais iria ser crime.

O sábado esperado chegou e todos da reunião anterior compareceram e mais 05 das 06 pessoas
que haviam me procurado durante a semana. Na verdade, fizemos,inicialmente, uma breve retrospectiva da
reunião anterior. Após passamos a palavra para que eles/elas (responsáveis) falassem sobre se era possível
ou não realizar a sequência didática com aquela atividade. Saímos da sala (diretor, coordenadora
pedagógica e a professora das turmas em questão), para que os responsáveis discutissem e chegassem a
um consenso.

Após quarenta minutos voltamos para o recinto e um representante do conselho dos pais e/ ou
responsáveis, nos informou que 29 responsáveis concordavam que fosse feita a situação didática com
atividade em questão para as crianças e 10 não concordavam.

A ata foi assinada com o registro do posicionamento dos responsáveis e informamos que de
maneira cautelosa a situação didática seria trabalhada para não expor as crianças que as/os responsáveis
não autorizaram.

Na quinta-feira da semana seguinte a este encontro realizamos a situação didática, para que os
responsáveis observassem o que de fato tinha sido feito. Daí filmamos todo o processo e no último sábado
de outubro fizemos uma nova reunião para mostrar o que foi desenvolvido com as crianças

Exibimos o vídeo com as imagens. Após abrimos para discussão, a primeira mãe a falar, foi uma das
que não autorizou a realização da atividade com os dois filhos (um da educação infantil e outro do 1 ano)
Ela disse: “- Pôxa! Eu não sabia que as crianças iam agir assim” (Sic). Indagamos, assim como? E ela
respondeu: “- Com naturalidade! Eu pensei que elas iam ficar falando coisas obscenas”(Sic).

Outro pai refletiu sobre a fala de um aluno quando estava fazendo o jogo na parte das duas imagens
“femininas”: “Aqui parece é a mãe de ... (o menino referia- se a um casal de mulheres lésbicas conhecidas
no bairro de Canabrava). O pai indagou se isto não era ruim,ou seja, o menino comparar o desenho da
atividade com uma coisa real. Eu então indaguei e a escola não é para trabalhar com coisas que tenham na
vida real? Outros responsáveis responderam que isto era melhor, pois as crianças olhariam para o fato com
mais naturalidade, já que as crianças naquela idade acreditam que tudo que acontece na escola é certo.

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Uma mãe de uma criança do 1 ano de escolarização ainda complementou dizendo: tudo
que a professora fala, a minha filha chega em casa e faz tudo igual e me justifica, que é assim, pois foi a pró
quem ensinou.

Dos 10 responsáveis que não haviam autorizado os/as filhos/as a participarem da atividade, 07
solicitaram que a escola desenvolvesse a atividade em discussão em uma outra oportunidade com as
crianças.

Após ouvir todos os posicionamentos: eu decidi ler uma pequeno fragmento de uma das obras de
Paulo Freire, inesquecível educador brasileiro:

“O que venho propondo é um profundo respeito pela identidade cultural dos alunos –
uma identidade cultural que implica respeito pela língua do outro, cor do outro, gênero
do outro, classe social do outro, orientação sexual do outro, capacidade intelectual do
outro; que implica na capacidade de estimular a criatividade do outro. Mas essas coisas
ocorrem em um contexto social e histórico, e não no ar puro e simples. Essas coisas
ocorrem na história”[...] (FREIRE, 1999)

Alguns/mas responsáveis refletiram que a frase solicitava que fosse as pessoas fossem respeitadas
independente da sua forma de ser.

Encerramos com um lanche, onde os homens presentes (responsáveis e o diretor da escola)


serviram as mulheres presentes (responsáveis, coordenadora pedagógica, vice-diretora e professoras). Esta
atitude foi surpreendente, pois não estava planejado no roteiro. Foi um pai que requisitou aos outros
presentes. O argumento dele foi que: “toda vez quem serve são as mulheres, hoje vamos fazer diferente.
Vamos servir”

Podemos, então, deduzir que as reflexões feitas coletivamente podem ajudar na mudança de
comportamento das pessoas

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