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Após ouvir ambas conversas e ler Democracy and design e Design e Crise, realizei um pens-
amento mais profundo sobre esta área, que me interessa bastante.
Design e Democracia
Nesta conversa com Justin McGuirk, Gui Bonsiepe começa por afirmar que não concorda
com generalismos. Posteriormente vem como tema de conversa o branding, e como hoje
em dia quase tudo é considerado uma marca, até mesmo figuras públicas hoje em dia são
marcas. Marcas estas que, em parte, são sustentadas pelo design. Pessoalmente acho brand-
ing muito interessante, e é algo que gostaria de fazer no futuro. Como jovem adulta, e utiliza-
dora de redes sociais, é algo que veio ao meu interesse, e é algo que também vejo todos os
dias. Um pequeno exemplo, são estes jovens ‘‘youtubers’’ que teem já a sua própria marca,
criada não só pelo conteúdo que produzem, mas por uma toda imagem visual. Noto que
cada vez mais esta imagem visual é mais importante, a nível de logotipos, banners, intro-
duções, merchandise, etc. Deste modo, e vai ao encontro da ideia que Gui Bonsiepe trans-
mite, o design é cada vez mais simbólico do que material.
Achei bastante interessante esta citação. Não só pela frase em si, mas especialmente no
que ela reflete. É algo que tenho pensado bastante após a minha entrada neste curso. Não
me sai da cabeça, desde então, o discurso que o professor Vitor nos deu à porta do MAAT,
que nós somos sobretudo humanos, e temos capacidades que um template não tem. Dado
isto, a frase anteriormente apresentada e após uma reflexão, acho que um bom designer
deve ter em conta ambos os aspetos. Ter o lado humano, que lhe faz sentir, cheirar, absor-
ver o mundo existente à sua volta, e o lado simbólico, complementado por outros estudos
fora do âmbito do design, também. Com a finalidade de nos tornar-mos mais cultos, por
consequente, expandir os nossos horizontes e criatividade. Este equilíbrio que sinto que os
professores, neste curso, nos tentam transmitir, agrada-me imenso, pois acho que também
é algo que nos faz crescer não só como estudantes de design, mas também como pessoas,
cidadãos, etc. Para além disso, faz nos ser ambiciosos, querer ir mais além, e por vezes, fugir
ao mundo do consumismo e do marketing com que o design muitas vezes é submerso e
associado. Isto leva-me a refletir sobre outro aspeto, presente nesta conversa, que é o de-
sign e a democracia.
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‘‘As a designer, I should perhaps be content that design is getting this
attention, but I might not completely agree with these new clever manage-
ment people’s interpretation of what design is.’’
Gui Bonsiepe afirma que nos últimos anos o design tem feito grande papel no mundo da
democracia, questiona-se também como é que companhias não mencionavam o design ou
sequer sabiam que existiam, de um momento para o outro tornou-se uma ‘‘nova solução’’.
Em suma, acho muito importante, e interessante que tenhamos acesso a palestras tão in-
teressantes como esta, que nos façam refletir, porque afinal de contas nós somos, também
o futuro do design, esta nova geração, muito ligada à tecnologia, mas que contudo temos
que ter noção que não podemos depender só dela. Devemos manter o nosso lado hu-
mano, e enriquecê-lo, pois isso também nos irá ajudar no ambito do design. É, também
isso que nos distingue de uma máquina. Como designers, que maior parte das vezes esta-
mos a produzir para o outro, tenha este outro uma finalidade ligada ao comércio, pessoal
ou artistíca, devemos dar o nosso melhor, e aproveitar cada oportunidade para crescer e
aprender algo sobre um campo que não é o nosso. Por exemplo, este último projeto 3018,
está a implicar que pesquisemos muito mais para além da nossa área de trabalho, acho isto
extremamente interessante, pois é algo que pode-me vir a dar jeito no futuro, pessoal ou
profissional, no final de contas é tudo conhecimento, e nunca é demais ter conhecimentos,
ou querer conhecer.