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Curso de Engenharia Civil

Universidade Estadual de Maringá


Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil

Prof. Romel Dias Vanderlei

CAPÍTULO 4:
ENERGIA DE DEFORMAÇÃO
Prof. Romel Dias Vanderlei

4.1 – Energia de Deformação

P1
L P P
δ

δ1 δ
0 δ dδ
Trabalho realizado pela força P durante o alongamento dδ:

dU=P.dδ → elemento de área


δ1
Trabalho total → U = ∫ P ⋅ dδ → Área sob o
0 diagrama força-
deformação entre
0 e δ1.
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4.1 – Energia de Deformação

O trabalho da força P é transformado total ou


parcialmente em energia de deformação.
Unidade : N.M = J (Joule)

Para um material elástico linear:

P
P.δ
U= → Área do triângulo hachurado
2

δ
δ
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4.2 – Densidade de Energia de Deformação

 Para que a análise não fique presa as dimensões da


barra e possa ser dirigida para as propriedades do
material, vamos considerar o trabalho de deformação
por unidade de volume:
x1

U ∫0
P ⋅ dx x1 ε1
P dx
= =∫ ⋅ → u = ∫ σ x .dε x
V A⋅ L 0
A L 0

Unidade : J/m³

 Observa-se que a densidade de energia é igual a


área sob a curva tensão x deformação específica.
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4.2 – Densidade de Energia de Deformação

Se o material for descarregado quando o nível de


tensão for maior que o escoamento, a tensão retorna
a zero, mas há uma deformação permanente (εp), e
somente parte da densidade de energia é
recuperada (correspondente a área do triângulo), o
restante é dissipada na forma de calor.
σ

ε
εp ε1
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4.2 – Densidade de Energia de Deformação

Módulo de Tenacidade : é a área total sob a curva


tensão x deformação específica (ε=εp) e representa a
energia por unidade de volume necessária para fazer
o material entrar em ruptura.
A tenacidade está relacionada com ductilidade e
resistência do material.
σ
Módulo de tenacidade

Ruptura

ε
εR
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4.2 – Densidade de Energia de Deformação

 Para material elástico linear:


ε1
σ x = E ⋅ ε x ∴ u = ∫ E ⋅ ε x ⋅ dε x
0
σ x2
E ⋅ε 2
E σ 
2
u=
u= = ⋅ x  2⋅ E
x
2 2  E 
σ
Para σx=σE

σ E2
uE = σE
2⋅ E
Módulo de Resiliência

Módulo de Resiliência ε
εE
Módulo de Resiliência : representa a energia por unidade de
volume que o material pode absorver sem escoar.
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4.3 – Energia de Deformação Elástica para


Tensões Normais
 Para distribuição de tensões não uniformes, “u”
pode ser definido considerando-se a energia de
deformação de um pequeno elemento:
∆U dU
u = lim e u=
∆V →0 ∆V dV
ε1
σ x2
Onde: u = σ x ⋅ dε x ∫ e σ x = E ⋅ε x → u =
0
2⋅ E
dU = u ⋅ dV ∴U = ∫ u ⋅ dV
Vol
σ 2
Assim: U =∫ x
⋅ dV
V
2E
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4.3.1 – Para Carga Axial

dV=A(x).dx
P
P σx =
A(x)
L

L
P² P²
U =∫ ⋅ dV = ∫ ⋅ A( x ) ⋅ dx
V
2 ⋅ E ⋅ A 2
( x) 0
2 E ⋅ A 2
( x)

L
P2 P2 ⋅ L
U =∫
2 ⋅ E ⋅ A( x)
⋅ dx se A=const. → U=
0 2⋅ E ⋅ A
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4.3.1 – Para Carga Axial

 Exemplos:

U = U1 + U 2
P 2 ⋅ L1 P 2 ⋅ L2
A1, E1 A2, E2
U= +
L1 L2 2 ⋅ A1 ⋅ E1 2 ⋅ A2 ⋅ E2

A1
,E
1,
U = U1 + U 2
L 1,
F12 ⋅ L1 F22 ⋅ L2
F1

U= +
A2, E2, L2, F2 2 ⋅ A1 ⋅ E1 2 ⋅ A2 ⋅ E2
P
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4.3.2 – Para Flexão

P
q q
• Desprezando as tensões de cisalhamento
• Momento em C = M

M .y
σx σx σx =
A
C
B Iz
x

dA

dx
σ x2 M 2 ⋅ y2 M 2 ⋅ y²
U =∫ ⋅ dV = ∫ ⋅ dV = ∫A I Z2 ⋅ 2 ⋅ E ⋅ dV
V
2E V
I Z2 ⋅ 2 ⋅ E
L L
M 2
M2
U =∫
2 ⋅ E ⋅ I Z2 ∫A
⋅ ⋅ ⋅
0
( y ² dA) dx ⇒ U =
0
2 ⋅ E ⋅ I z
⋅ dx ∫
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4.3.2 – Para Flexão

 Exemplo:

P
M = −P ⋅ x
x

P² ⋅ x² P² ⋅ x³ L
L
EI
U =∫ ⋅ dx =
L
0
2⋅ E ⋅ Iz 6⋅ E ⋅ Iz 0

P 2 ⋅ L3
U=
6⋅ E ⋅ Iz
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4.4 – Energia de Deformação Elástica para


Tensão de Cisalhamento
τ τ τ
γ

τ
τ τ
τ .γ
u=
τ 2
τ
γ γ
u = ∫ τ .d γ onde: τ = G.γ
0

dU
u= ⇒ dU = u.dV ∴ U = ∫ u.dV
dV V

τ
G ⋅ γ ² G ⋅ ( G )²
γ
τ ² U = τ ² ⋅ dV
u = ∫ G ⋅ γ ⋅ dγ =
2
=
2
=
2⋅G
∫ 2⋅G
V
0
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4.4.1 – Para Torção

dA.dx
T
φ: ângulo de torção
T
dA T T ⋅L
φ=
T

L
U
G⋅J
T ⋅ρ
φ τ=
τ²
T ²⋅ ρ² J
U =∫ ⋅ dV = ∫ ⋅ dA ⋅ dx
2⋅G 2 ⋅ G ⋅ J (2x )
L L
T² T²
U =∫ ⋅ ( ∫ ρ ² ⋅ dA) ⋅ dx ⇒ U = ∫ ⋅ dx
0
2 ⋅ G ⋅ J ( x) A
2
0
2 ⋅ G ⋅ J ( x)

T2 ⋅L
Eixo da seção uniforme ⇒ U=
2⋅G ⋅ J
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4.4.1 – Para Torção

 Exemplo:

T U = U1 + U 2
φ=n.d φ=d
T 2 ⋅ L1 T 2 ⋅ L2
U= +
L/2 L/2 2 ⋅ G ⋅ J1 2 ⋅ G ⋅ J 2
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4.4.2 – Para Carregamento Transversal

Considerar as tensões normais e de cisalhamento.


dA
P

τ y

U = Uσ + Uτ
Energia de deformação devido a tensão normal Uσ:
M = −x ⋅ P
P 2 ⋅ L3
L
M2
Uσ = ∫ ⋅ dx =
0
2 ⋅ E ⋅ I z 6⋅ E ⋅ Iz
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4.4.2 – Para Carregamento Transversal

Energia de deformação devido a tensão de cisalhamento Uτ:


V ⋅Ms
τ xy = → Atua no volume dx.dA
b⋅ Iz
2
τ² 1 V ⋅ Ms 
Uτ = ∫ ⋅ dV = ∫   dx ⋅ dA
V
2G V
2G  b ⋅ I z 
L
V²  M s2 
Uτ = ∫ ⋅  ∫ ⋅ dA  ⋅ dx
0
2G ⋅ I z2  A b² 
M s2
A integral ∫ ⋅ dA é calculada na área da seção.
A
b ²
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4.4.2 – Para Carregamento Transversal

Fator de forma para cisalhamento (fc):


A M s2
fC = 2
Iz ∫A b 2 ⋅ dA
M 2
f ⋅ I 2
Então:
∫A b 2 dA = A
s C z

L V² f C ⋅ I z2
Logo: U τ =
∫0 2G ⋅ I z2 ⋅ A ⋅ dx
L f C ⋅V ²
Uτ = ∫ ⋅ dx
0 2G ⋅ A
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4.4.2 – Para Carregamento Transversal

 Exemplo de cálculo do fator de forma:


A = b⋅h
- Seção Retangular:
b ⋅ h3 dA = b.dy
Iz =
( − y)
h
2 Ai 12
h
dy 2
( h2 − y )
y M S = yi ⋅ Ai = ( y + ) ⋅ b ⋅ ( h2 − y )
2
h
b h2
2
MS = ⋅ ( − y2 )
b
2 4 h
b⋅h 2
b2 h2 6
fC = ⋅∫ ⋅ ( − y 2 ) ⋅ b ⋅ dy =
 b ⋅ h3 
2
−h
4 ⋅ b 2
4 5
  2

 12 
6 ⋅V 2
L
3 ⋅V 2 ⋅ L
Logo: U τ = ∫ 5 ⋅ dx = U = U σ + Uτ
0
2G ⋅ A 5⋅G ⋅ A
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4.5 – Energia de Deformação devido a uma Força

δ1
U = ∫ P ⋅ ds
0
1
Para deformação elástica: U= P ⋅δ
2
Exemplos:
1) Viga em balanço: P ⋅ L³
Sabendo que: ymáx =
P
3E ⋅ I z
P⋅ y
U=
y 2
P  P ⋅ L3 P 2 ⋅ L3
L

U =   =
2  3⋅ E ⋅ I z  6⋅ E ⋅ Iz
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4.5 – Energia de Deformação devido a uma Força

2) Viga engastada com momento na extremidade:

θ M ⋅θ
M
U = ∫ M ⋅ dθ =
θ 0 2
M ⋅L
L

θ máx =
E ⋅ Iz

M ⋅θ M  M ⋅ L  M 2 ⋅L
U= = ⋅ =
2 2  E ⋅ I z  2 ⋅ E ⋅ I z
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4.5 – Energia de Deformação devido a uma Força

3) Eixo circular torcido:

T φ
T
L

φ T ⋅φ
U = ∫ T ⋅ dφ =
0 2
T ⋅L
φ=
G⋅J
T T ⋅L T2 ⋅L
U= ⋅ =
2 G⋅J 2⋅G ⋅ J
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4.6 – Deformação devida a uma força

Sabemos agora que:


1 1 1
U= P ⋅δ U= ⋅ M ⋅θ U= ⋅ T ⋅φ
2 2 2
Se o trabalho de deformação U for conhecido, pode-se
obter as deformações δ, θ ou φ.

Exemplo: Determine a flecha da viga abaixo


considerando: a) somente as tensões normais;
b) as tensões normais e de cisalhamento
P
h
B
LL
b
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4.6 – Deformação devida a uma força

a) Efeito das tensões normais:


L M2
Uσ = ∫ → M = −P ⋅ x
o 2⋅ E ⋅ Iz
L P2 ⋅ x2 P 2 ⋅ L3
Uσ = ∫ dx =
0 2⋅ E ⋅ Iz 6⋅ E ⋅ Iz
P ⋅ yB P 2 ⋅ L3 P⋅L 3
Como: Uσ = = → yB =
2 6⋅ E ⋅ Iz 3⋅ E ⋅ Iz
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4.6 – Deformação devida a uma força

b) Efeito das tensões normais e de cisalhamento:

f C ⋅V 2
L 6
Uτ = ∫ ⋅ dx Seção retangular: f C =
0 2⋅G ⋅ A 5
6 ⋅ P2
L
5 3⋅ P2 ⋅ L
Uτ = ∫ ⋅ dx =
0 2⋅G ⋅ A 5⋅G ⋅ A
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4.6 – Deformação devida a uma força

P 2 ⋅ L3
Uσ =
6⋅ E ⋅ Iz
P 2 ⋅ L3 3 ⋅ P 2 ⋅ L
U Total = U σ + Uτ = +
6⋅ E ⋅ Iz 5⋅G ⋅ A
P ⋅ yB P 2 ⋅ L3 3 ⋅ P 2 ⋅ L
U Total = = +
2 6⋅ E ⋅ Iz 5⋅G ⋅ A
P ⋅ yB P 2 ⋅ L3  18 ⋅ E ⋅ I z 
= ⋅ 1 + 
2 6 ⋅ E ⋅ I z  5 ⋅ A ⋅ G ⋅ L2 
P ⋅ L3  18 ⋅ E ⋅ I z 
yB = ⋅ 1 + 2 
(yB)Uτ → equivale a erro menor
3⋅ E ⋅ Iz  5⋅ A⋅G ⋅ L  que 0,9% quando h/L<1/10

Parcela relativa ao cisalhamento
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4.7 – Teorema de Castigliano

“Se o material de um corpo solicitado por forças


é elástico linear e os deslocamentos são
pequenos, a derivada parcial da energia de
deformação em relação a qualquer força
fornece o deslocamento correspondente a
esta força.”

∂U ∂U ∂U
Assim: δi = θi = φi =
∂Pi ∂M i ∂Ti
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4.7 – Teorema de Castigliano

Para uma viga: L M2


U =∫ ⋅ dx
0 2⋅ E ⋅ Iz

∂U L M ∂M
δi = =∫ ⋅ ⋅ dx
∂Pi 0 E⋅I
z ∂Pi

∂U L M ∂M
θi = =∫ ⋅ ⋅ dx
∂M i 0 E⋅I
z ∂M i
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4.7 – Teorema de Castigliano

 Exemplo 1: Determine a flecha no ponto B da viga


engastada abaixo. Considere E.Iz = 5MN.m²
∂U L M ∂M
∂P ∫0 E ⋅ I ∂P
4 KN/m 6 KN ∂B = = ⋅ ⋅ dx

1 L q ⋅ x2
∂B = = ∫ − (P ⋅ x + )(− x) ⋅ dx
E ⋅ Iz 0 2
2m
1 L q ⋅ x3
∂B = = ∫ (P ⋅ x2 + ) ⋅ dx
q⋅x2
E ⋅ Iz 0 2
M = −( P ⋅ x + )
2 1 P ⋅ L3 q ⋅ L4
∂B = =( + )
∂M E ⋅ Iz 3 8
= −x
∂P
1 6 ×103 × 23 4 ×103 × 2 4
∂B = ( + )
5 ×10 6
3 8

∂ B = 4,8 × 10−3 m = 4,8mm ↓


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4.7 – Teorema de Castigliano

Obs.: O teorema de Castigliano determina o deslocamento


δi de um determinado ponto da estrutura, apenas se
existir uma força Pi aplicada neste ponto e na direção em
que δi vai ser determinada. Quando não existir
carregamento aplicado no ponto desejado, ou quando a
carga não está na direção do deslocamento desejado,
pode-se usar o teorema de Castigliano aplicando uma
força fictícia Qi na direção em que deve ser calculado o
deslocamento δi, então,
∂U
δi =
∂Qi
Assume Qi = 0 e calcula-se o deslocamento desejado.
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4.7 – Teorema de Castigliano

 Exemplo 2: Determine a flecha e a declividade no


ponto A da viga engastada.
1) Aplica-se no ponto A uma carga fictícia QA
q

∂U L M ∂M
A B δA = =∫ ⋅ ⋅ dx
∂Qi 0 E⋅I ∂
x S
L z Qi

QA 2) Momento a uma distância x de A:


q ⋅ x2
M = −Q A ⋅ x −
2
∂M
= −x
∂Q A
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4.7 – Teorema de Castigliano

3) Flecha:
1 L q ⋅ x²
δA = ⋅ ∫ (−QA ⋅ x − ) ⋅ (− x) ⋅ dx
E ⋅ Iz 0 2
fazendo QA = 0
1 L q ⋅ x3 1 q ⋅ x4 L
δA = ∫ ⋅ dx = ⋅
E ⋅ Iz 0 2 E ⋅ Iz 8 0

q ⋅ L4
δA = ↓
8⋅ E ⋅ Iz
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4.7 – Teorema de Castigliano

4) Declividade:
∂U L M ∂M
q θA = =∫ ⋅ ⋅ dx
∂M A 0 E ⋅ I z ∂M A
A
S B
q ⋅ x2 ∂M
MA
M = −M A − → = −1
2 ∂M A
1 L q ⋅ x²
θA = ⋅ ∫ (− M A − ) ⋅ (−1) ⋅ dx
E ⋅ Iz 0 2
MA =0
1 q ⋅ x³ L q ⋅ L³
θA = ⋅ →θA =
E ⋅ Iz 6 0 6⋅ E ⋅ Iz
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4.7 – Teorema de Castigliano

 Exemplo 3: Para a viga e carregamento mostrado,


determine o deslocamento no ponto D.
Use E = 200 GPa e Iz = 28,9x106mm4.
Q
q = 26 kN/m Teorema de Castigliano
1- Aplica-se uma força fictícia Q
A D B vertical no ponto D.
a=1,4m b=2,2m
3,6 m

2- Flecha em D:
L M ∂M D M
1 ∂M 1
D M
2 ∂M 2
δD = ∫ ⋅ ⋅ dx = ∫ ⋅ ⋅ dx + ∫ ⋅ ⋅ dx
0 EI z ∂Q A EI
z ∂Q B EI
z ∂Q
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4.7 – Teorema de Castigliano

Reações de apoio:
b
q ⋅ b ⋅ (a + )
q ⋅ b2 Q ⋅ b 2 +Q⋅ a
RVA = + e R VB =
2L L L L
Trecho AD: 0 ≤ x ≤ a
q ⋅ b² Q ⋅ b ∂M 1 b ⋅ x
M 1 = RVA ⋅ x = ( + )⋅ x e =
2L L ∂Q L
D M 1 ∂M 1 1 a b⋅ x R ⋅ a³ ⋅ b
Logo:

A

EI z ∂Q1
⋅ dx =
EI z ∫0
RVA ⋅ x ⋅
L
⋅ dx = VA
3 ⋅ EI z ⋅ L
Fazendo Q=0 e substituindo RVA:
D M 1 ∂M 1 q ⋅ a ³ ⋅ b³
∫A EI z ∂Q
⋅ dx =
6 ⋅ EI z ⋅ L ²
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4.7 – Teorema de Castigliano

Trecho DB: 0 ≤ v ≤ b
b
q ⋅ b ⋅ (a + )
q ⋅ v² 2 + Q ⋅ a ] ⋅ v − q ⋅ v²
M 2 = RVB ⋅ v − =[
2 L L 2
∂M 2 a ⋅ v
=
∂Q L
D M 2 ∂M 2 1 b q ⋅ v² a ⋅ v
Logo:
∫ B

EI z ∂Q
⋅ dv =
EI z ∫0
( RVB ⋅ v −
2
)⋅
L
⋅ dv

D M 2 ∂M 2 RVB ⋅ a ⋅ b ³ q ⋅ a ⋅ b 4
∫ B

EI z ∂Q
⋅ dv = −
3 ⋅ EI z ⋅ L 8 ⋅ EI z ⋅ L
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4.7 – Teorema de Castigliano

Fazendo Q=0 e substituindo VB:


 b 
D M 2 ∂M 2  q ⋅ b( a + 2 )  a ⋅ b ³ q ⋅ a ⋅ b4 5 ⋅ a ² ⋅ b 4 + a ⋅ b5

B

EI z ∂Q2
⋅ dv = 
L
 ⋅
3 ⋅ EI ⋅ L

8 ⋅ EI ⋅ L
=
24 ⋅ EI ⋅ L ²
⋅q
  z z z
 
Flecha no ponto D:
q ⋅ a ³ ⋅ b ³ 5a ² ⋅ b 4 + a ⋅ b 5 q ⋅ a ⋅ b³
δD = + ⋅q = (4a ² + 5ab + b ²)
6 ⋅ EI z ⋅ L ² 24 ⋅ EI z ⋅ L ² 24 ⋅ EI z ⋅ L ²
q ⋅ a ⋅ b³ q ⋅ a ⋅ b³
δD = ⋅ ( 4a + b) ⋅ ( a + b) = ( 4 a + b)
24 ⋅ EI z ⋅ L ² 24 ⋅ EI z ⋅ L
Substituindo os valores numéricos:
δ D = 6,05mm ↓
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4.7 – Teorema de Castigliano

 Exemplo 4: Determine os deslocamentos horizontais


e verticais do ponto B na estrutura abaixo:
C
A,E FBC

3
3 B Q
4
4
B Q 3
L 4
3
4 P FBD
P

A,E
D
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4.7 – Teorema de Castigliano

1) Aplica-se uma força fictícia Q horizontal em B;


2) Teorema de Castigliano:
∂U ∂U
xB = e yB =
∂Q ∂P
3) Energia de deformação da estrutura:
2
FBC ⋅ LBC FBD
2
⋅ LBD
U= +
2 A.E 2 A.E
∂U FBC ⋅ LBC ∂FBC FBD ⋅ LBD ∂FBD
Logo: xB = = ⋅ + ⋅
∂Q A⋅ E ∂Q A⋅ E ∂Q
∂U FBC ⋅ LBC ∂FBC FBD ⋅ LBD ∂FBD
yB = = ⋅ + ⋅
∂P A⋅ E ∂P A⋅ E ∂P
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4.7 – Teorema de Castigliano

4) Forças nas barras: equilíbrio do ponto B


4 3 5Q − 4 FBC
FBC
∑F x = 0 ∴ Q −FBC ⋅ − FBD ⋅ = 0 ∴ FBD =
5 5 3
3
B Q 3 4
3
4
∑ Fy = 0 ∴FBC ⋅ 5 − P − FBD ⋅ 5 = 0
4
3 4  5Q − 4 FBC 
FBD FBC ⋅ − P −  =0
P 5 5 3 
3 20 ⋅ Q 16 ⋅ FBC
FBC ⋅ − P − + =0
5 15 15

FBC = 0,6 ⋅ P + 0,8 ⋅ Q


FBD = −0,8 ⋅ P + 0,6 ⋅ Q
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4.7 – Teorema de Castigliano

Logo: ∂FBC ∂FBD


= 0,8 e = 0,6
∂Q ∂Q
∂FBC ∂FBD
= 0,6 e = −0,8
∂P ∂P
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4.7 – Teorema de Castigliano

5) Cálculo dos deslocamentos


Fazendo Q=0: F = 0,6 ⋅ P
 BC

 FBD = −0,8 ⋅ P
LBC = 0,6 ⋅ L e LBD = 0,8 ⋅ L
0,6 ⋅ P ⋅ 0,6 ⋅ L (−0,8P ) ⋅ 0,8 ⋅ L P⋅L
xB = ⋅ 0,8 + ⋅ 0,6 = −0,096
A⋅ E A⋅ E A⋅ E
(0,6 ⋅ P ) ⋅ 0,6 ⋅ L (−0,8P ) ⋅ 0,8 ⋅ L P⋅L
yB = ⋅ 0,6 + .(−0,8) = 0,728
A⋅ E A⋅ E A⋅ E

P⋅L P⋅L
Logo: xB = 0,096 ⋅ ← y B = 0,728 ⋅ ↓
A⋅ E A⋅ E
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

 Pode-se usar o teorema de Castigliano para


determinar reações de apoio de estruturas
estaticamente indeterminadas:
q
Exemplo 1:
A B

Grau de hiperestaticidade → 1
Escolhe-se uma reação como redundante → RA
q

A B

L
RA
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

∂U
Pelo teorema de Castigliano: → y A =
∂RA
Onde sabe-se que yA=0
Logo:
∂U L M ∂M
yA = =∫ ⋅ ⋅ dx
∂RA 0 E ⋅ I z ∂RA
q ⋅ x2 ∂M
M = RA ⋅ x − e =x
2 ∂RA
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

1 L q ⋅ x²
yA =
EI z ∫
0
( RA ⋅ x −
2
) ⋅ x ⋅ dx

1 L q ⋅ x³
yA =
EI z ∫
0
( RA ⋅ x ² −
2
)dx

1 RA ⋅ L ³ qL4
yA = ⋅( − )
EI z 3 8
3⋅ q ⋅ L
Como yA= 0 → RA =
8
5qL qL ²
Logo: RB = e MB =
8 8
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

Exemplo 2: Determine as reações de apoios da viga:


q

A B
C
L L/2

Grau de hiperestaticidade : 3 – 2 = 1
Reação redundante : RA

A B
C
L L/2
RA
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

Teorema de Castigliano:

M ∂M 1  B ∂M 1 C ∂M 2 
yA = ∫ ⋅ ⋅ dx =  ∫A M 1 ⋅ ⋅ dx + ∫ M 2 ⋅ ⋅ dx 
EI z ∂RA EI z  ∂RA B ∂RA 

Reações de apoio:
9 3
RB = qL − 3R A e RC = 2 R A − qL
4 4
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

Trecho 1 : 0 ≤ x ≤ L ∂M 1
qx ²
M 1 = RA ⋅ x − ;=x
∂RA
2
B ∂M 1 L qx ² R A ⋅ L ³ qL4
∫A M 1 ⋅ ∂RA ⋅ dx = ∫0 ( RA ⋅ x − 2 ) ⋅ x ⋅ dx = 3 − 8
Trecho 2 : 0 ≤ v ≤ L/2
3 qv ² ∂M 2
M 2 = (2 R A − qL) ⋅ v − ; = 2v
4 2 ∂R A
B ∂M 2 L/2 3 qv ²
∫C
M2 ⋅
∂R A
⋅ dv = ∫ [(2 R A − qL) ⋅ v −
0 4 2
] ⋅ 2v ⋅ dv

R A ⋅ L ³ qL4 qL4 R A ⋅ L ³ 5qL4


= − − = −
6 16 64 6 64
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

Reação em A:
1  R A ⋅ L ³ qL4   R A ⋅ L ³ 5qL4 
yA =  −  +  − 
EI z  3 8   6 64 
13
Sabendo que yA = 0 RA = qL ↑
32

33 qL
Reação em B e C: RB = qL ↑ RC = ↑
32 16
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

Exemplo 3: Determine a força em cada barra da


estrutura abaixo, sendo estas de mesmo material e
mesma área.
C RH
H
FBH
FBC
0,6L 0,5L
L
B B
B

0,8L
P FBD P
P
D

Grau de hiperestaticidade → 3 – 2 = 1
Escolhe-se uma reação como redundante → RH
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

∂U
Pelo teorema de Castigliano → y H = e yH = 0
∂RH
Energia de deformação:
2
FBC ⋅ LBC FBD
2
⋅ LBD FBH
2
⋅ LBH
U= + +
2 AE 2 AE 2 AE
Logo:
FBC ⋅ LBC ∂FBC FBD ⋅ LBD ∂FBD FBH ⋅ LBH ∂FBH
yH = ⋅ + ⋅ + ⋅
AE ∂RH AE ∂RH AE ∂RH
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

Forças nas barras: equilíbrio do ponto B


 ∂FBH
 =1
FBH = RH  ∂R H
 ∂FBC
FBC = 0,6 P − 0,6 RH ⇒ = −0,6

 HR
FBD = 0,8RH − 0,8P
 ∂FBD
 ∂R = 0,8
 H
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4.8 – Estruturas Estaticamente Indeterminadas

yH =
1
[(0,6 P − 0,6RH ) ⋅ 0,6 L ⋅ (−0,6) + (0,8RH − 0,8P) ⋅ 0,8L ⋅ 0,8 + RH ⋅ 0,5L ⋅1]
AE

Como: yH = 0 → 1,228 RH − 0,728 P = 0


RH = 0,593P

FBC = 0,244 P FBD = −0,326 P FBH = 0,593P

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