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IBP IBP1223_16

A DISPONIBILIDADE HÍDRICA COMO POSSÍVEL


RESTRIÇÃO AMBIENTAL PARA A PRODUÇÃO DE
DERIVADOS DE PETRÓLEO NO BRASIL
Eveline Vasquez1, Leticia Souza1, Fernanda Guedes1,
Pedro Rochedo1, Alexandre Szklo1, André Lucena1 e Roberto Schaeffer1

Copyright 2016, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP


Este Trabalho Técnico foi preparado para apresentação na Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016, realizado no período de 24 a
27 de outubro de 2016, no Rio de Janeiro. Este Trabalho Técnico foi selecionado para apresentação pelo Comitê Técnico do evento,
seguindo as informações contidas no trabalho completo submetido pelo(s) autor(es). Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os
textos recebidos. O material conforme, apresentado, não necessariamente reflete as opiniões do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis, Sócios e Representantes. É de conhecimento e aprovação do(s) autor(es) que este Trabalho Técnico seja publicado
nos Anais da Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016.

Resumo
O parque de refino brasileiro está localizado em bacias hidrográficas com diferentes níveis de disponibilidade de água,
na sua maioria com criticidade alta. Isto, somado à tendência de crescimento populacional nestas regiões e ao aumento
da demanda por combustíveis mais especificados, pode se tornar um fator relevante para a operação das refinarias
brasileiras. A produção de combustíveis com menor teor de impurezas necessita de processos de hidrotratamento que
demandam grandes quantidades de hidrogênio, o qual, por sua vez, necessita de água para ser produzido. Logo, a
especificação dos derivados de petróleo implica diretamente num aumento da demanda e consumo de água. Neste
contexto, o presente estudo buscou analisar a vulnerabilidade hídrica das refinarias existentes no país, assim como
estudar possíveis restrições na localização de novas refinarias causadas pela indisponibilidade de água. Primeiramente,
foi identificado o nível de criticidade das bacias hidrográficas em que se localizam as refinarias atuais, através de dois
indicadores distintos. Em seguida, foi realizada uma simulação do parque de refino atual, a partir da qual foi possível
obter a demanda hídrica por refinaria durante o período de 2010 a 2050. Esta demanda, somada à dos demais usuários
das bacias nas quais se encontram cada refinaria estudada, permite a análise da disponibilidade de água possível de ser
outorgada ao longo do período em questão. Por fim, sugeriram-se os locais mais adequados para novas refinarias em
função da disponibilidade hídrica de cada região hidrográfica.

Abstract

The Brazilian refining park is located in hydrographic basins with different levels of water availability, mostly with
high criticality. This, coupled with the population growth in these regions and an increased demand for more specified
fuels, can become an important factor for the operation of the Brazilian refineries. The production of fuels with a lower
content of impurities requires hydrotreating processes which demand large amounts of hydrogen which, in turn, requires
water to be produced. Therefore, the specification of petroleum products directly implies the increased demand and
consumption of water. In this context, this study aimed to analyze the water vulnerability of existing refineries in the
country, and to study possible restrictions on the location of new refineries caused by unavailability of water. First, the
criticality level of the hydrographic basin where the current refineries are localized was identified, through two separate
indicators. Then, a simulation of the current refining park was done, from which it was possible to get the water demand
for refinery during the period 2010 to 2050. This demand, coupled with the other users of the hydrographic basins,
where each refinery studied is localized, provided an analysis of possible water availability to be granted over the period
in question. Finally, it was suggested the most suitable sites for new refineries in terms of water availability for each
hydrographic basin district.

1. Introdução
O refino de petróleo é uma atividade dependente de grandes quantidades de água, Segundo Hightower e Pierce
(2008) em uma perspectiva global, a indústria de energia proveniente dos combustíveis fosseis é um dos maiores
usuários de água. O uso depende das características das plantas, do tipo de combustível, e da região onde está localizado
o projeto (Rio Carrillo e Frei, de 2009, Pan et al., 2012). No caso brasileiro, o processamento de óleos mais pesados e

______________________________
1
PPE/COPPE/UFRJ
Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016

ácidos associada a uma demanda crescente por combustíveis mais leves e especificados acaba por aumentar ainda mais
a demanda por recursos hídricos (Barbosa 2007).
Dentro deste contexto, o objetivo deste estudo é avaliar a vulnerabilidade hídrica das bacias onde se encontram
localizadas as refinarias brasileiras, diante da criticidade hídrica (relação demanda/vazão) e do aumento da demanda de
água para outros usos consuntivos das bacias hidrográficas estudadas. Para tanto, aprimora a ferramenta Carbon and
Energy Strategy Analysis for Refineries – CAESAR1, elaborado no CENRGIA/COPPE, de forma a incorporar nela, os
consumos específicos de água de resfriamento e de água de processo das unidades de refino no parque brasileiro.
O artigo divide-se em mais quatro seções, além desta introdução. A segunda seção apresenta o contexto atual
das refinarias brasileiras e a sua necessidade hídrica. A terceira seção descreve as metodologias adotadas neste trabalho
para análise da vulnerabilidade hídrica das refinarias escolhidas e as alternativas de localização das plantas em
expansão. A quarta seção apresenta os resultados das análises propostas. Por último, são apresentadas as considerações
finais.

2. Contexto

O parque de refino brasileiro possui uma capacidade nominal total instalada de 2,2 Mbbl/dia (ANP, 2013 e
Petrobras, 2015). Segundo Szklo et al (2012), as cargas processadas por refinaria são bastante distintas e o perfil de
cada refinaria pode ser considerado único, apesar de muitas possuírem unidades de processo em comum. Ainda segundo
estes autores, o esquema de refino pode ter três focos principais: produção de combustíveis, de lubrificantes e obtenção
de insumos petroquímicos ou especiais. A estrutura de uma refinaria é complexa, dependente das características do
petróleo a ser processado, da capacidade a ser processada, do perfil de produção de derivados, da especificação em
relação a estes produtos e da escolha das tecnologias a serem empregadas (Schaeffer et al, 2009).
Nos últimos anos, novos investimentos no parque de refino nacional foram feitos para adequar a produção, não
só em relação às novas especificações mais restritas dos produtos, principalmente diesel, mas também para aumentar a
capacidade de produção, de forma balancear a expansão do consumo (Bonfá, 2011).
O processo de refino de petróleo pode ser alcançado através de uma gama diversificada de configurações das
unidades de processamento. Tais configurações, segundo Szklo et al (2012), podem ser do tipo: Hydroskimming,
Cracking, Coking/Hydrocracking e Hycon. Os esquemas de refino presentes no caso brasileiro se encontram entre a
configuração Coking/Hydrocracking e a configuração Cracking. No primeiro esquema otimiza-se a produção de diesel
com a unidade de coqueamento retardado, bem como a produção de coque de petróleo e maximiza-se, paralelamente, a
produção de gasolina e de destilados médios de alta qualidade, como o diesel, com a presença da unidade de
hidrocraqueamento (Szklo et al, 2012). Não há, porém, unidades de hidrocraqueamento em operação no parque atual de
refino do país, e, deste modo, a principal unidade de conversão envolve o FCC (de gasóleo ou de resíduos).
A maioria das refinarias brasileiras está localizada em bacias próximas a grandes centros urbanos, como Rio de
Janeiro e São Paulo, que apresentam problemas de escassez de água (ANA 2015; Szklo et al. 2012). Adicionalmente, a
perspectiva de aumento da população nestas áreas agrava a disponibilidade de recursos hídricos para fins industriais
(COMITESINOS, 2014). O parque de refino brasileiro é composto por 17 refinarias, das quais 8 estão localizadas na
Região Sudeste, 3 na Região Sul, 5 na Região Nordeste e apenas 1 na Região Norte. Logo, grande parte das refinarias
brasileiras está localizada em regiões populosas sujeitas a restrições na disponibilidade dos recursos hídricos (Guedes
2015; ANA 2015). Esta situação das refinarias brasileiras torna-se ainda mais delicada em decorrência do Programa de
Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE) que, ao estabelecer especificações mais restritas
nos combustíveis, engendrou um aumento na demanda por água nas refinarias devido ao aumento da severidade de suas
unidades de processo (EPE 2015; Szklo et al. 2012).
Em casos de restrição de captação à água, a política nacional dos recursos hídricos determina a prioridade de
captação para o consumo humano e dessedentação de animais (Pombo 2011). Desta forma, atividades como a de refino
podem ser prejudicadas, caso estejam localizadas em regiões que apresentem restrições ao uso de água. Ademais, a
deterioração da qualidade de água em regiões mais populosas obriga algumas indústrias a investir em tratamentos de
água mais complexos que apresentam elevados custos (Barbosa 2007).
A necessidade hídrica (retirada, reposição e consumo de água 2) na indústria do refino depende principalmente
do sistema de resfriamento utilizado, já que grande parte da água captada é utilizada nestes sistemas, conforme ilustrado
na Figura 1. Entretanto, segundo Amorim (2005) o volume de água bruta utilizado no processo de refino de petróleo
varia para cada refinaria e depende de fatores como: a qualidade da água bruta captada, tecnologias utilizadas na estação
de tratamento de água, o esquema de refino, as tecnologias empregadas nas unidades de processo, a eficiência
energética, a planta termoelétrica e o grau de reuso de água.

1
Para maiores detalhes da versão original do CAESAR, vide Guedes (2015).
2
Retirada (withdraw) representa toda água captada; Reposição (make-up) representa toda água que não retorna à fonte como
efluente; Consumo (consumption) representa a água perdida seja por evaporação ou outros tipos de perda que não sejam considerados
como efluente.
2
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Água potável Água de


Água de 6% lavagem
incêndio 5%
11%

Água de
resfriamento
Água de 48%
processo
10%
Água de
alimentação
de caldeira
20%
Figura 1: Percentual de uso de água tipo em refinarias
Fonte: Amorim apud Schor (2006)

Projetos para novas refinarias brasileiras visaram ao aumento da capacidade de produção de óleo diesel com
baixíssimo teor de enxofre, a partir do processamento de petróleo nacional com médio para baixo grau API. Esquemas
de refino com este foco requerem unidades de hidrorrefino (sobretudo, HDT, mas também HCC), que aumentam a
demanda por água decorrente da maior necessidade de hidrogênio (Szklo et al. 2012). Logo, novas refinarias com esta
configuração possivelmente terão uma demanda de água por barril processado mais elevada que as atuais refinarias
instaladas no Brasil.

3. Metodologia

3.1. Estimativa de demanda hídrica por refinaria


A análise foi realizada para as refinarias brasileiras com capacidade de processamento primário acima de 20
mil barris por dia, excluindo-se, portanto as refinarias ou trens de refino destinados exclusivamente à produção de
lubrificantes (LUBNOR, trem de lubrificantes da REDUC).
A produção de derivados das refinarias analisadas foi simulada através da ferramenta Carbon and Energy
Strategy Analysis for Refineries (CAESAR)3, a qual é detalhada em Guedes (2015), para o período de 2010 (ano base) a
2050. Nesta simulação foram estimados indicadores de necessidade de água por barril de petróleo processado, a partir
de coeficientes específicos por unidade de processo (BFW4, CW e vapor de alta, média e baixa pressão). Os resultados
da simulação foram, então, cotejados aos dados reais disponíveis de balanços hídricos de refinarias brasileiras, tais
como REPLAN, RPBC e REGAP (Nogueira 2007; Vanelli 2004; Anze 2013; CETESB 2011; Petrobrás 2005). Devido
à falta de dados específicos por refinaria, foi assumido que todas as plantas utilizam a tecnologia de resfriamento
fechado com torre úmida, sem ventilação artificial. Desta forma, estimou-se a demanda hídrica por refinaria para cada
um dos períodos analisados.

3.2. Avaliação da disponibilidade hídrica atual


Com a ajuda de um sistema de informação geográfica (SIG) foram localizadas as plantas de refino por bacias
hidrográficas (nível I)5. Dessa maneira, este estudo identificou a criticidade hídrica das bacias onde se localizam as
refinarias simuladas, de acordo com dois indicadores (Tabela 1) utilizados pela ANA (2015) e através de informações
do MMA (2006a, 2006b, 2006c, 2006d, 2006e, 2006f, 2006g). A Tabela 1 a seguir apresenta estes indicadores.

3
Software desenvolvido pelo Programa de Planejamento Energético (PPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e utilizado
para simular a capacidade de produção de derivados do parque de refino brasileiro. A versão original desta ferramenta do final dos
anos 1990 foi atualizada em Guedes (2015) e aprimorada este ano para incorporação de balanços hídricos.
4
Boiler feedwater (BFW), cooling water (CW).
5
As bacias hidrográficas correspondem à classificação segundo o Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). A base físico-
territorial utilizada pelo PNRH segue as diretrizes estabelecidas pela Resolução CNRH nº 30, de 11 de dezembro de 2002 (MMA,
2006a).
3
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Tabela 1:Metodologia de determinação da criticidade hídrica

Relação (Demanda) /
Tipo de Balanço Hídrico Enquadramento
(Disponibilidade) - %
< 5% Excelente
5% a 10% Confortável
Demanda Total Anual X Vazão 10% a 20% Preocupante
Média Anual Acumulada (Qm) 20% a 40% Crítica
>40%: Muito crítica
< 5% Excelente
Demanda Total Anual X 5% a 10% Confortável
Disponibilidade Mínima Anual 10% a 20% Preocupante
(Q95) 20% a 40% Crítica
>40%: Muito crítica
Fonte: ANA (2015)

A vazão média anual acumulada refere-se à vazão média (Qm) da bacia, adicionada à vazão do montante e/ou
alguma vazão regularizada pela operação de reservatórios. Entretanto, a vazão média pode não estar disponível em
todas as circunstâncias durante um período de tempo. Portanto, a “Qm” pode ser substituída por uma relação de vazão
com permanência mínima anual de 95%. (Q95)6. Em rios com regularização a Q95 é acrescentada a vazão regularizada.
As refinarias podem satisfazer-se do recurso hídrico, seja de água superficial doce, água subterrânea ou salina
(mar). Na presente análise foi considerado que todas as demandas hídricas seriam de águas superficiais (rios).

3.3. Análise de sensibilidade das refinarias localizadas em áreas hidrográficas com alto nível de criticidade
(demanda/Q95)
A disponibilidade hídrica futura foi estimada a partir da projeção do crescimento populacional e industrial nas
bacias hidrográficas onde estão localizadas as refinarias analisadas neste estudo. Os dados populacionais foram obtidos
no estudo de projeção da população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2013). Já os dados de
crescimento industrial foram obtidos em estudos dos comitês gestores das bacias hidrográficas consideradas muito
críticas, conforme os indicadores apresentados no item 3.2, e extrapolados até o ano de 2050 (COBRAPE 2008; CBH-
BS 2015). Para cada bacia, foram estimadas as demandas por tipo de uso consuntivo (urbano, industrial e irrigação),
que somadas representam a demanda total de água por período. Esta demanda foi comparada a vazão máxima
outorgável de cada bacia hidrográfica. Para captação em rios federais o órgão responsável pela outorga é a Agência
Nacional de Águas (ANA), mas para rios estaduais o critério de outorga é definido pelo próprio Estado. Entretanto, no
presente estudo, em decorrência da falta de informações sobre vazões Q 7,107 das bacias hidrográficas analisadas, o
critério utilizado para determinar a vazão máxima outorgável de captação de água superficial foi o critério da ANA, que
define a vazão máxima outorgável como a vazão igual a 70% da Q95.

3.4. Identificação de alternativas de localização para novas plantas de refino


A simulação da expansão do parque de refino brasileiro se baseou em (IDDRI, 2015), que estimou o aumento
da demanda dos combustíveis derivados do petróleo até 2050. Assim, usando-se o CAESAR, estimou-se o coeficiente
hídrico, bem como as necessidades hídricas (em m3/s) para novas refinarias por região brasileira, e adicionou-se a
necessidade hídrica das refinarias já existentes.
Finalmente, dado que a expansão da necessidade do refino se baseia em regiões políticas, realizou-se uma
superposição de mapas hidrográficos (região hidrográfica e bacia nível I) junto com um mapa político. Dessa maneira, a
identificação de alternativas de localização das novas plantas, através do ponto de vista de disponibilidade hídrica8, foi
determinada com base nos níveis de criticidade “Excelente e Confortável” do indicador 2 do item 3.2.

4. Resultados

4.1. Necessidade hídrica das refinarias em operação e previstas


Com base na simulação realizada no CAESAR para as refinarias em operação foram encontrados os
indicadores específicos para cada planta. Eles encontram-se em uma média de 118 kg água/bbl de petróleo processado.

6
A disponibilidade mínima anual é definida como a vazão alcançada ou excedida 95% do período de tempo.
7
Vazão mínima de 7 dias de duração e 10 anos de tempo de recorrência.
8
Na análise não foram consideradas outros aspectos como custos de logística, concentração de população, etc.
4
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A RPBC possui o maior coeficiente, com 180 kg água/bbl de petróleo processado. Já a RPCC possui o menor
coeficiente, com 25 kg água/bbl de petróleo processado.
Comparando-se os resultados da simulação com a necessidade hídrica real de refinarias existentes, segundo
fontes bibliográficas, a modelagem do balanço hídrico no CAESAR gerou um erro na faixa de -13% a 10%, o que torna
a modelagem como aceitável.

Tabela 2: Refinarias estudadas e seus coeficientes hídricos

Demanda
Coeficiente Demanda
segundo
UDA hídrico de água Erro
Refinaria referências
(CAESAR) (CAESAR)
bibliográficas
kbbl/d kg/bbl m3/s m3/s %

REPLAN 415 138 0,66 0,60 10


Refinaria de Paulínia
Refinaria Landulpho
RLAM 280 74 0,24 0,28 -13
Alves
Refinaria Henrique
REVAP 255 122 0,36 0,38 -6
Lage
Refinaria Duque de
REDUC 245 158 0,45 0,47 -5
Caixas
Refinaria Presidente
REPAR 210 151 0,37 0,33 10
Getulio Vargas
Refinaria Alberto
REFAP 205 136 0,32 0,36 -10
Pasqualini
Refinaria Presidente
RPBC 170 180 0,35 0,39 -10
Bernardes
REGAP 155 139 0,25 0,24 3
Refinaria Gabriel Passos
RECAP 55 127 0,08 n/a -
Refinaria de Capuava

Refinaria de Manaus REMAN 50 94 0,05 n/a -


Refinaria Potiguar Clara
RPCC 40 25 0,01 n/a -
Camarão
Refinaria Abreu e Lima RNEST 115 67 0,09 n/a -
Fonte: Elaboração própria baseado em (Nogueira 2007; Vanelli 2004; Anze 2013; CETESB 2011;
Petrobrás 2005).

Em relação à RNEST, a partida de seu primeiro trem se deu em 2014, e, considerou-se que seu segundo trem
entraria apenas em 2020. Isto aumentou a capacidade desta refinaria de 115 kbbl/d para 230 kbbl/d neste ano (Guedes
2015). Dessa maneira, a demanda hídrica da RNEST alcançaria 0,18 m3/s. As demais refinarias mantiveram a mesma
capacidade durante todo o período estudado.

4.2. Criticidade hídrica para a operação das refinarias.


As refinarias podem captar água de diferentes fontes, seja de água superficial doce, água subterrânea ou salina.
Todavia, para esta identificação de criticidade, os relatórios do Ministério de Médio Ambiente (MMA, 2006) realizam
uma relação entre demanda e vazão de águas superficiais. Além disso, o nível de criticidade refere-se ao aspecto
quantitativo, mas não qualitativo, o que exclui análises referentes ao aumento da necessidade de água e custos de
tratamento em virtude da carga elevada de poluentes de um determinado rio.
A Tabela 3 apresenta a classificação da situação hídrica das bacias onde se localizam as fontes de água das
refinarias.

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Tabela 3: Localização das refinarias por áreas hidrográficas e identificação de nível de criticidade hídrica

Região Demanda Demanda


Bacia Classificação Classificação
Refinaria hidrográfica Total Anual Total Anual /
(Nível I) indicador (1) indicador (2)
(RH) / Qm (%) Q95 (%)
REPLAN
Tietê 25 Preocupante 64 Muito Crítico
RECAP
Paraná
Iguaçu 1 Excelente 5 Confortável
REPAR
Atlântico Itapecuru-
10 Preocupante 234 Crítico
RLAM Leste Paraguaçu
REMAN Amazônica Negro <0,1 Excelente -- --
REFAP Atlântico Sul Guaíba 2 Excelente 15 Preocupante
Paraíba do
2 Excelente 13 Preocupante
REVAP Atlântico Sul
REDUC Sudeste Litoral RJ 18 Preocupante 101 Muito crítico
RPBC Litoral SP 10 Preocupante 110 Muito crítico
Litoral RN
Atlântico 21 Crítico -- --
RPCC – PB
Nordeste
Litoral AL-
Oriental 64 Muito crítico -- --
RNEST PE-PB
São
São
Francisco 5 Confortável 14 Preocupante
Francisco
REGAP Alto
Fontes: ANP, 2015; REPLAN, 2004; MMA 2006a, 2006b, 2006c2006d, 2006e, 2006f, 2006g

As plantas da REPAR, REMAN, REFAP e REVAP indicam uma situação “Excelente” no indicador (1), e a
REGAP, uma situação “Confortável”. Já essas mesmas plantas encontram-se em uma situação “Preocupante”, de
acordo com o indicador (2). Ademais, a classificação do indicador (1) sugere que as bacias de Tietê (REPLAN e
REPAR), Litoral RJ (REDUC), Litoral SP (RPBC) e Itapecuru-Paraguaçu (RLAM) estão em situação “Preocupante”. Já
em relação ao indicador (2), as bacias encontram-se em situação “Muito Crítica”, à exceção do Itapecuru-Paraguaçu que
possui uma situação “Crítica”.
As bacias de Litoral RN – PB (RPCC) e Litoral AL-PE-PB (RNEST), ambas localizadas na RH Nordeste
Oriental, possuem o indicador (1) com situação de “Crítica” e “Muito Crítica”, respectivamente. Esse nível de
criticidade deve-se à pouca disponibilidade natural dos rios, e não pela pressão na demanda. Esta RH é caracterizada
por ter baixa precipitação concentrada, altas temperaturas e evaporação durante o ano, parte importante da região com
subsolo com pouca capacidade de armazenamento de água e, quando existe, muitas vezes, é salino (MMA, 2006a).

4.3. Análise de sensibilidade


Para análise de sensibilidade foram escolhidas as refinarias REPLAN, RECAP, RPBC e REDUC, devido a sua
criticidade ser classificada como “Muito Crítica”. Conforme ilustrado na Figura 2, em 2020 as quatro refinarias estarão
inseridas dentro de bacias hidrográficas que apresentam uma demanda hídrica acima da máxima vazão de outorga
permitida e, portanto, em um cenário de conflito entre seus usurários. Isto é, caso nenhuma medida de regularização de
vazão ou diminuição das perdas de água no abastecimento venha a ser realizada, as atividades industriais poderão ser
prejudicadas em razão do uso prioritário da água ser para o abastecimento urbano.

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Figura 2: Demanda hídrica total e vazão máxima outorgável das refinarias REDUC, REPLAN RECAP e RPBC entre o
período de 2010 e 2030

4.4. Identificação de alternativas de localização das novas plantas de refino


A expansão da capacidade primária do parque de refino brasileiro (em azul), conforme IDDRI (2015), foi
analisada em conjunto com o consumo de hidrogênio (em laranja) (Figura 3), a fim de avaliar a real variação no
consumo de hidrogênio em função da produção de combustíveis mais especificados. A partir desta análise foi possível
observar que o consumo de hidrogênio acompanha o crescimento da capacidade das refinarias e, portanto, conclui-se
que as variações decorrentes de maior consumo de hidrogênio em processos de hidrotratamento são muito pequenas.
Logo, a variação na demanda de água proveniente deste processo é considerada pouco significativa.

Figura 3: Capacidade de processamento das refinarias por ano e o consumo de hidrogênio entre o período de 2010 e
2050.
Fonte: Elaboração própria baseado em IDDRI (2015)

Entre 2010 e 2020, o descolamento entre a capacidade e o consumo de hidrogênio ocorre devido a revamps das
refinarias existentes que aumentaram sua capacidade de hidrotratamento, sem alterar, todavia, a capacidade das
unidades de destilação atmosférica. A partir de 2020, a produção de H2 aumenta conforme ocorre a expansão do parque
de refino. IDDRI (2015) estimou que a expansão do parque de refino considerando todas as regiões políticas. O
indicador encontrado para a nova refinaria simulada foi de 238 kg de água/bbl. Logo, conforme apresentado na Figura
4, para 2050 existe maior necessidade hídrica nas regiões Sudeste e Nordeste. Portanto, novas refinarias instaladas
nestas áreas devem considerar ações alternativas ao uso de água de uma refinaria típica, o que pode influenciar nos

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custos de investimento da nova unidade. O modelo considerou a entrada de uma nova refinaria na região Centro-Oeste
apenas a partir de 2040, entretanto, a capacidade de produção se mantém crescente nos períodos seguintes.

100.0
Demanda (m3/s ) 76.4

45.6 51.7
50.0 29.9
16.6 16.6
1.3 1.3 8.2
0.0
0.0
CO N NE S SE

2010 2050

Figura 4: Demanda hídrica (m3/s) por região em 2010 e 2050


Fonte: Elaboração própria baseado em IDDRI (2015)

Baseado nas estimações realizadas pelo MMA (2006a, 2006b, 2006c2006d, 2006e, 2006f, 2006g) foram
identificadas as bacias hidrográficas (Nível I) com situação de “Confortável” e “Excelente” do indicador (2) do item
3.2, com exceção das bacias da RH do Atlântico Nordeste Oriental para as quais só foram identificadas informações do
indicador (1).

MILES

Figura 5: Alternativas de localização das novas refinarias segundo o nível de criticidade de bacias hidrográficas
(Demanda/Disponibilidade Q95)
Fonte: Elaboração própria baseado em IDDRI (2015), MMA (2006a, 2006b, 2006c, 2006d, 2006e, 2006f, 2006g,
2006h, 2006i, 2006j)

Como se observa no mapa acima, com exceção da REMAN que está localizada na RH Amazônica (Região
Norte), as novas plantas não poderiam ser instaladas nas mesmas bacias em que estão localizadas as refinarias atuais.
Na Região Nordeste, as bacias do Alto São Francisco (RH São Francisco) e Alto Parnaíba, Médio Parnaíba,
Baixo Parnaíba (RH Parnaíba) têm uma situação “Excelente”. Essas bacias poderiam ser consideradas, a partir do ponto
de vista hídrico, como boas alternativas para localização de novas refinarias. Além disso, a bacia Alto São Francisco e
Baixo Parnaíba estão próximas a portos marítimos, podendo facilitar aspectos logísticos de comércio dos combustíveis

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produzidos. Contudo, cabe ressaltar que a disponibilidade hídrica da bacia Alto São Francisco possui uma alta
dependência da importação da vazão da bacia à montante (MMA, 2006j).
Já as bacias da RH Parnaíba possuem pouca demanda por água (MMA, 2006j), e, por este motivo, apresentam
uma situação hídrica aceitável. Neste caso, é interessante avaliar uma projeção de demanda futura por tipo de consumo,
a fim de avaliar se essa situação tende a se manter em períodos futuros.
Finalmente, a região Sudeste além de agrupar 50% das refinarias atuais também concentra as maiores
demandas hídricas do país, e, por isto, a criticidade em várias das bacias hidrográficas tem uma situação que varia entre
“Preocupante” até “Muito Crítica”9. Desta forma, as possíveis localizações para novas plantas seriam em bacias com
uma situação atual “Confortável”, tais como: bacia Doce (RH Atlântico Sudeste), Médio São Francisco (RH São
Francisco), Grande, Paranaíba, Parapanema (RH Paraná) 10. De todas elas, a foz da bacia Doce tem saída para o mar,
dando possibilidade de um posicionamento estratégico. Contudo, essa bacia se caracteriza por concentrar indústrias de
grande demanda hídrica como siderurgia, celulose, metalurgia e mineração11 (MMA, 2006d). Ainda, o indicador (2)
dessa bacia é de apenas 9%, o que aponta a possibilidade de esta bacia se tornar preocupante no futuro.

5. Considerações finais
Este estudo indicou que a questão hídrica é relevante tanto para o parque de refino existente, concentrado na
região Sudeste, quanto para as futuras refinarias. Conforme o resultado da simulação da ferramenta CAESAR, a
demanda hídrica do parque nacional deverá crescer significativamente e a escolha de novos sítios para localizar
eventuais refinarias greenfield deverá levar em consideração o aspecto hídrico, uma vez que atuais bacias hidrográficas
indicam um nível de stress em que se encontra boa parte das plantas brasileiras.
O estudo aqui desenvolvido se baseou no aprimoramento da ferramenta CAESAR de simulação de refinarias.
Contudo, algumas limitações e focos de aprimoramento devem ser destacados:
1. Devido à falta de informação, a simulação do parque de refino considerou o mesmo sistema de
resfriamento para todas as refinarias.
2. As análises feitas sobre a disponibilidade hídrica nas bacias hidrográficas limitaram-se a água superficial
doce (rios), desconsiderando a possibilidade de captação subterrânea ou água do mar.
3. Outra limitação deste trabalho se deve à complexidade dos sistemas hídricos e à falta de controle efetivo
dos usuários. Logo, os valores encontrados podem se diferenciar da demanda hídrica total das bacias
hidrográficas analisadas.
REPLAN, REPAR, REDUC e RPBC correspondem a 48% da capacidade total de refino instalado, sendo que
sua localização se encontra nas bacias com maior criticidade hídrica do indicador (2). Portanto, uma restrição hídrica
em razão de limitações para a renovação da licença de outorga pode se tornar um fator de risco para o abastecimento
nas principais regiões consumidoras do país.
Desta forma, novos estudos focados em alternativas tecnológicas de eficiência do uso de água e seus devidos
custos seriam apropriados. Como exemplo, podem ser citados um maior fluxo de água de reuso, sistemas de
resfriamento úmido com ventilação artificial, sistemas de resfriamento fechado seco, além da utilização de águas
salinas. Outra solução interessante passível seria o investimento em infraestrutura para contribuição do aumento de
disponibilidade hídrica como regularização de vazões a partir de reservatórios, e, até eventualmente, a importação de
água de bacias vizinhas.
Cabe indicar que a projeção da expansão das novas refinarias foi realizada até 2050 e a identificação do nível
de criticidade é uma informação de um trabalho realizado pelo MMA em 2006. Dessa maneira, é possível que a
situação da disponibilidade hídrica com respeito à demanda hídrica varie ao longo do tempo. Outro agravante se deve à
qualidade da água dos rios, que não foi considerada nesta análise e pode levar à necessidade de incorporar tratamentos
de água mais custosos e/ou o aumento da retirada de água dessas fontes hídricas. Por fim, o presente estudo alerta para a
necessidade de planejamento da operação das atuais e futuras refinarias, que precisarão incorporar medidas preventivas
de racionalização do uso da água.

7. Agradecimentos

Ao CNPq pelo apoio financeiro na forma de bolsas de estudos e de produtividade em pesquisa para diferentes
autores deste trabalho.

9
Ainda, a bacia Litoral SP (RH Atlântico Sudeste), cujo situação de demanda/Q95 é Muito Crítica, abriga o maior porto da América
Latina (o Porto de Santos) e o maior polo industrial do País, situado em Cubatão (MMA, 2006d)
10
A Região Sudeste abarca uma pequena área da bacia Paraná (RH Paraná), cuja situação hídrica é “Excelente”. Porém, ela foi
considerada para a Região Centro-Oeste.
11
Cujo despejo de efluentes industriais (além dos domésticos) agrava o problema de captação de água, tornando cada vez mais difícil
e caro o seu tratamento.
9
Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016

8. Referências
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