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CONTEMPORÂNEAS
Literatura e outras formas
EDITORA UFMG
Diretor Wander Melo Miranda
Vice-Diretor Roberto Alexandre do Carmo Said
CONSELHO EDITORIAL
Wander Melo Miranda (presidente)
Ana Maria Caetano de Faria
Danielle Cardoso de Menezes
Flavio de Lemos Carsalade
Heloisa Maria Murgel Starling
Márcio Gomes Soares
Maria Helena Damasceno e Silva Megale
Roberto Alexandre do Carmo Said
EXPANSÕES
CONTEMPORÂNEAS
Literatura e outras formas
Belo Horizonte
Editora UFMG
2014
Este livro ou parte dele não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização
escrita do Editor.
____________________________________________________________________
E96 Expansões contemporâneas: literatura e outras formas / Ana Paula Kiffer e
Florencia Garramuño, organizadoras. – Belo Horizonte : Editora UFMG,
2014.
155p.: il. – (Babel)
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-423-0043-7
CDD: 700
CDU: 7
____________________________________________________________________
EDITORA UFMG
Av. Antônio Carlos, 6.627 | CAD II / BLOCO III
Campus Pampulha | 31270-901 | Belo Horizonte/MG
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APRESENTAÇÃO 7
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE
Tráfego de imagens, composições anacrônicas e usos da
cultura material nas representações do tupi-guarani
Álvaro Fernández Bravo 17
A ESCRITA E O FORA DE SI
Ana Kiffer 47
FORMAS DA IMPERTINÊNCIA
Florencia Garramuño 91
FORMAS MUTANTES
Wander Melo Miranda 135
8 As organizadoras
APRESENTAÇÃO 9
10 As organizadoras
APRESENTAÇÃO 11
12 As organizadoras
APRESENTAÇÃO 13
Notas
1
Jacques Rancière, El espectador emancipado, Buenos Aires, Manantial, 2010,
p. 27, tradução nossa.
2
Rosalind Krauss, Sculpture in the Expanded Field, October, v. 8, p. 30-44,
Spring 1979. Lembremos a indefinição à que pretende dar nome o conceito:
“Nos últimos dez anos, coisas bem surpreendentes têm vindo a ser chamadas
esculturas: estreitos corredores com monitores de televisão; grandes fotografias
documentando o campo; espelhos colocados em ângulos estranhos em quartos
comuns; linhas temporárias cortadas no piso do deserto. Nada, pareceria,
poderia dar a essa heterogeneidade o direito de reclamar o que poderia ser
significado pela categoria de escultura. Só se a categoria for tornada quase
infinitamente maleável.” (Ibidem, p. 31.)
3
Rosalind Krauss, A Voyage on the North Sea. Art in the Age of the Post-Medium
Condition, London, Thames and Hudson, 1999, p. 20. Hal Foster tem apontado
que “durante as últimas três décadas ‘o campo expandido’ tem lentamente im-
plodido, já que termos antes tidos em contradição produtiva têm gradualmente
colapsado em compostos sem muita tensão, como nas muitas combinações do
pictórico e do escultural, ou de arte e arquitetura, em arte instalação hoje – arte
que, na sua maioria, cabe bem demais na cultura do desenho-exibição criticada
em outra parte neste livro”. (Hal Foster, This Funeral is for the Wrong Corpse,
em Design and Crime, and Other Diatribes, New York/London: Verso Books,
2002, p. 127, tradução nossa.) Segundo Jane Rendell, comentando Foster, o
14 As organizadoras
APRESENTAÇÃO 15
17
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 19
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 21
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 23
Documentos da barbárie
Antes de ingressar no problema da heterocronia da civili-
zação material tupi-guarani, quero me deter brevemente no
debate que teve lugar na revista Documents, e que tem um
eco no trabalho do etnógrafo suíço que analisaremos aqui.
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 25
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 27
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HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 33
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 35
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 37
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 39
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 41
Bibliografia
Pierre Lauret, Le silence des masques: le Musée du Quai Brainly comme
tombeau des peubles authochtones, Situations: Cahiers Philosophiques,
n. 108, p. 105-125, dec. 2006.
Notas
1
Aby Warburg, Images from the Region of the Pueblo Indians of North America,
tradução e ensaio de interpretação Michael Steinberg, Ithaca, University of
Cornell Press, 1995 (1. ed. alemã baseada em conferência de 1927).
2
Georges Didi-Huberman, La imagen superviviente. Historia del arte y tiempo de
los fantasmas según Aby Warburg, traducción Juan Calatrava, Madrid, Abada,
2009; José Emilio Burucúa, Historia, arte, cultura. De Aby Warburg a Carlo
Ginzburg, Buenos Aires, Fondo de Cultura Económica, 2003; Serge Gruzinski,
La pensée métisse, Paris, Fayard, 1999.
3
Alfred Métraux, La civilisation matérielle des tribus Tupi-Guarani, Paris, Librarie
Orientaliste Paul Geuthner, 1928.
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 43
HETEROCRONIA E CONTEMPORANEIDADE 45
dominio moral e intelectual de las sociedades, Sur, n. 30, p. 7-27, marzo 1937.
Carta de 26 de setembro de 1932 a Yvonne Oddon apud Krebs, El escritor
31
Ana Kiffer
47
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A ESCRITA E O FORA DE SI 49
50 Ana Kiffer
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52 Ana Kiffer
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A ESCRITA E O FORA DE SI 59
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A ESCRITA E O FORA DE SI 61
62 Ana Kiffer
A ESCRITA E O FORA DE SI 63
Tá misturado, deu pra ver (…), mas isso tem a ver com a lógica
toda, com toda essa lógica de mundo exterior/interior, espaço
privado, espaço público, abertura – onde está esse limite?
64 Ana Kiffer
A ESCRITA E O FORA DE SI 65
Notas
1
Roland Barthes, Variações sobre a escrita, em Inéditos 1 – Teoria, São Paulo,
Martins Fontes, 2004, p. 174.
2
Ibidem.
3
Ibidem, p. 196, grifo nosso.
4
Jacques Rancière, Políticas da escrita, Rio de Janeiro, Editora 34, 1995.
5
Barthes, Variações sobre a escrita, p. 204-205.
6
Ibidem, p. 248.
7
Evelyne Grossman, L’angoisse de penser, Paris, Éditions de Minuit, 2008, p. 144.
8
Marguerite Duras e Michelle Porte, Les lieux de Marguerite Duras. Interviews,
Paris, Minuit, 2012, p. 98.
66 Ana Kiffer
A ESCRITA E O FORA DE SI 67
Para que o leitor possa acessar as imagens deste projeto, assim como os textos
23
da exposição, 9 abr.-5 jun. 2011, curadoria Luis Camillo Osório, Museu de Arte
Moderna, Rio de Janeiro.
Ibidem.
25
68 Ana Kiffer
Celia Pedrosa
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70 Celia Pedrosa
72 Celia Pedrosa
74 Celia Pedrosa
76 Celia Pedrosa
78 Celia Pedrosa
80 Celia Pedrosa
82 Celia Pedrosa
se falo da morte você rola na areia/ meu bem que lindo (quem
disse/ isso?) um cão cheio de plumas/ casarios azulejos amor de
puxar/ uma trégua em tempo de paz/ e se discordo você não diz
não/ me dá na boca o beijo sujo de batom14
84 Celia Pedrosa
86 Celia Pedrosa
88 Celia Pedrosa
Notas
1
Silviano Santiago, Singular e anônimo, em Nas malhas das letras, São Paulo,
Companhia das Letras, 1989.
2
Marcos Siscar, Ana Cristina César, Rio de Janeiro, Eduerj, 2011, p. 48, Coleção
Ciranda da Poesia.
3
Marcos Siscar, Interior via satélite, São Paulo, Ateliê Editorial, 2010.
4
Ibidem, p. 17.
5
Ibidem, p. 18.
6
Ibidem, p. 19.
7
Ibidem, p. 24.
8
Marcos Siscar, Metade da arte, Rio de Janeiro, 7Letras, 1991, p. 162.
9
Siscar, Interior via satélite, p. 71.
10
Ibidem, p. 58.
11
Siscar, Metade da arte, p. 17.
Ibidem, p. 52.
14
Ibidem, p. 67.
15
Ibidem, p. 58.
21
90 Celia Pedrosa
Florencia Garramuño
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92 Florencia Garramuño
FORMAS DA impeRtinÊNCIA 93
94 Florencia Garramuño
FORMAS DA impeRtinÊNCIA 95
96 Florencia Garramuño
FORMAS DA impeRtinÊNCIA 97
98 Florencia Garramuño
FORMAS DA impeRtinÊNCIA 99
Notas
1
O contraste entre as obras de Hélio Oiticica e as de Nuno Ramos no interior
da instituição, que é o museu, fala de uma transformação que pode ser lida, em
termos históricos, entre o momento da saída da arte para o mundo representado
por Oiticica – lembremos seu apotegma: “Museu é o mundo.” – e o movimento
que, no interior da arte, procura criar espaços políticos, que representa a arte de
Nuno Ramos. (Hélio Oiticica, Anotações sobre o Parangolé, Aspiro ao grande
labirinto, Rio de Janeiro, Rocco, 1986, p. 79.) Rodrigo Naves tem apontado a
contradição entre violência e afeto que pode se ler nas experiências de Hélio
Oiticica, sublinhando o tributo que as obras deste tiveram que pagar por um
tipo de convivência importante no Brasil. Segundo Naves, a falta de instituições
109
Notas
1
Teixeira Coelho, A obra prima ignorada: entre a vida e a arte, São Paulo,
Comunique, 2003, p. 53.
2
Ibidem, p. 52.
3
W. J. T. Mitchell, What Do Pictures Want? The Lives and Loves of Images,
Chicago, Chicago UP, 2005, p. 7.
4
Roland Barthes, A câmera clara, trad. Júlio Castañon Guimarães, Rio de Janeiro,
Nova Fronteira, 1980, p. 137.
5
Ibidem, p. 138.
6
Ibidem, p. 118.
7
Ibidem.
8
Ibidem, p. 15.
retorno do reprimido. Mas o que retorna aqui não é a vida como codificada no
DNA, nem é a forma de vida pré-individual de Deleuze. É uma vida orgânica e
individual. Há, entretanto, duas maneiras de entender essa individualidade. Por
um lado pode ser pensada como um corpo orgânico estruturado pela lógica
da falta. Por outro, pode ser pensada como aquela de um vírus proliferando.”
(Ibidem, p. 126.)
Jacques Rancière, La fable cinématographique, Éditions du Seuil, Paris, 2001,
23
p. 148.
Ibidem.
24
Ibidem.
25
2012.
Ibidem, p. 121.
27
Ibidem, p. 122.
28
Ibidem.
29
Blanchot, por exemplo, acrescenta: “Será que a própria linguagem não se torna
30
Literaturas pós-autônomas
Com a publicação de “Literaturas postautónomas”,1
Josefina Ludmer dá forma mais contundente ao debate
sobre o fim do que entendemos por literatura. A partir de
textos de Daniel Link, Fabián Casas, Bruno Morales e outros
escritores argentinos atuais, afirma de início:
135
Notas
1
Josefina Ludmer, Literaturas postautónomas, Ciberletras. Revista de Crítica
Literaria y de Cultura, n. 17, Jul. 2007.
2
Ludmer, Literaturas postautónomas, p. 1.
3
Fredric Jameson, Pós-modernismo – A lógica cultural do capitalismo tardio,
São Paulo, Ática, 1996 (Original inglês de 1991).
4
Mario Bellatin (org.), Escritores duplicados/Doublés d’écrivains, Paris, Instituto
de México à Paris, 2003.
5
Mario Bellatin, Disecado, México, Sexto Piso, 2011.
6
Ibidem, p. 21.
7
Ibidem, p. 37.
8
Mario Bellatin, Perros héroes. Tratado sobre el futuro de América Latina visto
a través de un hombre inmóvil y su treinta Pastor Belga Malinois, México,
Alfaguara, 2003.
9
Ibidem, p. 27.
10
Ver Mario Bellatin, Salón de belleza, Lima, Jaime Campodónico Editor, 1994,
e Idem, Perros héroes.
11
Mario Bellatin, El gran vidrio, Barcelona, Anagrama, 2007.
anualmente nas ruínas dos edifícios destruídos da cidade do México, onde vi-
vem centenas de famílias organizadas em brigadas que impedem sua expulsão”.
Mario Bellatin, El gran vidrio.
Ibidem, p. 37.
13
Ibidem, p. 41.
14
Ibidem, p. 11.
15
Ibidem, p. 19.
16
Ibidem, p. 11.
21
Ibidem, p. 47-48.
22
Ibidem, p. 38.
23
Cf. Boris Groys, Politics of Installation, em Going Public, Berlin, New York,
26
2009.
Cf. Susana Scramin, Apresentação, em Agamben, O que é o contemporâneo e
29
outros ensaios.
Ibidem, p. 21.
30
2007.
Mario Bellatin, Flores, Barcelona, Anagrama, 2004, p. 9.
33
Mario Bellatin, Los fantasmas del masajista, Buenos Aires, Eterna Cadencia,
37
2009, p. 13.
Groys, Politics of Installation, p. 60.
38
153