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Curvas Granulométricas.
• Denomina-se distribuição granulométrica de um solo à divisão do
mesmo em diferentes frações, selecionadas pelo tamanho das
diferentes partículas que o compõe.
• Este método é baseado na lei de Stokes, a qual estabelece uma relação entre o
diâmetro das partículas (neste caso consideradas sendo esféricas e com peso
específico γs) e a sua velocidade de sedimentação em um meio líquido de
viscosidade μ e peso específico γw conhecidos.
• Em que:
D = diâmetro equivalente da partícula, isto é, o diâmetro de uma esfera
de mesmo
peso específico e que sedimenta com a mesma velocidade;
γs = peso específico das partículas de solo;
γw= peso específico da água – adota-se 1g/cm³
μ = viscosidade do meio dispersor - tabelado;
z = altura de queda das partículas, correspondentes à leitura do
densímetro;
t = tempo de sedimentação em segundos.
• onde:
• V = volume da suspensão (1000 ml)
• M = Massa total de sólidos (seco)
• Lc = leitura do densímetro corrigida
• γw = massa específica da água
• γs = massa específica do solido
• P#10= porcentagem passante na peneira #10 ou 2mm
• Com os resultados obtidos no ensaio de granulometria
traça-se a curva granulométrica em um diagrama semi-
logarítmico que tem como abcissa os logaritmos das
dimensões das partículas e como ordenadas as
porcentagens, em peso, de material que tem dimensão
média menor que a dimensão considerada
(porcentagem de material que passa).
• Segundo a forma da curva podemos distinguir os
seguintes tipos de granulometria
• uniforme: (curva-A);
• bem graduada (curva-B);
• mal graduada (curva-C).
• Na prática, utilizam-se faixas granulométricas entre as quais deverá se
situar a curva granulométrica do material a utilizar. Tem-se, assim, as faixas
granulométricas para materiais a serem usados como solo estabilizado ou
as faixas granulométricas para materiais filtrantes dos drenos. Quando o
solo estudado não se enquadrar dentro da faixa granulométrica
especificada, deve-se misturá-lo com outro solo, de maneira a obter uma
mistura com granulometria dentro das especificações.
• A análise granulométrica não basta, por si só, para caracterizar um solo sob
todos os aspectos que interessam à técnica rodoviária, devendo ser
completada, na maioria das vezes, por outros ensaios.
Considerações sobre a Curva de Distribuição
Granulométrica
• Sempre que possível a curva do solo deve ser desenhada, e não
simplesmente apresentar os seus valores numéricos pois do formato da
curva podemos inferir o que esta acontecendo com este solo ou o que
pode ocorrer se utilizado, por exemplo um solo constituído por partículas
de um só tamanho será representado por uma linha vertical, já uma curva
bem deitada ou estendida indica maior variedade das partículas (bem
graduado).
• Em que:
• De ou D10 = Também denominado de diâmetro efetivo do solo, sendo o
diâmetro tal que 10% do solo, em massa, tem diâmetros menores que ele.
• D60 tem definição análoga ao D10, sendo o diâmetro tal que 60% do solo,
em massa, tem diâmetros menores que ele.
• O valor numérico do CNU decresce quando a uniformidade aumenta. Um
solo com CNU igual à 1 indica um solo mal graduado no qual todas as
partículas possuem o mesmo diâmetro, valores maiores de CNU indicam
uma variedade no tamanho das partículas, podendo o coeficiente de não
uniformidade atingir valores de 300 ou 400, sem que isso signifique que o
solo seja bem graduado.
• Um solo bem graduado apresenta uma distribuição proporcional no
tamanho das partículas, de forma que os espaços deixados pelas partículas
maiores são preenchidos pelas partículas menores (situação ideal, pois
estes apresentarão, quando compactados, altas resistências mecânicas).
• Os solos com CNU < 3 são considerados muito uniformes, mesmo areias
naturais muito uniformes raramente apresentam CNU < 2.
• existe ainda o Coeficiente de Curvatura Cc, definido pela seguinte
expressão:
100% 0
80% 0,2
% QUE PASSA
% RETIDA
60% 0,4
40% 0,6
20% 0,8
0% 1
-20% 1,2
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
0,005 0,05 0,42 2,0 4,8
ARGILA SILTE AREIA FINA AREIA MÉDIA AREIA PEDREGULHO
GROSSA
SEDIMENTAÇÃO 0,075mm (#200) PENEIRAMENTO
DIÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)
AMOSTRA A AMOSTRA B AMOSTRA C
Exemplo de calculo de granulometria
conjunta
• Inicialmente deve-se saber o γs do solo estudado! Fazer ensaio.
• Primeiramente é definida uma amostra para o peneiramento –
1050g
• Do mesmo montante se retira uma amostra para determinação de
teor de umidade (três determinações com 100g do solo)
Amostra Total Seca Umidade Higroscópica
Amostra Total Umida (g) 1.050,00 Peso Cápsula Nr. 21 (g) 9,74
Água (g) Cápsula e Solo Úmido (g) 29,08
Cápsula e Solo Seco (g) 27,44
Amostra Total Seca (g) 961,23
Solo Seco (g)
Retido nr. 10 Seca (g) 3,18
Água (g)
Passando Nr. 10 Seca (g) Umidade Higroscópica(%)
Amostra Parcial
(Ph) = 120 Amostra seca parcial = 109,82
Peneiras Material Retido % Que Passa % Que Passa Peneiras
Massa retida % Amostra parcial % Acumulada Amostra Parcial Amostra Total (mm)
Nr. 16 1,95 1,2
Nr. 30 5,35 0,6
Nr. 40 3,88 0,42
Nr. 50 8,19 0,3
Nr. 100 28,82 0,15
Nr. 200 20,70 0,074
Amostra Parcial
(Ph) = 120 Amostra seca parcial = 109,82
% REAL Que
Peneiras Material Retido % Que Passa Passa Peneiras
Massa retida % Amostra parcial % Acumulada Amostra Parcial Amostra Total (mm)
Nr. 16 1,95 1,78 1,78 98,22 1,2
Nr. 30 5,35 4,87 6,65 93,35 0,6
Nr. 40 3,88 3,53 10,18 89,82 0,42
Nr. 50 8,19 7,46 17,64 82,36 0,3
Nr. 100 28,82 26,24 43,88 56,12 0,15
Nr. 200 20,70 18,85 62,73 37,27 0,074
Amostra Parcial
(Ph) = 120 Amostra seca parcial = 109,82
Peneiras Material Retido % Que Passa % Que Passa Peneiras
Massa retida % Amostra parcial % Acumulada Amostra Parcial Amostra Total (mm)
Nr. 16 1,95 1,78 1,78 98,22 97,90 1,2
Nr. 30 5,35 4,87 6,65 93,35 93,04 0,6
Nr. 40 3,88 3,53 10,18 89,82 89,52 0,42
Nr. 50 8,19 7,46 17,64 82,36 82,09 0,3
Nr. 100 28,82 26,24 43,88 56,12 55,94 0,15
Nr. 200 20,70 18,85 62,73 37,27 37,15 0,074
SEDIMENTAÇÃO
Amostra seca
Densidade dos Grãos 2,65 Densímetro Nr. 32 parcial = 109,82
Tempo
Tempo Decorrido Leitura Temperatura Correção Leitura Altura de % Que Passa Diâmetros Decorrido
Partículas(mm
(min) Densímetro (Celsius) Corrigida Queda (cm) Amostra Total ) (seg)
0,5 28,0 22 -1,8 15,60 30
1,0 26,1 22 -1,8 16,10 60
2,0 25,2 22 -1,8 16,30 120
4,0 24,5 22 -1,8 16,60 240
8,0 24,3 22 -1,8 16,50 480
15,0 24,3 22 -1,8 16,50 900
30,0 24,0 22 -1,8 16,60 1800
60,0 23,4 22 -1,8 16,70 3600
240,0 22,8 22 -1,9 16,80 14400
1.500,0 21,1 22 -2,1 17,00 90000
• Com 120g da mesma amostra passante da peneira #10 de
solo faz- se o ensaio de sedimentação.
SEDIMENTAÇÃO
Amostra seca
Densidade dos Grãos 2,65 Densímetro Nr. 32 parcial = 109,82
Tempo
Tempo Decorrido Leitura Temperatura Correção Leitura Altura de % Que Passa Diâmetros Decorrido
Partículas(mm
(min) Densímetro (Celsius) Corrigida Queda (cm) Amostra Total ) (seg)
0,5 28,0 22 -1,8 26,2 15,60 30
1,0 26,1 22 -1,8 24,3 16,10 60
2,0 25,2 22 -1,8 23,4 16,30 120
4,0 24,5 22 -1,8 22,7 16,60 240
8,0 24,3 22 -1,8 22,5 16,50 480
15,0 24,3 22 -1,8 22,5 16,50 900
30,0 24,0 22 -1,8 22,2 16,60 1800
60,0 23,4 22 -1,8 21,6 16,70 3600
240,0 22,8 22 -1,9 20,9 16,80 14400
1.500,0 21,1 22 -2,1 19,0 17,00 90000
SEDIMENTAÇÃO
Amostra seca
Densidade dos Grãos 2,65 Densímetro Nr. 32 parcial = 109,82
Tempo
Tempo Decorrido Leitura Temperatura Correção Leitura Altura de % Que Passa Diâmetros Decorrido
Partículas(mm
(min) Densímetro (Celsius) Corrigida Queda (cm) Amostra Total ) (seg)
0,5 28,0 22 -1,8 26,2 15,60 38,19 0,0746 30
1,0 26,1 22 -1,8 24,3 16,10 35,42 0,0536 60
2,0 25,2 22 -1,8 23,4 16,30 34,11 0,0381 120
4,0 24,5 22 -1,8 22,7 16,60 33,09 0,0272 240
8,0 24,3 22 -1,8 22,5 16,50 32,79 0,0192 480
15,0 24,3 22 -1,8 22,5 16,50 32,79 0,0140 900
30,0 24,0 22 -1,8 22,2 16,60 32,36 0,0099 1800
60,0 23,4 22 -1,8 21,6 16,70 31,48 0,0070 3600
240,0 22,8 22 -1,9 20,9 16,80 30,46 0,0035 14400
1.500,0 21,1 22 -2,1 19,0 17,00 27,69 0,0014 90000
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
Solo Puro Solo com 10% de lodo Solo com 30% de lodo
• Obrigada!