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ELASTICIDADES

Baseado na Obra:
Samuelson, P. e Nordhaus, W. (2005). Microeconomia. Lisboa: McGraw-Hill
Vasconcellos, M. A. S. de, Economia: Micro e Macro, 4ª edição, Atlas, SD.

Faquira ANTONIO 1
3.1. Conceito
3.2. Elasticidade-preço da procura
3.3. Elasticidade-preço cruzada da procura
3.4. Elasticidade-renda da procura
3.5. Elasticidade-preço da oferta
3.6. Aplicações

Faquira ANTONIO 2
3. ELASTICIDADES
3.1. Conceito
É a alteração percentual em uma variável, dada
uma variação percentual em outra, ceteris paribus.

Sinónimo de sensibilidade , resposta, reacção de


uma variável, em face de mudanças em outras
variáveis.

Faquira ANTONIO 3
3. ELASTICIDADES
3.1. Conceito

Em microeconomia, temos:
Elasticidade-preço da procura: Variação percentual na
quantidade procurada, dada a variação percentual no
preço do bem, ceteris paribus.
Elasticidade-renda da procura : Variação percentual na
quantidade procurada, dada uma variação percentual na
renda, ceteris paribus.

Faquira ANTONIO 4
3. ELASTICIDADES
3.1. Conceito

Em microeconomia, temos (cont.) :


Elasticidade-preço cruzada da procura : Variação percentual na
quantidade procurada de um bem, dada a variação percentual
no preço de outro bem, ceteris paribus.

Elasticidade-preço da oferta : Variação percentual na quantidade


oferecida, dada uma variação percentual no preço do bem,
ceteris paribus.

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3. ELASTICIDADES
3.2. Elasticidade-preço da procura (Epp ou Epd))
Variação percentual na quantidade procurada, dada uma
variação percentual no preço do bem, ceteris paribus.

Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando


ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço.

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Fórmula de cálculo

Lei Geral da
>0 <0 Procura

A Elasticidade-preço da procura é sempre negativa.


Seu valor é expresso em módulo ( Epd=1,2 que
equivale a Epd = -1,2 ).
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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Classificação da procura
A procura quanto à elasticidade pode ser:
 Procura elástica
 Procura inelástica
 de elasticidade unitária.
1) Procura Elástica: | Epd | > 1 - Ex: | Epd | = 1,5

Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de


10% no preço, a quantidade procurada varia, em sentido
contrário, em 15%, ou seja, 50% a mais, ceteris paribus.
Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação
de seu preço.
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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Classificação da procura
1) Procura Elástica: | Epd | > 1 - ∆P1% → ∆Qd > 1%

P(Mt)
D

P1
∆P1%
P2

Q1 Q2 Q(Unidades)

∆Qd > 1%

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Classificação da procura
2) Procura Inelástica ou rígida: | Epd | < 1 - Ex: | Epd | = 0,4

Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de


preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma
variação na procura desse bem de apenas 4% (em sentido
contrário).

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Classificação da procura

2) Procura Inelástica: | Epd | < 1 - ∆P1% → ∆Qd < 1%

P(Mt)
D
P1

∆P > 1%
P2

Q1 Q2 Q(Unidades)

∆Qd < 1%

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Classificação da procura
3) Procura de elasticidade unitária: :| Epd | = 1 ou Epd = - 1
Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%,
ceteris paribus. P(MT)

1,0 ∆P1% → ∆Qd 1%


∆P = 1%
0,5

1000 2000 Q(Unid.)

∆Qd = 1%
Faquira ANTONIO 12
3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Classificação da procura

Exemplo:
Seja as elasticidades-preço da procura dos bens A e B; EpdA
= -2 e EpdB = -0,8. Neste caso, e supondo que o consumo dos
dois bens é independente, o bem A apresenta uma procura
mais elástica que o bem B, pois um aumento de 10% no preço
de ambos levaria a uma queda de 20% na quantidade
procurada do bem A, e de apenas 8% na do bem B, ceteris
paribus. Os consumidores são mais sensíveis, reagem mais a
variações de preços no bem A do que no bem B.

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3.2. Epp: Factores que a afectam

 Disponibilidade de bens substitutos


 Essencialidade do bem
 Importância relativa do bem no orçamento do consumidor
 Horizonte de tempo

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3.2. Epp: Factores que a afectam

1) Disponibilidade de bens substitutos


+ substitutos + elástica a procura

Pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções


para “fugir” do consumo desse produto, provocando uma queda
em sua procura mais que proporcional à variação do preço.
Assim, quanto mais específico o mercado, maior a elasticidade.
Ex: Elasticidade de Sumo Santal > Refrigerante.

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3.2. Epp: Factores que a afectam

2) Essencialidade do bem

+ essencial + inelástica a procura


Esse tipo de bem não traz muitas opções para o consumidor
“fugir” do aumento de preços.

Ex: Sal, açúcar.

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Factores que a afectam

3) Importância relativa do bem no orçamento do consumidor

+ elástica a procura

A importância relativa, ou peso do bem no orçamento, é dada


pela proporção de quanto o consumidor gasta no bem, em relação
a sua despesa total.
O consumidor é muito afectado, por alterações nos preços,
quanto mais gasta com o produto, dentro de sua cesta de
consumo. Ex. Elasticidade da Carne > Fósforo.
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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Factores que a afectam

4) Horizonte de tempo
Quanto maior o Mais elástica
horizonte de tempo a procura

Dependendo do horizonte de tempo de análise, um intervalo


de tempo maior permite que os consumidores de determinada
mercadoria descubram mais formas de substitui-la, quando seu
preço aumenta.

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Formas de cálculo
Preço do
Bem (Mt)
D
30
P0 = preço inicial = 20,00
20
P1 = preço final = 16,00 16
Q0 = quantidade procurada, 8
ao preço p0 = 30,00
0
Q1 = quantidade procurada, 0 15 30 39 50
Quantidade procurada
ao preço p1 = 39,00
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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Formas de cálculo

=1,5

Para uma queda de 1% no preço, a quantidade procurada


aumenta em 1,5% (em 50%). Procura elástica.

=0,923

Para um aumento de 1% no preço, a quantidade procurada


diminui em 0,923%. Procura inelástica.
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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Formas de cálculo

b) Por derivada

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Formas de cálculo

b) Por derivada

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Formas de cálculo

2) Elasticidade no ponto médio (ou no arco)

ou, aplicando derivada

Faquira ANTONIO 23
3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Formas de cálculo

2) Elasticidade no ponto médio (ou no arco)

Significando que a demanda é elástica nesse trecho da curva


(entre os preços 16,00 e 20,00).

Faquira ANTONIO 24
3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Interpretação geométrica
|Epd|ponto b > 1 (elástica)
Preço do
A elasticidade-preço Bem (Mt) |Epd|ponto a = 1 (unitária)
da procura varia ao |Epd|ponto c < 1 (inelástica)
longo de uma mesma
b
curva de procura. a
c
Quanto maior o preço
do bem, maior a elas-
ticidade.
Quantidade procurada

Faquira ANTONIO 25
3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Interpretação geométrica
Declive e Elasticidade não são a mesma coisa

Faquira ANTONIO 26
3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Interpretação geométrica

Procura perfeitamente elástica Procura perfeitamente rígida

P(Mt) P(Mt)
D

2,0

D
5
1,0

1 2 3 Q (Unid.) 1000 Q (Unid.)

Epp = infinito Epp = 0


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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Interpretação geométrica
Perfectly Elastic and Inelastic Demands

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3. ELASTICIDADES
3.2. Epp: Interpretação geométrica
Inclinação acentuada: Preço
do Sal
As compras variam pouco com (Mt)

o aumento dos preços. D


(Insensível aos preços)
(Inelástica)
Qtd adquirida de sal

Inclinação pequena: Preço


do
As compras variam muito com o CDs D
(Mt)
aumento dos preços.
(Sensível aos preços)
(Elástica)
Faquira ANTONIO Qtd adquirida de CDs 29
3. ELASTICIDADES
𝐱𝐲
3.3. Elasticidade-preço cruzada da procura(𝐄𝐩𝐩 )
∆𝑞𝑥
𝑥𝑦 ∆%𝑄𝑥 𝑞𝑥 𝒙𝒚 𝒑𝒚 ∆𝒒𝒙
𝐸𝑝𝑝 = = ↔ 𝑬𝒑𝒑 = ∙
∆% 𝑝𝑦 ∆𝑝 𝑦 𝒒𝒙 ∆𝒑𝒚
𝑝𝑦

ou, em termos de derivada,


𝒙𝒚 𝒑𝒚 𝒅𝒒𝒙
𝑬𝒑𝒑 = ∙ derivada simples ou
𝒒𝒙 𝒅𝒑𝒚

𝒙𝒚 𝒑𝒚 𝝏𝒒𝒙
𝑬𝒑𝒑 = ∙ (derivada parcial)
𝒒𝒙 𝝏𝒑𝒚

Faquira ANTONIO 30
3. ELASTICIDADES
𝐱𝐲
3.3. Elasticidade-preço cruzada da procura(𝐄𝐩𝐩 )

Se:
𝑥𝑦
𝐸𝑝𝑝 > 0, os bens x e y são substitutos ou concorrentes (o aumento do
preço de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus).
𝑥𝑦
𝐸𝑝𝑝 < 0: os bens x e y são complementares (o aumento do preço de y
diminui a demanda de x, coeteris paribus).

Faquira ANTONIO 31
3. ELASTICIDADES
3.4. Elasticidade-renda da procura(𝑬𝑹𝒑 )

𝑞1 − 𝑞0 ∆𝑞
∆%𝑄 𝑞0 𝑞 𝑹 ∆𝒒
𝐸𝑅𝑝 = = = ↔ 𝑬𝑹𝒑 = ∙
∆%𝑅 𝑅1 − 𝑅0 ∆𝑅 𝒒 ∆𝑹
𝑅0 𝑅

Ou por derivada

𝑹 𝒅𝒒 𝑹 𝝏𝒒
𝑬𝑹𝒑 = ∙ ou 𝑬𝑹𝒑 = ∙
𝒒 𝒅𝑹 𝒒 𝝏𝑹

Faquira ANTONIO 32
3. ELASTICIDADES
3.4. Elasticidade-renda da procura(𝑬𝑹𝒑 )
Se:
𝐸𝑅𝑝 > 1 : bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda,
o consumo varia mais que proporcionalmente. Exemplo: BMW,...
0 < 𝐸𝑅𝑝 ≤ 1: bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta
(dentro de certos limites). Exemplo: arroz, medicamentos receitados,...
𝐸𝑅𝑝 < 0 : bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta.
Exemplo: farinha de mandioca.
𝐸𝑅𝑝 = 0 : bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o
consumo do bem. Ou seja, a variável renda não é importante para explicar
o comportamento da demanda desse bem. Exemplo: sal, açúcar,...

Faquira ANTONIO 33
3. ELASTICIDADES
3.4. Elasticidade-renda da procura(𝑬𝑹𝒑 )
Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da procura de
produtos manufacturados é superior à elasticidade-renda de
produtos básicos, como alimentos.

Mais elevada
a renda

Maior consumo de manufacturados (ex.: carro,


eletrónicos), relativamente aos alimentos.

Faquira ANTONIO 34
3. ELASTICIDADES
3.5. Elasticidade da Oferta (Eps): Definição/fórmula
∆%Q 𝒑 ∆𝒒𝒔
Eps = ↔ 𝐄𝐩𝐬 = 𝒔 ∙
∆%P 𝒒 ∆𝒑

ou, em termos de derivada,

𝒑 𝒅𝒒𝒔 𝒑 𝝏𝒒𝒔
𝑬𝒑𝒔 = ∙ ou 𝑬𝒑𝒔 = ∙
𝒒𝒔 𝒅𝒑 𝒒𝒔 𝝏𝒑

Faquira ANTONIO 35
3. ELASTICIDADES
3.5. Eps: classificação da oferta
A oferta quanto à elasticidade pode ser:
1) Bem de oferta elástica - 𝐄𝐩𝐬 > 𝟏: ∆P1% → ∆Qs > 1%
P(Mt)

Eps =2,5
S
750 ∆P1% → ∆Qs 2,5%
500

1 2 3 Q (Unid.)

Faquira ANTONIO 36
3. ELASTICIDADES
3.5. Eps: classificação da oferta
A oferta quanto à elasticidade pode ser:
2) Bem de oferta inelástica - 𝐄𝐩𝐬 < 𝟏: ∆P1% → ∆Qs < 1%
P(Mt)
S
5 Eps =0,47

𝐒𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚: ∆P1% → ∆Qs 0,47%


2

5 10 15 Q (Unid.)

Faquira ANTONIO 37
3. ELASTICIDADES
3.5. Eps: classificação da oferta
A oferta quanto à elasticidade pode ser:
3) Bem de oferta unitária - 𝐄𝐩𝐬 = 𝟏: ∆P1% → ∆Qs 1%
P(Mt)
S

4,5
Eps =1

1,5 𝐒𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚: ∆P1% → ∆Qs 1%

5 10 15 Q (Unid.)

Faquira ANTONIO 38
3. ELASTICIDADES
3.5. Eps: Factores determinantes da Eps
1) Facilidade com que a produção do sector de actividade
pode ser expandida: se os factores de produção podem ser
facilmente obtidos então a produção pode ser aumentada
em grande escala por um aumento de preço de mercado
(Eps > 1). Se a capacidade de produção é fortemente
limitada, a oferta é rígida (Eps < 1).

2) Período de tempo a considerar: uma dada variação do


preço tende a ter um maior efeito na quantidade oferecida,
à medida que aumenta o tempo da resposta dos produtores.

Faquira ANTONIO 39
3. ELASTICIDADES
3.5. Eps: Interpretação geométrica

Obs.: Corrente estruturalista da Preço


inflação: do
A oferta de produtos agrícolas seria Bem Epo > 1 Epo = 1
inelástica a estímulos de preços, em
virtude da baixa produtividade da
agricultura, provocada pela estrutura
agrária. Não responderia ao aumento Epo < 1
da procura de alimentos, aumentando
assim os custos de produção e
consequente repasse aos preços dos Quantidade do Bem.
produtos.

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3. ELASTICIDADES
3.5. Eps: Interpretação geométrica (casos extremos)
Oferta perfeitamente elástica Oferta perfeitamente rígida

P(Mt) P(Mt)
S
5
S
3

2 2

5 10 15 Q (Unid.) 5 10 15 Q (Unid.)

Eps = infinito Eps =0

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3. ELASTICIDADES
3.5. Eps: Interpretação geométrica - síntese

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3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: Relações entre Epp e Receita
RT = PxQ
O que acontece com a RT, se varia o preço de um bem?
Resposta: Depende da Epp.
1) Se Epp for rígida (inelástica):
P(Mt/unid.) D ↓ P →↑ Qd <↓ P →↓ RT e
A
↑ P →↓ Qd <↑ P →↑ RT
5

B
2
R = PxQ
RA = 5x10 = 50 Mt
5 10 15 Q (Unid.)
RB = 2x15 = 30 Mt
P=3,5 DP=3
Q =12,5 DQ=5
Epp =0,47

Faquira ANTONIO 43
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: Relações entre Epp e Receita
2) Se Epp for elástica: ↓ P → Qd ↑>↓ P →↑ RT e ↑ P → Qd ↓>↑ P →↓ RT
P(Mt)
R = PxQ
D
A RA = 750x1 = 750 Mt
750
B
500 RB = 500x3 = 1500 Mt

1 2 3 Q(Unid.)

P =625 DP =250
Q =2 DQ =2
Epp=2

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3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: Relações entre Epp e Receita

3) Se Epp for unitária - ∆%𝑄𝑑 =∆%𝑃

Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT)


permanece constante.

Faquira ANTONIO 45
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: Relações entre Epp e Receita

Conclusão:
procura É vantajoso aumentar o preço Até onde
inelástica (ou diminuir a produção) Epd = -1

Pois, embora a quantidade caia,


O aumento de preço mais que Ex.: Produtos agrícolas.
compensa a queda na quantidade, (principalmente os essenciais). Se, o
e a RT aumenta. aumento do preço for muito elevado
pode acabar caindo no ramo elástico
da procura e assim, gerando a queda
na receita total
Faquira ANTONIO 46
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: 1ª Problema do declínio da agricultura

D
S
Os progressos da tecnologia agrícola
P(Mt) S`
traduzem-se num aumento
acentuado da oferta.
P1
A procura também aumenta mas de
P2 uma forma muito menos acentuada.

Q1 Q2 Q (Unidades)

Faquira ANTONIO 47
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: 1ª Problema do declínio da agricultura

Os preços dos alimentos num mercado sem restrições tendem a


reduzir, reduzindo as receitas dos agricultores.

Em resposta à queda dos rendimentos, os agricultores pressionam o


Governo para obter auxílio económico.

• Subsídios
• Restrição da produção

Faquira ANTONIO 48
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: 2º Problema - Paradoxo da receita
extraordinária

Imagine um ano favorável para a agricultura. Um Inverno frio matou os


infestantes; a Primavera chegou cedo para a plantação; não houve cheias
devastadoras; a chuva veio na altura certa; e um Outono soalheiro
permitiu que uma colheita recorde chegasse ao mercado. No fim do ano a
família Mazambane reúne-se alegremente para calcular o seu rendimento
anual.
Mas a surpresa foi enorme para os Mazambane:

O bom tempo e a colheita recorde tinham reduzido o


seu rendimento e o dos outros agricultores !!!

Faquira ANTONIO 49
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: 2º Problema - Paradoxo da receita
extraordinária - SOLUÇÃO

A procura de produtos alimentares básicos como o trigo e o milho


tende a ser rígida.
Deste modo, o consumo varia muito pouco com o preço, pelo que os
agricultores, no seu todo, têm uma receita total menor quando a
colheita é boa do que quando a colheita é má.
O aumento da oferta resultante da colheita abundante tende a
diminuir (muito) o preço, mas o menor preço não faz aumentar muito
a quantidade procurada (devido à rigidez da procura).

Faquira ANTONIO 50
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: 2º Problema - Paradoxo da receita
extraordinária - SOLUÇÃO

Agricultural Distress Results


from Expanding Supply and
Price-Inelastic Demand

Faquira ANTONIO 51
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: Problema do declínio da agricultura
e restrição da produção
O que acontece quando o Governo restringe a produção?

Os preços tendem a subir até novo ponto


D
P(Mt) S` de equilíbrio.
S
Quem paga estas medidas para auxiliar a
P2 agricultura?
P1
Os consumidores
Quem paga a medida de dar subsídios aos
agricultores?
Q2 Q1 Q (Unidades)
Todos os contribuintes

Faquira ANTONIO 52
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: Problema do declínio da agricultura
e restrição da produção
Crop-Restriction Program Raise both Price and Farm Income

Faquira ANTONIO 53
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: Impacto de um imposto sobre a
oferta e a procura
Suponha as seguintes funções oferta e procura para a gasolina

Imagine que é introduzido um imposto de


0,2 Mt/l e suponha que a procura é rígida,
P(Mt/l) D
S`
Epp<1.
S
Quem paga este imposto?
0,65 Os consumidores
0,2
0,5 Os produtores
Quem paga a maior percentagem deste
imposto?
7 8 Q(106 litros)
Os consumidores
Faquira ANTONIO 54
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: A Controvérsia do salário mínimo

Suponha as seguintes funções oferta e procura para o emprego

Imagine que é fixado um ordenado


mínimo Wmin muito acima do Wm de
W D
equilíbrio estabelecido pelo mercado.
S
Wmin
Vai haver desemprego.
Wm Se a procura de emprego é rígida, um
aumento do salário mínimo aumentará o
rendimento dos trabalhadores de baixo
L’’m L
salário.
L’m Lm

Faquira ANTONIO 55
3. ELASTICIDADES
3.6. Aplicações: Preços fixados por lei

Suponha as seguintes funções oferta e procura para a gasolina

Imagine que é fixado um preço máximo


P(Mt/l) de 0,5Mt/l e suponha que a procura é
D

S rígida, Epd<1.

Vai haver escassez. A procura é


0,65 obrigada a deslocar-se para a esquerda.
0,5
Podem surgir mercados paralelos
(não legais).
5 7 8 Q(106 litros)

Faquira ANTONIO 56
Aula Prática 3 (AP3)

OBRIGADO

Faquira ANTONIO 57

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