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CIRJ
SESI
SENAI
IEL
CURSO TÉCNICO
DE CERVEJARIA
Volume 5
SENAI-RJ • Alimentos
FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL
CURSO TÉCNICO
DE CERVEJARIA
Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL
CURSO TÉCNICO
DE CERVEJARIA
Rio de Janeiro
2004
Prezado aluno,
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse momento
em diante, estaria participando do maior sistema de educação profissional do país: o SENAI. Há mais
de sessenta anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o desenvolvimento
tecnológico da indústria brasileira e da formação profissional de jovens e adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar com uma
visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio do conteúdo
técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia, proatividade,
capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas de mudanças no
processo do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis flexíveis e polivalentes,
assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o comprometimento com os
resultados.
Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá de você a
atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a necessidade de uma formação
consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos essenciais à auto-aprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação se
organizem de forma flexível e ágil, motivos esses que levaram o SENAI a criar uma estrutura
educacional, com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma
formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade à sua
educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária a seu
desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação dessa
escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Seja bem-vindo!
Diretora de Educação
Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................................. 13
Introdução ........................................................................................................................
19
21
Exercícios ......................................................................................................................... 26
Exercícios ......................................................................................................................... 31
Exercícios ......................................................................................................................... 38
Exercícios ......................................................................................................................... 46
Exercícios ......................................................................................................................... 61
DO TRABALHO ..................................................................................... 65
Introdução ........................................................................................................................ 67
Exercícios ......................................................................................................................... 74
Exercícios ......................................................................................................................... 93
Apresentação
Esse grupo objetiva diagnosticar as mudanças e as tendências do mercado, nos diversos setores
produtivos, considerando os reflexos das transformações tecnológicas e organizacionais sobre o trabalho,
a emergência e o declínio de profissões, além da necessidade de redefinição de perfis profissionais,
tanto atuais quanto futuros. Para cumprir essa finalidade, foi adotada uma metodologia que, em
consonância com as novas tendências internacionais e as recomendações da legislação educacional
vigente no país, possibilitasse a construção de perfis profissionais baseados em competências, bem
como o estabelecimento dos padrões de desempenho requeridos.
A partir do perfil então delineado, com as respectivas qualificações intermediárias e tendo sido
também considerado o elenco das competências profissionais gerais definidas pelo MEC para a área
profissional de Química, a equipe responsável pelo desenho pedagógico concebeu o itinerário formativo
do Curso Técnico de Cervejaria.
Em conformidade com tais princípios, o curso visa propiciar os conhecimentos teóricos e práticos
necessários para a atuação do Técnico de Cervejaria, na área de Química, de acordo com o perfil de
competências definido, bem como desenvolver capacidades fundamentais requeridas pela educação
profissional, tais como iniciativa na resolução de problemas, responsabilidade por resultados; versatilidade
e adaptabilidade frente às mudanças; avaliação das práticas no mundo produtivo; flexibilidade e
participação nos processos de aperfeiçoamento.
SENAI-RJ 13
Curso Técnico de Cervejaria — Apresentação
Com tal perspectiva, foi também concebido este material didático, estruturado em cinco volumes e
com a finalidade primordial de apoiar os alunos em vários momentos e situações de seu processo de
aprendizagem.
Esses volumes foram organizados de forma a apresentar, através de uma linguagem simples e
com ilustrações, os conteúdos relativos às unidades curriculares estabelecidas nos Módulos I e II do
itinerário formativo do curso. Além disso, eles contêm uma variedade de exercícios, acompanhados
das respectivas respostas, para que o aluno possa, gradualmente, avaliar os conhecimentos recém-
adquiridos, identificar os pontos que, porventura, precisam ser ainda revistos ou reforçados e, assim,
consolidar os conceitos trabalhados tanto nas aulas teóricas quanto nas práticas.
Bioquímica
• Volume 4 - Química
Automação industrial
Esperamos, enfim, que este material didático contribua para a sua formação de Técnico de
Cervejaria, capacitando-o para enfrentar os desafios do mundo do trabalho.
14 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Uma palavra inicial
Meio ambiente...
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a relação entre
o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no trabalho.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos sempre
retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que "sobra" de volta ao ambiente
natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir bens, altera-se o equilíbrio
dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos naturais que não são renováveis
ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velocidade da extração, superior à capacidade
da natureza para se recompor. É necessário fazer planos de curto e longo prazo para diminuir os
impactos que o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias precisam se preocupar
com a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde dos seus trabalhadores e da população que
vive ao seu redor.
SENAI-RJ 15
Curso Técnico de Cervejaria — Uma palavra inicial
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a falha básica
de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas através de processos
de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos. Fabricam-se produtos de utilidade
limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir, consumir e dispensar bens
desta forma, obviamente, não é sustentável.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de "lixo") são absorvidos
e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias não tem aproveitamento
para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser fatal. O meio ambiente pode
absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas, da mesma forma que a Terra possui uma
capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua capacidade de receber resíduos também é
restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente não existe.
Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que considerem
a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isto quer dizer que se devem adotar
práticas voltadas para tal preocupação, introduzindo processos que reduzam o uso de matérias-primas
e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem suas próprias características. Mas já sabemos que a conservação de recursos
é importante. Deve haver crescente preocupação com a qualidade, durabilidade, possibilidade de
conserto e vida útil dos produtos.
As empresas precisam não só continuar reduzindo a poluição, como também buscar novas formas
de economizar energia, melhorar os efluentes, reduzir o lixo, o uso de matérias-primas. Reciclar e
conservar energia são atitudes essenciais no mundo contemporâneo.
É difícil ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafios
diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o futuro, nós (o público,
as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais desejáveis e trabalhar
com elas.
A mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de pessoas
bem-informadas a favor de bens e serviços sustentáveis. A tarefa é criar condições que melhorem a
capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de bens e serviços de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana provocados
pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos produtivos alguns riscos
à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho é uma questão que preocupa os
empregadores, empregados e governantes, e as conseqüências acabam afetando a todos.
16 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Uma palavra inicial
A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada um – trabalhador, patrão e
governo – assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, capazes de resguardar a segurança de
todos.
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e, portanto, é
necessário analisá-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o meio ambiente,
sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores, propondo alternativas
que possam levar à melhoria de condições de vida para todos.
Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países, empresas e
indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm desenvolvendo ações que
contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde. Mas, isso ainda não é suficiente...
faz-se preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso recurso que pode e deve ser usado em tal
direção. Assim, iniciamos este material conversando com você sobre o meio ambiente, a saúde e a
segurança no trabalho, lembrando que, no exercício profissional diário, você deve agir de forma
harmoniosa com o ambiente, zelando também pela segurança e saúde de todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: Meio ambiente, saúde e segurança no trabalho –
o que é que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é responsável.
Vamos fazer a nossa parte?
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Gerenciamento do trabalho:
gestão do negócio
Nesta unidade...
Introdução
Mudança e transição
Exercícios
Liderança tridimensional
Exercícios
Estilo gerencial
Exercícios
Exercícios
Administrando pessoas
Motivação e gerenciamento
Exercícios
Referências bibliográficas
1
Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
2004
SENAI–Rio de Janeiro
Diretoria de Educação
Ficha Técnica
SENAI
SENAI––Rio de Janeiro
GEP – Gerência de Educação Profissional
Rua Mariz e Barros, 678 – Tijuca
20270-903 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2587-1116
Fax: (21) 2254-2884
GEP@rj.senai.br
http://www.rj.senai.br
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Introdução
Já podemos ver que a rapidez com que a ágil tecnologia, a competição global e as mudanças
demográficas estão criando novos tipos de organizações que sequer imaginávamos alguns anos atrás.
Em conseqüência, estar aberto a novas idéias, aproveitar e aplicar vivências pessoais, questionar
paradigmas e buscar a eficácia no exercício da liderança são propostas que desafiam a todos nós.
Em consonância com tais desafios, os temas selecionados para abordagem nesta unidade pretendem
examinar as qualidades especiais e necessárias ao gerenciamento de um tipo diferente de organização
– a organização do amanhã –, propiciando aos alunos atingirem os seguintes objetivos:
• Sensibilizar-se quanto às mudanças ocorridas no mercado e a conseqüente demanda de um novo
perfil profissional.
• Conhecer e analisar modelos e estilos gerenciais, buscando perceber elementos que facilitem
uma atuação eficaz.
• Identificar componentes e fatores do cenário organizacional que influem no gerenciamento de
pessoas.
• Desenvolver a postura empreendedora em busca do envolvimento da equipe.
• Considerar o autodesenvolvimento como direito e responsabilidade pessoal.
Uma pesquisa realizada pela Revista Você S.A, de abril de 1998, apresenta dados que interessam,
ainda hoje, a todo executivo preocupado em ter sucesso no mercado globalizado. Encomendada pelo
Centro de Excelência Empresarial do Rio Grande do Sul (instituição mantida por dez grandes empresas
gaúchas), a pesquisa identificou quais qualidades e habilidades são mais importantes para os executivos
deste início de século. Conheça algumas delas!
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
O estudo citado concluiu que as empresas estão procurando hoje executivos pró-ativos, hábeis nas
relações interpessoais, coordenadores de trabalhos em equipe, motivados, negociadores, éticos, íntegros,
dotados de visão estratégica, capazes de liderar, conhecedores de sua empresa, focalizados nos
resultados e com capacidade de decisão. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores ouviram
136 altos executivos de grandes empresas (faturamento mínimo de 140 milhões de dólares) localizadas
nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Desses executivos, 65,4% são
de empresas de controle nacional e 34,6% de empresas de capital estrangeiro.
As atitudes ou valores considerados pelos entrevistados como os mais importantes são, pela ordem:
predisposição à negociação e para correr riscos, criatividade, flexibilidade, motivação, intuição. Eles
também querem contratar pessoas com habilidades para dimensionar o tempo adequadamente,
coordenar trabalhos em equipe, gerenciar inovação, tratar com culturas diversas, antecipar ameaças e
oportunidades.
O mundo se modificou de maneira muito profunda. Esta mudança continua acontecendo à nossa
volta, o tempo todo. A revolução do consumo atingiu imensa velocidade. Forças mais dinâmicas e
competitivas entraram em ação.
Tal desafio exige gerentes eficazes que são, em primeiro lugar, modelos. Segundo Stephen Covey,
esses modelos representam um tipo de liderança baseada em princípios.
Servir de modelo é uma combinação de caráter (quem você é como pessoa) e competência (o que
você pode fazer). Essas duas qualidades representam seu potencial. E quando você realmente faz –
combinando ação e caráter –, consegue estabelecer um modelo.
Cada organização está perfeitamente projetada e alinhada para obter os resultados que busca
atingir. Se quiser resultados diferentes, precisará de mentalidades e habilidades novas para ampliar
seus horizontes. Gerente é elemento fundamental nesse desafio.
Por isso:
• Procure aprender sempre. A leitura de jornais e de revistas especializadas, além de participação
em cursos e seminários, são fundamentais para manter-se atualizado.
• Aperfeiçoe sua capacitação técnica. Falar inglês e conhecer informática são considerados
requisitos básicos na grande maioria das empresas, que também começam a exigir o conhecimento
de espanhol.
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
• Equilibre seus interesses. Não adianta ser um gênio em informática ou em finanças e não interagir
com a equipe ou saber expor suas idéias. É preciso ter uma visão global do mercado e da empresa.
• Desenvolva sua capacidade de liderança. O trabalho do futuro tende a ser feito cada vez mais
em equipe. Para participar em pé de igualdade no mercado ou se destacar na atividade, é necessário
desenvolver a capacidade crítica e argumentativa.
• Aprenda a planejar, a organizar e a executar. Não adianta ter idéias brilhantes, sem capacidade
para colocá-las em prática.
• Dedique-se a atividade diversas. As empresas não estão mais interessadas em workaholics: o
estresse embota a criatividade e a espontaneidade, cada vez mais exigidas.
• Amplie o grupo de amigos com que possa trocar idéias. A convivência com pessoas diferentes
amplia a visão de mundo e, conseqüentemente, ajuda nas soluções para os negócios.
• Vida familiar deve receber muita atenção. O bom relacionamento pessoal faz com que o canal de
afetividade e o envolvimento com as pessoas sejam melhor resolvidos.
H. Zenger, em sua obra “Desperte o líder que há em você”, apresenta algumas sugestões que você
pode aproveitar para desenvolver seu potencial na área de gestão de negócios. Enfrente esse desafio:
• Faça um inventário de suas habilidades. Que habilidades você tem? Quais gostaria de ter? Como
obtê-las?
• Leia revistas publicadas para pessoas de seu setor ou sobre algum assunto que o torne ainda mais
valioso no trabalho.
• Torne-se um bom solucionador de problemas.
• Faça experiências em seu trabalho. Peça permissão, se necessário, para tentar novos modos de
fazer um trabalho. Registre a seqüência dos resultados. Compare. Proponha mudanças.
• Faça boas perguntas. Ouça atentamente. Aprender não é um esporte de espectador, requer
atividade.
• Aprenda o que não está diretamente relacionado ao seu negócio. Perseguir uma variedade de
interesses ajuda a expandir o seu julgamento. Muitas vezes você pode fazer conexões entre
coisas aparentemente desconexas, que acabam por mudar seu ponto de vista. Essa é realmente a
base da criatividade.
• Ofereça-se para projetos que lhe permitam aprender novas habilidades.
• Incremente o seu próprio plano de desenvolvimento a cada ano. Estabeleça metas anuais.
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Mudança e transição
Todos nós sabemos que as mudanças são mais freqüentes hoje do que no passado, entretanto,
pouco falamos de transição.
Mudanças são eventos e situações; transições são experiências. É o processo interno que
atravessamos em resposta às mudanças. A desvinculação com uma organização, por exemplo, é uma
mudança. E, como em todas as mudanças de longo alcance, provocará uma série de mudanças
secundárias. E cada uma dessas mudanças colocará as pessoas que ela afeta em transição.
Segundo William Bridges, enquanto a mudança tem duas etapas – uma “maneira antiga” e uma
“maneira nova” –, a transição tem três fases que se sobrepõem:
1. Um término, durante o qual a pessoa se desvincula da identidade antiga e rompe com a “maneira
como as coisas eram”. Em geral, isso implica um período de tristeza ou pesar por deixarmos
algo que tivemos um dia.
2. Uma zona neutra, quando a pessoa se encontra entre duas maneiras de fazer e ser, tendo
perdido a antiga, mas ainda não tendo encontrado um modo de conviver com a nova. Esta fase
é certamente o pior estágio. Parece que o rumo sumiu: sentimo-nos perdidos e atrapalhados.
Em algumas sociedades, as pessoas passavam esse período em lugares desertos, buscando seu
“eixo”. O imediatismo dos dias de hoje muitas vezes não nos permite vivenciar a ansiedade e
confusão inerentes a esse momento.
3. Um reinício, após o qual a pessoa sente-se novamente à vontade e produtiva “da maneira
como as coisas são”, com a nova identidade baseada nas novas condições.
Podemos dizer que estamos mais preparados para as mudanças do que para as transições que
serão causadas. Presumimos que, se as pessoas compreenderem o resultado da mudança e aceitarem
sua necessidade, elas “se adaptarão” à mudança. Entretanto, não funciona bem assim. Cada etapa
corresponde a uma série de sentimentos, como: negação, raiva, conflito, imobilismo e outros que
devem ser enfrentados e trabalhados, pois, na verdade, fazem parte do processo de reinício. Quando
achamos difícil o reinício, geralmente é por que não realizamos de fato o término das etapas anteriores.
Por isso, é muito importante encarar de frente os aspectos que nos incomodam, compartilhar com
outras pessoas, procurar não sufocar ou “queimar etapas”, para chegar a um reinício verdadeiro.
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Existem estratégias que facilitam as pessoas encarar a mudança como um desafio positivo. Enfrente
esse desafio:
• Lembre-se das três fases da transição, respeitando suas etapas.
• Lembre-se de que este período também vai passar. Nada é permanente.
• Questione-se: o que posso mudar em mim mesmo? Quando ocorre uma mudança estressante,
costumamos responsabilizar as circunstâncias externas. Esquecemos de como é importante nossa
reação, nossa maneira de interpretar o fato.
• Transforme o problema em algo positivo. Inúmeros exemplos mostram pessoas que conseguiram
transformar algo potencialmente desastroso em uma oportunidade de sucesso.
• Transforme o medo em energia. Todo mundo sente ansiedade quando enfrenta uma mudança. No
entanto, algumas pessoas conseguem pensar no medo como uma energia e estímulo, usando-o
como um combustível para fazer o que desejam.
• Analise a situação. É muito importante determinar o rumo que se deseja seguir. É possível e
realista? Quais os prós e os contras? Que outros aspectos secundários tal opção envolve?
• Pense com clareza e procure agir com calma. Quando está ocorrendo uma mudança deve-se
tentar reagir positivamente em vez de apenas reagir. Fazer uma pausa e perguntar a si mesmo:
“O que posso fazer para ter o máximo de resultado?” Se possível, visualizar os passos da ação. Só
depois, então, agir.
• Aproveite a oportunidade. A mudança traz consigo oportunidades incríveis, se formos capazes de
identificá-las e estivermos dispostos a aproveitar a chance.
“As pessoas que progridem neste mundo são as que levantam e procuram
as circunstâncias que querem e, se não conseguem encontrá-las,
fabricam-nas.”
George Bernard Shaw
SENAI-RJ 25
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Exercícios
Você se conhece?
Leia a lista de adjetivos abaixo e marque sua primeira reação quanto à sua posição na escala que
gradua as duas posições opostas. Trace, logo a seguir, uma linha entre o primeiro e o segundo pontos
assinalados, e assim por diante, item por item, para definir o seu perfil. Verifique, principalmente, sua
posição em relação às características que mais influem num processo de mudança.
1 2 3 4 5 6
1. frio caloroso
2. submisso autoritário
3. impulsivo controlado
4. teimoso cordato
5. antipático simpático
6. sisudo espirituoso
7. hostil amistoso
8. antagônico cooperador
9. volúvel persistente
10. instável estável
11. desconfiado confiante
12. tímido desembaraçado
13. nervoso calmo
14. inseguro seguro
15. apático dinâmico
16. impaciente paciente
17. indiferente atencioso
18. franco reservado
19. sonhador prático
20. irresponsável responsável
21. prolixo parcimonioso
22. sugestionável convincente
23. indeciso resoluto
24. conformista contestador
25. exibicionista recatado
26 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Liderança tridimensional
A estrutura tridimensional
Liderança
Capacidade de
Profissional Mentalidade e
liderança plenamente
recursos necessários
desenvolvida para
para identificar e abordar
conduzir a organização
desafios profissionais
ao futuro, de modo
globais
confiável
Habilidades de
eficácia pessoal
necessárias para atingir
a excelência, o
equilíbrio e a contínua
renovação Pessoal
SENAI-RJ 27
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Desafios profissionais
• Liderar em um mercado globalizado.
• Gerenciar uma organização voltada para o mercado e para o cliente.
• Gerenciar através da qualidade total.
• Gerenciar uma organização inovadora, criativa e reativa.
• Privilegiar o aprendizado.
• Valorizar a diversidade e tirar proveito dela.
• Pensar estrategicamente.
Liderança
• Desenvolver e personificar um forte visão pessoal de liderança.
• Ser visionário, envolver e dar autonomia (empowerment/envolvimento).
• Estimular e alavancar a diversidade.
• Valorizar a autenticidade, a integridade e a ética.
• Desenvolver a coragem e a vontade de agir.
Eficácia pessoal
• Possuir visão, objetivos, valores, talentos, metas e prioridades pessoais.
• Integrar as prioridades pessoais e profissionais.
• Desenvolver autoliderança e autonomia.
• Compreender e apreciar a natureza, a ciência, a arte e os aspectos humanos.
• Valorizar o bem-estar físico e emocional.
• Desenvolver mentalidade de aprendizado contínuo e responsabilidade pessoal pelo crescimento.
28 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
A estrutura tridimensional reconhece que a nossa força deriva da força das pessoas, que grande
parte das pessoas usa apenas uma fração de seu potencial para liderar e que os desafios enfrentados
por nossas organizações requerem o pleno desenvolvimento e a manifestação de uma gama de recursos
para a liderança.
Exemplos:
• Um dos pontos fortes de Maria era construir relacionamentos, mas ela era constantemente relegada
quando surgia a oportunidade de ocupar um cargo de diretoria. Suas maiores qualidades –
afabilidade, empatia, ser boa ouvinte – não eram equilibradas com a capacidade de ser direta e
decidida.
• José era extremamente inteligente, tinha sempre uma resposta na ponta da língua e solução para
tudo. Mas seus comentários costumavam ser um pouco agressivos e sua carreira entrou num
impasse quando ele embaraçou seu chefe numa reunião, na presença do chefe dele.
SENAI-RJ 29
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
7. Indiferença ao cliente
Estratégia: desenvolva uma atitude de “dá para fazer”. Reconheça que todos com quem você
interage são seus clientes, desenvolva autoconfiança, entregue o que prometer (e mais um
pouco), ofereça soluções.
8. Trabalho em isolamento
Estratégia: construa uma boa rede de relacionamentos. Memorize os nomes das pessoas, apresente
amigos, preste atenção nos talentos das pessoas, seja ativo em algum grupo, faça algum esporte
coletivo.
30 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Exercícios
Para os itens abaixo, marque com que freqüência você se comporta conforme o texto, utilizando os
números abaixo:
4. Freqüentemente
3. Algumas vezes
2. Raramente
1. Nunca
SENAI-RJ 31
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
( ) Você recorre aos valores pessoais, ideais e aspirações quando descreve a direção
estratégica da empresa.
( ) Você recompensa e reconhece publicamente aqueles que contribuem para o sucesso da
empresa.
( ) Você procura aprender o máximo possível sobre o problema antes de desistir ou de se
desesperar.
( ) Você procura desenvolver planos de longo prazo, transmitindo-os para todos os que
trabalham na sua unidade.
( ) Você nunca deixa uma tarefa que considera importante para amanhã.
( ) Você estimula a equipe a superar os seus limites.
( ) Você envolve pessoas de todos os níveis na realização de importantes mudanças e decisões.
( ) Você está atento às necessidades de longo e de curto prazo da equipe e da empresa.
( ) Você cria mecanismos na empresa que estimulam o crescimento da equipe.
( ) Você acredita sempre, mesmo quando os outros desistem.
( ) Você procura montar um grupo cujos integrantes têm estilos, habilidades e pontos fortes
diversificados.
( ) Você tem uma palavra de estímulo quando os resultados não são satisfatórios.
( ) Você escuta a opinião da equipe, sempre estimulando os colaboradores a pensar, participar
e assumir novos desafios.
( ) Você estimula as chefias a valorizar os sentimentos de seus colaboradores.
( ) Você dá feedback preciso e honesto.
( ) Você procura colocar cada pessoa na função certa para ela.
( ) Você sabe envolver todos os colaboradores com os problemas, projetos e ações da empresa.
( ) Você é cooperativo, leal, ético e sempre cumpre o que promete.
( ) Você dá retorno às reivindicações, solicitações, idéias e propostas.
( ) Você tem humildade para aceitar os seus pontos fracos. Também aceita as críticas como
uma forma de transformar os erros em aprendizagem.
( ) Você é ambicioso e quer sempre mais, tanto em relação às metas profissionais quanto à
qualidade de vida.
( ) Você procura criar um ambiente de trabalho agradável na empresa.
Resultado:
Após preencher todos os itens, some o total de notas e divida por 38. Uma pontuação entre 3 e 4
indica que você tem futuro como líder. Um resultado abaixo de 3 sugere que talvez você precise se
matricular com urgência em algum curso de formação de liderança.
Fonte: Revista Você S.A – abril 1998.
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Estilo gerencial
Sistemas administrativos
Autoritário coercivo
É um sistema administrativo autocrático e forte, centralizador, coercivo e arbitrário, e que controla
rigidamente tudo o que ocorre dentro da organização. É o sistema mais duro e fechado.
Autoritário benevolente
É um sistema administrativo autoritário, porém menos duro e menos fechado do que o coercivo. Na
verdade, é uma variação do sistema autoritário coercivo, mais condescendente e menos rígido.
Consultivo
É um sistema que balança mais para o lado participativo do que para o lado autocrático e impositivo.
Representa um gradativo abrandamento da arbitrariedade organizacional.
Participativo
É um sistema administrativo francamente democrático e participativo. É o mais aberto de todos os
sistemas.
Variáveis organizacionais
Processo decisório
Define como são tomadas as decisões e quem as toma. Se as decisões são centralizadas ou
descentralizadas, concentradas no topo da hierarquia ou dispersas pela periferia da organização.
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Sistema de comunicações
Define como as informações são transmitidas e recebidas dentro da organização. Se o fluxo das
informações é vertical e descendente, se é vertical e com dupla mão de direção, e se é, também,
horizontal.
Relacionamento interpessoal
Define como as pessoas relacionam-se entre si na organização e qual é o grau de liberdade nesse
relacionamento humano. Se as pessoas trabalham individualmente ou em equipes de trabalho através
de intensa interação humana.
34 SENAI-RJ
VARIÁVEIS AUTORITÁRIO AUTORITÁRIO CONSULTIVO P ARTICIP
PARTICIP
ARTICIPAATIV
TIVOO
COMP ARA
COMPARA TIV
ARATIV AS
TIVAS COERCIVO BENEVOLENTE
Bastante precário. Somente Relativamente precário, O fluxo de comunicações As comunicações são vitais
Sistema de comunicações verticais, prevalecendo as verticais (ascendentes/ para o sucesso da empresa.
Comunicações descendentes, carregando comunicações verticais descendentes) e horizontais A informação é totalmente
ordens. descendentes sobre as é facilitado. compartilhada.
ascendentes.
Contatos entre pessoas São toleradas com alguma Relativa confiança é O trabalho é realizado em
Relacionamento provocam desconfiança. condescendência. A depositada nas pessoas. A equipes. Formação de grupos
Interpessoal A organização informal é organização é incipiente e empresa incentiva uma informais torna-se
vedada e considerada considerada como uma organização informal eficaz. importante. Confiança
prejudicial. Cargos e tarefas ameaça à empresa. Trabalho de equipe ou em mútua, participação e
confinam as pessoas. grupos esporádicos. envolvimento grupal intensos.
Ênfase nas punições e nas Ênfase nas punições e Ênfase nas recompensas Ênfase nas recompensas
Sistema de materiais (principalmente sociais. Recompensas
medidas disciplinares. medidas disciplinares, mas
Recompensa salários). Recompensas materiais e salariais
Obediência estrita aos com menor arbitrariedade.
regulamentos internos. Recompensas salariais mais sociais ocasionais. Raras freqüentes. Punições são
Raras recompensas (de freqüentes. Recompensas punições ou castigos. raras e, quando ocorrem, são
cunho meramente salarial). sociais raras. definidas pelos grupos.
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SENAI-RJ 35
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O intrapreneur
Nos últimos anos, um fenômeno passou a ser focalizado com enorme impacto. O espírito
empreendedor que leva certas pessoas com enorme força de vontade, perseverança, desejo de assumir
riscos e coragem de arriscar, a serem capazes de tirar a organização da estagnação e monotonia e
ajudar a levá-la à inovação. A esse novo personagem convencionou-se dar o nome de intrapreneur.
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EXECUTIVO EXECUTIVO
CONSERVADOR INTRAPRENEUR
MOTIVAÇÃO Motivado pelo poder. Visa Orientado por metas. Quer liberdade
promoções e recompensas e autonomia. Autoconfiante e
tradicionais. automotivado.
TEMPO Trabalha no curto prazo, com base Horizonte mais amplo. Trabalho
em planejamento anual. Atende com metas de longo prazo, de três e
cotas e orçamentos semanais e quinze anos.
mensais.
DECISÃO Concorda com aqueles que têm Segue a sua visão pessoal, tentando
poder. Adia decisões até ter fazer os demais concordarem com
percepção do que os chefes ela. Decidido, orientado para a
querem. ação.
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Exercícios
1. Como você situa sua empresa e você em relação aos sistemas administrativos?
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2. Os resultados alcançados em sua área de atuação indicam que o sistema adotado por você é o
mais adequado?
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4. Pesquisa
Ordene cada conjunto de alternativas, atribuindo peso 4 para aquela que mais caracteriza o seu
comportamento. Escolha, em seguida, as características que deverão receber pesos 3, 2 e finalmente
1, para aquela que menos o caracteriza. Todas as alternativas devem receber pesos.
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SENAI-RJ 41
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Registre no Quadro 1 os valores (pesos) atribuídos por você nesta Pesquisa sobre estilos gerenciais,
segundo a ordenação indicada no Quadro 2.
Exemplo: Questão 1. Colocar na 1ª coluna do Quadro 1 o valor atribuído por você à letra C. Na 2ª
coluna, o valor atribuído à letra A. Na 3ª coluna, o valor da letra B e na 4ª coluna, o valor da letra D.
Após o registro em todas as colunas, somar os valores verticalmente.A soma que apresentar maior
valor numérico representará a maior tendência em seu estilo gerencial, relativamente a este exercício.
QUADRO 1 QUADRO 2
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P – Produtor: apresenta ação efetiva, resultados de curto prazo, produção em escala, missões
críticas e implantação de novos projetos. Interesse: tarefas e resultados.
Da mesma maneira como ocorre na sociedade, cada organização social tem a sua cultura própria
e característica, ou seja, cada empresa tem a sua própria cultura organizacional. Cada empresa é um
sistema social e complexo, com características próprias e peculiares com sua própria cultura
organizacional.
SENAI-RJ 43
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Devido ao seu clima organizacional, algumas empresas são quentes e dinâmicas. Outras são frias
e impessoais. Outras, ainda, são neutras e apáticas.
As variáveis dependentes constituem o clima organizacional da empresa. Como você pode perceber,
as variáveis de entrada influenciam as variáveis dependentes, e estas conduzem a resultados. Portanto,
quanto mais as variáveis de entrada produzirem influência positiva nas variáveis dependentes, maior
será a eficiência e a eficácia no trabalho. Logo, quanto maior a influência positiva, melhor o clima
organizacional e mais elevadas a eficiência e a eficácia resultantes.
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do gerente (como condições de participação das pessoas, significado dado ao trabalho, estilo de
liderança, escolha, preparo e avaliação da equipe). E é nesse ponto que o gerente pode atuar ativamente.
É importante salientar que o gerente pode não ter muitas condições pessoais de intervir e de modificar
a cultura organizacional da sua empresa. Porém, quase sempre ele tem plenas condições de alterar e
melhorar o clima organizacional do seu departamento ou da sua equipe de trabalho, seja intervindo nos
elementos que o compõem, seja atuando nas variáveis de entrada que influenciam as variáveis
dependentes que produzem resultados na organização.
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Exercícios
1. De acordo com o quadro acima, como você caracteriza o clima organizacional de sua empresa
e de seu setor?
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2. Dentro de sua área de trabalho, que ações você pode desenvolver para melhorar o clima
organizacional?
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Administrando pessoas
Na década de 1960, a melhor maneira de caracterizar essa dicotomia foi a abordagem utilizada por
Mc Gregor conhecida como a Teoria X e a Teoria Y. A primeira foi denominada de concepção
tradicional; a segunda, chamada de moderna.
PRESSUPOSIÇÕES PRESSUPOSIÇÕES
DA TEORIA X DA TEORIA Y
O líder que se baseia na Teoria X adota um estilo de administração duro, rígido e autocrítico e que
se limita a fazer com que as pessoas trabalhem dentro de esquemas e padrões previamente planejados,
tendo em vista, exclusivamente, os objetivos da empresa, e não os das pessoas também. Assim, a
administração é um processo de dirigir e concentrar os esforços das pessoas, incentivá-las, controlar
as suas ações e modificar seus comportamentos para atender às necessidades e objetivos da empresa.
Sem essa intervenção por parte da administração, a expectativa é que as pessoas sejam totalmente
passivas e amorfas.
No outro extremo, está a Teoria Y, ou estilo moderno, que se baseia nas seguintes concepções a
respeito da natureza do ser humano:
• As pessoas não têm desprazer inerente em trabalhar. Ao contrário, o trabalho pode ser fonte de
satisfação e de recompensas, quando voluntariamente desempenhado, ou pode ser fonte de punição,
quando imposto e forçado.
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Teoria X
Teoria < > Teoria Y
Teoria
O grande desafio para o gerente é passar gradativamente do estilo X para o estilo Y ao longo do
tempo. Há que se adaptar o comportamento das pessoas, de forma gradual e paulatina, às aproximações
sucessivas, para se chegar, finalmente, ao estilo Y. Isto não se faz de imediato, mas através de uma
lenta e gradativa mudança executada de maneira segura e firme, na direção certa. Trata-se não
apenas de uma mudança de estilo gerencial, mas, sobretudo, de uma nova filosofia e de uma diferente
mentalidade. Mudar coisas é relativamente fácil. O difícil é mudar a cabeça das pessoas. Não só
daquelas que detêm o poder sobre as outras, como também daquelas que estão habituadas e
condicionadas a seguir cegamente as ordens recebidas.
Você sabe que lidar com pessoas é uma atividade altamente complexa. Mas é gratificante para
quem sabe fazê-lo de forma a valorizar o trabalho do ser humano.
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4. Dê às pessoas toda a informação, a força e o poder que elas precisam para fazer diferença
competitiva
Torne-as responsáveis pela qualidade do produto/serviço.
6. Faça com que as pessoas da equipe entrem em contato com seus clientes – internos e
externos
Utilize a retroação direta do cliente para a melhoria contínua.
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O segredo de fazer outras pessoas se sentirem bem é ser claro e sincero. Ninguém se alimenta de
coisas sem valor por muito tempo sem se sentir manipulado. Por outro lado, todos gostam de um
reconhecimento sincero e amável. Então:
• fique atento ao que outras pessoas estão fazendo que seja útil ao grupo ou à empresa;
• reconheça quando as pessoas fazem “pequenas” coisas que você sabe serem difíceis para
elas – falar numa reunião, por exemplo, ou enfrentar um colega de trabalho; e
• explique por que algo é importante. Não diga apenas: “Eu quero sua opinião sobre esta nova
forma de trabalho”. Diga: “Porque será muito mais fácil para respondermos às necessidades
dos clientes”.
3. Consolidando relacionamentos
Criticar outras pessoas ou grupos pelas costas não é apenas indelicado, é improdutivo. A época
em que as pessoas trabalhavam quase o tempo todo em seus próprios departamentos está aos
poucos desaparecendo. Hoje, necessitamos da cooperação de todos.
Pessoas bem-sucedidas são gentis o bastante para não criticar os outros pelas costas.
4. Apoiando a organização
Isso pode ser complicado. As pessoas que lideram organizações cometem erros. Apoiar tudo
cegamente não é sensato nem necessário. Mas ainda pior é a pessoa que é negativa sobre tudo o
que a organização faz.
A organização tem o direito de esperar que você dê a ela o benefício da dúvida. Se você não sabe
por que algo aconteceu, presuma que foi por razões boas e lógicas. Acredite no melhor, até que se
prove o contrário.
Muitas organizações estão tentando prosperar. Elas se envolvem em programas de controle de
qualidade total, reestruturação ou aperfeiçoamento de processo de trabalho. Essas são geralmente
tentativas sinceras de ajudar a organização a melhorar. Sempre há pessimistas relembrando que
há 25 anos a organização tentou um programa que falhou e que saem predizendo que essa nova
iniciativa está destinada a falhar também. A previsão sombria dessas pessoas freqüentemente
aplica-se a elas mesmas. As mudanças bem-sucedidas nunca são executadas por elas. Sempre
são produtos de pessoas positivas.
Pessoas bem-sucedidas gastam tempo e energia para aprender a respeito dessas iniciativas.
Esforçam-se para entender o que elas mesmas e seus colaboradores devem esperar. Compartilham
o que aprenderam e concentram-se nos resultados positivos.
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Se não podem apoiar, saem do caminho daqueles que podem. Procuram maneiras de se envolver
mais, com o passar do tempo.
Analise, agora, algumas atitudes positivas que você pode exercitar com sua equipe:
• observe seus colaboradores e identifique a contribuição de cada um para a produtividade do
grupo. Diga a cada pessoa especificamente o que você observou. Explique a importância do que
ela fez. Sorria, olhe a pessoa nos olhos e agradeça;
• se está envolvido num projeto em equipe, não espere até o final para reconhecer os esforços do
grupo. Faça-o saber agora quão importantes são as contribuições que faz; e
• se seu grupo está debatendo-se com uma iniciativa como a melhoria de qualidade, identifique um
resultado positivo, como, por exemplo, menos necessidade de refazer uma tarefa. Se possível,
quantifique-o. (“Economizamos uma hora por dia que freqüentemente desperdiçávamos fazendo
a máquina funcionar corretamente.”) Compartilhe sua opinião com outras pessoas.
Fique atento, também, às seguintes indicações para se ter sucesso no desafio de administrar pessoas.
• Tenha cuidado com o “sim, mas”. Muitas vezes, inconscientemente, acrescentamos críticas
aos elogios. Por exemplo: “Você faz essa tarefa muito bem. É pena que seja tão dispersivo”.
• Evite elogios irônicos. Se pretende enaltecer o comportamento de alguém, assegure-se de que
está sendo sincero. Não faça “cumprimentos” como: “Sabe, para um contador, você escreve
bem”.
• “Eles” não o obrigaram a fazer isso. Se lhe pedem para explicar um programa ou política
organizacional para outras pessoas, não diga coisa como: “A administração acha que é uma boa
idéia...” ou “Elas querem que nós...”, que fazem você parecer sem autoridade. Em vez disso,
domine a situação. Tente dizer: “Faz sentido...” ou “Se fizermos isso, seremos capaz de...”.
• Proponha. A seguir, cale-se. Se você tem fortes objeções a uma medida, faça-os saberem.
Assim que for ouvido – e entendido –, ou siga adiante com eles ou fique quieto. Você não vai
querer ser a batata podre que estraga todas que estão junto dela.
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Planejamento e otimização de
recursos
William Conway, um dos primeiros líderes do movimento de qualidade total, escreveu que “o nível
de desperdício na indústria americana oscila entre 20% a 50% das vendas líquidas, uma média de
cerca de 35%”.
A saúde financeira de toda organização depende, em parte, de como as pessoas que ali trabalham
utilizam seus recursos.
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• As pessoas ocupam seu tempo em projetos ou atividades sem importância, como o soldado a
quem se ordena cavar um buraco e enchê-lo a seguir. Algumas das coisas com que se ocupam
não faz nenhuma diferença. Imprimir um relatório que será jogado fora é um bom exemplo.
• As pessoas trabalham num projeto menor, enquanto algo realmente importante está sendo ignorado.
A equipe de manutenção está mudando de lugar móveis do restaurante, quando deveria estar
consertando uma máquina quebrada no andar da produção.
• As pessoas trabalham de modo improdutivo em atividades importantes. Elas estão presas em
reuniões sem foco definido, com pessoas que não precisavam estar envolvidas.
• As pessoas absolutamente não trabalham. Qualquer um que esteja lendo uma revista por prazer
ou divertindo-se num jogo de computador nas horas de trabalho está sendo esbanjador.
• As pessoas repetem uma tarefa por ela não ter sido feita apropriadamente da primeira vez.
Qualquer coisa feita pela segunda vez devido a um erro, ou a uma omissão, é um desperdício.
Estima-se que um quarto dos trabalhadores nada produzem, apenas consertam os erros de outros.
• As pessoas demoram mais na execução de uma tarefa porque perdem tempo procurando o papel
ou a ferramenta correta. Se as coisas estão tão desorganizadas que se gasta tempo extra tentando
encontrar papéis, procurando arquivos ou revolvendo a caixa de ferramentas, esse é um exemplo
clássico de desperdício.
• As pessoas trabalham nos projetos errados porque alguém esqueceu de dizer a elas que as
especificações foram alteradas.
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• Negocie. Se os seus clientes pedem que você envie por fax um documento extenso, pergunte a
eles o que especificamente precisam. Uma parte do documento seria suficiente? Não pode ser
por e-mail?
• Se pedem uma entrega para amanhã, descubra se pode ser no final do dia. Algumas vezes as
pessoas pedem coisas antes do momento necessário, porque não sabem se você as entregará no
prazo prometido. Descubra para quando necessitam realmente da entrega.
Profissionais bem-sucedidos discutem o que é realmente importante, para ter uma noção geral dos
fatos e de como se ajustar a eles. Sondam para descobrir em que direção a organização caminha.
Acompanham o curso das tendências que afetarão o seu futuro relativamente aos clientes, à competição,
à economia e à nova tecnologia emergente. Descobrem o que as pessoas pensam sobre a organização,
especialmente cliente e fornecedores.
Essa nova organização requer uma cultura de cooperação, não de competição. A norma é busca a
eficácia através da eficiência.
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Motivação e gerenciamento
absenteísmo
Existe uma crise de motivação na maioria das organizações,
Prática habitual de
e os sintomas são evidentes: baixa produtividade, problemas de abandonar o cumprimento
de deveres e funções de
qualidade, atendimento ineficaz ao cliente, altos índices de um determinado posto ou
absenteísmo, queda do moral, etc. cargo.
Os seres humanos são criaturas com infinitas possibilidades, mas a maioria usa menos de 30% de
suas habilidades. Entretanto, habilidade não significa coisa alguma, se não for usada. Quando multiplicada
pela motivação, a habilidade ganha vida.
É por isso que, em tempos de urgência ou crise, os seres humanos comuns são capazes de, seja lá
como for, mobilizar suas capacidades latentes para alcançar efeitos notáveis.
Poder da automotivação
Existem dois tipos de motivação: a automotivação e a motivação externa. Raras vezes uma existe
sem a outra. A motivação envolve a interação das pessoas e seu ambiente, e quase sempre resulta de
uma combinação de fatores internos e externos. Na verdade, quando falamos de motivação, estamos
falando de liberação de energia. A motivação depende de emoções que liberem a energia armazenada
no corpo humano. Pensamentos positivos sobre uma situação precipitarão emoções positivas, e
pensamentos negativos, emoções negativas.
Há dois tipos de emoções positivas. O primeiro faz as pessoas sentirem-se bem, sem,
necessariamente, estimulá-las. A felicidade e a alegria são exemplos dessas emoções relaxantes.
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Ciclo motivador
Pensamentos
positivos
Emoções positivas/energizantes
O segundo tipo, além de positivo é energizante. As emoções positivas/energizantes incluem interesse,
mobilização e desejo. Fazem com que as pessoas queiram fazer coisas, ser ativas, produtivas e criativas.
Essas emoções são a chave para a motivação humana.
Já as emoções negativas geram um ciclo desmotivador, como você poderá analisar no desenho a
seguir.
Ciclo desmotivador
Pensamentos
negativos
Energia
dissipada
Embora as emoções negativas (como medo e raiva) possam mobilizar, por algum tempo, a força
motivadora, todas as emoções negativas são definitivamente desenergizantes. Uma vez apaziguada a
raiva ou evitado o objeto de medo, as pessoas tendem a sentir-se emocionalmente desgastadas.
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Cabe ao gerente criar clima e oportunidades para propiciar o aproveitamento dessa imensa energia.
São eles:
Desejo de atividade
Reflete a orientação humana inata em direção à estimulação: ser ativo, ser engajado e aproveitar a
vida. Todos nós abominamos o tédio e a monotonia. A mente e o corpo humano não foram criados
para a passividade, a letargia e a vida sedentária. Quando o trabalho não consegue fornecer estímulo
suficiente, vamos procurá-lo em outro lugar. Por isso, esportes e jogos são tão populares.
Desejo de propriedade
Temos uma paixão inata por adquirir, colecionar. Certamente, a propriedade não se limita a bens
materiais. A propriedade psicológica pode ser até mais importante do que a material.
Quantos funcionários não se orgulham de seu local de trabalho, do que fazem e de sua organização?
Querem também sentir-se responsáveis por suas tarefas e por seu próprio processo de trabalho.
Desejo de poder
Existe um grande número de controles externos, tanto dentro quanto fora do trabalho, que roubam
do funcionário o sentimento de poder pessoal. As pessoas querem fazer escolhas, querem controlar
seus próprios destinos. Organizações esclarecidas do mundo inteiro estão hoje buscando criar um
ambiente de envolvimento e autonomia de seus funcionários.
Desejo de afiliação
Somos criaturas sociais. Temos um desejo profundo de interagir e socializarmo-nos com outras
pessoas. Esse sentimento de identidade é uma das principais razões para o crescimento explosivo do
conceito de equipe, que está, sem dúvida, revolucionando os locais de trabalho.
Desejo de competência
A competência pode ser o mais fundamental desejo humano, porque a sobrevivência depende dela.
Ela é essencial à auto-estima. Pode-se dizer que a auto-estima é uma percepção da própria competência.
Todas as pessoas recebem com satisfação a oportunidade de sentirem-se competentes. Ela exige
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aprendizado e os seres humanos são aprendizes natos. O ambiente de trabalho deveria ser o mais fértil
território para o aprendizado.
Desejo de realização
A realização está vinculada ao sentimento de sucesso. Embora tenha significados distintos para
pessoas diferentes, todos buscam alguma forma de sucesso. Por isso, as pessoas gostam de realizar
feitos no trabalho. Sob condições adequadas, os funcionários apreciam o trabalho árduo e superam
obstáculos. Os desafios são motivadores.
Desejo de reconhecimento
As pessoas querem sentir-se apreciadas pelos outros, ser reconhecidas por seus méritos e
contribuições. Esse sentimento é tão forte que aquela que não recebe reconhecimento positivo suficiente,
busca esse reconhecimento provocando punições.
Desejo de significado
Todos querem acreditar que sua vida é importante, que estão vivendo por uma razão, além de,
simplesmente, ganhar a vida.
As pessoas querem sentir-se úteis e acreditar que seus esforços, embora humildes, fazem a
diferença. Quanto mais se preocupam com alguma coisa, mais lutam para transformá-la em realidade.
Embora o trabalho tenha um potencial ilimitado de significados, nem sempre ele é identificado
como tal. Hoje em dia, muitos consideram a qualidade significativa e merecedora de seu
comprometimento.
Agora, você gostaria de conhecer uma situação em que é possível identificar esses desejos humanos?
Então, leia com atenção a história contada no próximo item e perceba como eles foram usados de
forma criativa na realização de uma tarefa.
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Inicialmente, as outras crianças riram porque Tom tinha de fazer aquele trabalho tão “terrível” num
dia tão lindo. Entretanto, Tom foi capaz de convencê-los de que pintar a cerca era de fato uma tarefa
muito divertida. Ao final do dia, a cerca tinha sido totalmente pintada e, segundo Twain, “Tom estava
nadando em dinheiro!”, cobrado das crianças que pagaram pelo privilégio de realizar essa tarefa!
Tom Sawyer temia a perspectiva de pintar a cerca da tia. Afinal, pintar cercas não era uma
atividade muito motivadora para ele. Na verdade, ele estava tão ansioso para executar a tarefa quanto
a maioria dos trabalhadores se sente nas manhãs de segunda-feira!
Tom queria passar o sábado “se divertindo” (era isso que seus desejos automotivadores estavam
lhe dizendo) e, em sua mente, pintar a cerca não era uma atividade divertida. O desejo dominante de
Tom era algo como pescar ou nadar. Ele não dava a mínima importância para a cerca ou para sua
aparência; portanto, não tinha nenhum sentimento de propriedade em relação à tarefa. Ser obrigado a
pintar a cerca contra a sua vontade dava a Tom um grande sentimento de poder interpessoal. Esperava-
se que executasse a tarefa sozinho; portanto, a tarefa não satisfaria seu desejo de afiliação. Não tinha
aspirações de melhorar sua competência como pintor de cercas. Não considerava pintar a cerca uma
realização que valesse a pena. Não conseguia ver nenhum reconhecimento na realização dessa tarefa
imposta. Além disso, a tarefa não tinha nenhum significado real para a sua vida. Para Tom, a perspectiva
de pintar a cerca era profundamente desmotivadora.
Entretanto, Tom Sawyer não era um menino comum. Possuía recursos pessoais excepcionais.
Sendo criativo, foi capaz de reverter a situação a seu favor. Tom transformou o que considerava um
dos dias mais monótonos de sua vida em uma aventura divertida e lucrativa. Transformou o ato de
pintar a cerca em um “jogo” motivador.
O jogo que elaborou (desejo de atividade) foi ver quantas outras crianças ele poderia convencer a
pintar a cerca para ele. Ao vender o “privilégio” de pintar a cerca, Tom ganhou dinheiro e bugigangas
valiosas (desejo de propriedade). Usou sua habilidade de liderança e assumiu o controle da situação
(desejo de poder). Durante todo o dia, interagiu continuamente com os amigos (desejo de afiliação).
Usou suas amplas habilidades de resolução de problemas e criatividade (desejo de competência) para
elaborar e colocar em prática sua astuta estratégia. Obteve extraordinário sucesso em recrutar outras
crianças para executar a tarefa (desejo de realização). Recebeu uma tremenda atenção positiva das
outras crianças (desejo de reconhecimento). E por último, embora não menos importante, Tom, além
de conseguir que a cerca fosse bem pintada (desejo de significado), “o fez de maneira elaborada”, de
forma que a “surpresa de tia Polly foi quase indescritível”. Um dia de trabalho e tanto!
Embora Tom tenha realizado sua tarefa de uma forma bastante incomum, a cerca foi bem pintada
e tanto ele quanto seus “operários” divertiram-se muito no processo. Ao criar seus próprios motivadores
de contexto da tarefa monótona, Tom Sawyer foi capaz de satisfazer tanto aos próprios desejos
automotivadores quanto aos de seus “operários”.
Há muito o que aprender com Tom Sawyer e seu uso criativo da “engenharia motivacional” (embora
Tom não percebesse que era um engenheiro motivacional).
A maioria dos trabalhadores não é tão dotada de recursos pessoais quanto Tom Sawyer nem tem
poder suficiente para transformar o trabalho monótono e tedioso em prazer e desafio. Na verdade, se
tentassem proeza semelhante em uma empresa convencional, com certeza seriam seriamente
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
repreendidos ou até mesmo demitidos. Por isso, as pesquisas indicam que os trabalhadores mais
automotivados tendem a trabalhar em empresas pequenas e emergentes, que permitem o uso de seus
recursos pessoais.
O ponto que se pode salientar é o seguinte: mesmo sem alterar a natureza básica do trabalho,
qualquer tarefa ou função pode ser transformada de desmotivadora em motivadora; basta mudar seu
contexto.
Motivadores e desmotivadores
Evidentemente, o trabalho é muito mais do que uma tarefa ou uma série de tarefas. Compreende
um grande número de outros elementos, incluindo colegas de trabalho, supervisores, gerentes, clientes,
o ambiente físico, regras, padrões de trabalho, funções de trabalho, equipamentos, matéria-prima,
treinamento, recompensas, métodos disciplinares e avaliações de desempenho.
Na verdade, para a maioria dos trabalhadores, as tarefas desempenhadas propriamente ditas são
menos significativas do que os outros fatores contextuais aos quais essas tarefas estão incorporadas.
Quando eles falam sobre seu trabalho, referem-se tanto a seus colegas de trabalho, supervisores,
políticas da empresa, remuneração, disciplina, comunicações, eventos sociais, etc. quanto às tarefas
que desempenham. Os funcionários não só falam muito sobre esses aspectos contextuais do trabalho
como tendem a nutrir fortes sentimentos em relação a eles.
Muitos desses aspectos contextuais do trabalho podem ser classificados como motivadores ou
desmotivadores. Um motivador é qualquer aspecto do trabalho que desperta emoções positivas /
energizantes, mais especificamente desejo. Um desmotivador é qualquer aspecto do trabalho que
desperta emoções negativas como tédio, medo, raiva e ressentimento. Todos os contextos de trabalho
incluem um número substancial de motivadores de desmotivadores.
Infelizmente, em muitas empresas o contexto de trabalho tende a possuir mais desmotivadores do
que motivadores. A chave para promover a motivação em qualquer organização é reduzir os
desmotivadores e aumentar os motivadores no contexto de trabalho.
Portanto, o ponto principal para a motivação está no contexto de trabalho. Essa também é a única
área sobre a qual os gerentes podem ter algum controle real. Mudar o contexto de trabalho é, de longe,
a solução mais permanente e eficaz em termos de custos para o problema da motivação no local de
trabalho.
A criação de um ambiente de trabalho mais motivador ajudará definitivamente todos os funcionários
a pensarem de forma mais positiva e a sentirem-se mais positivos em relação ao seu trabalho, liberando
uma enorme força motivacional – uma abordagem claramente mais eficiente do que tentar mudar as
atitudes de cada um.
Exatamente como Tom Sawyer transformou o trabalho de pintar a cerca de sua tia – de uma tarefa
monótona em uma aventura divertida e lucrativa. Todas as organizações têm a oportunidade de mudar
a forma como os funcionários vivenciam o trabalho. Todas as organizações ou departamentos podem
ser transformados de um lugar onde os funcionários “cumprem seu horário” em um lugar onde os
funcionários “dão o melhor de si”.
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Exercícios
– Regras desnecessárias
– Reuniões improdutivas
– Falta de acompanhamento
– Mudança constante
– Competição interna
– Desonestidade
– Hipocrisia
– Sonegação de informações
– Injustiça
– Respostas desestimulantes
– Críticas
– Subutilização de capacidade
– Invisibilidade da gerência
– Excesso de controle
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
– Diversão
– Variedade
– Informações
– Compartilhamento de interesses
– Escolha
– Responsabilidade
– Oportunidades de liderança
– Interação social
– Trabalho em equipe
– Aprendizado
– Avaliação
– Metas
– Melhoria
– Desafio
– Estímulo
– Valorização
– Importância
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: gestão do negócio
Referências bibliográficas
COVEY, Stephen R. Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficazes. Ed. Best Seller.
SENAI-RJ 63
Gerenciamento do trabalho:
supervisão do trabalho
Nesta unidade...
Introdução
Comunicação eficaz
Exercícios
Trabalhando em equipe
Exercícios
Administração do tempo
Exercícios
Delegação de autoridade
Exercícios
Exercícios
Processo decisório
Exercícios
Processo de negociação
Exercícios
Reuniões e apresentações
Referências bibliográficas
2
Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
2004
SENAI–Rio de Janeiro
Diretoria de Educação
Ficha Técnica
SENAI
SENAI––Rio de Janeiro
GEP – Gerência de Educação Profissional
Rua Mariz e Barros, 678 – Tijuca
20270-903 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2587-1116
Fax: (21) 2254-2884
GEP@rj.senai.br
http://www.rj.senai.br
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
Introdução
A intenção dessa unidade de estudo é fornecer subsídios ao supervisor para que ele possa, com a
equipe, desenvolver processos participativos com vistas à melhoria do próprio trabalho.
Comunicação eficaz
Sem comunicação eficaz, as pessoas não conseguem trabalhar juntas e as empresas não chegam
ao sucesso. Gastamos, aproximadamente, 80% do tempo em que estamos acordados em alguma
forma de comunicação. Quando a comunicação é boa, os relacionamentos tendem a ser positivos;
quando é ruim, os relacionamentos também o são.
Embora a comunicação seja a tecnologia gerencial mais poderosa, as palavras usadas na comunicação
também são profundamente propensas a erros. Em toda comunicação há uma inclinação para problemas
de compreensão, conflitos e confusão. Na verdade, descobriu-se que até 75% de todos os erros
cometidos no local de trabalho devem-se à comunicação ineficaz.
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Poucas pessoas têm um treinamento para ouvir o que quer que seja. E, quando isso acontece, o
treinamento costuma ser desvinculado do caráter e do relacionamento básico, absolutamente vitais
para a compreensão autêntica da outra pessoa.
Se você deseja integrar eficazmente com outra pessoa, influenciar seus pensamentos, precisa
primeiro compreender. E isso não pode ser feito unicamente com base técnica.
A verdadeira chave para sua credibilidade é o exemplo, sua conduta real. O seu exemplo flui
naturalmente de seu caráter, ou do tipo de pessoa que realmente é – e não do que os outros dizem a
seu respeito, ou do que gostaria que os outros pensassem.
Seu caráter irradia-se, comunica-se constantemente. A partir dele, a longo prazo, as pessoas passam
instintivamente a confiar ou a desconfiar de você e de sua comunicação.
Se sua vida for pular de um lado para outro, se você for às vezes gentil e outras vezes cáustico, e,
acima de tudo, se o seu desempenho pessoal não combinar com sua atuação pública, ficará muito
difícil manter a credibilidade.
Elas estão constantemente projetando suas experiências interiores no comportamento dos outros.
Receitam seus óculos para qualquer um com quem se relacionam.
Estamos repletos com nossos conceitos, com nossa própria biografia. Queremos que nos
compreendam. Nossas conversas tornam-se monólogos coletivos, e nunca entendemos o que realmente
se passa dentro de outro ser humano.
Quando outra pessoa fala, estamos normalmente “escutando” em um dos seguintes níveis: podemos
estar ignorando a outra pessoa, ou seja, não escutamos nada. Ou podemos fingir que escutamos.
Podemos adotar a atenção seletiva, ouvindo apenas determinadas partes da conversa. Fazemos
isso sempre que ouvimos o falar constante de uma criança em idade pré-escolar. Ou podemos até
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praticar atenção concentrada, prestando atenção e concentrando a energia nas palavras que estão
sendo ditas. Mas poucos praticam o quinto nível, a forma mais elaborada de ouvir, a atenção empática,
ou seja, a atenção com a finalidade de compreender.
A atenção empática entra para o quadro de referências de outra pessoa. Se você olhar para
dentro dele, verá o mundo como ela o vê, compreenderá seu paradigma, compreenderá o que ela
sente.
A atenção empática significa muito mais do que registrar, repetir, ou mesmo entender as palavras
que estão sendo ditas.
Na atenção empática, você escuta com os ouvidos e, o mais importante, também ouve com os
olhos e o coração. Você ouve procurando entender o significado, o sentimento. Ouve para descobrir o
comportamento. Usa o cérebro direito, assim como o esquerdo. Você sente, intui, percebe. Ela é
poderosa, porque lhe dá informações precisas para trabalhar.
Mas tudo que se exige para ouvir dessa forma é a aceitação, não necessariamente a concordância.
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Mesmo que você realmente ouça a outra pessoa, pode sempre retornar às suas próprias crenças e
opiniões. Mas, primeiro, deve ouvir com a mente aberta.
Se alguém percebe, pelo seu comportamento verbal e não-verbal, que você está ouvindo abertamente
e aceitando, esta pessoa se sentirá menos ameaçada por você e estará muito mais aberta. As linhas de
defesa caem; conseqüentemente, ela se sentirá mais livre para explorar outros ângulos ou opções – e
será muito mais receptiva ao que você tem a dizer.
Ao ouvir uma outra pessoa abertamente, você comunica uma mensagem forte. Você diz: “Eu me
interesso por você como pessoa e acho que o que tem para dizer é importante. Não estou tentando
julgá-lo ou avaliá-lo. Respeito suas idéias e, mesmo que eu não concorde com elas, sei que elas são
válidas para você”.
À medida que você pratica este tipo de ouvir, descobre que as atitudes e o comportamento são
contagiantes. Se ouvir de forma ativa e respeitosa, haverá chance de você ser ouvido de forma
respeitosa quando for sua vez de falar.
Por exemplo:
Imagine que você esteja visitando um outro planeta e trave conversa com um ser inteligente.
Simplesmente reúna informações. Como é um extraterrestre? Sobre o que ele fala? Lembre-se: não
avalie o que você percebe, e não o julgue, mesmo que para você seja bom, estúpido, inteligente ou
ridículo. Apenas observe.
Tendo se preparado para ouvir desta forma, você irá ver e ouvir coisas que não teria visto ou ouvido
antes. Pode descobrir que as pessoas são mais intrigantes ou interessantes para você. Ignore sua
pressa para decidir se você gosta delas, se são como você ou se elas se encaixam na sua estrutura de
referência. Se conseguir suspender o julgamento, estará apto a descobrir um sentido melhor para se
relacionar como os outros.
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Quando você pergunta às pessoas como elas fizeram determinada coisa, seu interesse no processo
pelo qual realizaram algo é importante para elas. Às vezes, você também consegue uma visão interna
interessante do modus operandi delas, ou seja, sua maneira de fazer as coisas – que pode ajudar
você a influenciá-las.
Eis algumas perguntas de caráter geral que podem ajudar a fazer com que as pessoas falem:
• “Qual é sua compreensão sobre esta situação?”
• “Quais são seus objetivos para este projeto? Que resultado está buscando?”
• “Como você chegou a esta conclusão?” ou “Quais foram os critérios mais importantes para você
ao tomar esta decisão?” (Tais perguntas lhe oferecem uma rápida visão em relação às suas
estratégias de tomada de decisão, que podem ser úteis para avaliar sua capacidade numa área em
particular).
• “O que fez com que você...?” ou “O que motivou você a...?” (Aqui, você está buscando as
razões, motivações e reações subjacentes referentes à tomada de decisão das pessoas.)
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Jack Gibb, psicólogo humanista, diz: “Não é sempre que a ajuda é útil”. O que ele quer dizer é que,
mesmo com as melhores das intenções, normalmente somos diretivos demais. Falamos para os outros
o que eles deveriam ou não fazer ou o que funcionou para nós. Enquanto nos sentimos úteis, podemos
não ajudar os outros a chegar à melhor solução para eles. Também não damos força para que eles
fiquem sobre seus próprios pés e descubram suas próprias soluções. O conselho e as informações são
normalmente vistos exatamente como tentativas de mudar a pessoa. Servem como barreiras para
auto-expressão. Por fim, o conselho raramente é aceito, e a informação é descartada.
Imagine que alguém em sua vida – um colega ou um amigo – esteja lhe falando sobre uma situação
difícil que está passando. Sua única tarefa é ouvir, sem fazer mais nada, a não ser ouvir. Por exemplo,
tente não interromper a pessoa e falar sobre uma situação semelhante que você enfrentou uma vez e
como resolveu seu problema. E tente não indicar a ela quaisquer fontes onde possa encontrar conselho
ou ajuda (até que você primeiro tenha ouvido o que ela tem para dizer). Todas as suas recomendações
podem ser úteis e bem-intencionadas, mas, ao intervir, para a outra pessoa pode parecer que você não
está lá simplesmente “para ouvir”. E, freqüentemente, ela quer alguém para simplesmente ouvi-la.
Existe uma chance de que seu amigo, colega ou parente com problemas saibam a solução ou possam
descobri-la. O que eles precisam, portanto, é de alguém simplesmente para estar lá, como um espelho.
Sistemas representacionais
Uma outra forma útil para treinar a sua maneira de ouvir é fazê-lo com os cinco sentidos – visão,
audição, tato, olfato e paladar. Uma pessoa depende normalmente de um canal, através do qual percebe
o mundo – informações de processo – e se comunica. Algumas pessoas, por exemplo, experimentam
a vida como se ela fosse uma série de quadros em movimentos ou estáticos. Outras se concentram
nos sons, tais como vozes, música e barulho, como uma forma de “ver” o mundo. Elas podem lembrar
as palavras que ouviram ou suas próprias vozes internas. Outras ainda experimentam a vida
primeiramente através do toque ou outras sensações corporais.
Cada um de nós tem um canal sensório preferido. Se você prestar atenção, perceberá as pessoas
realmente falando com você como elas preferem. Usarão uma certa linguagem e figuras de expressão
que, de fato, lhe dirão algo sobre como suas mentes funcionam. Veja como isso acontece:
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É interessante verificar qual é o seu canal sensório preferido, como também procurar perceber os
das pessoas que o cercam. Isto facilita em muito na escolha do veículo de comunicação mais adequado.
Por exemplo:
Se seu chefe é uma pessoa visual, a apresentação de idéias que incluam gráficos ou ilustrações
certamente facilitarão o entendimento da mensagem.
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Exercícios
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9. Quando faço dieta ou ginástica ou algo para melhorar meu físico, fico satisfeito:
a. ( ) vendo-me no espelho, melhorando.
b. ( ) ouvindo as pessoas dizendo como estou bem.
c. ( ) sentindo meu corpo mais firme/em forma.
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14. Para mim é mais fácil perceber quando alguém está mentindo
a. ( ) pela cara que a pessoa faz.
b. ( ) pelo tom da sua voz.
c. ( ) pela sensação que me dá de que algo está errado.
17. Quando assisto a um jogo de futebol ou de outro esporte qualquer, o que mais me chama
atenção:
a. ( ) são os esportistas correndo, armando jogadas.
b. ( ) são os gritos e a música das torcidas.
c. ( ) é a emoção que passa todo aquele povo torcendo.
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Agora, verifique a letra que você usou com mais freqüência ao responder as questões.
A letra com maior número de indicações corresponde a seu SISTEMA SENSORIAL
PREFERENCIAL.
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Trabalhando em equipe
OBJETIVO é uma declaração de intenção para atingir uma determinada meta estabelecida para
uma área/setor de responsabilidade.
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Meta
Objetivo
Dentro deste enfoque, não é difícil compreender que meta representa uma direção que se pretende
seguir ou um lugar onde se quer chegar, e objetivo representa um meio ou ação que se adota para
concretizar esta intenção.
Cada departamento, divisão, setor da empresa tem sua meta e seus objetivos a alcançar.
Conforme a área de responsabilidade dentro da organização, estas metas e objetivos variam de
complexidade.
Metas e objetivos organizacionais são aqueles traçados pela cúpula da empresa, que determinam
os caminhos que a organização irá seguir.
Metas e objetivos departamentais são aqueles que – tendo como base as metas e os objetivos da
organização – estabelecem a contribuição de cada área para que a empresa atinja suas metas.
Metas e objetivos setoriais são aqueles que – dentro de um departamento ou divisão – orientam o
que cada unidade ou grupo deve fazer.
Por fim, metas e objetivos pessoais são aqueles que dizem qual a parcela de contribuição e
responsabilidade de cada indivíduo para o alcance dos resultados da empresa.
A cadeia de metas e objetivos é que faz a diferença entre uma organização bem-
sucedida e aquela que não consegue obter resultados significativos.
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As metas representam um resultado global, descrito de forma ampla, e que, normalmente, é atingido
a longo prazo.
Cada grupo reúne pessoas que possuem uma história, uma experiência e uma habilidade que devem
ser consideradas e aproveitadas pela organização.
O não direcionamento destas pessoas para um objetivo, ou seja, para padrões e resultados a alcançar,
fará com que cada uma canalize seu potencial para aquilo que considera mais importante, desperdiçando
muitas vezes seus recursos em atividades que não têm muito a ver com as metas da empresa.
Determinar objetivos é dirigir estes “conhecimentos”, no sentido de realizar tarefas que, uma vez
concluídas, resultarão no atingimento de resultados que somados aos demais permitirão o crescimento
da organização.
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Claros
Já que representam alvos a serem atingidos, dando a seus subordinados a orientação precisa do
que você quer obter.
Mensuráveis
Expressos, sempre que possível, de forma quantitativa, permitindo aos subordinados saber se
atingiram o estabelecido ou se ficaram além ou aquém do esperado.
Realistas
Levando em conta todos os fatores necessários à sua concretização, já que um objetivo que não
considera as circunstâncias e os recursos não tem nenhuma utilidade.
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Muito embora a maioria das pessoas tenha consciência de que somente com um trabalho de grupo
é que se obtém resultados com qualidade, implantar um conceito de gerência participativa ainda não é
uma das tarefas mais fáceis em uma empresa.
Sua maior dificuldade vem, basicamente, da resistência inconsciente de muitos gerentes, que vêem
nesse tipo de trabalho uma perda de poder e o risco de serem vistos como ineficientes. Ambas as
preocupações são oriundas da visão errônea sobre qual é a tarefa gerencial e do fato de que a maioria
dos gerentes não sabe criar um clima participativo que gere motivação e se comunicar de
forma eficiente com sua equipe.
Assim, preferem a solução solitária e – como o personagem da nossa pequena história – vêem o
tempo passar, sem sentirem o progresso real de suas equipes.
Mas é preciso destacar que em todos os grupos humanos, como parte natural de sua estrutura,
emergem os sistemas de status e papéis, que se definirão em função principalmente da natureza do
grupo.
• Adquiridos
Educação e profissão são os fatos básicos que os determinam.
• Atribuídos
Independem dos que possuem, geralmente atribuídos por valores tradicionais.
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1. Contribuidor
O iniciador da discussão ou do trabalho.
2. Coletor de informações
O que está sempre perguntando, colhendo informações.
3. Fornecedor de informações
O que está sempre dando informações.
4. Coletor de opiniões
O que sempre procura opiniões dos demais membros do grupo.
5. Fornecedor de opiniões
O que gosta de dar opiniões.
6. Elaborador
O que gosta de ouvir os outros e elaborar idéias.
7. Coordenador
O que promove a coordenação.
8. Orientador
O que gosta de orientar.
9. Avaliador crítico
Sua principal atividade é fazer a crítica sobre a atuação geral do grupo e dos seus membros.
10. Estimulador
Manifesta um constante estímulo à plena realização do grupo.
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12. Registrador
Perito em registrar todos os acontecimentos importantes produzidos no grupo.
Já nos grupos informais, existe a tendência de se desenvolver um sistema de papéis voltado para a
manutenção do grupo, cujas principais manifestações são:
1. Encorajador
Estimula o pessoal, encoraja a realização de todas as atividades.
2. Harmonizador
Promove de todas as formas a harmonia entre os membros.
3. Guardião
Realiza vigilância constante e avisa a todos sobre os problemas eventualmente apresentados.
4. Normalizador
Estabelece as normas para o funcionamento do grupo.
5. Observador
Observa os acontecimentos do grupo, porém sem tomar iniciativa.
6. Compromissador
Estabelece acordos para todos os problemas do grupo.
7. Seguidor
Faz parte do contingente que não assume qualquer papel específico, simplesmente segue os
demais.
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Os grupos formais são aqueles que assumem prioridade, tais como o seu próprio
departamento ou as equipes de trabalho designadas dentro dele. Esses grupos
foram criados da melhor maneira possível. Mas os grupos informais também
exigem sua atenção e consideração. Um supervisor deve ser realista quanto à
formação de grupos informais dentro de seu departamento.
Os grupos informais são inevitáveis. Eles se formam nos bebedouros e nos
vestiários. Serão constituídos pelos que viajam juntos no mesmo carro e por
aqueles que têm interesses comuns em esporte ou política. Você irá encontrá-los
em toda parte. Não existe maneira de eclipsá-los.
Os grupos informais podem ser muito fortes e exercer grande influência sobre
seus funcionários, impondo lealdade e, muitas vezes, exigindo submissão. O
aspecto mais importante está no fato de que esses grupos podem trabalhar a
seu favor ou contra você.
Você já percebeu que existe um conjunto de papéis que, de forma geral, contribui para o bom
atingimento dos objetivos do grupo. No entanto, constantemente emerge nos grupos humanos o
desempenho de verdadeiros papéis negativos, que funcionam como inibidores dos objetivos grupais.
Esses papéis negativos representam quase sempre a preponderância de necessidades individuais sobre
as grupais. Conheça as suas manifestações mais freqüentes:
1. Agressor
Ataca o grupo e o trabalho que está sendo feito, invejando a contribuição dos outros.
2. Bloqueador
Tende a ser negativista, obstinado, discordante, procurando manter aberta ou reabrir uma questão
já rejeitada pelo grupo.
3. Exibicionista
Age de muitas maneiras para chamar a atenção sobre si mesmo, elogiando-se, contando suas
façanhas, não aceitando ficar em posição de inferioridade.
4. Fraco
Tenta atrair a piedade dos outros membros ou de todo o grupo através de insegurança, indecisão
ou autocensura.
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5. Racionalizador
Encontrando dificuldades de atingir o objetivo, o indivíduo inconscientemente se convence de
que não é aquilo que deseja.
6. Egoísta
Só dá importância à sua pessoa, não liga para os outros.
7. Dominador
Em qualquer situação, sempre quer dominar os outros.
8. Choramingas
Sempre justifica seu comportamento dando desculpas e não pensando nos outros.
Atmosfera do grupo
A atmosfera, ou o “clima do grupo”, também é conhecida como estado de espírito, modo de sentir
e agir, que se permeia no grupo como um todo.
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Cultura
Comunicação Religião
Objetivos Claros
Tradição
Ventilação
Política Arrumação Saúde
Definição de Funções
Normas e Regimentos Claros
Tecnologia
Estilos de Administração
Sensibilidade Social
Tipos de Liderança
Produtividade/Qualidade
Saúde Forma Resolução Conflitos
Trabalho em Conjunto Economia
Cooperação Iluminação
Tecnologia Membros conhecendo-se
intimamente Educação
Lazer – Recreação
Meios
(atividades técnicas)
Identidade
Padrões
Liderança Definição de Papéis
Status
Avaliação do Grupo Padrões de Operação
Desempenho Heterogeneidade
Controle Social
Clima do Grupo Padrões de
Comunicação
Fins (metas, objetivos)
Cultura
Participação
Capacidade de Relações Humanas
Papéis para
Produtividade do Grupo
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A qualidade desses resultados depende, em grande parte, da consciência que cada membro da
equipe tem de si e do outro e, ainda, passa a constituir condição essencial para o estabelecimento de
uma relação entre dois sujeitos. Esse reconhecimento “mútuo” caracteriza a relação intersubjetiva –
a consciência de si como sujeito, e do outro, como outro sujeito.
Deve-se observar, todavia, que o exercício do Poder determinará o modus operandi e a qualidade
do resultado que se pretende alcançar. O indivíduo respeitado como tal – tratado como Sujeito e não
como Objeto – e o poder aplicado de forma ética são instrumentos eficazes para confrontar a
intersubjetividade hierarquizada, que se reconhece através de ações coercitivas, de dominação e de
apego ao poder, características de qualquer sistema, portanto, presentes em toda equipe de trabalho e
que impedem, definitivamente, o desenvolvimento de relações centradas na cooperação e democracia.
Para Peter Senge, um sistema é um todo, cujos elementos mantêm-se juntos porque afetam
continuamente uns aos outros ao longo do tempo e atuam para um propósito comum.
Conhecer a estrutura do sistema do qual se faz parte pode melhorar nossa capacidade de construir
realizações tanto pessoais quanto organizacionais.
Ao longo de nossas atividades, percebemos, nas mais diversas equipes de trabalho, o quanto as
pessoas desconhecem o todo no qual estão inseridas, como não conseguem estabelecer correlações
do seu fazer ou não fazer com os objetivos globais daquela organização.
Visão sistêmica
A estrutura sistêmica é o padrão de inter-relações entre componentes-chave de um sistema. Pode
incluir hierarquia, fluxos de processos, opiniões e percepções, a qualidade dos produtos, modos como
se tomam decisões e outros fatores. Por sua natureza, o pensamento sistêmico assinala interdependências
e necessidade de colaboração.
Peter Senge enfatiza que “um objetivo compartilhado, ou comum, não é uma idéia, mas uma força
inculcada no coração das pessoas, uma força de poder impressionante ...” – que justifica a razão de
ser e explica a missão de uma equipe, a definição da visão e das metas, e também expressa um
conjunto de valores, tudo isso compartilhado por todos que integram uma organização.
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Os objetivos devem ser claros, transparentes e conhecidos por toda a equipe para que se possa
conseguir o comprometimento de todos, facilitando a percepção da visão sistêmica e o alcance de
resultados satisfatórios.
As equipes são formadas para realizar objetivos específicos. Sem objetivos não
há motivo para formar uma equipe. O objetivo pode ser imediato, como, por
exemplo, a solução de um problema. Podemos traçar objetivo de longo prazo,
como a realização de um projeto, a produção e a comercialização de produtos
ou, ainda, o desenvolvimento de um plano estratégico. Objetivo de longo prazo
permite que o treinamento e o crescimento do grupo sejam integrados à sua
concretização e às variáveis significativas de sua dinâmica.
Muitas variáveis, tais como percepção, qualidade da comunicação, relações de poder, tensões,
dentre várias outras, hão de interferir na formação de equipes e algumas delas poderão, futuramente,
determinar sua dinâmica e eficácia.
Um trabalho de equipe poderá ser uma experiência muito
rica e valorosa, na medida em que sua formação permite uma sinergia
grande diversidade entre seus integrantes, quando se respeitam Coesão, cooperação dos
e consideram as diferenças como fator de sinergia positiva, membros de um grupo
em prol de um objetivo
que quebra paradigmas e rompe com posturas e conceitos comum.
antigos e abre portas a um novo raciocínio, ampliando suas
percepções e vivências.
No processo de formação de uma equipe deve-se considerar sua composição como primeiro passo
para realizá-la com sucesso. Esse processo é uma etapa onde as pessoas decidem o que fazer e
exploram cautelosamente os limites dos comportamentos aceitáveis. E como primeiro passo de um
processo, as emoções, os sentimentos diversos, atitudes – favoráveis ou não –, entusiasmo, expectativas
e ansiedades surgem frente ao novo. Mas nessa fase toda energia da equipe deve ser a definição clara
e negociada do objetivo.
Grupos se tornam equipes por meio de ações que se interrelacionam de um modo sistemático e
disciplinado, expressando um propósito comum com as metas de performance, definindo abordagens
de trabalho, desenvolvendo conhecimentos complementares e permanecendo mutuamente
compromissados e responsáveis pelos resultados.
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Equipes cujas metas são pouco desafiadoras, inexatas ou sequer assumidas dificilmente terão
resultados positivos. Comitês, conselhos, forças-tarefa não são necessariamente equipes somente
pelo fato de pessoas trabalharem juntas.
Conforme o observado por Jon R. Katzenbach, “... o trabalho em equipe representa um conjunto
de valores que estimula comportamentos, tais como ouvir e responder de forma construtiva pontos de
vista manifestados por outras pessoas, dando aos outros o benefício da dúvida, apoio aos que necessitam
dele, e reconhecendo os interesses dos outros. Quando postos em prática, esses valores ajudam-nos a
nos comunicar e trabalhar com os outros de forma mais eficaz, tratando-se, portanto, de comportamentos
bons e valiosos”.
Todos esses ensinamentos nos permite concluir afirmando que os fundamentos da equipe incluem
tamanho, propósito, objetivos, conhecimentos, abordagens e responsabilidades – condições e variáveis
intervenientes na sua formação e que estão ligadas à sua razão de ser. Cada equipe se defronta com
desafios específicos, fortalece a capacidade de pessoas, hierarquias e processos. Compartilha
responsabilidades mútuas e individuais na busca de sucesso e é veículo fundamental para o crescimento.
Equipes são práticas, não criam dificuldades e se desenvolvem quando existem desafios de performance,
de desempenho.
O que é empowerment?
As pessoas querem fazer diferenças e a organização precisa delas para isto. Contudo, a frustração
ocorre porque os empregados, gerentes e a organização não sabem como tirar vantagem da criatividade
e da iniciativa humana que estão lá para serem utilizadas. A organização tradicional precisava apenas
dos corpos dos empregados, para realizarem suas funções claramente definidas, sem fazer perguntas.
A organização de hoje precisa de empregados que possam tomar decisões, descobrir soluções para
problemas, que tenham iniciativas e sejam responsáveis por resultados, ou seja, que tenham empowerment
(envolvimento com o que fazem).
Uma forma de entender isto é perceber a diferença de atitudes entre uma pessoa que diz: “Eu sou
gerente de produção”, e que adquire a identidade a partir de sinais externos, como título da função ou
da empresa, e a pessoa que diz: “Eu gerencio a produção”, que encontra a identidade a partir de
atitudes, crenças e valores. Esta pode parecer uma mudança insignificante, mas tende a fazer uma
grande diferença em se tratando de envolvimento.
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grupo de indivíduos que se reportam à mesma pessoa. Como um time, elas formam uma unidade
coordenada, onde todas sabem sua parte, mas é livre para brilhar e fazer conquistas.
O líder da equipe não é a pessoa que dá a ordem para marchar. O líder é a pessoa responsável pelo
desenvolvimento pessoal dos membros da equipe – aquela que cria o ambiente para o desempenho,
aprendizagem e desenvolvimento. Este novo tipo de líder é chamado de líder facilitador.
A média gerência deve fazer mais do que supervisionar. Deve ajudar as pessoas a aprender,
crescer e se desenvolver. Precisa ajudar a equipe a trabalhar junto, não apenas verificar o trabalho de
um bando de pessoas. A média gerência é uma espécie ameaçada, a menos que se adapte ao novo
local de trabalho.
O novo líder deve aprender a dar um passo para trás e criar um ambiente que
permita a cada indivíduo aprender, crescer, desenvolver-se, contribuir e
superar-se.
Conheça mais sobre cada um dos elementos necessários para a formação de equipes com
envolvimento dos participantes.
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Respeito
Existe respeito quando as pessoas esperam o melhor umas das outras e quando elas supõem que
têm motivações construtivas. Cada pessoa tem necessidade pessoal, agendas e preferências que
devem ser negociadas. A organização não pode sempre vir em primeiro lugar.
Quais as maneiras de você criar respeito mútuo com os membros da sua equipe?
Informação
As pessoas que trabalham juntas precisam de informação completa. O gerente precisa informar
as pessoas de forma clara e completa e então deixá-las chegarem às conclusões. A informação deve
fluir livremente, e não ser guardada ou escondida de certas pessoas ou certos níveis de empregados.
Quais as maneiras que você pode informar sua equipe de modo mais completo?
As pessoas querem tomar decisões sobre como atingir os objetivos e sobre a melhor maneira de
realizar o trabalho. Os gerentes com envolvimento não pressupõem que sabem tudo, ao contrário,
pedem às pessoas que trabalham com eles para decidir como fazer as coisas. Isto pode demorar no
início, mas propicia completa concordância e um comprometimento maior para se conseguir os melhores
resultados.
Responsabilidade
Envolvimento significa que a responsabilidade não está toda sobre os ombros do gerente. Ele pode
compartilhar as recompensas.
Habilidades
As pessoas devem estar disponíveis para aprender, experimentar situações novas e, assim,
diversificar suas habilidades.
92 SENAI-RJ
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Exercícios
1. Leia com atenção as afirmativas abaixo. Reflita sobre elas e, em seguida, marque (X) indicando
a palavra que completa cada frase corretamente.
– Para se alcançar uma produção de “X” toneladas de fumo/mês, é necessário que se aumente
em “Y” hectares a plantação.
– Para se obter um índice de cobrança de fumo inferior a 10 dias úteis é necessário modificar a
sistemática de controle e acompanhamento utilizada.
2. Leia com atenção as afirmativas abaixo. Reflita sobre elas e, em seguida, marque (X) indicando
se elas são VERDADEIRAS ou FALSAS.
VERDADEIRA FALSA
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VERDADEIRA FALSA
4. Uma meta representa uma ação específica,
que pode ser medida. ( ) ( )
3. Leia com atenção as afirmativas abaixo. Reflita sobre elas e, em seguida, marque (X) indicando
se elas são VERDADEIRAS ou FALSAS.
VERDADEIRA FALSA
1. As metas e os objetivos das diversas áreas da
empresa variam de complexidade, conforme a
área de responsabilidade. ( ) ( )
2. As metas e os objetivos organizacionais são
estabelecidos em função da contribuição de cada
área da empresa para os resultados finais da
organização. ( ) ( )
3. As metas e os objetivos departamentais são aqueles
traçados pela cúpula da organização e que
determinam os caminhos que a empresa irá seguir. ( ) ( )
4. As metas e os objetivos setoriais são aqueles que
determinam o que cada agrupamento/equipe
deverá fazer. ( ) ( )
5. As metas e os objetivos pessoais delimitam a
responsabilidade de cada indivíduo em relação
às metas do grupo. ( ) ( )
6. Os objetivos definem claramente o que deve ser
alcançado. ( ) ( )
7. Os objetivos não têm nenhum tipo de relação com
as tarefas que as pessoas executam. ( ) ( )
8. Os objetivos são rígidos e imutáveis. ( ) ( )
9. Os objetivos devem ser claros, mensuráveis e realistas. ( ) ( )
10. Os objetivos definidos asseguram uma liderança
eficaz, integração, avaliação, etc. ( ) ( )
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3. Os empregados com envolvimento têm os sentimentos a seguir. Verifique aqueles que se aplicam
ao seu local de trabalho.
( ) Eles sentem que fazem diferença.
( ) Eles são responsáveis pelos seus resultados.
( ) Eles são parte da equipe.
( ) Eles podem usar todos os seus talentos e capacidades.
( ) Eles têm o controle sobre como fazem o próprio trabalho.
( ) Eles têm iniciativa.
Exercício 1
a) Obter “X” toneladas de fumo/mês é uma META.
b) Aumentar em “Y” hectares a plantação é um OBJETIVO.
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Exercício 2
1. Falsa 4. Falsa
2. Verdadeira 5. Falsa
3. Verdadeira 6. Verdadeira
Exercício 3
1. Verdadeira 6. Verdadeira
2. Falsa 7. Falsa
3. Falsa 8. Falsa
4. Verdadeira 9. Verdadeira
5. Verdadeira 10. Verdadeira
96 SENAI-RJ
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Administração do tempo
Você pode melhorar seu rendimento à medida que amplia sua capacidade de ter impressões mais
claras, rápidas e precisas do que acontece à sua volta. Essa é uma habilidade que se aprende. Fique
atento aos três passos para dar mais rapidez ao seu processo:
• aumentar sua disponibilidade de energia;
• aumentar sua atenção; e
• aumentar seu conhecimento e sua experiência.
SENAI-RJ 97
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O poder da vigilância
A falta de concentração é provavelmente o maior fator isolado na redução de rendimento e no
prejuízo de seu uso do tempo. Ao estudar líderes e administradores que conseguiram grande sucesso
voltado às origens, o fator avulso de maior importância é o elemento de atenção concentrada e firmeza
de opinião.
Ao tentar se concentrar em mais de uma idéia ou ouvir várias ao mesmo tempo, você divide sua
atenção. Portanto, há uma perda do rendimento de energia e poder. Exemplos: tentar lembrar os
detalhes de uma reunião toma inteiramente sua atenção porque toda ela é necessária para formar as
imagens mentais. Se você procurar recordar um numero de telefone e observar um novo empregado
ao mesmo tempo, suas imagens ficarão confusas. O esforço reduz não só sua vigilância como a
energia e o tempo.
Sempre que você estiver preocupado e sem dar total atenção ao que acontece,
não estará livre para administrar seu tempo e estará trabalhando com energia
inferior àquela de que realmente dispõe.
As rotinas e os hábitos são mortais para a plena vigilância e atenção, como o são as atitudes de
apenas seguir as normas estabelecidas. Ao fazer as coisas automaticamente, não enxergamos pequenos
sinais e avisos, assim como as novas oportunidades. A atenção plena e um desempenho melhorado da
energia exigem mudanças de rotina e hábitos. Sempre que você quebra uma rotina tem de prestar
atenção para resolver qual o novo sistema a adotar.
Para aumentar sua atenção e vigilância, sua mente precisa estar ativa e alerta de um modo a que
não está habituada.
98 SENAI-RJ
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Quando estamos preocupados, grandes períodos de tempo se passam sem que a gente perceba. É
por isso que ficamos surpreendidos quando um filme de duas horas de duração (de que gostamos)
parece voar, enquanto meia hora na cadeira do dentista (onde estamos com a atenção plena) parece
uma eternidade. Quando o administrador que volta às origens presta atenção, o tempo de alerta
psicologicamente expande.
O sonhar acordado e a preocupação são partes importantes do funcionamento de sua mente. Eles
permitem que você se recupere, deixando evidentes os novos desejos e as novas idéias. Mas quando
são controlados, os sonhos e as preocupações deixam a mente indisciplinada, o que inevitavelmente
leva a uma perda de liberdade para administrar seu tempo de forma eficiente e eficaz.
Quando você desenvolver sua atenção e o desempenho de sua energia, será capaz de definir
rapidamente quais áreas exigem melhorias. A capacidade de administrar o tempo é rodeada por áreas
de “saber.”
SENAI-RJ 99
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Os líderes vivem cercados de uma mística que muitas vezes emana desse “saber”.
Os seguidores sentem-se hipnotizados por essa qualidade dos líderes muito
carismáticos.
100 SENAI-RJ
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• separe dez minutos a cada duas horas para examinar suas prioridades, riscando o que já fez e
colocando algumas mais (decida se essas prioridades podem ser transferidas para categorias
menos urgentes);
• inclua o tempo necessário para recreação e exercícios em sua tabela diária e semanal (não inclua
o fim de semana);
• reserve tempo para seu desenvolvimento, trabalhando em áreas específicas de habilidades
administrativas;
• reserve um período de dez minutos diariamente (sem interrupções) para avaliar honestamente
seu progresso. Decida, então, onde deve concentrar seus esforços; e
• continue refinando e praticando suas habilidades. Faça do tempo um amigo, em vez de seu inimigo.
A qualidade do tempo
A questão que importa é: “Tempo para que?”. Você pode se organizar, aprender a ler mais depressa,
reduzir os telefonemas, as relações interpessoais e os almoços. Essa é a parte mais fácil. A mais difícil
é saber o que fazer com o seu tempo. Desenvolver novas metas para refletir no que acontece à sua
volta. Um pouco de tempo tranqüilo, todos os dias, é essencial para recarregar suas baterias. Você é
um administrador. O tempo é seu aliado, seu ajudante, seu empregado. Faça com que trabalhe para
você.
Uma vez um consultor deu a um executivo muito ocupado, que procurava meios para utilizar
melhor o seu tempo, o seguinte conselho: “escreva as seis tarefas mais importantes que você tem para
fazer amanhã. Numere-as por sua importância. Amanhã, a primeira coisa a fazer no trabalho é ver
qual o item l e imediatamente começar a trabalhar nele até terminá-lo. Dedique-se em seguida ao item
2, e assim por diante, até a hora de ir embora. Não se preocupe se não puder fazer todos os itens. Se
você não o conseguiu por este método, não conseguirá por nenhum outro. Experimente este sistema
todos os dias de trabalho!”. O executivo, ao que se diz, considerou tal conselho o mais útil que já havia
recebido.
SENAI-RJ 101
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Por meio de tentativa e erro, você pode encontrar o horário ideal para cada atividade. Quando
comecei a escrever, eu pegava no lápis nas horas mais diversas. Percebi então que de manhã minhas
idéias eram boas, mas eu não conseguia colocá-las no papel. Meu período de produtividade maior é no
começo da tarde. Agora, penso sobre o que quero escrever de manhã, esboço as idéias e só as ponho
no papel no princípio da tarde.
Um tipo de tempo comprometido que a maioria das pessoas simplesmente esquece é o de espera.
No entanto, com um pouco de imaginação, pode-se sempre colocar todo o tipo de atividades nos
poucos minutos que se gastam enquanto espera.
Pode-se planejar o fim de semana, preparar o cheque ou escrever cartas. Pode-se divagar sobre
um projeto maior ou fazer o esboço daquele desenho que ficou atrasado.
Infelizmente, gastamos muito de nossa vida trocando pneus e ignorando coisas importantes mas
não tão urgentes.
Quando você se encontra diante de uma série de problemas, deve-se perguntar quais são realmente
os importantes e dar a eles prioridade.
Se você se deixar levar pelo que é urgente, sua vida será uma seqüência ininterrupta de crises. Um
pouco de previsão (precavendo-se contra problemas em potencial) ajudará você a usar seu tempo
para atingir seus objetivos reais, em vez de usá-lo para reagir quase somente a crises.
102 SENAI-RJ
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SENAI-RJ 103
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mais tempo e energia para fazer as coisas que fazem de você uma pessoa realizada. A mais inútil de
todas as emoções negativas a respeito do que não se consegue fazer é a culpa. Uma vez vi uma
oração, pendurada numa loja, que oferecia uma perspectiva muito saudável: “Senhor, nunca há tempo
suficiente para tudo. Ajuda-me a fazer um pouco menos, um pouco melhor”.
Preocupação com o que está para vir é outra emoção inútil. Mark Twain disse uma vez: “Já vi
muitos grandes problemas, mas a maior parte jamais aconteceu”.
O relógio e a bússola
Para muitas pessoas há uma distância entre a bússola e o relógio – entre aquilo que é realmente
importante e a maneira como gastamos nosso tempo. A administração tradicional do tempo ajuda
você a fazer as coisas em menos horas. Mas se alguém, com um toque numa varinha de condão,
melhorasse essa eficiência em 20%, será que resolveria seus problemas?
Provavelmente não. A administração do tempo tem a ver com o relógio – compromissos, horários,
programações, metas e atividades. Mas rapidez e quantidade não vão necessariamente resolver seus
desafios. O relógio determina como utilizamos nosso tempo, mas a bússola, que é mais importante,
determina como vivemos nossas vidas. A bússola representa sua visão, seus valores, seus princípios,
sua consciência, sua missão na vida.
A distância entre o relógio e a bússola marca o espaço em que nos debatemos. Algumas pessoas
sentem-se controladas pelos outros ou pelos acontecimentos externos, incapazes de fazer o que querem.
Outras não conseguem adequar o que fazem ao que gostariam de fazer. Outras, ainda, dão um duro
danado para escalar a rampa do sucesso, mas quando chegam no topo se sentem vazias. Todas essas
pessoas viveram suas vidas segundo os valores dos outros e deixaram de lado o que é mais importante
para elas. Outras pessoas, enfim, sentem-se desorientadas e não sabem nem mesmo o que são realmente
as “primeiras coisas”, ou seja, o que é mais importante para elas.
Dois aspectos moldam o uso que fazemos de nosso tempo: urgência e importância. A quarta
geração se baseia em fazer as coisas importantes, mais do que apagar incêndios. Isso significa colocar
as coisas importantes em primeiro lugar.
104 SENAI-RJ
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A urgência é uma força poderosa. Seu chefe grita: “Preciso disto agora, já!”. Seu marido liga: “O
carro quebrou no meio da rua! Venha me buscar”. O bebê chora. Para muitas pessoas, o fluxo de
adrenalina resultante de se lidar com uma urgência acaba virando vício. A urgência traz pressões e
estresse, mas também pode gerar uma sensação emocionante. As crises nos fazem sentir que somos
importantes. Mas quando a urgência domina nossas vidas, a importância fica relegada ao segundo
plano, juntamente com a verdadeira eficácia.
Há três passos a serem dados todas as manhãs que vão ajudar você a seguir seu plano.
1. Faça uma prévia do dia. Reveja sua programação, situe-se, cheque sua bússola e considere o
dia dentro do contexto da semana.
2. Trace prioridades. Independentemente de priorizar ou não determinados itens, assinale com o
círculo ou uma estrela a atividade mais importante do dia e garanta que ela seja realizada.
Depois, se, por algum motivo, as coisas derem errado naquele dia, você saberá que pelo menos
fez a coisa mais importante.
3. Distinga as atividades que dependem da hora das outras. A maioria das agendas tem uma seção
para horas marcadas e outra para conter listas de prioridades. Isso ajuda você a se lembrar de
compromissos importantes, como consultas médicas ou reuniões com seu chefe.
Mantenha a perspectiva
Com suas atividades planejadas e classificadas por importância, você estará pronto para ser flexível.
Se um cliente muito importante aparecer inesperadamente, querendo fazer uma reunião, ou se seu
vizinho lhe oferecer ingressos para um jogo importante, você já vai saber o que pode tirar da sua
programação do dia e o que não pode. E, se alguém cancelar uma reunião ou você terminar uma
tarefa em menos tempo do que o previsto, já terá uma lista de coisas importantes com as quais
aproveitar o tempo que apareceu.
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Escolhas difíceis
Embora tudo o que foi dito até agora possa dar a impressão de que é fácil saber o que fazer quando
acontecimentos inesperados bagunçam sua programação, isso nem sempre é verdade. Há diversos
fatores que você pode levar em conta no momento de fazer uma escolha: a urgência, o desejo de
agradar a você mesmo ou aos outros, seus valores, suas necessidades etc.
Você pode reagir automaticamente a estes fatores, permitindo que as circunstâncias ou as pessoas
o controlem, ou pode utilizar os dons humanos para tomar uma decisão guiada pela consciência.
Na verdade, a vida centrada em princípios exige que você consulte sua consciência e siga o que ela
manda. É aí que se encontra o norte magnético. É ele quem o ajuda a fazer as escolhas que geram
uma vida de alta qualidade.
Quando confrontado pelo inesperado, dê os seguintes passos para fazer a escolha certa:
1. Pergunte com intenção. O fato de pedir uma orientação à sua consciência implica em reconhecer
que sua vida é governada por seus princípios. Alguns exemplos de perguntas: Qual é o melhor
uso que posso fazer do meu tempo agora? O que é mais importante neste momento? Qual é a
coisa certa a fazer agora? Será que posso fazer algo realmente eficaz neste momento?
2. Ouça sem inventar desculpas. Quando você ouve a voz da sua consciência, pode fazer duas
coisas: agir em harmonia com ela ou ignorá-la. Muitas vezes nós a ouvimos, mas também
acontece de escolhermos outra opção e tentarmos racionalizar essa escolha. Se você optar por
não fazer algo que deve fazer, por exemplo, vai inventar desculpas para explicar por que não
pode fazer o que deve. Você conta mentiras racionais a você mesmo. O resultado é um sentimento
de frustração ou de culpa. Ouça você mesmo e reaja de maneira apropriada. É assim que se
atinge a paz e a harmonia.
3. Aja com coragem. É preciso coragem para viver de acordo com seus princípios. As outras
pessoas podem não compreender ou apreciar suas decisões. Mas quanto mais você o fizer,
mais fácil se torna. E, à medida que você for compreendendo cada vez melhor em que direção
fica o norte magnético, entrará numa espiral ascendente de crescimento.
Esse processo todo será incompleto se você não aprender com as experiências que viveu durante
a semana. Afinal, elas formam a base para a semana seguinte.
Organize, aja, avalie, organize, aja, avalie. A repetição desse ciclo, semana após semana, garante
que você vai aprender com a vida. A cada semana que passa você terá capacidade e habilidades
maiores.
No final da semana, ou antes de organizar-se para a semana seguinte, faça uma pausa e pergunte
a você mesmo:
– Que metas alcancei?
– Será que a realização dessas metas foi o melhor uso possível do meu tempo?
– Que desafios enfrentei? Como os superei?
– Que decisões tomei?
106 SENAI-RJ
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O problema da independência
A maioria de nós tende a enxergar o sucesso em termos de realizações independentes. A
administração tradicional do tempo reforça essa idéia quando pede que enxerguemos as pessoas
como meros recursos que podemos usar para viabilizar nossos próprios propósitos. Mas as pessoas
não são objetos. São seres vivos que possuem seus dons próprios e a capacidade de fazer grandes
coisas.
Outro fator: quando você tenta satisfazer suas necessidades e realizar suas capacidades com a
mentalidade independente, a vida parece ficar corrida. Nós nos apressamos para viver, nos apressamos
para amar, nos apressamos para aprender, nos apressamos para deixar um legado simbólico. Afinal, o
tempo é limitado e há muito o que fazer. Os resultados, porém, são ações superficiais que não levam
em conta os outros.
A independência tem seu papel próprio; é a força de que você precisa para transcender papéis ou
as expectativas da sociedade e manter-se centrado em seus princípios. Mas esse tipo de independência
abre o caminho para a interdependência. Ela torna você suficientemente confiável para merecer o
respeito dos outros.
O paradigma independente
Nossa consciência nos diz que somos parte de um todo intenso e inter-relacionado. Na verdade,
pensar em termos de interdependência nos ajuda a realizar mais coisas, a longo prazo. Pense no
seguinte:
• É mais produtivo realizar uma tarefa rapidamente e com eficiência ou usar o tempo necessário
para ensinar outra pessoa a efetuá-la?
• E mais produtivo supervisionar e controlar outras pessoas ou ajudá-las a liberar o potencial criativo
que possuem para cuidar delas mesmas?
• É mais produtivo programar seu tempo com eficiência para resolver problemas provocados por
expectativas conflitantes ou usar o tempo necessário para esclarecer esses problemas antes que
cresçam?
• É mais produtivo resolver problemas provocados por má comunicação ou construir relacionamentos
fortes e profundos que fomentem boa comunicação?
SENAI-RJ 107
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108 SENAI-RJ
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E, finalmente, para você ter idéia do que significa tempo desperdiçado ou perdido e que diferença
faz, aqui vão alguns indicadores disponíveis na internet:
• Para saber o valor de um ano, pergunte a um aluno que levou bomba;
• Para saber o valor de um mês, pergunte a uma mãe que deu à luz um filho prematuro;
• Para saber o valor de uma semana, pergunte ao editor de uma revista semanal;
• Para saber o valor de um dia, pergunte a uma diarista que tem dez filhos para alimentar;
• Para saber o valor de uma hora, pergunte a amantes que esperam o próximo encontro;
• Para saber o valor de um minuto, pergunte a uma pessoa que acabou de perder o trem;
• Para saber o valor de um segundo, pergunte a uma pessoa que acabou de escapar de um
acidente; e
• Para saber o valor de um milésimo de segundo, pergunte ao atleta que ganhou medalha de prata
nas Olimpíadas.
Cada minuto que você tem é um tesouro. Viva-o, portanto, como tal. E este tesouro é mais precioso
ainda, se você o viveu com alguém especial. Especial o bastante para ter o “seu” tempo.
SENAI-RJ 109
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Exercícios
Total de Respostas – – – –
Total de Pontos –+ –+ –+ –+
110 SENAI-RJ
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SENAI-RJ 111
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Delegação de autoridade
“A única maneira do gerente multiplicar a capacidade de trabalho é
usar a cabeça, as mãos e o tempo dos subordinados.”
Newel Comish
112 SENAI-RJ
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Exercícios
Delegar é preciso
Instruções
• A seguir, você terá uma série de questões para ler e analisar.
• Responda sim ou não a cada uma das questões, marcando um “X” na coluna das respostas.
• Não pense muito sobre as questões. Responda rápido sua primeira impressão.
• Solicite a seus gerentes e supervisores que respondam às questões como se eles fossem você.
Compare os resultados com os seus.
• Solicite a seus gerentes e supervisores que respondam ao questionário avaliando eles próprios.
• Discuta com o grupo os resultados obtidos no questionário.
QUESTÕES RESPOST AS
RESPOSTAS
SIM NÃO
SENAI-RJ 113
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QUESTÕES RESPOST AS
RESPOSTAS
SIM NÃO
114 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
Resultado:
De 0 a 7 respostas certas
certas: você é um sério candidato à estafa! Confie e utilize mais sua equipe. Treine os
subordinados para que tenham o desempenho que você espera.
De 8 a 19 respostas certas
certas: você conseguiu progressos na arte de delegar. Seus subordinados já se sentem
participantes de uma equipe. Treine-os e prepare-os para assumir uma parcela maior de responsabilidade. Afinal,
você não é de ferro!
certas: você é um líder! Sua equipe sente-se gratificada de trabalhar com você.
De 20 a 25 respostas certas
SENAI-RJ 115
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Mas é no grupo de trabalho que as pessoas talvez enfrentem seus maiores conflitos, exigindo delas
seu maior poder de integração social.
Inconscientemente, talvez nossa conduta em grupo nem sempre atenda às exigências e observações
dos membros participantes, criando uma situação constrangedora ou mesmo conflitante. Pelas vivências,
pretende-se aparar arestas, conscientizar os indivíduos, tornando-os melhores observadores, aprimorando
assim a capacidade grupal para solução de conflitos, visando à modificação de atitudes e comportamento
dos membros e relacionamento interpessoal. É preciso demover a pessoa de seu individualismo, do
seu egoísmo e relacioná-la com os outros.
Não se pretende dar soluções aos problemas que surgem. O objetivo é despertar nas pessoas a
consciência de que os mesmos existem, e caberá a cada pessoa individualmente a responsabilidade de
enfrentá-los e de procurar a resolução que os mesmos requerem. Faz-se necessário esclarecer as
situações. Levar as pessoas a interiorizar seus problemas, provocar reflexões, despertar a criatividade
e incentivar a tomada de decisão, facilitando o processo decisório grupal, ou seja, o consenso.
Resolvendo conflitos
Várias pesquisas apresentam o conflito como o desacordo que conduz a uma luta de poder.
116 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
O conflito se instala quando há divergência de idéias, quando o papel por desempenhar se choca
com os princípios de outras pessoas.
É impossível tentar eliminar os conflitos; eles fazem parte da condição humana. O homem conflita
consigo mesmo procurando superar-se.
Para compreender melhor o conflito, é necessário lembrar que as diferenças individuais existem, o
que implica valores, percepções e considerações morais diferentes, e que nem todos têm acesso às
mesmas informações, nem possuem a mesma experiência de vida. A posição da pessoa no grupo
pressiona-a a assumir um certo papel, que nem sempre está de acordo com a sua maneira de pensar.
A causa principal do conflito é a frustração. O frustrado tende a buscar explicações que justifiquem
seu comportamento, muitas vezes racionalizando, isto é, atribuindo culpas aos outros, pois isso alivia
sua consciência. A racionalização do conflito deve ser orientada mediante um questionamento crítico,
para que se interpelem as causas e, assim, as crises não se sucedam.
Amaciar
Adesão à paz, evitando outras possíveis soluções. É o que na linguagem popular se denomina
“colocar panos quentes”. Não resolve o conflito.
Impor
Controle do conflito pela força; situação caracterizada pela imposição por autoridade-obediência,
antagonismo e competição, onde o mais importante é prevalecer a sua solução.
Negociar
Busca de uma solução intermediária em que cada pessoa cede um pouco, chegando a um acordo.
Integrar
SENAI-RJ 117
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
As formas de se lidar com o conflito também vão depender da fase em que ele se
encontra, isto é, seu grau de extensão, intensidade e importância, e suas
conseqüências no grupo.
A responsabilidade maior de resolução de conflitos cabe ao líder do grupo, mas
não exclusivamente.
Cada membro do grupo é também responsável pelo rumo que as divergências
podem tomar, contribuindo para a intensificação ou evolução do conflito.
O conflito pode ainda ser considerado como funcional, contribuindo para a
melhoria de objetivos e resultados e para o crescimento pessoal.
118 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
Exercícios
1. Por que surgem conflitos em uma empresa?
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2. Cite um exemplo de sua própria experiência em que um conflito se prolongou ao invés de ser
resolvido, por ter sido tratado de maneira inadequada.
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3. Seria prudente da parte de um supervisor insistir para que um funcionário mude de atitude em
uma situação de conflito? Por quê?
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4. De acordo com o texto lido, dê a sua opinião sobre qual a melhor forma de lidar com o conflito.
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SENAI-RJ 119
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
1. Quando há divergência de idéias, quando o papel a ser desempenhado se choca com os princípios
de outras pessoas.
2. Resposta pessoal.
3. Sim, porque é necessário despertar nas pessoas a consciência de que os conflitos existem e que
caberá a cada pessoa individualmente a responsabilidade de enfrentá-los e de achar a resolução
que os mesmos requerem.
4. Evitar, amaciar, impor, negociar e integrar. Porém, as formas de se lidar com o conflito vão
depender da fase em que ele se encontra, isto é, seu grau de extensão, intensidade e importância,
e suas conseqüências no grupo.
5. A frustração.
120 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
Processo decisório
Segundo Peter Drucker, uma decisão é um julgamento. É uma escolha entre alternativas. E,
raramente, uma escolha entre o certo e o errado. No máximo, é uma escolha entre o “quase certo” e
o “provavelmente errado”, mas muito mais freqüentemente é uma escolha entre duas linhas de ação,
em que nenhuma delas está provavelmente mais perto do certo do que a outra.
Toda ação humana importa em decisão. Esta, que está ocorrendo a todo momento, tem sua
racionalidade condicionada a um modelo. Nenhuma ação é eficaz, se não tiver por trás um esquema
orientador, que não é uma “camisa de força”, mas um referencial adaptável às peculiaridades da
situação que envolve o problema.
Começa aí a dificuldade principal, por parecer óbvia a solução, ao ser examinado o problema pela
superficialidade de seus sintomas, e não por suas causas. É a partir de um bom diagnóstico que se
assegura a validade do tratamento.
Um problema nunca se apresenta como uma realidade única e estável, em que o simples levantamento
das causas visíveis orientam a solução. Há uma série de variáveis que se tornam mais complexas do
que aparentam. É preciso avaliar não só o que determinou primitivamente o problema, mas o seu
agravamento por situações correlatas e conseqüentes.
Ao tentar descrever os problemas (causas prováveis que o determinaram) e reunir os fatos (situações
concretas que o caracterizam e o agravam), é muito comum as pessoas fixarem-se na “busca dos
culpados”. Isto, em geral, instiga a emoção, perdendo-se a racionalidade no processo decisório. Passa-
se a discutir pessoas, esquecendo-se o problema.
É um exercício criativo. As soluções óbvias podem ser as mais enganosas; atendem a curto prazo,
sendo irreversivelmente desastrosas um pouco mais adiante. Não significa querer sofisticar o processo,
nem tornar complexas as coisas simples. O que se deve evitar é minimizar problemas quando estes
são graves ou trazem grande potencial de gravidade.
SENAI-RJ 121
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
Quando se trata de problemas mais sérios, a seleção das alternativas mais viáveis de solução
demanda uma análise detalhada das possíveis conseqüências, antes da decisão final.
– Informação – Adequação
à realidade
– Flexibilidade – Moderação
– Iniciativa – Saber ouvir
– Capacidade de – Clareza
assumir riscos na comunicação
– Senso de – Equilíbrio
oportunidade
Processo de negociação
Assim, quem pretende trabalhar em equipe precisa conhecer alguns comportamentos que,
desenvolvidos adequadamente, irão influenciar positivamente um processo de negociação.
Vamos a eles:
122 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
Toda opinião deve ser respeitada. Considerar as idéias dos parceiros é fundamental. A discussão
precisa ser encaminhada no sentido de encontrar uma solução que harmonize opiniões diferentes.
Não se pode permitir que comentários sobre casos ou pessoas entrem nas discussões. Isso
certamente geraria desavenças e desvirtuaria o processo. Devemos sempre valorizar as idéias propostas,
não esquecendo que a meta de um processo de negociação é a obtenção do acordo.
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Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
de fato o assunto objeto do acordo, para que a confiança comece em você e, mais tarde, chegue ao
colega.
Facilite o sim!
Quando apresentamos propostas confusas e pouco esclarecedoras, acabamos por dificultar a
negociação e nos tornamos nosso pior adversário. Assim, ao expormos nossos pontos de vista devemos
facilitar a compreensão do outro, de forma a conquistar um verdadeiro parceiro para o trabalho.
Equipes começam a dar certo quando todos agem no sentido de tornar possível atingir os objetivos
comuns.
Quem é o interlocutor?
Um aspecto fundamental do planejamento da negociação consiste na identificação de seu cliente.
Que tipo de pessoa é ele? Quais seus hábitos de comportamento? Como isso se reflete em seu estilo
de negociar?
Os psicólogos em geral agrupam as pessoas, do ponto de vista da negociação e do relacionamento
com os outros, levando em consideração dois critérios: a atitude e o ritmo.
Quanto à atitude
Introvertidos: voltados para dentro de si e concentrados na tarefa.
124 SENAI-RJ
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Quanto ao ritmo
Vagarosos: lentos, indiretos e ponderados.
Sociáveis
Dinâmicos e extrovertidos – criativos, espontâneos, entusiastas, amantes do risco.
Afáveis
Diretivos
Metódicos
1. Com os afáveis
Seja caloroso e sensível – apresente sua solução como a melhor para ele e sua equipe, contribuindo
para melhorar o relacionamento entre pessoas e setores.
2. Com os metódicos
3. Com os diretivos
Seja convincente e objetivo – proponha soluções eficientes do ponto de vista de sua meta de
controle e comando.
SENAI-RJ 125
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4. Com os sociáveis
Seja criativo e entusiasta – mostre que a solução que você lhe oferece contribui para melhorar sua
imagem e prestígio.
Resumindo:
Aspectos Estilo
Afável Metódico Dir etivo
Diretivo Sociável
Objetivos bem definidos, conhecimentos profundos do que se deseja negociar e domínio de técnicas
básicas são ferramentas importantes para o gerente sair vitorioso em um processo de negociação,
além da preocupação de nunca ultrapassar a barreira da ética.
126 SENAI-RJ
Curso Técnico de Cervejaria — Gerenciamento do trabalho: supervisão do trabalho
Exercícios
Leia cuidadosamente cada uma das perguntas abaixo e assinale com um X a alternativa que
corresponde a seu caso. Em seguida, consulte suas respostas e some os totais positivos (marcados
com sinal de +) e negativos (marcados com –), subtraindo o resultado menor do maior. A subtração
será o resultado final, positivo ou negativo. Faça então a avaliação de seu potencial como negociador.
2. Como você estava preparado para a última grande negociação – por exemplo, compra de uma
casa ou carro – de que participou?
a. ( ) muito bem.
b. ( ) bem.
c. ( ) mais ou menos.
d. ( ) nada bem.
e. ( ) sem nenhuma preocupação.
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10. Como você se sente quanto às situações ambíguas, isto é, confusas, que têm vários prós e
contras?
a. ( ) muito tenso, angustiado.
b. ( ) ligeiramente tenso.
c. ( ) não gosto, mas convivo com elas.
d. ( ) indiferente, convivo bem com elas.
e. ( ) julgo-as interessantes, até aprecio.
11. Como você se sentiria negociando um aumento de 30% com seu chefe, quando a média desse
setor não ultrapassa 18%?
a. ( ) fugiria dessa situação de qualquer maneira.
b. ( ) não gostaria, mas faria força para enfrentar a situação.
c. ( ) encararia o fato com alguma apreensão.
d. ( ) não teria medo de fazer a tentativa.
e. ( ) acho a experiência estimulante e enriquecedora.
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12. Quando tem poder numa negociação, você faz uso dele?
a. ( ) uso o máximo que posso.
b. ( ) faço uso moderado, sem sentimento de culpa.
c. ( ) uso-o para garantir a imparcialidade de situação.
d. ( ) não gosto de fazer uso.
e. ( ) nunca lanço mão desse recurso.
15. Como você se sente ao fazer uma oferta muito baixa, durante uma compra?
a. ( ) com um mal-estar terrível.
b. ( ) não me sinto bem, mas às vezes faço isso.
c. ( ) só faço isso de vez em quando.
d. ( ) faço isso com freqüência e não me incomodo nem um pouco.
e. ( ) faço sempre e me divirto imensamente.
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18. Como você se sente ao correr riscos que afetam sua carreira?
a. ( ) sou geralmente mais audacioso que a maioria.
b. ( ) arrisco-me um pouco mais que a média das pessoas.
c ( ) arrisco menos que a média das pessoas.
d. ( ) corro riscos apenas de vez em quando.
e. ( ) quase nunca ponho minha carreira em risco.
19. Se tivesse que repetir “não estou entendendo” pela quarta vez após uma explicação, como se
sentiria?
a. ( ) nunca teria coragem de fazer isso.
b. ( ) ficaria bastante constrangido.
c. ( ) acharia um tanto estranho.
d. ( ) um tanto embaraçado, mas o faria.
e. ( ) não teria a menor dúvida em fazer isso.
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21. Você contratou uma empreiteira para construir sua casa, mas sua mulher resolveu fazer
mudanças no projeto no meio da execução da obra. A empreiteira pretende um valor maior,
mas você tem necessidade dos serviços dela. Como se comportaria nessa situação?
a. ( ) trataria de me preparar sem a menor hesitação.
b. ( ) sentiria algum constrangimento, mas enfrentaria a situação.
c. ( ) enfrentaria a situação, mas com um enorme constrangimento.
d. ( ) faria o possível para fugir do impasse.
e. ( ) não enfrentaria esse impasse.
Faça uma marca, sempre com o máximo de honestidade, abaixo do número de pontos que corresponde
a seu resultado. Isso é muito importante. Servirá para que você, após algum tempo, repita o teste,
avalie qual foi o seu progresso, passando, por exemplo, de gatinho assustado para ave promissora ou,
melhor ainda, de gazela arisca para cobra criada.
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QUESTÃO A B C D E
Resultado:
Entre 200 e 275 pontos: você já é uma cobra criada: sabe negociar razoavelmente bem, só precisa tornar sua
prática metódica e planejada.
Entre 100 e 199 pontos: você é uma ave promissora: tem potencial para vôos altos, desde que se empenhe num
treinamento sério.
Entre 20 a 99 pontos: você é uma gazela arisca: precisa se adestrar bastante para não ser capturada pelas feras
da selva.
Entre 30 pontos negativos e 19 pontos: você é um gatinho assustado: empenhe-se num treinamento específico
e urgente para mudar e não ser uma vítima.
Mais de 30 pontos negativos: você é um ratinho branco: o oponente que todo negociador inescrupuloso quer ter
pela frente. Mas não se desespere.
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Reuniões e apresentações
Faz parte do dia-a-dia das organizações a existência de reuniões e apresentações, e nessas condições
o gerente atua ora como coordenador ora como participante.
Podemos dizer que as reuniões acontecem sempre em dois níveis: conteúdo e método. O conteúdo
diz respeito a idéias, fatos, informações, problema e decisões. O método, além de se referir à forma de
condução, é o clima e as emoções que permeiam a reunião. Administrar o conteúdo e o método é o
grande desafio do dinamizador.
Para aproveitar ao máximo, independentemente de ser líder ou participante, deve-se considerar o
seguinte:
• comparecer na hora marcada com os documentos apropriados;
• saber com antecedência o que queremos dessa reunião;
• prestar atenção às outras pessoas e suas idéias;
• falar abertamente e encorajar os outros a fazerem o mesmo;
• fundamentar as idéias em fatos e opiniões e ser claro sobre qual é qual;
• não confundir barulho com lógica;
• cooperar, não competir;
• ajudar a manter a reunião na direção certa, mesmo não sendo o líder;
• amarrar as decisões à medida que elas são tomadas; e
• insistir em esclarecer atribuições antes que a reunião termine.
Antigamente, as reuniões eram, na maioria das vezes, lideradas por aqueles que ocupavam posições
mais elevadas nas empresas. Hoje todos fazem isso, freqüentemente em conjunto. O profissional não
pode apenas sentar-se e depender de outra pessoa para que as coisas aconteçam. Tem de se lançar e
colaborar para que isso ocorra.
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3. Pense com antecedência sobre o que deve levar para a reunião. Traga sempre seu calendário,
listas de tarefas a fazer ou qualquer outra informação que venha a ser útil.
4. Seja voluntário para anotar as reuniões. Fazer isso o força a estar atento. Além disso, é uma
oportunidade de contribuir, oferecendo suas idéias.
5. Durante a reunião, sumarie a discussão de vez em quando. Por exemplo: “Parece que nossa
intenção é pedir uma nova impressora. Isso é correto?”. Resumos freqüentes mantêm todos
focalizados e esclarecem possíveis mal-entendidos.
6. Antes de uma reunião terminar, certifique-se de que todos concordam com o que foi decidido,
quais são os itens de ação, quem é responsável por eles e o prazo para execução. Talvez você
tenha de pedir gentilmente que as pessoas façam isso com calma.
7. Não deduza que silêncio signifique concordância. Se as pessoas estão quietas, pergunte o que
estão pensando.
8. Seja voluntário para auxiliar numa reunião. Isso tira a pressão da pessoa que normalmente o faz
e lhe dá uma boa experiência.
Conheça, a seguir, algumas sugestões importantes para você ter sucesso ao participar de reuniões:
Mesmo que nada digam, as pessoas nas reuniões eventualmente ficam cansadas, confusas, inquietas
ou nervosas. Sintonize-se com esses momentos. Veja algumas perguntas que você pode fazer para
que elas não se percam:
• “Todos estão acompanhando até aqui?”
• “Tem mais alguém exausto além de mim?”
• “Que tal dois minutos de descanso?”
• “Parece que estamos num impasse. Alguma idéia de como prosseguir?”
Se você é responsável por anotar o que foi dito numa reunião, não espere pela próxima para fazê-
lo. Faça suas anotações assim que a reunião terminar. Os detalhes estarão frescos em sua mente. Se
não é responsável por elas, faça-o para sua própria referência. Não coloque suas anotações rabiscadas
num pedaço de papel. Transcreva-as de modo a fazerem sentido para você ou para outras pessoas
posteriormente. Arquive a cópia limpa e jogue fora as rabiscadas.
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Prepare gráficos
Se tem de apresentar números e fatos, que tal preparar algumas tabelas ou gráficos? Eles não
precisam ser elaborados, apenas claros. Esboce um ou dois e ponha-os à prova com outras pessoas
antes da reunião.
Traga impressos
Se for utilizá-los, traga cópias extras para as pessoas adicionais que participarão ou para os que
esqueceram de trazer os seus.
Apresentação
A chave de uma boa apresentação é a confiança. Você adquire confiança quando está bem
preparado.
Leia, com atenção, os principais pontos para a realização de apresentações que prendem a atenção
do público-alvo:
Se você quer apenas transmitir informações às pessoas, tudo o que tem a fazer é apresentar alguns
dados e argumentos de forma interessante. Mas, para fazer com que as pessoas ajam de acordo com
o que disse a elas, você tem que organizar e transmitir a informação de forma adequada. Criar uma
motivação é, agora, o seu principal objetivo. A informação apresentada é apenas uma forma de atingir
esse objetivo.
Muitas vezes uma apresentação tem mais de um objetivo. Nesse caso, simplesmente relacionar e
abordar cada um deles não é a forma mais eficaz de se preparar para a apresentação. Você precisa
saber quais são os objetivos mais importantes para que possa enfatizá-los de forma adequada. Caso
não haja prioridades, os assuntos devem ser tratados pela forma mais lógica ou interessante.
Conhecimento do público
Muitos apresentadores não são bem-sucedidos nessa etapa porque acumulam, organizam e
transmitem as informações como se eles fossem o público. Isso geralmente significa que quase todos,
exceto o apresentador, não estão gostando da apresentação.
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A primeira questão que deve ser levada em consideração, ao se analisar o público-alvo, é o seu
nível.
Se você está falando para um grupo de especialistas, pode usar conceitos, terminologias e termos
específicos.
Um público leigo, por outro lado, é um verdadeiro desafio. Você precisa não apenas estar apto e
disposto a traduzir conceitos técnicos difíceis para uma linguagem de fácil compreensão, mas também
tomar cuidado para não dar a impressão de que esta é uma tarefa desagradável.
Usando uma linguagem técnica, você diminui as explicações e utiliza todo o tempo disponível para
transmitir informações e idéias que você sabe que serão de interesse para os ouvintes.
Um público misto (composto de pessoas com conhecimento técnico e pessoas leigas) é o mais
difícil de lidar. Supondo que os dois grupos sejam igualmente importantes para os seus objetivos, você
tem que apresentar as informações e os argumentos usando termos que todos possam entender. Isso
significa que a apresentação deve ser voltada principalmente às pessoas leigas.
Esboço
Muitos apresentadores pensam que possuem total conhecimento do assunto e que podem “improvisar
discurso”, ao invés de planejar o que vão dizer. Então, ao fazer a apresentação, perdem o fio da
meada. Sua apresentação passa a ser nada mais do que uma lista incoerente de tópicos, que confunde
o público ao invés de esclarecê-lo.
Um esboço atende a vários objetivos. Primeiramente, mantém você na trajetória que foi traçada.
Sua apresentação terá uma direção, um objetivo e uma estrutura lógica. Isso significa que você deve
certificar-se de que há uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.
Verifique se você incluiu em seu esboço exemplos dos principais pontos que pretende abordar.
Esse procedimento é importante em qualquer apresentação técnica. Quando não são dados exemplos,
os conceitos e argumentos de difícil compreensão geralmente não são compreendidos pelos ouvintes.
Para surtir efeito, os exemplos devem ser importantes para o trabalho e para o conhecimento do
público.
Ilustrações
Nada confunde mais um público do que falar sobre assuntos técnicos sem o auxílio de ilustrações,
principalmente quando a apresentação trata de princípios ou sistemas complexos.
Para surtir efeito, as ilustrações devem ser grandes, coloridas e em número suficiente para prender
a atenção do público. Também devem ser incluídas apenas informações relevantes. As ilustrações
devem ser feitas de tal forma que o público não precise ler muito para entender o que está sendo
mostrado. Além disso, as legendas devem ser grandes o suficiente para serem lidas e facilmente
compreendidas por todo o público.
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Equipamentos
Os itens mais comuns incluem um projetor com lâmpadas sobressalentes, um cavalete com papéis
(flip-chart) e pincéis atômicos adequados. Você pode não precisar de todos esses acessórios, mas é
bom tê-los à disposição para o caso de necessidade. Muitas apresentações boas saem de sua trajetória
porque os apresentadores têm que providenciar às pressas os equipamentos ou acessórios que eles
não providenciaram antes.
Participação do público
Não há nada mais desestimulante do que assistir uma apresentação longa. Após uns 45 minutos, a
atenção do público começa a se dispersar. Se a sua apresentação ultrapassar esse tempo, uma forma
de prender a atenção do público é incitar a sua participação. Você pode fazer perguntas às pessoas ou
deixar que elas façam perguntas a você. Através de perguntas, você mantém o interesse do público.
Além disso, você obtém meios de saber se manteve ou perdeu o contato com o público.
O melhor método para avisar as pessoas é através de uma comunicação interna. Esta deve, no
mínimo, especificar a data, a hora e o local da apresentação, identificar o tópico, relacionar os
participantes e estipular se é necessário ou não uma preparação prévia. Além disso, serve como um
lembrete permanente da apresentação e assegura que os convidados estarão disponíveis para participar.
Também dá oportunidade para que as pessoas informem ou convidem outras pessoas para substituírem
as que não puderam comparecer.
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Agora, analise os passos que você deve seguir para organizar e executar cada uma dessas reuniões:
• Reuniões de comunicação
– Definir o objetivo
– Realizar a comunicação
– Testar o entendimento
Verificar o nível de compreensão da equipe, através de perguntas, solicitações de interpretação,
etc.
• Reuniões de avaliação
– Preparar-se previamente para conduzi-la.
– Escolher o momento adequado.
– Ir direto ao assunto.
– Observar os participantes.
– Checar o grau de compreensão.
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Estrutura da reunião
– Exposição dos membros do grupo
Cada membro do grupo expõe o andamento de suas tarefas.
– Estabelecimento da interdependência
O gerente procura estabelecer as correlações entre as diversas tarefas relatadas (quem depende
de quem).
– Orientação do gerente
Orientação sobre as possíveis soluções ou encaminhamento para uma discussão mais ampla,
através de uma reunião de solução de problemas.
O gerente deve
– Buscar avaliações nas áreas (internas/externas) que são clientes de seus serviços.
– Comunicar com antecedência à equipe o dia e hora da reunião.
– Realizar as reuniões periodicamente.
– Fazer um plano de ação no final.
– Ser simples e informal.
– Agir de forma pouco diretiva.
Dificuldade do dia-a-dia
Reunião de solução
de problemas Problemas surgidos em reuniões de comunicação
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Supervisão nos seus diversos níveis.
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FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL