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Noções de Administração de
Recursos Materiais

CONCURSO: Tribunal Regional Eleitoral - GOIAS


CARGO: Técnico Judiciário – Área Administrativa
PROFESSOR: Tiago Zanolla

Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Rateio é crime!!! Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta,


realizando sua matrícula individualmente no site concurseiro24horas.com.br
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AULA INAUGURAL

1. APRESENTAÇÃO INICIAL .............................................................................3


2. Sobre a prova e o concurso..........................................................................4
3. Sobre o Curso ............................................................................................6
4. Cronograma de Aulas ..................................................................................7
5. Administração de Materiais – Breve Introdução ..............................................7
6. Classificação de Materiais .......................................................................... 10
6.1. Tipos de Classificação ............................................................................. 12
6.2. Classificação de Materiais ...................................................................... 18
6.3. Tipos de Classificação ............................................................................ 22
6.4. ATRIBUTOS PARA CLASSSIFICAÇÃO ....................................................... 31
7. Considerações Finais................................................................................ 41
8. Questões apresentadas em aula ................................................................ 42

Nesta aula veremos o seguinte tópico do EDITAL: 1 Classificação de materiais.


1.1 Tipos de classificação.

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1. APRESENTAÇÃO INICIAL
Olá Concurseiro!
Estamos iniciando nosso curso de Noções de Administração de Materiais, abrangendo
teoria e questões comentadas, 100% focado para a preparação para de Técnico
Judiciário – Área Administrativa do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE/GO).
O Edital nº 1/2014 é destinado ao provimento de vagas e formação de cadastro
reserva, para as funções de Analista Judiciário e de Técnico Judiciário.
Para Técnico Judiciário podem se inscrever candidatos que tenham concluído o Nível
médio; as áreas abrangentes deste cargo são Administrativa (9 + 1 PNE) e Apoio
Especializado com especialidade em programação de sistemas (1). Nestes casos a
remuneração dos aprovados é de R$ 5.007,82, com carga horária de 40h
semanais.
A inscrição deve ser realizada entre os dias 26 de novembro de 2014 a 18 de
dezembro de 2014, mediante preenchimento da ficha disponível no
site www.cespe.unb.br. As taxas variam de R$ 70,00 a R$ 90,00.
Todos os candidatos inscritos serão submetidos à Prova Objetiva, e Prova Discursiva
somente para os de nível superior. A data provável para aplicação da primeira
avaliação é dia 1º de março de 2015.
O prazo de validade do concurso esgotar-se-á após 2 anos, contados a partir da data
de publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado, uma única
vez, por igual período
É um belo cargo, com uma excelente remuneração. Tenha certeza que cada segundo
gasto investido estudando valerá a pena!

Por fim, uma breve apresentação: Meu nome é Tiago Elias Zanolla, 31 anos,
Engenheiro de Produção de formação e atualmente Técnico Judiciário – Cumpridor
de Mandados no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Cargo que me trouxe
enorme satisfação pessoal e profisisonal.
Além das funções de Oficial de Justiça, também exerço a função de Secretário da
Direção do Fórum, algo como, um administrador local do Fórum. Uma tarefa árdua
que temos que fazer o possível dentro do impossível (rs).
Estou envolvido com concursos públicos desde 2009. Além do C24H também
ministrei aulas no Fócus Concursos em minha cidade natal, Cascavel/Paraná. Depois
de ter rodado o país (já morei em Goias, Brasilia, Curitiba etc) enfim voltei para cá.
Bem, é uma honra e um imenso prazer apresentar esse curso para vocês...mas, sei
que querem perguntar: Vou trabalhar no TRE, por cargas d’agua tenho que estudar
Administração de Materiais?
É simples: para que a atividade de qualquer empresa, seja ela pública ou privada
seja desempenhada, ela deve ter os suprimentos adequados ao seu bom andamento.
E o objetivo da da administração de materiais é diminuir custos e obter os
materiais certos na hora e local desejado (GUARDE ISSO!!!).

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Antes de começarmos o conteúdo, vamos falar um pouco de sua prova.

2. Sobre a prova e o concurso


Estão sendo oferecidas 10 vagas para o carto de Técnico Judiciário – Área
Administrativa.
O certame será elaborado pelo CEBRASPE (não conhece??? É nosso velho conhecido
CESPE). A entidade mudou seu nome recentemente, passando a ser chamado de
Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos
(Cebraspe).
A organizadora é conhecida pelo seu tradicional estilo de prova: CERTO ou ERRADO
e, a cada questão respondida de forma incorreta, o candidato perde pontos.
As provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, valerão 120,00. Cada
prova objetiva será constituída de itens para julgamento, agrupados por comandos
que deverão ser respeitados.

A nota em cada item das provas objetivas, feita com base nas marcações da folha de
respostas, será igual a:
a) 1,00 ponto, caso a resposta do candidato esteja em concordância com o
gabarito oficial definitivo das provas;
b) 0,50 ponto negativo, caso a resposta do candidato esteja em
discordância com o gabarito oficial definitivo das provas;
c) 0,00, caso não haja marcação ou haja marcação dupla (C e E)

A prova terá a seguinte estrutura:

As provas objetivas para os cargos de nível médio terão a duração de 3 horas e 30


minutos e serão aplicadas na data provável de 1º de março de 2015, no turno
da tarde.
Fique atento: Na data provável de 19 de fevereiro de 2015, será divulgado no portal
do CESPE os locais e horários de realização das provas.

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Dado isso, lá vai algumas dicas1?


Caso na hora de transcrever sua resposta para o gabarito, a marque a errada, não
perca esse ponto. Marque ambas respostas. Por exemplo: A resposta era CERTA e
você marcou como ERRADA. Marque no gabarito ambas opção.. CERTO e ERRADO.
A melhor forma de definir quantas perguntas deixar sem resposta é fazer vários
simulados com questões de cargos iguais ou similares, variando a quantidade de
questões deixadas em branco.
Segundo informações da própria organizadora, o procedimento de avaliação é
justificável em um processo seletivo que visa selecionar o candidato com melhor
capacidade de analisar, interpretar e responder a partir do que aprendeu,
descartando o “chute” ou a possibilidade de aprovação ao acaso.
Veja algumas formas para analisar e responder as questões da banca:

Expressões Exclusivas: Quando a assertiva é muito forte, não deixando brechas


para exceções, geralmente é incorreta.

Expressões típicas: nunca, sempre, obrigatoriamente, integralmente, garante,


nunca, sempre, obrigatoriamente, não, totalmente, apenas, jamais, em hipótese
alguma, em tempo algum, de modo nenhum, só, Somente, unicamente,
exclusivamente, tão-só, tão-somente, etc.

Expressões muito usadas pelo CESPE: apenas, será (dando a entender que
sempre será), meramente, é suficiente, estritamente, nada, restringe-se a, resume-
se em, é imune.
A palavra “não”: Esta palavra pode mudar completamente a resposta por tanto,
sempre a sublinhe no texto e analise com atenção a assertiva.

Expressões Inclusivas: Quando preveem exceções ou usam palavras inclusivas,


geralmente são corretas. Palavras-chave muito usadas pelo CESPE: a princípio,
predominantemente, fundamental, em geral, pode, poderá, é possível, inclui, em
regra (mas cuidado!), alguns, parte dos, a princípio, predominantemente. Outras
bancas: especialmente, comumente, frequentemente, quase todos, quase nenhum,
em média, raramente, predominantemente, muitos etc.

Batata Podre: O item quase todo é correto, mas há a inserção de um pedaço que o
invalida (geralmente ao final do período). Esta técnica é bastante usadas pelas
bancas “profissionais”. Muito cuidado!

1
FONTE: Sapoia

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Casca de Banana: O lugar preferido é a letra “a”, mas pode vir abaixo. Muitas vezes
é uma verdade, mas que não pode ser inferida do texto como é pedido. Outras vezes
é uma mentira tida por uma verdade por muitos, mas que é desmentida pelo texto…

Causa/Consequência: A assertiva traz duas verdades, mas falseia ao dizer que


uma é causa da outra. Outras vezes liga uma verdade a uma causa absurda.
Expressões Chave: em virtude de, pois, tanto quanto, mesmo que ocorra x, não
ocorre y, ou seja, no entanto, embora, independe, mas não, etc.
Inversões: O item traz definições corretas, mas as liga invertidamente às palavras
que representam.

Juízo de Valor: Evitar juízos de valor. Se um item contém palavras que indicam que
algo é bom ou ruim, esta afirmação está provavelmente errada. A única exceção é
se um especialista a disse. Por exemplo, a afirmação “o capitalismo é um mal” é
provavelmente falsa, porque é um juízo de valor. Há ocasiões, no entanto, em que
as estas palavras podem estar contidas em uma resposta correta. Isso acontece se
nos perguntarem se uma pessoa ou grupo acredita naquele julgamento. A declaração
“Karl Marx considerou o capitalismo um mal”, pode estar correta, porque aqui não
estamos julgando o capitalismo, mas a opinião de Marx (um teórico comunista) sobre
o assunto.

Por fim, faça vários simulados com questões de cargos iguais ou similares, variando
a quantidade de questões deixadas em branco. Registre sua pontuação e trace metas
para o dia da prova. Defina a quantidade que você pode deixar em branco com base
nos seus resultados de simulados.

3. Sobre o Curso
Este é um curso para você quebrar a banca na hora da prova! Porque quebrar a
banca? Usaremos o famoso sistema Teoria,
Legislação e Questões comentadas e você irá
estudar em todas as fontes necessárias para
acertar as questões:
Estes cinco elementos são essenciais para você Teoria
ter êxito em sua jornada:
A teoria deve ser clara, objetiva, porém, Legislação Questões
aprofundada. Não podemos passar
superficialmente na matéria, pois isso, pode APROVAÇÃO
ser suficiente para você acertar algumas
questões, porém, em uma questão mais
elaborada você pode cair e isso pode não ser a Esquemas Macetes
diferença somente entre ser aprovado ou não,

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pode ser aquela diferença entre você ser lotado em sua cidade ou em um local longe!
Os macetes, as dicas e os esquemas, objetivarão lhe trazer palavras chaves que lhe
auxiliarão nos estudos e na resolução de questões.
Por isso e tudo o mais, esse será um curso completo. É voltado você que está
iniciando os estudos, bem como àqueles que desejam aprofundar a matéria. E mais,
ele foi elaborado visando sua única fonte de estudos, ou seja, basta apenas esse
material para adquirir o conhecimento necessário para sua prova.
Nosso curso é escrito de acordo com EDITAL Nº 1 – TRE/GO, DE 21 DE
NOVEMBRO DE 2014 e contemplará o seguinte conteúdo:

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS. 1 Classificação de


materiais. 1.1 Tipos de classificação. 2 Gestão de estoques. 3 Compras. 3.1
Modalidades de compra. 3.2 Cadastro de fornecedores. 4 Compras no setor
público. 4.1 Edital de licitação. 5 Recebimento e armazenagem. 5.1 Entrada.
5.2 Conferência. 5.3 Critérios e técnicas de armazenagem. 6 Gestão patrimonial.
6.1 Controle de bens. 6.2 Inventário. 6.3 Alterações e baixa de bens.

4. Cronograma de Aulas

Aula Data Assunto


1 24/nov 1 Classificação de materiais. 1.1 Tipos de classificação.
2 01/dez 2 Gestão de Estoques
3 Compras. 3.1 Modalidades de compra. 3.2 Cadastro de
2 08/dez
fornecedores
3 15/dez 4 Compras no setor público. 4.1 Edital de licitação
5 Recebimento e armazenagem. 5.1 Entrada. 5.2 Conferência. 5.3
4 22/dez
Critérios e técnicas de armazenagem
6 Gestão patrimonial. 6.1 Controle de bens. 6.2 Inventário. 6.3
5 29/dez
Alterações e baixa de bens

5. Administração de Materiais – Breve Introdução


Para entender o que é administração de materiais, vamos à um exemplo: imagine
uma grande indústria. Durante o processo de produção, haverá determinados
materiais em determinados momentos e em determinados locais. Esses materiais
devem ser armazenados, transportados, selecionados, contados, entre diversas
outras tarefas. É nesse contexto que a administração de materiais atua.

Para Martins (2002) a principal função da administração de materiais


é maximizar o uso de recursos envolvidos na área logística da empresa
e com grande efeito dentro dos estoques. O administrador, porém, irá
deparar-se com este terrível dilema que é o causador da inadequada

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gestão de materiais, percebida em inúmeras empresas, e que cria terríveis


problemas quanto às necessidades de capital de giro da empresa,
bem como seu custo.

Memorize o quadro abaixo:

A administração de materiais visa a colocar os materiais


necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à
disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da
empresa.

Além do controle de estoques, a área de gestão de materiais


Administração de
engloba as atividades de compra, almoxarifado, movimentação e
Materiais
distribuição de materiais

Uma das funções precípuas do administrador de materiais é


otimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da
empresa, visando economia e eficiência.

Em uma organização, podemos identificar vários tipos de recursos:

RECURSOS

Associados ao
Materiais Humanos Financeiros Técnológicos
mercado

Nosso foco será o estudo dos recursos materiais. Em primeiro lugar é necessário
diferenciar recursos materiais e recursos patrimoniais.

Sentido amplo: engloba a todos


os meios físicos disponíveis para
a organização. Por exemplo,
mesas, papeis, computadores, Recurso material, é ligado aos
Recursos meios físicos que são utilizados
Materiais prédios etc.
pela intituição na produção de
seu produto final, podendo ser
Sentido estrito: podemos definir um produto material ou serviços
em

Recuso Patrimonial, são os meios


físicos destinados à manutenção
das atividades de uma
organização.

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Outra definição importante é que os recursos materiais não são bens permanentes,
enquanto os recursos patrimoniais o são.
Exposto essa diferenciação, vamos definir Administração de Materiais:

Administração •O conjunto de atividades conduzidas em uma organização, visando a


de Materiais maximizar a utilização dos recursos da empresa.

Em outras palavras, maximizar a utilização de recursos significa evitar o desperdício.


Esse é o objetivo principal da administração de materiais. Porém, para alcançar esse
objetivo primário, a gestão de materiais contém objetivos secundários, a saber:

•Suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas,


Objetivos sencudários
na qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os
Administração de
da maneira e no local apropriados, praticando preços
Materiais
econômicos e minimizando estoques.

Para cumprir esses objetivos, GONÇALVES (2007) define as grandes funções da


administração de materiais:
Compras: a função de Compras pode ser dividida em compras no mercado interno
e importações. Toda compra envolve fornecedores, contratos (licitações), tomada de
preços, pedido de compras (prazos, condições de pagamento, etc.), transporte e
controle no recebimento da mercadoria. Caso haja importações, os compradores
deverão ter conhecimento das leis e guias de importação, bem como dos processos
envolvendo órgão do governo federal mediador das importações.
Transporte: a função de Transportes envolve do fornecedor até o espaço físico de
estocagem pode ser feita interna ou por terceiros. Caso seja interna, envolve o
processo de gerenciamento e distribuição das cargas. Se externa, envolve a
contratação de transportadoras (rodoviárias, ferroviárias, aéreas ou marítimas).
Armazenagem e conservação: as funções de Armazenagem e Conservação
envolvem todos os processos de recebimento das mercadorias, controle de qualidade
e fechamento contra o pedido de compra, catalogação dos itens conforme codificação
do estoque, armazenagem no local físico (localização) designado para os itens e
contabilização dos itens.
Manipulação e Controle de estoques: As funções de Manipulação e Controle dos
Estoques envolvem todos os processos de requisição e devolução de itens em seja
para fabricação, consumo ou revenda. Cada um desses processos é composto por
subprocessos legais. Caso a retirada de itens seja para venda e entrega em um
cliente, um processo de emissão de notas fiscais para circulação de mercadorias
(pode ser o faturamento direto) deve ser incluído para esta função.

Segundo Chiavenato a administração materiais: “envolve a totalidade dos


fluxos de materiais da empresa, desde a programação de materiais,
compras, recepção, armazenamento no almoxarifado, movimentação de

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matérias, transporte interno e armazenamento no depósito de produtos


acabados”.

E o que isso tudo quer dizer?


Quer dizer que, dentro de um processo de produção, a administração de materiais
precisa coordenar:

Deve sempre manter uma quantidade mínima para


A quantidade
suprir a demanda

Administração de
materiais dentro do O material deve estar disponível sempre que for
O tempo
processo produtivo necessário
controla

O material deve estar no local certo, no tempo


A localização certo e na quantidade certa. Por isso, a localização
deve ser próxima de seu local de uso

6. Classificação de Materiais
A classificação é necessária para aperfeiçoar o controle dos estoques, visando à
identificação, codificação e catalogação de todos os itens da empresa.

Segundo Fernandes (1981) “A classificação de materiais surge por


necessidade, uma vez que com o aumento da industrialização e da
introdução da produção em série, foi necessário, para que não ocorressem
falhas de produção devido à inexistência ou insuficiência de peças em
estoque”.

Trata-se de um procedimento de unir de materiais por características parecidas,


servindo de informação gerencial ao administrador de materiais, que se torna capaz
de voltar sua atenção a determinadas categorias, ao invés de tentar, em vão, lidar
com uma infinidade de itens de materiais.
Um sistema de classificação deve ser detentor de alguns atributos para que seja
eficiente. Segundo Viana (2000), essas qualidades são:

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•a classificação deve abordar uma série de características dos materiais,


caracterizando-os de forma abrangente. Aspectos físicos, financeiros,
Abrangência
contábeis. São todos fundamentais em um sistema de classificação
abrangente.

•a classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor


Praticidade
procedimentos complexos.

•Segundo Viana (2000), um sistema de classificação flexível é aquele que


permite interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo a obter
Flexibilidade uma visão ampla da gestão de estoques. Enquanto a abrangência tem a ver
com as características do material, a flexibilidade refere-se à “comunicação”
entre os tipos

Além das qualidades acima, um sistema de classificação de materiais deve ter certos
princípios, os quais dão as características específicas para cada grupo na classificação
de materiais:

•arrolamento de todos os itens de material existentes em estoque,


CATALOGAÇÃO
permitindo uma ideia geral do conjunto;

•redução da diversidade de itens de material em estoque que se


destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itens de material que
são empregados para a mesma finalidade, com o mesmo resultado –
SIMPLIFICAÇÃO
indiferentemente, opta-se pela inclusão no catálogo de materiais de
apenas um deles. A simplificação é uma etapa que antecede a
padronização

•minuciosa do material, possibilitando sua individualização em uma


ESPECIFICAÇÃO
linguagem familiar ao mercado

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•estabelecimento de normas técnicas para os itens de material em si,


ou para seu emprego com segurança. Pode-se dizer, da mesma
forma, que a normalização de itens de material é necessária para a
NORMALIZAÇÃO
consecução da padronização em sua completude. A entidade oficial
de normalização no Brasil é a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT);

•uniformização do emprego e do tipo do material. Facilita o diálogo


com o mercado, facilita o controle, permite a intercambialidade de
PADRONIZAÇÃO
sobressalentes ou demais materiais de consumo (peças, cartuchos
de impressoras padronizadas, bobinas de fax etc.);

•atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item de


material, de forma que essa informação, compilada em um único
CODIFICAÇÃO
código, represente as características do item. Cada item terá, assim,
um único código.

6.1. Tipos de Classificação


O sistema de classificação é de extrema importância para qualquer área de controle
de materiais, pois, não havendo um sistema eficiente, não há como existir um
planejamento de estoques, compras e despachos corretos, nem mesmo controle de
utilidade dos itens.
Existem inúmeros critérios para a classificação de materiais. Tais critérios são
determinados com base nas informações do gestor de materiais. Vejamos quais os
principais tipos de classificação2:
Por tipo de demanda: é de grande uso nas empresas. A mesma se divide em:

•São materiais que tem a demanda imprevisível e não há parâmetros


Materiais NÃO para o ressuprimento. Esses materiais são de consumo imediato, ou
de estoque seja, são adquiridos quando há demanda e imediatamente consumidos,
não havendo regularidade de consumo nem de compra.

•São materiais que devem existir nos estoques para uso atual e futuro.
Materiais de
Geralmente, para que não haja falta são criados mecanismos de
estoque
ressuprimento automático.

Os materiais de estoque se subdividem em:

2
VIANNA, 2006, p. 62

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Quanto à aplicação:
Materiais produtivos: É todo material ligado direta ou indiretamente ao processo
produtivo.
Matérias primas: São os materiais básicos e insumos que compõem os itens iniciais
e fazem parte do processo produtivo.
Produtos em fabricação: São os materiais em processamento, ou seja, são os que
estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais no
almoxarifado porque já não são mais matérias-primas, nem no estoque final porque
ainda não são produtos acabados.
Produtos acabados: produtos já prontos.
Materiais de manutenção: materiais usados em manutenção.
Materiais improdutivos: materiais que não fazem parte do produto no processo
produtivo.
Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores
da empresa.

Quanto ao valor econômico:


Para que se se tenha sucesso na gestão de estoques é necessário que se separe de
forma clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de
consumo. Para isso, existe a chamada de curva ABC ou Curva de Pareto. Nessa é
determinado à importância dos materiais em função do valor expresso pelo próprio
consumo em determinado período.

Para Gonçalves (2007), o principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de


maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão mais refinada,
especialmente por representarem altos valores de investimentos e, muitas vezes,
com impactos estratégicos para a sobrevivência da organização.

Materiais A • materiais de grande valor de consumo


Materiais B • materiais de médio valor de consumo
Materiais C • materiais de baixo valor de consumo

Os percentuais aproximados (e não fixos) são os relacionados abaixo:

% do critério % Qtde aproximada


CLASSE
selecionado em estoque
A 80% 20%
B 15% 30%
C 5% 50%

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A CURVA ABC baseia-se no princípio de que a maior parte do investimento está


concentrada em um pequeno número de itens. Aplicando-se este conceito à gestão
de estoques, obtemos uma ferramenta de gestão de estoques, através da qual é
possível a identificação dos itens de maior valor financeiro em estoque (ou maior
valor de demanda), e sobre eles exercer uma gestão mais refinada.

Quanto à importância operacional:


Esta classificação aprecia a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade para
se obter o material.

Materiais X •materiais de aplicação não importante, com similares na empresa

Materiais Y •materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar

•materiais de tal importância que, sem similar na empresa, sua falta


Materiais Z
causa paralisação da produção

Para essa classificação, deve-se responder o seguinte:

É Fácil Existe A compra do CLASSE


imprescindível? Aquisição? similar? original/similar é
fácil?
SIM NÃO NÃO - Z
SIM SIM NÃO - Y
NÃO NÃO SIM NÃO Y
SIM SIM SIM SIM X
NÃO SIM SIM SIM X

Materiais Críticos
Classificação que é muito utilizada por indústrias. São materiais com sua reposição
específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como base o
risco. A quantidade de material classificada como crítico deve ser mínimo. Os
materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios:

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Críticos por problemas de obtenção: material importado;


único fornecedor; falta no mercado; estratégico e de difícil
obtenção ou fabricação.

Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado


com alto custo de armazenagem ou de transporte.

Críticos por problemas de armazenagem ou transporte:


Classificação Materiais
materiais perecíveis, de alta periculosidade, elevado peso ou
Críticos
grandes dimensões.

Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso

Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de


reposição ou para equipamento vital da produção.

Perecibilidade
Diz-se perecível aquele material com a possibilidade de extinção de suas
propriedades físico-químicas, geralmente pelo fator tempo. assim, quando a empresa
adquire um material para ser usado em um período, e nesse período o consumo não
ocorre, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem
por longos períodos.
Quanto à possibilidade de se extinguirem, os materiais podem ser classificados em
perecíveis e não perecíveis.

Periculosidade
O uso dessa classificação permite a identificação de materiais que devido a suas
características físico-químicas, podem oferecer risco à segurança, seja ela no
manuseio, transporte, armazenagem.

Possibilidade de fazer ou comprar


Esta classificação visa determinar quais os materiais que poderão ser
recondicionados, fabricados internamente ou comprados:

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Fazer internamente: fabricados na empresa

Comprar: adquiridos no mercado


Fazer ou
comprar
Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise de custos

Recondicionar: materiais passíveis de recuperação sujeito a análise de


custos

Nesse contexto de decidir entre comprar ou fazer – que é tomada pela alta cúpula,
há duas possíveis estratégias:

•Tenta-se produzir internamente tudo o que for utilizado na


Verticalização
empresa

•Compra-se o máximo possível de itens que compõem o produto


Horizontalização final da empresa, mantendo na empresa apenas os processos
fundamentais (core processes)

Materiais permanentes ou de consumo:


Esta é basicamente uma classificação contábil, pois se refere à natureza de despesa,
no âmbito do SIAFI.

Material de • Em razão de seu uso rotineiro, normalmente perde a identidade


Consumo física e tem sua utiliazação limitada a dois anos

Material • É aquele que, mesmo em rezão de seu uso rotineiro, não perda
Permanente a identidade física, tendo durabilidade superior a dois anos.

Dificuldade de Aquisição
Os materiais podem ser classificados pelo grau de dificuldade de serem encontrados
no mercado para aquisição:

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Fabricação
•envolve encomendas especiais com cronograma de fabricação longo
especial

Escassez no •há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o processo


mercado produtivo

Sazonalidade •há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano

Monopólio ou
tecnologia •dependência de um único fornecedor
exclusiva
Logística
•material de transporte especial, ou difícil acesso
sofisticada

•os materiais sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou


Importações
financiamentos externos

QUADRO SINÓPTICO DOS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO


CLASSIFIC. OBJETIVO VANTAGEM DESVANTAGEM APLICAÇÃO
Demonstrar os
Não fornece Fundamental. Deve ser
Materiais de maior materiais de
Valor de análise de utilizada em conjunto
valor (consumo) grande
consumo importância com importância
método ABC investimento no
operacional operacional
estoque

Importância dos Não fornece


Demonstra os Fundamental. Deve ser
Importância materiais para análise
materiais vitais utilizada em conjunto
operacional funcionamento da econômica dos
para a empresa com valor de consumo
empresa estoques

Básica. Deve ser


Identifica os materiais sujeitos à
Se o material é utilizada com
Perecibilidade perda por perecimento, facilitando
perecível ou não classificação de
armazenagem e movimentação.
periculosidade
Básica. Deve ser
Grau de Determina incompatibilidade com
utilizada com a
Periculosidade periculosidade de os outros materiais, facilitando
classificação de
material armazenagem e movimentação.
perecibilidade

Se o material deve
ser comprado, Facilita a organização da Complementar para os
Fazer ou
fabricado programação e planejamento de procedimentos de
comprar
internamente ou compras compras
recondicionado.

Complementar para os
Dificuldade de Materiais de fácil
Agiliza a reposição de estoques procedimentos de
aquisição ou difícil aquisição
compras

Veja como irá cair na sua prova!

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QUESTÃO 01 (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funções precípuas do administrador


de materiais é minimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa,
visando economia e eficiência.

COMENTÁRIOS: Nessa questão temos uma pegadinha de prova. Uma das funções
precípuas do administrador de materiais é OTIMIZAR o uso dos recursos envolvidos
na área logística da empresa, visando economia e eficiência. Ou, a questão estaria
certa se falasse em MAXIMIZAR os recursos.
Gabarito: INCORRETA.

QUESTÃO 02 (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administração de materiais visa a


colocar os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo
à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa.

COMENTÁRIOS: Nessa questão, é cobrado conhecimentos sobre os objetivos


secundários da Administração de materiais. Não podemos esquecer que a gestão de
materiais contempla, inclusive, os materiais auxiliares.

•Maximizar a a utilização dos recursos da empresa, isto é, evitar o


desperdício, que pode se manifestar das mais diversas
Objetivo Principal
maneiras: excesso de estoque, aquisição de materiais
desnecessários ou de baixa qualidade etc.

•Suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas,


na qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da
Objetivo Secundário
maneira e no local apropriados, praticando preços econômicos e
minimizando estoques

Gabarito: CORRETA.

6.2. Classificação de Materiais


Assim como as pessoas, os materiais precisam ser identificados, isto é necessário,
pois eles devem apresentar um caráter único dentro de uma organização. A
classificação dos itens de material é um procedimento necessário a fim de racionalizar
o controle de materiais em estoque.

Uma boa identificação de materiais garante que o mesmo atenda às especificações


da organização, conforme a necessidade de cada área, com a qualidade desejada. A
correta identificação de materiais permite:

 Padronização de materiais e equipamentos utilizados na organização;

 Maior ganho de escala na compra e redução de custos

 Aumento na agilidade nos processos de compras

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 Otimização da gestão de estoques, redução de falhas (materiais ativos e


inativos).

O termo classificação de materiais caracteriza a atividade de identificar, codificar e


catalogar os materiais de uma organização. A classificação de materiais surge por
necessidade, uma vez que com o aumento da industrialização e da introdução da
produção em série, foi necessário, para que não ocorressem falhas de produção
devido à inexistência ou insuficiência de peças em estoque.

Trata-se de um procedimento de aglutinação de materiais por características


semelhantes, servindo de informação gerencial ao administrador de materiais, que
se torna capaz de voltar sua atenção a determinada(s) categoria(s) de material(is),
ao invés de tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de materiais. Sem uma
classificação de materiais bem definida, seria quase impossível ao gestor de materiais
administrar seus estoques.

Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente


de bem classificar os materiais da empresa. Classificar materiais é reunir itens de
estoque de acordo com suas características semelhantes. O sistema classificatório
permite identificar e decidir prioridades referentes a suprimentos na empresa. Uma
eficiente gestão de estoques, em que os materiais necessários ao funcionamento da
empresa não faltam, depende de uma boa classificação dos materiais.

Segue abaixo um quadro resumo com as principais vantagens da classificação de


materiais:

Uniformizar a linguagem na área da administração de suprimentos

Eliminar a duplicidade de itens em estoque

Considerar a possiblidade de intercâmbio entre os materiais a serem


gerenciados

Tornar a padronização efetiva, simplificando procedimentos

Facilitar a troca de serviços e cooperação entre as diferentes área da


organização

Facilitar processos de integração entre os diferentes elos da cadeia de


suprimentos

Considerar, simultaneamente, necessidades totais de aquisição e/ou


utilização

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Dentro das empresas existem vários tipos de classificação de materiais. Estudaremos


somente os mais comuns e conhecidos, o que lhe permitirá entender o processo e,
se necessário, adaptá-los às necessidades de cada empresa.

Um sistema de classificação deve possuir determinadas qualidades (ou atributos) que


o torne satisfatório. Para Viana (2006) um bom método de classificação deve ter
algumas características: ser abrangente, flexível e prático.

• Deve tratar de um conjunto de características, em vez de reunir apenas


materiais para serem classificados. Os aspectos físicos, financeiros e
Abrangência
contábeis são todos fundamentais em um sistema de classificação
abrangente.

• Deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação de modo


que se obtenha ampla visão do gerenciamento do estoque. Enquanto a
abrangência tem a ver com as características do material, a flexibilidade
Flexibilidade
refere-se à “comunicação” entre os tipos. Um sistema de classificação
flexível é aquele que permite interfaces entre os diversos tipos de
classificação, de modo a obter uma visão ampla da gestão de estoques.

• A classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor


Praticidade
procedimentos complexos.

Além dos atributos de um sistema de classificação, há de se abordar as etapas (ou


princípios) que regem a classificação de materiais, conforme listados a seguir:

Catalogação Simplificação Especificação

Normalização Padronização Codificação

 Catalogação: arrolamento de todos os itens de material existentes em


estoque, permitindo uma ideia geral do conjunto;

 Simplificação: redução da diversidade de itens de material em estoque que


se destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itens de material que são
empregados para a mesma finalidade, com o mesmo resultado –

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indiferentemente, opta-se pela inclusão no Catalogação Simplificação


Especificação Normalização Padronização Codificação catálogo de materiais
de apenas um deles.

 Identificação (Especificação): descrição minuciosa do material,


possibilitando sua individualização em uma linguagem familiar ao mercado;

 Normalização: estabelecimento de normas técnicas para os itens de


material em si, ou para seu emprego com segurança. Pode-se dizer, da
mesma forma, que a normalização de itens de material é necessária para a
consecução da padronização em sua completude. A entidade oficial de
normalização no Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT);

 Padronização: uniformização do emprego e do tipo do material. Facilita o


diálogo com o mercado, facilita o controle, permite a intercambialidade de
sobressalentes ou demais materiais de consumo (peças, cartuchos de
impressoras padronizadas, bobinas de fax etc.);

 Codificação: atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item


de material, de forma que essa informação, compilada em um único código,
represente as características do item. Cada item terá, assim, um único
código. Dessa maneira, é através da classificação que os itens em estoque
são agrupados segundo determinados critérios, sejam eles peso, forma,
dimensões, tipo, uso etc. O resultado é a otimização dos controles de
estoque, dos procedimentos de armazenagem e da operacionalização dos
almoxarifados (= locais de armazenagem dos itens de material, na
organização).

FIQUE ATENTO

• É importante saber estas etapas de classificação, são comuns perguntas


sobre este assunto!! NÃO PERCA A CHANCE DE ACERTAR ESTA QUESTÃO!!

QUESTÃO 03 (CESPE - 2014 - ICMBIO - Analista Administrativo) A abrangência, a


flexibilidade e a praticidade constituem atributos para a classificação de materiais.
COMENTÁRIOS: Ao se cadastrar os materiais devemos levar em consideração três
atributos:

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- Abrangência: o sistema de classificação deve ABRANGER A TOTALIDADE DOS


MATERIAIS DE UMA ORGANIZAÇÃO.

- Flexibilidade: o sistema de classificação deve SE ADAPTAR A NOVAS CONDIÇÕES.

- Praticidade: o sistema de classificação deve ser PRÁTICO, OU SEJA, DE FÁCIL


COMPREENSÃO E UTILIZAÇÃO.

MNEUMONICO:

Flexibilidade
Abrangência
Praticidade
Gabarito: Questão CORRETA.

6.3. Tipos de Classificação


Existem diferentes maneiras de se classificar o material dentro das organizações,
cada uma poderá adotar seu critério. Alguns dos critérios para tal classificação estão
relacionados abaixo:

Para Viana (2006, p.52-63) os principais tipos de classificação são:

a) Por tipo e demanda

b) Materiais Críticos

c) Perecibilidade

d) Periculosidade

e) Possibilidade de fazer ou comprar

f) Tipos de estocagem

g) Dificuldade de aquisição

h) Mercado fornecedor

Agora vamos entrar no detalhe de cada tipo de classificação para melhorar o


entendimento:

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a) Por tipo de demanda

A classificação por tipo de demanda é uma classificação bastante utilizada nas


empresas. Ela se divide em materiais não de estoque e materiais de estoque.

 Materiais não de estoque

São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros
para o ressuprimento. Esses materiais são utilizados imediatamente, ou seja, a
inexistência de regularidade de consumo faz com que a compra desses materiais
somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião em que isso se faça
necessário.

O usuário é que solicita sua aquisição quando necessário. Devem ser comprados para
uso imediato e se forem utilizados posteriormente, devem ficar temporariamente no
estoque.

 Materiais de estoques

São materiais que devem sempre existir nos estoques para uso futuro e para que
não haja sua falta são criadas regras e critérios de ressuprimento automático. Devem
existir no estoque, seu ressuprimento deve ser automático, com base na demanda
prevista e na importância para a empresa. Os materiais de estoque se subdividem
ainda:

Quanto à aplicação

Quanto ao valor de consumo

Quanto à importância operacional

Quanto à aplicação eles podem ser:

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 Materiais produtivos: compreendem todo material ligado direta ou


indiretamente ao processo produtivo (madeira em indústria de móveis).

 Matérias primas: materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais


e fazem parte do processo produtivo (bancos de carros na indústria
automotiva).

 Produtos em fabricação (intermediário): também conhecidos como materiais


em processamento são os que estão sendo processados ao longo do processo
produtivo. Não estão mais no almoxarifado porque já não são mais matérias-
primas, nem no estoque final porque ainda não são produtos acabados.

 Produtos acabados: produtos já prontos (cadeira, computador).

 Materiais de manutenção: materiais aplicados em manutenção com utilização


repetitiva (rolamentos, buchas)

 Materiais improdutivos: materiais não incorporados ao produto no processo


produtivo da empresa (óleo, gás)

 Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos


setores da empresa (material de escritório).

Quanto ao valor do consumo:

Para que se alcance a eficácia na gestão de estoque é necessário que se separe de


forma clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de
consumo. Para fazer essa separação nós contamos com uma ferramenta chamada
de curva ABC ou Curva de Pareto, ela determina a importância dos materiais em
função do valor expresso pelo próprio consumo em determinado período.

O Método da Curva ABC ou Princípio de Pareto (ou, ainda, Curva 80-20), é uma
ferramenta segundo a qual os itens de material em estoque são classificados de
acordo com sua importância, geralmente financeira.

O principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de maior valor de demanda


e sobre eles exercer uma gestão mais refinada, especialmente por representarem
altos valores de investimentos e, muitas vezes, com impactos estratégicos para a
sobrevivência da organização. Devemos frisar que, na sistemática da Curva ABC, os
itens de material em estoque são usualmente classificados de acordo com seu valor
financeiro, mas existe a possibilidade de adoção de outros critérios, como, por
exemplo, impacto na linha de produção, ou, itens mais requisitados pelos setores da
organização.

Os materiais são classificados em materiais:

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 Materiais A: materiais de grande valor de consumo - itens de maior relevância

 Materiais B: materiais de médio valor de consumo - itens de importância


intermediária

 Materiais C: materiais de baixo valor de consumo - itens de menor relevância


em estoque

CLASSE % CRITÉRIO % QUANTIDADE APROXIMADA


SELECIONADO EM ESTOQUE

A 80% 20%

B 15% 30%

C 5% 50%

A representação gráfica da curva ABC é apresentada a seguir, adotando-se, como


critério, o valor dos itens em estoque:

De forma geral, os itens A correspondem a apenas 20% do quantitativo de materiais


em estoque. No entanto, apesar dos poucos itens em estoque, esses itens somam

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aproximadamente 80% do valor acumulado nos almoxarifados. Assim, concluímos


que os itens A possuem as características de “poucos itens em estoque e alto valor
de consumo acumulado”.

A Classificação ABC é uma ferramenta de gestão de estoques, através da qual é


possível a identificação dos itens de maior valor financeiro em estoque (ou maior
valor de demanda), e sobre eles exercer uma gestão mais refinada.

Quanto à importância operacional:

Esta classificação leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade


para se obter o material. Os materiais são classificados em materiais:

 Materiais X: materiais de aplicação não importante, com similares na empresa;

 Materiais Y: materiais de média importância para a empresa, com ou sem


similar;

 Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar na empresa, e sua falta


ocasiona paralisação da produção.

Quando ocorre a falta no estoque de materiais classificados como “Z”, eles provocam
a paralisação de atividades essenciais e podem colocar em risco o ambiente, pessoas
e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos em curto prazo.

Os materiais classificados como “Y” são também imprescindíveis para as atividades


da organização. Entretanto podem ser facilmente substituídos em curto prazo.

Os itens “X” por sua vez são aqueles que não paralisam atividades essenciais, não
oferecem riscos à segurança das pessoas, ao ambiente ou ao patrimônio da
organização e são facilmente substituíveis por equivalentes e ainda são fáceis de
serem encontrados.

Uma desvantagem de se utilizar a classificação de materiais do tipo importância


operacional é que ela não fornece análise econômica dos estoques.

b) Materiais Críticos

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Esta classificação é muito utilizada por indústrias. São materiais de reposição


específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como base o
risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem
permanecer estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle
de obsolescência. A quantidade de material cadastrado como material crítico dentro
de uma empresa deve ser mínima.

Os materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios:

Críticos por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no


mercado; estratégico e de difícil obtenção ou fabricação.

Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de
armazenagem ou de transporte.

Críticos por problemas de armazenagem ou transporte: materiais perecíveis, de alta


periculosidade, elevado peso ou grandes dimensões.

Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso

Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de reposição ou para


equipamento vital da produção.

c) Perecibilidade

Trata-se de uma classificação que leva em conta o desaparecimento das propriedades


físico-químicas do material. Muitas vezes, o fator tempo influencia na classificação;
assim, quando a empresa adquire um material para ser usado em um período, e
nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderá não ser mais necessária,
o que inviabiliza a estocagem por longos períodos.

Quanto à possibilidade de se extinguirem, seja dentro do prazo previsto para sua


utilização, seja por ação imprevista, os materiais podem ser classificados em:
perecível e não perecível.

Gêneros alimentícios, vacinas, materiais para testes laboratoriais, entre outros, são
considerados perecíveis, já que estão sujeitos à deterioração e à decomposição.

Os perecíveis podem ser ainda subdivididos em perecíveis por:

 Ação higroscópica: ex. sal, cal virgem;

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 Pela limitação do tempo ex. alimentos, remédios;

 Instabilidade: ex. ácidos, óxido de etileno;

 Volatilidade: ex. amoníaco, éter;

 Contaminação da água: ex. óleo para transformadores;

 Contaminação por partículas sólidas: ex. graxas;

 Gravidade: ex. eixos de grande comprimento;

 Quebra, colisão ou vibração: ex. vidro, cristais;

 Mudança de temperatura: ex. vedantes de borracha;

 Ação da luz: ex. filmes fotográficos;

 Atmosfera agressiva: ex. ácidos, cloro;

 Ação de animais: ex. grãos, madeira.

A utilização da classificação por perecimento permite as seguintes medidas:

 Determinar lotes de compra mais racionais, em função do tempo de


armazenagem permitido;

 Programar revisões periódicas para detectar falhas de estocagem a fim


de corrigi-las e baixar materiais sem condições de uso;

 Selecionar adequadamente os locais de estocagem, usando técnicas


adequadas de manuseio e transporte de materiais, bem como transmitir
orientações aos funcionários envolvidos quanto aos cuidados a serem
observados.

d) Periculosidade

Materiais perigosos são aqueles que oferecem risco, em especial durante as


atividades de manuseio e transporte. Nesta categoria, estão inseridos os explosivos,
líquidos e sólidos inflamáveis, materiais radioativos, corrosivos, oxidantes etc.

e) Possibilidade de fazer ou comprar

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Esta classificação tem por objetivo prover a informação de quais materiais poderão
ser produzidos internamente pela organização, e quais deverão ser adquiridos no
mercado. As categorias de classificação podem ser assim listadas:

 Materiais a serem produzidos internamente;

 Materiais a serem adquiridos;

 Materiais a serem recondicionados (recuperados) internamente;

 Materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de análise caso-a- caso


pela organização).

A decisão sobre produzir ou adquirir um item de material no mercado é tomada pela


cúpula da organização, considerando os custos e a estrutura envolvida. Nesse
contexto, há duas estratégias possíveis: a verticalização e a horizontalização:

 Verticalização: Produz-se (ou tenta-se produzir) internamente tudo o que


puder. Essa estratégia foi dominante nas grandes empresas, até o final do
século passado, no intuito de assegurar a independência de terceiros (ex:
General Motors). Mais raramente, há empresas que ainda se esforçam na
verticalização de seus negócios (um exemplo seria a Faber-Castell que, na
última década, esforçou-se na conquista da autossuficiência no plantio de
madeira, matéria-prima na confecção de lápis). No entanto, verticalizar
mostrou-se um negócio arriscado, já que se corre o risco da empresa ficar
“engessada”, ou seja, a imobilização de recursos pode tornar o negócio pouco
flexível.

 Horizontalização: Compra-se de terceiros o máximo de itens que irão compor


o produto final. Esta estratégia é a grande tendência das empresas modernas).
De modo geral, apenas os processos fundamentais (chamados core processes)
não são terceirizados, por razões de segredos tecnológicos.

O quadro abaixo sumariza as vantagens e desvantagens dessas estratégias:

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Vantagens Desvantagens

- Independência de - Perda de flexibilidade (a


terceiros; empresa fica
“engessada”);
- Maiores lucros;
Verticalização
- Maior investimento
- Manutenção de segredo (maiores custos).
sobre tecnologias
próprias.

- Garantia de - Perda de controle


flexibilidade à empresa; tecnológico;

Horizontalização - Menores custos (não há - Dependência de


despesa na criação de terceiros;
estruturas internas).
- Lucros menores.

f) Tipos de estocagem

Os materiais podem ser classificados em materiais de estocagem permanente e


temporária. Veja o detalhamento abaixo:

 Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que


necessitam de ressuprimento constantes.

 Temporária: materiais de utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é


um material não de estoque.

g) Dificuldade de aquisição

Os materiais podem ser classificados por suas dificuldades de compra em materiais


de difícil aquisição e materiais de fácil aquisição. As dificuldade podem advir de:

 Fabricação especial: envolve encomendas especiais com cronograma de


fabricação longo;

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 Escassez no mercado: há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o


processo produtivo;

 Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados períodos do


ano;

 Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência de um único fornecedor;

 Logística sofisticada: material de transporte especial, ou difícil acesso;

 Importações: os materiais sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou


financiamentos externos.

h) Mercado fornecedor

Esta classificação está intimamente ligada à anterior e a complementa. Assim temos:

 Materiais do mercado nacional: materiais fabricados no próprio país;

 Materiais do mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país;

 Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão


desenvolvendo fornecedores nacionais.

PONTO DE ATENÇÃO:

•Pode-se ter o mesmo item com classificação diferente, pois a classificação pode
depender de critérios específicos, por exemplo: Um estoque de chapas de aço, não é
porque todos materiais são chapas de aço que terão a mesma classificação, a aplicação
pode ser diferente, logo a classificação será diferente.

6.4. ATRIBUTOS PARA CLASSSIFICAÇÃO

 Materiais Permanentes e de Consumo

A classificação de um bem como permanente ou de consumo é, predominantemente,


uma classificação contábil, pois é referente à Natureza de Despesa, no âmbito do
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI). De modo
geral, podemos traçar as seguintes definições:

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• É aquele que, em razão de seu uso corrente,


Material de
perde normalmente sua identidade física e/ou tem
Consumo
sua utilização limitada a dois anos.

• É aquele que, em razão de seu uso corrente, não


Material perde sua identidade física, mesmo quando
Permanente incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma
durabilidade superior a dois anos.

A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, através do artigo 3º de


sua Portaria nº 448/2002, apresenta 5(cinco) condições excludentes para a
classificação de um bem como permanente. De acordo com essa norma, é material
de consumo aquele que se enquadrar em um ou mais dos seguintes quesitos:

“Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os seguintes parâmetros


excludentes, tomados em conjunto, para a identificação do material
permanente:

I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as


suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;

II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço


ou deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua
identidade;

III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que


se deteriora ou perde sua característica normal de uso;

IV - Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não


podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal; e

V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação.”

Existe uma redação mais atual destes critérios é apresentada pelo Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (Portaria Conjunta STN/SOF nº 01/11):

“Um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos
critérios a seguir:

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- Critério da Durabilidade (...);

- Critério da Fragilidade (...);

- Critério da Perecibilidade (...);

- Critério da Incorporabilidade (...);

- Critério da Transformabilidade (...)”

Usualmente, este conteúdo é cobrado de forma simples em concursos. De qualquer


modo, vale a pena decorar os (cinco) critérios acima.

VEJA COMO É COBRADO EM PROVAS

QUESTÃO 04. (CESPE / PETROBRAS / 2007 - adaptada) Além do controle de


estoques, a área de gestão de materiais engloba as atividades de compra,
almoxarifado, movimentação e distribuição de materiais.

Comentários: Todas as atividades listadas na afirmativa são efetivamente inerentes


à área de Gestão de Materiais. (Atenção: “almoxarifado”, no enunciado, refere-se à
atividade de armazenagem dos itens de material)

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 05. (CESPE / FUB / 2008) A conservação dos estoques em perfeito estado,
que tem por objetivo reduzir as perdas da organização, é uma atividade típica da
administração financeira.

Comentários: A conservação de estoques em perfeito estado é uma atividade típica


da Administração de Recursos Materiais.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 06. (IFC / UFSC / 2009) Em relação aos atributos para a classificação de
materiais, assinale a alternativa CORRETA.
a) Criatividade, inovação e flexibilidade.
b) Mudança, adaptação e estratégia.
c) Abrangência, criatividade e inovação.
d) Abrangência, flexibilidade e praticidade.

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e) Praticidade, estratégia e reorganização.

Comentários: Esta questão foi apresentada apenas para fixarmos o conteúdo


exposto anteriormente. Apesar de algumas das alternativas apresentarem algumas
iniciativas que são comuns a quase todas as atividades administrativas (busca pela
inovação e criatividade, por exemplo), os atributos inerentes à classificação de
materiais são os 3 mencionados anteriormente: abrangência, flexibilidade e
praticidade.

Gabarito da questão: A alternativa D está correta

QUESTÃO 07. (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificação, especificação e normalização


são etapas da classificação de materiais.

Comentários: A assertiva acima está de acordo com o que vimos no que diz respeito
às etapas da classificação de materiais. Faltou apenas a menção à padronização, o
que não compromete o enunciado.

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 08. (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de uma oficina
mecânica, haja vários parafusos de diferentes tipos. Nessa situação, no controle de
estoque, todos os parafusos devem ser considerados um mesmo item de consumo,
atribuindo-se a esse item uma única codificação.

Comentários: Parafusos de diferentes tipos usualmente têm aplicações distintas.


Assim, não há de se falar de simplificação, mas sim de uma especificação apropriada
para cada parafuso.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 09. (CESPE / TJ PA / 2006 - adaptada) Quanto ao tipo de demanda, os


materiais são classificados em materiais de estoque e não de estoque.

Comentários: Esta questão foi inserida na aula apenas para reforçar a assimilação
do conteúdo anterior.

Gabarito da questão: Certa

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Observação

• Em órgãos públicos, a aquisição dos materiais não de estoque, nos quais a


demanda é imprevisível, é feita, preferencialmente, mediante o chamado
Sistema de Registro de Preços, que será abordado posteriormente na aula
sobre compras governamentais.

QUESTÃO 10. (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado órgão público adquirir 50


cartuchos de toner para as suas impressoras a laser, tais produtos deverão ser
considerados como produtos acabados para o referido órgão.

Comentários: O produto acabado ou final é aquele referente à atividade fim da


organização. Em se tratando de órgãos públicos, o mais comum é que a atividade
fim seja um serviço, como a fiscalização de tributos ou da aplicação de leis, por
exemplo. Dessa forma, o uso de material de expediente, de informática, gráfico,
ferramentas, entre outros, não só não se constitui no produto final, como também
não são incorporados no produto final. São os chamados materiais auxiliares, como
o mencionado toner do enunciado da questão.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 11. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se utilizar a


classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece
análise econômica dos estoques.

Comentários: A vantagem da utilização da classificação do tipo importância


operacional é a obtenção da informação dos itens de material em estoque
considerados vitais para a organização, seja em termos de continuidade da produção
ou de segurança às pessoas, ao ambiente e ao patrimônio. Contudo, com base
apenas nesse tipo de classificação, o Gestor de Materiais não conseguirá saber quais
os itens em estoque responsáveis pelo maior valor financeiro, por exemplo. Este tipo
de informação é dada pela Classificação ABC (ou de Pareto), que veremos mais
adiante nesta aula.

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 12. (CESPE / IPOJUCA / 2009) A classificação XYZ é um método de análise


qualitativa que determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital.
Os itens X são aqueles considerados vitais ou críticos para a produção, sem similar
no hospital.

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Comentários: Na classificação XYZ, são os itens Z os detentores de alta criticidade


para a organização. Veja figura abaixo.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 13. (CESPE / CNPQ / 2011) O profissional que atua na administração de


materiais deve dedicar atenção ao controle dos materiais críticos, os quais devem ser
submetidos ao controle de obsolescência de forma contínua e periódica.

Comentários: Em Administração de Materiais, há o conceito de materiais críticos,


entendidos como aqueles que são merecedores de atenção especial do gestor, por
diversos motivos – sejam eles financeiros, operacionais, de segurança, entre outros.
As razões para a consideração de materiais como críticos podem ser assim listadas:

 Razões econômicas = materiais de alto valor, ou de custos significativos de


transporte e armazenagem;
 Razões de armazenagem, manuseio e transporte = materiais de alta
periculosidade, ou perecíveis, ou, ainda, de elevados peso e dimensão.
 Razões de planejamento = materiais de difícil previsão de consumo, pela
organização.

Com relação ao enunciado da questão, devemos, preliminarmente o que é a


obsolescência.

Obsolescência é o fenômeno que acarreta a inutilidade de determinado


item de material (ele se torna obsoleto), seja devido a inovações tecnológicas
(lembra dos disquetes?) ou por razões econômicas (quando o uso
sobressalentes, seguido da manutenção tornam-se mais caro do que a
aquisição de um novo produto).

Como foi apresentado anteriormente, materiais críticos podem assumir diferentes


aspectos, a depender da razão em pauta pelo Gestor de Materiais. Se a razão for
econômica, realmente há a necessidade de um controle de obsolescência (já
imaginou uma turbina de avião – material de alto custo – tornar-se obsoleta?). No
entanto, um material de alta periculosidade, ou de elevado peso, não tem a
necessidade diferenciada de controle de obsolescência. Uma forma de corrigirmos a
assertiva seria a exposta abaixo:

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O profissional que atua na administração de materiais deve dedicar atenção ao


controle dos materiais de alto valor financeiro, os quais devem ser submetidos ao
controle de obsolescência de forma contínua e periódica.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 14. (CESPE / CNPq / 2011) O profissional que atua na administração de


materiais deve classificar como materiais críticos aqueles que possuem demanda
previsível, os quais devem ser estocados com base no risco.

Comentários: Um material é considerado crítico, por razões de planejamento, caso


sua demanda seja imprevisível (ou, pelo menos, difícil de prever).

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 15. (FCC / METRÔ SP / 2008) No processo de gestão de materiais, a


classificação ABC é uma ordenação dos itens consumidos em função de um valor
financeiro. São considerados itens A os itens de estoque com as características de
poucos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado. (adaptada)

Comentários: Como vimos, de forma geral, os itens A correspondem a apenas 20%


do quantitativo de materiais em estoque. No entanto, apesar dos poucos itens em
estoque, esses itens somam aproximadamente 80% do valor acumulado nos
almoxarifados. Assim, concluímos que os itens A possuem as características de
“poucos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado”.

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 16. (FCC / MPE – SE / 2009) Na administração de materiais e patrimônio,


o princípio que se baseia no fundamento de que a maior parte do investimento está
concentrada em um pequeno número de itens denomina-se classificação ABC.

Comentários: O enunciado aborda o chamado Princípio de Pareto, fundamento da


classificação ABC. Aplicando-se este conceito à gestão de estoques, obtemos uma
ferramenta de gestão de estoques, através da qual é possível a identificação dos
itens de maior valor financeiro em estoque (ou maior valor de demanda), e sobre
eles exercer uma gestão mais refinada.

Gabarito da questão: Certa

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(CESPE / ABIN / 2010) Com base na figura abaixo, representativa de uma


curva ABC de estoque, julgue os itens subsequentes, questões 17 a 20.

QUESTÃO 17. Para a classificação dos itens de estoque nas seções I, II ou III da
figura, considera-se o valor unitário de cada um desses itens.

Comentários: Esta questão gerou dúvidas em vários fóruns de concursos após a


prova da ABIN. Creio que o melhor modo de abordá-la é através de um exemplo
prático. Tomemos o consumo de determinado almoxarifado, no mês de outubro de
2011:

Imagine que você é o gestor do almoxarifado acima, e deseja saber quais os itens
que podem ser classificados como A, no mês de outubro de 2011. O critério é o valor
total consumido. Por meio da coluna mais a direita da tabela, vemos que os itens 1
(impressora) e 2 (borracha) foram responsáveis por 80% do consumo no mês
considerado.

Note que, o que nos interessa é o total consumido, e não o valor unitário do item.
No exemplo acima, uma lapiseira (item 3) é mais cara que uma borracha (item 2),

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mas não podemos considerar a lapiseira como item A, já que o valor de seu consumo
total foi menor que o da borracha, e, como vimos, os itens 1 e 2 já respondem por
80% do valor de consumo no mês.

Observação: o exemplo acima, por ser extremamente simplificado, não traz consigo
a distinção entre itens B e C. Em síntese, o que vale para fins de classificação de um
item dentre as categorias A, B ou C é o valor total do consumo.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 18. Os itens pertencentes à seção III da figura exigem controle mais
apurado de movimentação e menor tolerância a erros de inventário.

Comentários: À seção III da figura acima correspondem os itens classificados na


categoria C. São itens mais numerosos, com menor valor de demanda, dispensando,
assim, menor controle por parte dos gestores de estoque.

Os itens que exigem controle mais apurado são os pertencentes à seção I – os


chamados itens A, geralmente menos numerosos, mas com alto valor relativo de
demanda.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 19. Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo a redução dos
custos dos estoques deve priorizar a redução dos lotes de compra dos itens alocados
na seção I da figura.

Comentários: Esta é a típica questão que exige a compreensão do conceito por


parte do candidato.

Devemos entender que os itens A – inseridos na seção I da figura – respondem por


grande parte do comportamento do estoque. Assim, caso o gestor queira minimizar
os gastos em itens em estoque, não haverá resultados significativos ao focar-se nos
itens C, por exemplo.

Estes itens, apesar de geralmente numerosos, são pouco onerosos à organização.

Fazendo uma analogia com nosso dia-a-dia: ao tentarmos reduzir nossos gastos nas
compras semanais de supermercado, surtirá mais efeito deixarmos de comprar um
azeite importado de R$ 30,00 do que economizarmos em sabonetes de R$ 0,60. O
azeite é o típico item A, ao passo que o sabonete, o C.

Gabarito da questão: Certa

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QUESTÃO 20. Os itens alocados na seção identificada por I, na figura, são chamados
itens A da curva ABC.

Comentários: É exatamente isso. Veja que a um pequeno percentual dos itens (eixo
X) corresponde um valor significativo da demanda (eixo Y). As seções II e III são
atinentes aos itens B e C, respectivamente.

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 21. (CETRO - 2013 – ANVISA) Como resultado de uma típica classificação
ABC de produtos, surgiram grupos divididos em três classes. Segundo a Classificação
ABC ou Teorema de Pareto, os produtos da Classe A são os principais itens em
estoque de alta prioridade e foco de atenção do gestor de materiais. (adaptada)

Comentários: A afirmativa está correta, pois os materiais Classe A são materiais


com maior valor devido à sua importância econômica. Estima-se que 20% dos itens
em estoque correspondam a 80% do valor em estoque.

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 22. (CESPE - 2013 - TCE-RO) Uma administração de materiais adequada,


que coordena a movimentação de suprimentos com as exigências da operação, deve
aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento, de modo a obter
vantagem da oposição das curvas de custo.

Comentários: É exatamente isso, a vantagem econômica vai aparecer quando a


operação é atendida a um custo competitivo.

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 23 (CESPE - 2012 - MPE-PI - Técnico Ministerial - Área Administrativa -


Cargo 10) A administração de materiais pode ser conceituada como um sistema
integrado que garante o suprimento da organização, no tempo oportuno, na
quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo

Comentários: A administração de materiais tem como objetivo prover o material


correto, no local de operação certo, no instante exato e em condição utilizável ao
custo mínimo(BALLOU,1995).

A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho


dos estoques. Antes do momento oportuno acarretará estoques altos, acima das

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necessidades imediatas da organização. Após o momento oportuno poderá levar à


falta do material necessário ao atendimento das necessidades da empresa.

Também segundo Wagner Rabello, o desafio da administração de materiais


é otimizar a quantidade de materiais em estoque, de modo que não
haja excesso (por conta do custo alto) e, ao mesmo tempo, que
não falte material para que não ocorra o comprometimento da
produção. Ele cita o mestre Marco Aurélio P. Dias: “Descobrir fórmulas,
modelos matemáticos de redução de estoques, com criatividade
administrativa, sem um colapso da produção/vendas e aumento de custos
é o grande desafio”.

Gabarito da questão: Certa

7. Considerações Finais
É isso ai pessoal. Essa foi a nossa primeira aula. Espero que tenham gostado e que
juntos possamos terminar essa jornada rumo ao TRE-GO! Será dessa maneira que
conduziremos nossas aulas, muita teoria, muitos esquemas e várias questões

Então é isso! Obrigado, um forte abraço e até a próxima aula!

Tiago Zanolla
tiagozanolla@concurseiro24horas.com.br

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8. Questões apresentadas em aula


QUESTÃO 01 (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funções precípuas do administrador
de materiais é minimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da
empresa, visando economia e eficiência.

QUESTÃO 02 (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administração de materiais visa


a colocar os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo
certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa.

QUESTÃO 03 (CESPE - 2014 - ICMBIO - Analista Administrativo) A abrangência, a


flexibilidade e a praticidade constituem atributos para a classificação de materiais.

QUESTÃO 04. (CESPE / PETROBRAS / 2007 - adaptada) Além do controle de


estoques, a área de gestão de materiais engloba as atividades de compra,
almoxarifado, movimentação e distribuição de materiais.

QUESTÃO 05. (CESPE / FUB / 2008) A conservação dos estoques em perfeito estado,
que tem por objetivo reduzir as perdas da organização, é uma atividade típica da
administração financeira.

QUESTÃO 06. (IFC / UFSC / 2009) Em relação aos atributos para a classificação de
materiais, assinale a alternativa CORRETA.
a) Criatividade, inovação e flexibilidade.
b) Mudança, adaptação e estratégia.
c) Abrangência, criatividade e inovação.
d) Abrangência, flexibilidade e praticidade.
e) Praticidade, estratégia e reorganização.

QUESTÃO 07. (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificação, especificação e normalização


são etapas da classificação de materiais.

QUESTÃO 08. (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de uma oficina
mecânica, haja vários parafusos de diferentes tipos. Nessa situação, no controle de
estoque, todos os parafusos devem ser considerados um mesmo item de consumo,
atribuindo-se a esse item uma única codificação.

QUESTÃO 09. (CESPE / TJ PA / 2006 - adaptada) Quanto ao tipo de demanda, os


materiais são classificados em materiais de estoque e não de estoque.

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QUESTÃO 10. (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado órgão público adquirir 50


cartuchos de toner para as suas impressoras a laser, tais produtos deverão ser
considerados como produtos acabados para o referido órgão.

QUESTÃO 11. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se utilizar a


classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece
análise econômica dos estoques.

QUESTÃO 12. (CESPE / IPOJUCA / 2009) A classificação XYZ é um método de análise


qualitativa que determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital.
Os itens X são aqueles considerados vitais ou críticos para a produção, sem similar
no hospital.

QUESTÃO 13. (CESPE / CNPQ / 2011) O profissional que atua na administração de


materiais deve dedicar atenção ao controle dos materiais críticos, os quais devem ser
submetidos ao controle de obsolescência de forma contínua e periódica.

QUESTÃO 14. (CESPE / CNPq / 2011) O profissional que atua na administração de


materiais deve classificar como materiais críticos aqueles que possuem demanda
previsível, os quais devem ser estocados com base no risco.

QUESTÃO 15. (FCC / METRÔ SP / 2008) No processo de gestão de materiais, a


classificação ABC é uma ordenação dos itens consumidos em função de um valor
financeiro. São considerados itens A os itens de estoque com as características de
poucos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado. (adaptada)

QUESTÃO 16. (FCC / MPE – SE / 2009) Na administração de materiais e patrimônio,


o princípio que se baseia no fundamento de que a maior parte do investimento está
concentrada em um pequeno número de itens denomina-se classificação ABC.

QUESTÃO 17. Para a classificação dos itens de estoque nas seções I, II ou III da
figura, considera-se o valor unitário de cada um desses itens.

QUESTÃO 18. Os itens pertencentes à seção III da figura exigem controle mais
apurado de movimentação e menor tolerância a erros de inventário.

QUESTÃO 19. Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo a redução dos
custos dos estoques deve priorizar a redução dos lotes de compra dos itens alocados
na seção I da figura.

QUESTÃO 20. Os itens alocados na seção identificada por I, na figura, são chamados
itens A da curva ABC.

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QUESTÃO 21. (CETRO - 2013 – ANVISA) Como resultado de uma típica classificação
ABC de produtos, surgiram grupos divididos em três classes. Segundo a Classificação
ABC ou Teorema de Pareto, os produtos da Classe A são os principais itens em
estoque de alta prioridade e foco de atenção do gestor de materiais. (adaptada)

QUESTÃO 22. (CESPE - 2013 - TCE-RO) Uma administração de materiais adequada,


que coordena a movimentação de suprimentos com as exigências da operação, deve
aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento, de modo a obter
vantagem da oposição das curvas de custo.

QUESTÃO 23 (CESPE - 2012 - MPE-PI - Técnico Ministerial - Área Administrativa -


Cargo 10) A administração de materiais pode ser conceituada como um sistema
integrado que garante o suprimento da organização, no tempo oportuno, na
quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo

Comentários: A administração de materiais tem como objetivo prover o material


correto, no local de operação certo, no instante exato e em condição utilizável ao
custo mínimo(BALLOU,1995).

A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho


dos estoques. Antes do momento oportuno acarretará estoques altos, acima das
necessidades imediatas da organização. Após o momento oportuno poderá levar à
falta do material necessário ao atendimento das necessidades da empresa.

Também segundo Wagner Rabello, o desafio da administração de materiais


é otimizar a quantidade de materiais em estoque, de modo que não
haja excesso (por conta do custo alto) e, ao mesmo tempo, que
não falte material para que não ocorra o comprometimento da
produção. Ele cita o mestre Marco Aurélio P. Dias: “Descobrir fórmulas,
modelos matemáticos de redução de estoques, com criatividade
administrativa, sem um colapso da produção/vendas e aumento de custos
é o grande desafio”.

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GABARITOS

1–E 2-C 3–C 4–C 5–E 6–D 7–C 8–E

9–C 10 - E 11 – C 12 – E 13 – E 14 – E 15 – C 16 – C

17 – E 18 – E 19 – C 20 – C 21 – C 22 – C 23 - C

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