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Projeto de rede multimídia

1 Introdução

Neste artigo abordaremos o projeto de criação de um servidor multimídia utilizando o MediaTomb,


além de seu funcionamento, a arquitetura da rede indicada, os protocolos utilizados e os meios físicos
necessários para a construção da rede.

Definição :

Servidor de mídia

2 Arquitetura da Rede

Uma rede multimídia deve ser capaz de compartilhar arquivos de mídia digital (vídeos, áudio, fotos)
via rede, além de permitir que diversos dispositivos distintos (smartphones, computadores ou mesmo
Smart TVs) possam se conectar e compartilhar arquivos nela. É possível também fazer streaming via
rede de arquivos de mídia digital através da rede.

Para o projeto de rede multimídia, optamos por utilizar o MediaTomb, um servidor multimídia
compatível com cliente /UPnP, sendo esses clientes tanto dispositivos como aplicações (VLC,
XMBC).

2.1 Meios físicos

3 Servidores e Protocolos

3.1 DLNA

3.1.1 Definição

O DLNA é uma aliança formada atualmente por mais de 250 empresas de diversos setores,
dentre elas, 26 são responsáveis pelo seu desenvolvimento, como por exemplo, a SONY,
Intel, Microsoft, Motorola e diversas outras gigantes.

Atualmente, a aliança chamada DLNA é administrada por um conselho formado pelas


seguintes empresas: AwoX, Broadcom, Intel, Microsoft, Nokia, Panasonic, Samsung, Sony e
Technicolor; que tem como responsabilidade supervisionar o trabalho de outras quatro
comissões que respondem pelo setores de Marketing, Tecnologia, Ecossistema e
Certificações.
3.1.2 Funcionamento

O DLNA funciona com até três tipos de conexões, Wireless, Ethernet e MoCA (que é uma
outra aliança que existe a mais tempo e utiliza cabo coaxial). Outro ponto importante do
DLNA é facilitar a vida dos usuários com os diversos formatos de arquivos multimídia e
aplicativos diferentes

Características

Autor desconhecido.

Protocolos de comunicação
O DLNA é baseado em IPv4 que funciona através de redes IP, devido a esta característica
todos os dispositivos tem capacidade de se interconectarem de forma eficiente e prática, visto
que redes IP estão presentes na maioria das redes doméstica. Dessa forma fica fácil conectar
sua câmera digital através de uma rede Wireless a um sistema de armazenamento de conteúdo
multimídia que está conectado via cabos em uma rede Ethernet. Um detalhe importante é que,
apesar do padrão IPv4 ainda tem muito espaço no mercado, o IPv6 já está presente em
diversos dispositivos e é apenas questão de tempo para uma migração total, por isso é
importante salientar que os dispositivos DLNA tem suporte também ao protocolo IPv6.

Link Protection
O Link Protection é uma técnica utilizada pelo DLNA para proteger o conteúdo multimídia
que trafega dentro dos limites da sua rede domestica. Por exemplo, em uma rede
desprotegida, os dados seriam transmitidos em texto claro, e desta forma alguém com
conhecimento e com as ferramentas certas, poderia capturar os filmes, músicas e fotos que
trafegam na sua rede doméstica. Mas utilizando uma conexão segura através de métodos de
criptografia, torna praticamente impossível que algum roubo de conteúdo aconteça. Esse
método não é só algo para ajudar os usuários a protegerem seus documentos, como também
faz parte da proteção de conteúdos licenciados.
O Link Protection é baseado em duas tecnologias diferentes, o DTCP-IP e o WMDRM-ND,
estas duas tecnologias fornecem um canal de comunicação seguro entre a fonte e o destino.
Tanto uma quanto a outra utilizam técnicas de autenticação e transferência de conteúdos
diferentes, mas de modo geral são muito parecidas. O método de criptografia utilizado para
criar o cana seguro é o Advanced Encryption Standard de 128 bits(AES-128). Este método
de criptografia é uma exigência do DLNA para que conteúdos licenciados possam ser
transmitidos e reproduzidos

DTCP-IP

O Digital Transmission Content Protection – Internet Protocol (DTCP-IP) é uma tecnologia


especialmente adaptada para transmissão em redes IP. O DTCP foi criado inicialmente para o
padrão IEEE 1394 conhecido como FireWire e as conexões USB. Algum tempo e algumas
transformações depois ele foi padronizado para trabalhar sobre o padrão TCP/IP em redes
Ethernet e Wireless.

3.2 UPnP

Universal Plug and Play (UPnP) é uma família de protocolos, tem como função configurar
automaticamente dispositivos, descobertas de serviços e fornecimento de redes peer-to-peer
de transferência de dados sobre uma rede IP. O UPnP alavanca a suíte de protocolos IP padrão
para permanecer independente de mídia de rede. Os dispositivos em uma rede UPnP podem ser
conectados usando qualquer mídia de comunicação,inclusive radiofrequência (RF,sem fio), linha
telefônica, linha de energia, IrDA, Ethernet e IEEE 1394. Em outras palavras, qualquer meio que pode
ser usado para interligar dispositivos em rede pode permitir o UPnP. A única preocupação deve ser se
a mídia usada suporta a largura de banda necessária para o uso pretendido.

O UPnP usa protocolos abertos padrão como TCP/IP, HTTP e XML. Porém, outras tecnologias
podem ser usadas para interligar dispositivos em rede por muitas razões incluindo custo, requisitos
tecnológicos ou suporte a dispositivos legados. Estão incluídas tecnologias de conexão de rede como
HAVi, CeBus, LonWorks, EIB ou X10. Essas podem também participar da rede UPnP por meio de
uma ponte ou de um proxy UPnP.
3.3 HTTP

O HTTP é a sigla em língua inglesa para HyperText Transfer Protocol (Protocolo de


Transferência de Hipertexto), que consiste em um protocolo da camada de Aplicação do
modelo OSI utilizado para transferência de dados textuais na rede mundial de computadores,
a World Wide Web, podendo também transferir dados de hipermídia.

O protocolo HTTP faz a comunicação entre o cliente e o servidor através de mensagens. O


cliente envia uma mensagem de requisição de um recurso e o servidor envia uma mensagem
de resposta ao cliente com a solicitação. Segundo Foscarini (2001, p. 13), os dois tipos de
mensagens existentes no protocolo utilizam um formato genérico, definido na RFC 822, para
a transferência de entidades. Uma mensagem, tanto de requisição quanto de resposta, é
composta, conforme definido na RFC 2616 (Fielding et al, 1999, p. 21), por uma linha inicial,
nenhuma ou mais linhas de cabeçalhos, uma linha em branco obrigatória finalizando o
cabeçalho e por fim o corpo da mensagem, opcional em determinados casos. Nesta seção
serão apresentados os campos que compõem uma mensagem mais detalhadamente; ou seja, o
HTTP apresenta o sítio ou local onde está a página da Internet.

3.4 HTTPU, HTTPMU


O TCP/IP fornece uma pilha de protocolos básicos para proporcionar conectividade de rede entre
dispositivos UPnP. HTTPU (e HTTPMU) são variantes de HTTP definidas para distribuir mensagens
baseadas em UDP/IP, em vez de TCP/IP. Esses protocolos são usados pelo SSDP. Os formatos
básicos de mensagem usados por esses protocolos correspondem aos do HTTP e são necessários para
difusão seletiva (multicast) e para quando a distribuição de mensagens não exigir overhead associado
à confiabilidade.

3.5 SSDP
O SSDP (Simple Service Discovery Protocol), como o nome implica, define como os serviços de rede
podem ser descobertos na rede. Baseia-se em HTTPU e HTTPMU e define métodos para que um
ponto de controle localize recursos de interesse na rede, e para que dispositivos anunciem sua
disponibilidade na rede.

3,6 GENA
GENA (Generic Event Notification Architecture) foi definida com o intuito de proporcionar a
capacidade de enviar e receber notificações usando HHTP sobre TCP/IP e UDP de difusão seletiva.
Define também os conceitos de assinantes e editores de notificações para permitir eventos.

Os formatos GENA são usados no UPnP para criar os anúncios de presença a serem enviados usando
SSDP (Simple Service Discovery Protocol) e para fornecer a possibilidade de sinalizar alterações no
estado de serviço para eventos UPnP.

3.7 SOAP

O SOAP (Simple Object Access Protocol) define o uso de XML e HTTP para a execução de
chamadas de procedimento remotas. O SOAP pode usar o SSL (Secure Sockets Layer) para segurança
e usar os recursos de gerenciamento de conexão do HTTP, tornando assim a comunicação distribuída
pela Internet tão fácil quanto acessar páginas web.

Assim como em uma chamada de procedimento remota, o UPnP usa o SOAP para distribuir
mensagens de controle a dispositivos e devolver resultados ou erros aos pontos de controle.

Cada solicitação de controle UPnP é uma mensagem SOAP que contém a ação de chamada junto com
um conjunto de parâmetros. A resposta também é uma mensagem SOAP e contém o status, valor de
retorno e todos os parâmetros de retorno.

3.8 XML

O XML (Extensible Markup Language), para usar a definição do W3C, é o formato universal para
dados estruturados na web. Colocando de outra maneira, XML é uma forma de colocar próximos
todos os tipos de dados estruturados em um arquivo de texto. O XML é uma parte central do UPnP
usado nas descrições de dispositivo e serviço, mensagens de controle e eventos.

Referências

[1] http://mediatomb.cc/pages/documentation

[2] https://www.ietf.org/rfc/rfc1321.txt

[3] https://www.oficinadanet.com.br/artigo/459/o_protocolo_http

[4]https://desmontacia.wordpress.com/2010/12/30/dlna-uma-rede-multimdia-dentro-de-casa-
conhea-a-fundo/

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