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Outubro – 2012

IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA:

Razão social: Cerâmica Reunidas Ltda

CNPJ: 01.637.548/0001-00

Grau de risco: 03 (três)

CNAE: 23.42-7-02 - Ceramica nao refrataria

Endereço: Aenida Tocantins, esquina com a Rua 07, Setor Ceramica, Cristalandia - TO

Número de funcionários informado pela empresa nesta data: 54 (cinquenta e quatro)

Horário de funcionamento: 44 horas semanais

1. DADOS DO MÉDICO ELABORADOR

Nome: Ailton Luiz Falavigna

CRM/TO: 737

Endereço: Quadra 104 Norte, Avenida LO-02, lote 34, Palmas - TO

Telefone: (63) 3215-3131

E-mail: medcenter.palmas@gmail.com

2. VIGÊNCIA

Data Procedimento Vencimento

Outubro/2012 Versão inicial do documento Setembro/2013

____________________________________________________________________
3. INTRODUÇÃO

O objetivo da Norma Regulamentadora nº 7, portaria 3214 de 30 de dezembro de 1994 é


estabelecer a obrigatoriedade da elaboração e implantação do Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO) a todas as empresas, objetivando a promoção e preservação da
saúde dos trabalhadores.
A relação entre a CLT e o PCMSO
A existência legal da NR - 7 é assegurada, a nível de legislação ordinária, através dos artigos
168 e 169 da CLT e decorre de alterações produzidas no capítulo V do título II da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), relativo à segurança e medicina do Trabalho. As alterações pertinentes aos
artigos 154 a 201 da CLT são frutos da Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Esta Lei revogou os
artigos 202 a 223 da CLT e criou nova redação para os artigos 154 a 201. Estes artigos dão o
fundamento legal às normas regulamentadoras.

Artigo 168: Será obrigatório o exame médico admissional, periódico e demissional por conta
do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instituições complementares a
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho (redação dada pela Lei 7855 de 1989)

1º) O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão exigíveis
exames:
a) por ocasião da demissão
b) complementares

2º) Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da
capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deve exercer.
3º) O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o tempo de
exposição, a periodicidade dos exames médicos.

4º) O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à prestação de primeiros


socorros, de acordo com o risco de atividade.
5º) O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comunicado ao
trabalhador, observados os preceitos de ética médica

Artigo 169: Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em
virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade
com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.

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Relação entre a Portaria do Ministério do Trabalho e o PCMSO

A Portaria nº. 3.214, de 08 de junho de 1978, aprovou as Normas Regulamentadoras do


capítulo V, título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à segurança e medicina do
trabalho. O Ministério do Trabalho considerou o disposto no artigo 200 da Consolidação das Leis do
Trabalho, com redação dada pela Lei 6514, de 22 de dezembro de 1977 e aprovou o elenco de
Normas Regulamentadoras (NR’s).
O PCMSO é uma obrigação legal, instituída pelo Ministério do Trabalho, através da Portaria nº.
24, de 29 de dezembro de 1994. Seu texto constitui a NR-7, que faz parte do elenco de Normas
Regulamentadoras, relativas à segurança e medicina do trabalho, fundamentadas no artigo 200, da
CLT, com redação dada pela Lei 6514, de 22 de novembro de 1977.

4. OBJETIVOS
a) Garantir as ações necessárias com o objetivo de promover a saúde, prevenir as
doenças ocupacionais e acidentes, além de recuperar a saúde dos empregados portadores de
patologia.
b) Garantir aos empregados a melhor qualidade de vida possível no trabalho com
preservação da saúde e incremento da produtividade com qualidade .
c) Criar e manter uma cultura prevencionista de doença, adequada à responsabilidade
social da empresa, em todos os níveis hierárquicos e incorporando esta cultura à sua atividade
profissional.
d) Cumprir a legislação trabalhista vigente.
e) Padronizar e normatizar as ações voltadas ao controle médico de saúde ocupacional.

5. RESPONSABILIDADES

a) Empresa:

 Compete ao empregador garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como

zelar pela sua eficácia.

b) Médico coordenador:

 Compete ao médico coordenador efetuar os exames médicos ou delegar os mesmos à

profissional familiarizado com os princípios da patologia ocupacional, além de encarregar entidades

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devidamente capacitadas para realização dos exames complementares e procedimentos previstos

na NR-7.

 Manter o arquivo de prontuários médicos e exames ocupacionais.


 Preencher a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) sempre que necessário.
 Indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador do ambiente de trabalho para prevenir
agravamento de doença.
 Orientar a empresa quanto à necessidade de adoção de medidas de controle de riscos
ocupacionais no ambiente de trabalho.
c) Dos colaboradores:
 Seguir as normas de Segurança e Saúde no Trabalho, bem como as determinações sobre
prevenção de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
 Usar, nos casos indicados no PPRA, o(s) Equipamento(s) de Proteção Individual – EPI, que
serão fornecidos pelo Empregador;
 Submeter-se aos exames médicos previstos no PCMSO;
 Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do planejamento de
treinamento relativos ao PCMSO;
 Informar ao seu superior hierárquico direto as ocorrências que, a seu julgamento, possam
implicar riscos à saúde;
 Informar ao seu superior hierárquico direto qualquer motivo que o impeça de submeter-se aos
exames solicitados, definindo nova data para fazê-los;
 Assinar o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, conforme determina a NR 07;
 Colaborar com o Empregador na aplicação das demais Normas Regulamentadoras;
 Submeter-se às regras de disciplina estabelecidas pela empresa

6. ATIVIDADES

a) Identificação dos riscos à saúde de natureza física, química, biológica e psicológica relacionadas

com o ambiente e com a própria atividade laborativa, mediante avaliação prévia do local de trabalho.

b) Proposição de medidas de controle ambiental e prevenção individual.

c) Informar a empresa sobre as condutas a serem tomadas nos casos de doença profissional e

acidentes de trabalho.

d) Elaborar o relatório anual do PCMSO, de acordo com a determinação da NR-7.

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e) Orientar a empresa quanto à necessidade de promover treinamentos específicos aos seus

funcionários em relação aos atendimentos de emergência.

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7. TABELA DE FUNÇÕES POR SETOR, RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO (CONFORME PPRA), PROCEDIMENTO(S) E VIGÊNCIA.

TRAJETÓRIA DO
RISCO RISCO E MEIO TIPO DE EVENTUAIS PROCEDIMENTO(S) E
FUNÇÃO FONTE GERADORA
OCUPACIONAL DE EXPOSIÇÃO DANOS À SAÚDE PERIODICIDADE
PROPAGAÇÃO

Secretaria
Patologias do
Por mobiliário inadequado Habitual e sistema
Gerente de fabrica Ergonômico: posturas Posto de trabalho Exame clínico (anual)
e atividades da função intermitente ósteo-muscular
inadequadas
(lombalgia postural)
Auxiliar de escritorio
TABELA DE FUNÇÕES POR SETOR, RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO (CONFORME PPRA), PROCEDIMENTO(S) E VIGÊNCIA.

TRAJETÓRIA DO
FONTE TIPO DE EVENTUAIS DANOS PROCEDIMENTO(S) E
FUNÇÃO RISCO OCUPACIONAL RISCO E MEIO DE
GERADORA EXPOSIÇÃO À SAÚDE PERIODICIDADE
PROPAGAÇÃO

Auxiliar de serviços gerais


Patologias do
Ergonômico: posturas
Habitual e sistema
Carrinheiro inadequadas e esforço Rotina de trabalho Posto de trabalho Exame clínico (anual)
intermitente ósteo-muscular
físico intenso
(lombalgia postural e
Chapa
de esforço)

____________________________________________________________________
TABELA DE FUNÇÕES POR SETOR, RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO (CONFORME PPRA), PROCEDIMENTO(S) E VIGÊNCIA.

TRAJETÓRIA
FONTE DO RISCO E TIPO DE EVENTUAIS DANOS À PROCEDIMENTO(S) E
FUNÇÃO RISCO OCUPACIONAL
GERADORA MEIO DE EXPOSIÇÃO SAÚDE PERIODICIDADE
PROPAGAÇÃO

Patologias do
Ergonômico:
Habitual e sistema
posturas inadequadas e Rotina de trabalho Posto de trabalho
intermitente ósteo-muscular
esforço físico intenso
(lombalgia postural e de
esforço)

1. Exame clínico (anual)


Forneiro
Fornos Habitual e Queimadura, cefaléia e
Físico: calor Ar e ambiente
(proximidade) intermitente desidratação
2. Espirometria
Queimador  Admissional
 Anual

Habitual e Patologias do sistema


Químico: poeira Cinzas Ar e ambiente
intermitente respiratório

____________________________________________________________________
TABELA DE FUNÇÕES POR SETOR, RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO (CONFORME PPRA), PROCEDIMENTO(S) E VIGÊNCIA.

TRAJETÓRIA
FONTE DO RISCO E TIPO DE EVENTUAIS DANOS À PROCEDIMENTO(S) E
FUNÇÃO RISCO OCUPACIONAL
GERADORA MEIO DE EXPOSIÇÃO SAÚDE PERIODICIDADE
PROPAGAÇÃO

Patologias do
Ergonômico: Habitual e
Rotina de trabalho Posto de trabalho sistema
posturas inadequadas intermitente 1. Exame clínico (anual)
ósteo-muscular
Operador (lombalgia postural)

2. Audiometria

Operador de caixao Ar e ambiente, por  Admissao


Habitual e Desconforto acustico,
alimentador Físico: ruido Maquinas utilizadas meio de ondas  Repetir apos 6 meses
intermitente PAIRO
sonoras e, apos, anualmente

Operador de maquina
3. Espirometria
maromba
 Admissional
Habitual e Patologias do sistema
Químico: poeira Misturador Ar e ambiente  Anual
intermitente respiratório

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TABELA DE FUNÇÕES POR SETOR, RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO (CONFORME PPRA), PROCEDIMENTO(S) E VIGÊNCIA.

TRAJETÓRIA DO
RISCO RISCO E MEIO TIPO DE EVENTUAIS DANOS PROCEDIMENTO(S) E
FUNÇÃO FONTE GERADORA
OCUPACIONAL DE EXPOSIÇÃO À SAÚDE PERIODICIDADE
PROPAGAÇÃO

Patologias do
Ergonômico: Habitual e
Rotina de trabalho Posto de trabalho sistema
posturas inadequadas intermitente
ósteo-muscular
(lombalgia postural)
1. Exame clínico (anual)
Operador de maquina

Motorista 2. Audiometria

 Admissional,
Eletricista

Ar e ambiente, por  Repetir após 6 meses


Motor das maquinas e Habitual e Desconforto acústico,
Físico: ruído meio de ondas e, após, anualmente
ferramentas utilizadas intermitente PAIRO
sonoras

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TABELA DE FUNÇÕES POR SETOR, RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO (CONFORME PPRA), PROCEDIMENTO(S) E VIGÊNCIA.

TRAJETÓRIA DO
RISCO RISCO E MEIO TIPO DE EVENTUAIS DANOS À PROCEDIMENTO(S) E
FUNÇÃO FONTE GERADORA
OCUPACIONAL DE EXPOSIÇÃO SAÚDE PERIODICIDADE
PROPAGAÇÃO

Patologias do
Ergonômico: Habitual e
Rotina de trabalho Posto de trabalho sistema
posturas inadequadas intermitente 1. Exame clínico (anual)
ósteo-muscular
(lombalgia postural)

2. Audiometria

Ar e ambiente, por  Admissao


Maquinas e ferramentas Habitual e Desconforto acustico,
Soldador Físico: ruido meio de ondas  Repetir apos 6 meses
utilizadas intermitente PAIRO
sonoras e, apos, anualmente

3. Hemograma
Contato direto com
Queimaduras e  Admissional
Químico: fumos a fonte geradora e Habitual e
Solda eletrica patologias do sistema  Anual
metalicos inalaçao por vias intermitente
respiratorio
aereas

____________________________________________________________________
TABELA DE FUNÇÕES POR SETOR, RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO (CONFORME PPRA), PROCEDIMENTO(S) E VIGÊNCIA.

TRAJETÓRIA DO
RISCO RISCO E MEIO TIPO DE EVENTUAIS DANOS À PROCEDIMENTO(S) E
FUNÇÃO FONTE GERADORA
OCUPACIONAL DE EXPOSIÇÃO SAÚDE PERIODICIDADE
PROPAGAÇÃO

Patologias do
Ergonômico: Habitual e
Rotina de trabalho Posto de trabalho sistema
posturas inadequadas intermitente
ósteo-muscular
(lombalgia postural)

1. Exame clínico (anual)


Ar e ambiente, por
Maquinas e ferramentas Habitual e Desconforto acustico,
Pedreiro Físico: ruido meio de ondas
utilizadas intermitente PAIRO 2. Audiometria
sonoras
 Admissao
 Repetir apos 6 meses
e, apos, anualmente

Químico: contato com Contato direto com Habitual e


Cimento Dermatite de contato
cimento a fonte geradora intermitente

____________________________________________________________________
TABELA DE FUNÇÕES POR SETOR, RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO (CONFORME PPRA), PROCEDIMENTO(S) E VIGÊNCIA.

TRAJETÓRIA DO
RISCO E MEIO TIPO DE EVENTUAIS DANOS À PROCEDIMENTO(S) E
FUNÇÃO RISCO OCUPACIONAL FONTE GERADORA
DE EXPOSIÇÃO SAÚDE PERIODICIDADE
PROPAGAÇÃO

Patologias do
Ergonômico: Habitual e
Rotina de trabalho Posto de trabalho sistema
posturas inadequadas intermitente
ósteo-muscular 1. Exame clínico (anual)
(lombalgia postural)

2. Hemograma
Calor por proximidade a
Habitual e  Admissao
Auxiliar de cozinha Físico: calor e umidade fogao e umidade por Ar e ambiente Cefaleia e desidrataçao
intermitente  Anual
higienizaçao do setor

3. EPF
 Admissao
Químico: agentes de Saponaceos e bactericidas Contato direto com Habitual e
Dermatite de contato  Anual
limpeza clorados a fonte geradora intermitente

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Recomendação:
Os trabalhadores expostos à radiação solar deverão ser orientados para o uso regular de protetor
solar e a ingestão frequente de líquidos com o objetivo de repor as perdas hídricas.

8. EXAME MÉDICO ADMISSIONAL

O exame médico admissional objetiva determinar se o candidato está em condições clinicas ideais
para desempenhar as funções para a qual está se candidatando, sem riscos para si, para terceiros ou
para a segurança das operações da empresa. É realizado antes da admissão e o candidato será
submetido a exame clínico, sendo que os exames complementares serão realizados conforme
especificado no item “procedimento” da TABELA DE FUNÇÕES CORRELACIONADAS AO RISCO
OCUPACIONAL E MONITORAMENTO DAS AÇÕES.

9. EXAME MÉDICO PERIÓDICO

O exame médico periódico é obrigatório a todos os empregados e trata-se de uma avaliação


médica para monitoramento das condições de saúde do empregado durante a sua atuação na empresa.
Sua periodicidade e os exames complementares serão de acordo com a função em exercício e
encontram-se descritos no item “procedimento” da TABELA DE FUNÇÕES CORRELACIONADAS AO
RISCO OCUPACIONAL E MONITORAMENTO DAS AÇÕES.

10. EXAME MÉDICO DE RETORNO AO TRABALHO

É obrigatório para o funcionário que esteve afastado do trabalho por um período superior a 30
(trinta) dias por motivo de doença. O mesmo será realizado na data de retorno do funcionário ao trabalho.
O exame constará de avaliação clínica e exames complementares, solicitados a critério do médico
examinador após avaliação.

11. EXAME MÉDICO DE MUDANÇA DE FUNÇÃO

Será realizado antes de ocorrer à mudança da função e com alteração da atividade e posto de
trabalho que impliquem na exposição do funcionário a risco(s) ocupacional diferente(s) ao anterior. O
funcionário será, então, submetido ao exame médico de mudança de função em data, a partir da qual,
uma vez confirmada a efetividade na nova função, abrirá novo interstício para a realização do exame
periódico. Estes exames obedecerão aos mesmos critérios dos exames periódicos.
Assim, é de responsabilidade do empregador informar todas as mudanças de função planejadas
antes de sua efetivação, para que o médico do trabalho proceda às análises necessárias.

______________________________________________________________________________
12. EXAME MÉDICO DEMISSIONAL

O exame médico demissional será obrigatoriamente realizado até a data da homologação, desde
que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de 135 (cento e trinta e cinco) dias
para as empresas de grau de risco I e II conforme o Quadro I da NR-4 e de 90 (noventa) dias para as
empresas de grau de risco III e IV de acordo com o quadro I da NR-4.
O exame constará de exame clínico e os exames complementares serão solicitados a critério do
médico examinador, após avaliação individual.

13. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL

Todo e qualquer exame médico realizado provocará a emissão do atestado de saúde ocupacional
(ASO) em duas vias, ficando a primeira via no arquivo individual do empregado no departamento pessoal
da empresa. A segunda via do atestado será entregue ao empregado mediante recibo da primeira via. A
ficha clínica individual conterá todos os dados obtidos nos exames médicos, inclusive as conclusões e as
medidas aplicadas, ficando arquivado por um período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do
funcionário. Se o empregado exerceu suas atividades exposto ao Benzeno, ao Asbesto (Amianto),
radiação ionizante ou a outro possível agente carcinogênico (lista 1-A da IARC), os registros deverão ser
mantidos por 30 (trinta) anos.
Nos exames demissionais deverão ser realizados todos os exames complementares para afastar a
exposição aos riscos identificados no PPRA. Não deverá ser registrado no ASO o resultado de qualquer
exame complementar, e sim no prontuário médico de saúde. Também não deverá ser registrada a
expressão “Apto(a) com restrição” para não comprometer, assim, o parecer de aptidão.

14. DESENVOLVIMENTO

a) Promoção da saúde:
São ações que colaboram com a manutenção da saúde dos funcionários e que podem ser
executadas individualmente ou em grupo;
Será realizada uma avaliação das dependências da empresa, com levantamento dos pontos
críticos e proposição de medidas corretivas em caso de necessidade. Estas medidas serão enviadas por
escrito para a diretoria da empresa.

____________________________________________________________________
b) Prevenção de doenças:
São ações imediatas que evitam doenças dos funcionários e que podem também ser executadas
individualmente ou em grupo, proporcionando melhor qualidade de vida às pessoas, com o conseqüente
melhor desempenho da produtividade laboral.
Como exemplo de uma ação de saúde cita-se o programa DST-AIDS que visa fornecer
informações aos funcionários com o objetivo de evitar as doenças sexualmente transmissíveis através de
palestras e folhetos informativos.
O PCMSO deverá conter controle da exposição ocupacional aos agentes físicos conforme Quadro
II – anexo I da NR 7.
O controle da exposição ocupacional aos agentes químicos será desenvolvido, considerando-se os
parâmetros estabelecidos no Quadro I, anexo I, da NR 7.
O controle da exposição ocupacional a outros riscos será desenvolvido, considerando os
parâmetros no Quadro II da NR-7.
A base para análise e desenvolvimento dos exames de monitorização biológica deverá estar no
PPRA, na planilha denominada GHERs (Grupos Homogêneos de Exposição aos Riscos). A metodologia
das planilhas engloba o reconhecimento e a antecipação dos riscos ambientais e de saúde. O PRRA
prevê a realização de análises ambientais conforme a classificação dos riscos para subsídios ao PCMSO,
PPEOB, PPR, PCA e demais programas preventivos a fim de eliminar ou minimizar os riscos a saúde e a
segurança. Os exames complementares relacionados com os grupos de exposição – (função/local de
trabalho) devem considerar a planilha de exames complementares conforme o respectivo item.
Para exames complementares com resultados de IBE, tipo EE ou SC+, alterados deverá ser
verificado, através da avaliação clínica do empregado e/ou dos exames constantes do Quadro I da NR-7,
apenas exposição excessiva (EE ou SC+) ao risco, mesmo sem sintomatologia ou sinal clínico, deverá o
trabalhador ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico
de exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido adotadas.
15. PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE DO TRABALHO

Todo acidente deverá ser notificado e comunicado à empresa, que acompanhará o acidentado
durante o seu tratamento até o seu retorno ao trabalho. As doenças do trabalho ou as doenças
profissionais seguirão os mesmos critérios.
Diante da ocorrência ou agravamento de doenças decorrentes do trabalho (doenças profissionais,
doenças do trabalho ou doenças relacionadas ao trabalho), o médico coordenador do PCMSO deverá:
a) Providenciar a emissão de Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), segundo instrução
normativa do INSS
____________________________________________________________________
b) Indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho
c) Encaminhar a documentação à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal e
avaliação de capacidade laborativa
d) Orientar o responsável pela empresa quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no
ambiente de trabalho
16. PROCEDIMENTO EM CASO DE AFASTAMENTO POR DOENÇA

O afastamento do trabalho por doença deverá ser comunicado ao departamento pessoal da


empresa mediante a apresentação do atestado médico devidamente preenchido e indicando o período de
afastamento necessário à recuperação do funcionário. Caso exista a necessidade de um período superior
a 15 (quinze) dias para o tratamento da patologia o funcionário deverá requerer o beneficio de auxílio-
doença junto ao INSS com a apresentação da solicitação do médico assistente e, após a alta médica, o
funcionário deverá retornar às atividades laborativas na empresa.

17. PRIMEIROS SOCORROS

NR – 7 item dos primeiros socorros


Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário de primeiros socorros de
urgência, considerando-se as características da atividade desenvolvida. Recomenda-se que a empresa
disponha de pessoa habilitada pelo médico coordenador do PCMSO para procedimentos de saúde (ex:
curativo) sob a estrita indicação do mesmo.
Como material essencial de primeiros socorros segue abaixo:

ITEM MATERIAL

01 Algodão hidrófilo
02 Esparadrapo
03 Atadura de gaze 15 cm
04 Luva descartável
05 Cotonete
06 Soro fisiológico 0,9%

Nas empresas de grau de risco 3 ou 4 com mais de 100 (cem) funcionários é necessária uma sala
de atendimento de primeiros socorros que deverá estar equipada com mobiliário e material como maca,
armário de medicamentos, estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro e demais objetos necessários
ao atendimento.

____________________________________________________________________
18. AUDIOMETRIA

Este procedimento estabelece diretrizes e parâmetros mínimos para a avaliação e acompanhamento


da audição do trabalhador, através da realização de exames audiológicos de referência e seqüenciais.
Entende-se por perda auditiva, por níveis de pressão sonora elevados, as alterações do limiares auditivos,
do tipo sensórioneural, decorrente da exposição ocupacional sistemática a níveis de pressão sonoras
elevados. Tem como características principais a irreversibilidade e a progressão gradual com o tempo de
exposição ao risco.
Entende-se por exames audiológicos de referência e seqüenciais o conjunto de procedimentos
necessários para a avaliação da audição do trabalhador ao longo do tempo de exposição ao risco,
incluindo:
1. História clínica-ocupacional;
2. Exame otológico;
3. Exame audiométrico realizado segundo os termos previsto nesta norma técnica;
4. Outros exames audiológicos complementares solicitados, a critério médico.

19. PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA A REALIZAÇÃO DA AUDIOMETRIA

Devem ser submetidos a exames audiométricos de referência e seqüenciais todos os trabalhadores


que estejam em ambientes expostos sob níveis de pressão sonora que ultrapassem os limites de
tolerância estabelecidos nos anexos I e II da NR 15 da Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho,
independentemente do uso do protetor auditivo.

20. PERIODICIDADE DOS EXAMES AUDIOMÉTRICOS

O exame audiométrico será realizado no momento da admissão, após 6 (seis) meses, e a seguir
anualmente. No momento da demissão, assim como o previsto para a avaliação clínica no item 7.4.3.5 da
NR-7, o exame audiométrico terá validade se realizado até 135 (cento e trinta e cinco) dias retroativos em
relação a data do exame médico demissional de trabalhador de empresas classificadas em grau de risco
1 (um) ou 2 (dois) e 90 (noventa) dias retroativos para empresas classificadas em grau de risco 3 (três) ou
4 (quatro). O intervalo entre os exames audiométricos poderá ser reduzido, a critério do médico
coordenador do PCMSO, ou por notificação do médico agente de inspeção do trabalho, ou mediante
negociação coletiva de trabalho.

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20.1 Exames audiométricos de referência e seqüencial
O trabalhador deverá ser submetido ao exame audiométrico de referência e ao exame audiométrico
seqüencial na forma abaixo descrita:
1. Quando não possuir exame audiométrico de referência prévio;
2. Quando algum exame audiométrico seqüencial apresentar alteração significativa em
relação ao exame de referência.
21. TABELA DE RUÍDOS
[

Para as empresas com funções expostas a ruídos a legislação vigente sobre o assunto – norma
regulamentadora 15 da portaria nº 3214/78 do Ministério do Trabalho, através do Anexo nº 1, fixa os
limites de tolerância para exposição a ruído contínuo ou intermitente, sem a adequada proteção, que
abaixo se transcreve:

Nível de ruído (decibéis) Máxima exposição diária permissível

85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 30 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 horas e 45 minutos
98 1 horas e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

____________________________________________________________________
22. RELATÓRIO ANUAL

O relatório anual, conforme indicado no item 7.4.6 da NR-7, deverá apresentar os setores da
empresa com o número e natureza dos exames médicos realizados, incluindo avaliações clínicas, exames
complementares, estatísticas de resultados anormais e o planejamento para o próximo período (anual). O
relatório anual deverá ser apresentado e discutido em reunião da CIPA, de acordo com a NR-7 item
7.4.6.2, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela reunião.

23. NOMEAÇÃO DE MÉDICOS AVALIADORES

Conforme as diretrizes da norma regulamentadora nº 7 da portaria nº 24 de 29 de dezembro de 1994


e suas atualizações, o médico coordenador, baseado no item 7.3.2 da referida NR, poderá nomear
médicos avaliadores para a empresa, mediante termo de delegação.

1. Volnei Pereira Aires Pimenta, CRM – TO 930


2. Fernando Pedroso Berdarrain, CRM – TO 2553
3. Matheus Rosa Araujo, CRM – TO 2668

24. ERGONOMIA

Trata se do estudo anatômico, fisiológico e psicológico do homem e estabelece uma melhor relação
entre o homem com o ambiente de trabalho.Não é apenas um estudo físico do ambiente de trabalho do
homem, mas também um estudo psicológico, ou seja, envolve aspectos como cansaço e perturbações
mentais.
Os principais objetivos são:
 adequação do trabalho às capacidades naturais do homem pela organização de métodos e
montagem de máquinas e equipamentos ajustadas às características da pessoa;
 promover uma melhor capacidade laborativa do homem ao longo do tempo, uma vez que o
trabalhador saudável gera lucratividade para a empresa;
 prevenção de doenças músculo-esqueléticas relacionadas à atividade de informática;
 redução da fadiga e desconforto físico e mental do trabalhador.

____________________________________________________________________
Segue página seguinte

PADRÃO ERGONÔMICO CORRETO DA POSTURA SENTADA

____________________________________________________________________
Imagem ilustrativa
25. CRONOGRAMA DE AÇÕES DO PCMSO
____________________________________________________________________
DATA

AÇÃO
PREVISTO EXECUTADO

____/____ Noções gerais do PCMSO


Outubro/2012

____/____ Palestra com tema: “Doenças ocupacionais relacionadas às


Dezembro/2012
atividades desenvolvidas na empresa”

Palestra com tema: “Diabetes mellitus, hipertensão arterial,


____/____
Fevereiro/2013 alcoolismo e tabagismo”

Observar e atender as ações estabelecidas no cronograma de


ações do PCMSO incluindo os EXAMES MÉDICOS
Mensalmente ____/____
OCUPACIONAIS (admissional, demissional, periódico, mudança de
função e retorno ao trabalho)

Setembro/2013 ____/____ Relatório anual das atividades desenvolvidas

Setembro/2013 ____/____ Reavaliação do PCMSO

26. CONSIDERAÇÕES FINAIS


____________________________________________________________________
A efetividade do PCMSO é responsabilidade de todos os envolvidos na empresa, cabendo ao
médico coordenador a assessoria técnica e científica, exigindo do empregador suporte humano e material
para a garantia da saúde físico-psiquico-social do funcionário, respeitando os indicadores de tolerância
biológica. Para efeito de cumprimento do PCMSO serão considerados os seguintes critérios, de acordo
com a NR nº 07:

1. Sendo verificada, através da avaliação clinica do funcionário e/ou exames constantes do Quadro I,
apenas exposição excessiva ao risco mesmo sem qualquer sintomatologia ou sinal clínico, deverá o
funcionário ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o Indicador Biológico
de Exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido adotadas.

2. Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais através de exames


médicos que incluam os definidos nesta NR; ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de
disfunção de órgão ou sistema biológico, através de exames constantes dos Quadros I (com interpretação
SC) e II, e do item 7.4.2.3 da presente NR, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico coordenador ou
encarregado:

a) solicitar à empresa a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT;


b) indicar, quando necessário, o afastamento do funcionário da exposição ao risco ou do trabalho;
c) encaminhar o funcionário à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal, avaliação de
incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho;
d) orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no ambiente de
trabalho.

Segue página seguinte

27. ENCERRAMENTO E PROTOCOLO

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Conforme descrito anteriormente nos itens deste programa, tais como identificação da empresa,
funções existentes, riscos ocupacionais e procedimentos médicos indicados, declaro concluído este
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL.

. Nota:
A contratação do serviço médico, ora ajustada, está restrita a elaboração do PCMSO (Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional) e, no caso da empresa solicitar a coordenação do programa,
então haverá a contratação do referido serviço para o cumprimento das diretrizes estabelecidas.

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Dr Ailton Luiz Falavigna
Médico do Trabalho
CRM-TO 737

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Cerâmica Reunidas Ltda

Palmas - TO, Outubro de 2012.

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