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Conto essa história narrada pelo próprio espírito do Caboclo Ventania.

Nome hoje usado por


ele em alguns de seus médiuns.

Sua última encarnação foi como índio filho de um grande pajé; viajava sempre para renovar
suas energias ao encontro do mar. Sua adoração por mãe Iemanjá veio pelas longas horas
sentado em uma pedra visualizando o grande reino desta Orixá, à qual ele pedia sempre ajuda
em seus rituais de cura dos enfermos em sua aldeia.

Viveu como índio Cherokee em uma vila as margens do rio Tenesse. Suas mulheres Índias
cuidavam da lavoura, plantação de milho e abóboras; eram bordadeiras por excelência, e
tinham o respeito de seus homens que as cultuavam como deusas. Os índios por sua vez
cuidavam da caça de ursos, da pesca, da espiritualidade e da cura. Muito inteligentes tinham
por habilidade natural entender e ou aprender rapidamente diversas línguas de outras tribos e
mesmo de outras nacionalidades, o que ocorreu quando da invasão dos europeus às terras
americanas.

Ventania era caçador e Xaman de sua tribo, pois os homens fortes, ao enfrentarem ursos e
búfalos, acreditavam que os deuses davam a eles força espiritual para praticar tal bravura. Os
Xamans cuidavam de doenças e passavam a receita vinda de seus ancestrais. Conversavam
com os espíritos e os consultavam para tudo que faziam, portanto em uma vida primitiva já
tinham a essência espiritual em suas veias. Ventania nos conta que eles já faziam suas poesias
em forma de desenho e amavam a natureza como todo índio em qualquer nação.

Conta também que seu desencarne aconteceu na disputa por seu amor. A tribo tinha por
hábito quando uma índia era pretendida por dois ou mais índios, eles disputavam em luta. O
perdedor ou entendia e se convencia da derrota ou pedia para ser morto pelo vencedor, e foi
o que aconteceu. A índia em questão iria ser disputada por ele e outro índio que tinha o nome
de Chuva Vermelha por ser muito rápido com flechas em chamas. Ao perder a luta, Chuva
Vermelha disse que não o mataria; pois o respeitava pelas inúmeras curas e pelas inúmeras
caças que Ventania já havia feito na aldeia. Porém, Ventania inconformado com a derrota,
pediu que o matasse, pois o mundo seria ruim para ele sem a moça. E foi o que aconteceu.
Com uma machadada na cabeça ele desencarnou.

Devido ao ato dele ter rogado pela sua própria morte, se encontrou por longos anos no
Umbral, onde somente quando pode se encontrar com Espíritos de Luz, compreendeu o
ocorrido e pôde ir para as esferas de evolução onde hoje, Ventania trabalha também como
Espírito de luz. O nome Ventania foi escolhido por ser mais parecido como Raio de Vento, que
usou naquela encarnação, quando devido à velocidade com que caçava búfalos e veados, foi
denominado assim.

Em terra, como Espírito de Luz trabalhando na Umbanda, Ventania realiza desobsessões, cura
e aconselhamento.

Ventania gosta de vinho tinto suave e suco de milho. Vibra na energia das pedras de cascalhos,
basaltos e quartzo verde. Seus amuletos são à base de pedras ou algo de couro. Seu dia
comemorativo é 21/02.

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