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FACULDADE DE DIREITO
Filosofia do Direito
BIBLIOGRAFIA
PAIN, Thomas; Senso Comum, Editora Martin Claret, São Paulo, 2005.
GENERALIDADES
moral
direito
Fazer filosofia de vida é como realizar a pintura do quadro pessoal. A cor da própria
existência, as linhas mestras do horizonte, os diferentes matizes, a visão do mundo, os
objectivos a serem percorridos e certos procedimentos a serem evitados à luz da
experiência individual são como a expansão da própria consciência e da força interior
do artista, estabelecem o que é importante e o que é descartável.
Pitágoras a mónada
Parménides o ser
Heraclito o devir
S. Agostinho a fé e razão
1.2.2. INTUIÇÃO
1.2.3. DEDUÇÃO
Todos os barcos que andam debaixo d’água são submarinos; portanto, nenhum
submarino
é barco de recreio, visto que os barcos de recreio não andam debaixo d’água.
Portanto, a dedução inicia o processo a partir de uma verdade
já conhecida que, por extensão, pode ser aplicada às partes, desde que
contidas no princípio geral conhecido.
1.2.4. INDUÇÃO
1.2.5. ABDUÇÃO
Das leis particulares caminha-se para as leis gerais, da análise dos fenómenos
particulares tenta-se compor o todo.
Das leis gerais caminha-se para as leis particulares, da análise dos fenómenos gerais
tenta-se chegar a parte.
O jus naturalismo teológico admitindo que a ordem jurídica ideal superior foi revelada,
não deixa de considerar que a revelação da ordem extra-positiva se deu no contexto da
comunidade dos homens e em razão das exigências expressas pela vida em sociedade,
portanto, de certa forma, comunicadas pela experiência.
FIM DO CAPITULO
Por isso, é que dissemos, que o Direito é a esfera privilegiada da cultura, porque é na vida
jurídica que melhor percebemos a radical historicidade do mundo que herdamos.
O Direito
Os interesses intersubjectivos,
estabelecer a justiça
A segurança
O bem comum
A paz social
A liberdade
3. OS PRIMÓRDIOS DA FILOSOFIA
3.1.2. Os Pré-Socráticos
colocou ouro nos que irão governar; prata, na formação dos guerreiros;
ferro e bronze nos artífices e agricultores.
A justiça somente seria alcançada na medida em que as pessoas
desempenhassem na sociedade um papel compatível com as suas
aptidões.
Estes são, em resumo, os conceitos principais formulados por
Platão no diálogo da República.
O diálogo das Leis, obra produzida por Platão já na velhice, tem
carácter diverso porque alterou vários princípios que adoptara no
diálogo da República. Nas Leis, Platão não traça um ideal puro, mas,
pelo contrário, considera a realidade histórica nos seus caracteres
contingentes, e mostra-nos frequentemente um admirável senso de
experiência prática.
Nas Leis, o Estado também tem uma função educativa. Por
exemplo, a lei penal tem um escopo essencialmente curativo.
Segundo Sócrates, nenhum homem é voluntariamente injusto.
Platão considera o delinquente como uma pessoa doente, como alguém
que perturba a harmonia da sociedade. Para esse tipo de casos, o
Estado acciona a lei como meio para cuidar dele e a pena, como a sua
medicina.
Mas em razão do delito, também o Estado é, em certo modo,
doente, donde, se a saúde do Estado o exige, isto é, quando se trata de
um delinquente incorrigível, o delinquente deve ser eliminado ou
suprimido para bem do Bem Comum. Del Vecchio, nota a este
propósito, que há diferença entre a concepção de Platão e a da moderna
Escola de Antropologia criminal.
Para a Escola de Antropologia Criminal, a delinquência é um
produto da degeneração física, enquanto que, para Platão, o
delinquente é, intelectualmente, um débil; e a sua enfermidade é
aberração, ignorância do verdadeiro, isto é, da virtude, que é o
conhecimento do verdadeiro. [Cf. Vecchio, G; História da Filosofia do
Direito, Editora Líder, Belo Horizonte, 2006, p. 22].
Nesta obra, Platão reconhece e demonstra um maior respeito
para com a personalidade individual, embora considerando apenas os
homens livres, excluindo mais uma vez os escravos. O casamento
monogâmico e a vida conjugal foram aceites em todas as classes,
embora sempre sujeita a uma rigorosa vigilância; A família aparece
mantida, e não mais sacrificada a uma sorte de estatismo, como na
República.
Também o direito de propriedade sobre a terra aparece mantida, e
não mais sacrificada pela sorte do Estado, mais ainda assim, com
várias restrições. Nesta matéria, a autoridade do Estado permanece
enorme e absorvente, por exemplo, no que concerne à repartição da
propriedade (onde há divisão dos cidadãos em diversas classes segundo
o censo). À actividade musical e poética, à religião e ao culto bem como
outras manifestações culturais aparecem também reguladas com
precisão, em razão dos fins educativos.
qualquer fim particular, mas é uma união orgânica perfeita, que tem
por finalidade a virtude e a felicidade universal; é uma comunhão
necessária, tendente ao escopo da perfeição da vida. [Cf. Vecchio, G;
História da Filosofia do Direito, Editora Líder, Belo Horizonte, 2006,
p. 24].
Do ponto de vista social o homem é um animal político, no
sentido de que possuía instinto de vida gregária. Segundo o Estagirita, o
homem fora da sociedade seria uma besta ou um deus. Para que o
homem vivesse isoladamente seria necessário, portanto, que não se
situasse dentro dos padrões de normalidade.
Tomás de Aquilo, seu grande seguidor na Idade Média, séculos
mais tarde, enumerou três hipóteses para a vida extra-social: mala
fortuna, excellentia natura e corruptio natura.
Apesar de Aristóteles ter reflectido amplamente sobre a justiça,
deixa de fora o reconhecimento da personalidade do indivíduo, ao tentar
separar o escravo da sua condição natural e universal enquanto pessoa
racional. Aqui, Aristóteles se assemelha ao seu mestre ao considerar
legítimo o regime da escravidão, pois a vida, ao mesmo tempo que
requeria a actividade intelectual da classe dirigente, necessitava
também da mão-de-obra dos agricultores e artífices.
A escravidão, que se impunha como ordem natural das coisas,
deveria extinguir-se, quando pudesse ser substituída pela máquina.
Aristóteles observa o fenómeno da escravidão, e também busca
justificá-lo demonstrando como os homens que são incapazes de se
governarem deviam ser dominados. Alguns homens – afirma o
Estagirita – são nascidos para a liberdade; outros, para a escravidão.
A escravidão era geralmente considerada como necessidade para
o Estado, sobretudo, para a construção das grandes obras públicas;
dar aos cidadãos a possibilidade de participarem livremente na vida
pública, e de se dedicarem às letras e às ciências.
A escravidão surge como um efeito considerado legítimo, da
conquista militar.
Porém, muitos dos escravos mais cultos, especialmente gregos,
desempenhavam funções nobres, ajudando também aos seus donos
naquilo que dizia respeito aos seus conhecimentos.
“ (...) nas disposições que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm
em mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos melhores ou
daqueles que detêm o poder ou algo nesse género; de modo que, em
certo sentido, chamamos justos àqueles que tendem a produzir e a
preservar a sociedade política e felicidade e os elementos que a
compõem”. [Ética a Nicómaco, Livro V, cap. 1.]
Os direitos autorias deste Manual pertencem ao Autor e o seu uso exclusivo à
UCAN.
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(445 – 370 a.C.), que teve entre os seus seguidores o famoso Diógenes
(413 – 323 a.C.).
Antístenes foi o primeiro discípulo de Górgias, e depois de
Sócrates, mas colocou-se numa espécie de antagonismo com outros
discípulos de Sócrates, especialmente com Platão.
Para os estóicos, os homens deveriam limitar as suas
necessidades e depender menos das coisas. Por outras palavras, a
virtude é só o bem e consiste na modéstia, na continência, no
contentar-se com o pouco.
O Sábio quase não tem necessidades e despreza aquilo que os
homens comuns desejam: ele segue apenas a lei da virtude, e não cuida
das demais leis positivas ou costumes impostas pelo Estado. Como nos
diz Pereira: “O homem que for sábio está livre de afectos e paixões,
basta-se a si mesmo e é temente a Deus, aspira ao bem e ao justo e é
capaz de actuar segundo a natureza”. [Pereira, Estudos de história da
cultura clássica, 7. Ed., 1993, p. 531].
A Ética estóica deve ser vista aqui, como aquela que caminha no
sentido de postular a independência do homem com relação a tudo o
que o cerca, mas, ao mesmo tempo, no sentido de afirmar o seu
profundo atrelamento com as causas e regularidades universais.
A ética estóica é uma ética da ataraxia. A ataraxia é clímax de
um processo de auto-depuração da alma, ou ainda, o estado de
harmonia corporal, moral e espiritual. Para o estóico, o homem ético é
aquele que respeito o universo e as suas leis cósmicas e se respeita.
Aquele que possui o logos e vence todas as paixões, que se vê
livre das influências externas e desfruta da sua liberdade interna.
O homo ethicus do estoicismo não se abala excessivamente nem
pelo que é bom nem pelo que é mau, do que possa-lhe advir. Esta
ataraxia, que somente seria alcançada com o aperfeiçoamento do
espírito, nivelaria os homens, pois diante dela a diferença de classes
não teria sentido, desaparecendo a distinção entre as pessoas livres e os
escravos.
A ética estóica é ainda uma ética que determina o cumprimento
de mandamentos éticos pelo simples dever.
A Escola Estóica opõe-se à escola epicuréia, que, por sua vez, foi
precedida da Escola Cirenaica ou hedonística, criada por Aristipo de
Cirene no século IV a.C., que havia exposto uma doutrina ética de
cunho utilitário, ao afirmar, que a virtude não é o fim supremo, mas
um meio para chegar à felicidade.
Segundo o pensamento desta escola, o Prazer é o único bem e
não existem outros fundamentos de obrigação, além daqueles que
derivam da finalidade do prazer.
O grande filósofo Del Vecchio, afirma, claramente, que Roma não teve
uma filosofia original. Na mesma senda de Del Vecchio, Paulo Nader,
também afirma que Roma não chegou a desenvolver uma filosofia
inovadora, pois os seus cultores inspiraram-se em fontes gregas, mas
não seria correcto afirmar-se que os romanos foram inapetentes nessa
área do conhecimento.
Daí, Paulo Nader afirmar: “Enquanto os primeiros foram originais
na Filosofia, os segundos foram extraordinários na elaboração do seu
jus positum”. [Nader, P; Filosofia do Direito, Editora Forense, Rio de
Janeiro, 2006, p.114]
Embora Roma não pariu originalmente nenhuma corrente
filosófica, contudo, pode-se dizer, com toda a certeza, que todas as
Escolas gregas de filosofia tiveram em Roma os seus representantes
próprios.
Das várias correntes filosóficas que se ramificaram em Roma,
temos o Epicurismo, que teve como representante Lucrécio Caro, que
no poema De rerum natura, expôs as teorias de Epicuro; o
Estoicismo que teve obteve maior penetração, sobretudo com as obras
de Sêneca, Marco Aurélio, Marcus Tullius Cícero e Epíteto.
A influência da Escola de Zenão de Cítio é explicada, em parte,
pelo carácter austero dos romanos, que se identificaram com a linha
ética daquela filosofia e, ainda, pela tendência expansionista do seu
FIM DO CAPITULO
4.1.2.A PATRÍSTICA
4.1.2.1. Agostinho de Hipona
4.1.2.2. Santo Isidoro de Sevilha
4.1.3. A ESCOLÁSTICA
4.1.3.1. Alberto Magno
4.1.3.2. São Tomás de Aquino
4.1.2. PATRÍSTICA
4.1.3. A ESCOLÁSTICA
a) A conservação da vida;
b) A união dos seres para a formação da prole;
c) A busca da verdade;
d) A participação na vida social. (Cidadania).
FIM DO CAPITULO