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ESPÍRITO SANTO
AGRONEGÓCIOS
Pesquisadores de Portugal e Moçambique visitaram fazendas de café no Espírito Santo para aprender técnicas de
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O projeto é uma parceria do governo de Moçambique, com a Universidade de Lisboa e a Universidade Federal do
Espírito Santo (Ufes) e a intenção é reflorestar áreas e proporcionar ganho econômico aos países.
“Nós estamos lá com um projeto piloto de produção de café. Então, precisamos muito aprender o que é a produção
desde a semente até o processamento. Então, estamos aqui para ganhar experiência, para ver se podemos introduzir
isso lá no nosso parque”, contou o pesquisador de Moçambique Sional Moiane.
Ele disse que resolveram sair do país porque não há café produzido na região. “Como não temos café lá, nenhuma
instituição que trabalha com café, saímos para o Brasil, para vir ganhar experiência, visto que o Brasil é potente na
produção de café”, disse Moiane.
Segundo o professor da Ufes Fábio Partelli, há semelhança de clima entre os países e o solo é propício para a
plantação.
“Tem uma semelhança. A região lá é apta tanto para café arábica, quanto para conilon. Esse é um projeto que envolve
tanto a parte de produção como a de pesquisa. A Ufes entra como instituição executora desse projeto, que prevê
orientações técnicas e também o recebimento de pessoas para aprender. A primeira parte da pesquisa é controlada,
principalmente, pela Universidade de Lisboa”, explicou.
Os pesquisadores visitaram produções de café conilon e arábica no estado. “Nós estivemos na área de café conilon,
que são propriedades de Pinheiros, Nova Venécia e Vila Valério. Principalmente, café arborizado. Também estivemos
na região de arábica, em Domingos Martins, Marechal Floriano e Venda Nova do Imigrante”, falou Partelli.
O professor explicou que, em Moçambique, a proposta é plantar o café numa área, onde fica localizado um parque,
sem habitantes, só com animais. No próprio parque, existe uma região com 700m a 1,2 mil metros de altitude, que é
onde chove.
“Nessa área, apesar de legalmente pertencer ao parque nacional, moram duas mil famílias que vivem da subsistência.
Como virou parque, a ideia é que aquilo seja recuperado. Então, enxergaram que teriam que plantar árvores e viram
que o café ali debaixo, num espaçamento correto, da forma correta, poderia juntar o útil ao agradável, ou seja, dar uma
reflorestada e, ao mesmo tempo, trazer uma cultura que desse ganho econômico, uma vez que a região é muito
pobre”, disse.
DOMINGOS MARTINS ESPÍRITO SANTO MARECHAL FLORIANO MOÇAMBIQUE NOVA VENÉCIA PINHEIROS PORTUGAL
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