Você está na página 1de 3

Formulário para Elaboração de ED02

Curso: Licenciatura em História


Código da Disciplina: D17-4
Nome da Disciplina: Teoria da História II
Natureza: Obrigatória
Cursista: Lenita Pereira Barbosa
Polo: Alto Paraíso de Goiás/GO
Tutor: Anderson Lucas da Silva Novaes
Turma: I

Formulário para Elaboração de ED02

1) Faça uma analogia entre o pensamento histórico de Hegel e as concepções


históricas do presente com as quais você tem contato.

O pensamento de Hegel é alicerçado sobre a ideia de que a história da


humanidade é um processo através do qual a humanidade tem feito progresso
espiritual e moral e avançado seu auto-conhecimento.

A história, segundo o autor, não era um mero fenômeno. Ela possui um


propósito, porém, cabe ao estudioso descobrir qual é. Os historiadores atualmente
possuem a concepção de que a história possui sua “chave” na operação das leis
naturais de vários tipos.

Hegel, por outro lado, apoiava-se num pensamento teleológico, na crença de


que a história é a representação do propósito de Deus e que o homem teria evoluído
o suficiente para descobrir que propósito era esse.

Tanto Hegel quanto os historiadores atuais compartilham do mesmo


pensamento em relação ao fato de que a história possui um sentido, ou seja, uma
finalidade. Ambos acreditam que a história não está entregue ao destino ou acaso e
que há uma razão para todo o seu transcurso.
2) Medite, pense bem, torne a pensar bem sobre a escrita da História conforme
proposta por Leopold Von Ranke e que se traduz no aforismo “Contar o passado
como se produziu exatamente (wie es eigentlich gewesen)” e na citação do De
Oratore de Cícero “nam quis nescit prima essen historia legem, ne quid false dicere
audeat, deind ne quid veri non audeat” (a primeira lei da história é nada ousar dizer
de falso, a segunda é ousar dizer tudo o que é verdadeiro), e responda de forma
dissertativa se isso é possível ou não é, e por quê.

Essa é uma questão muito complicada, mas acredito que quando se trata da
escrita da História não é possível contar o passado como aconteceu exatamente e
muito menos “nada dizer de falso ou dizer apenas tudo que é verdadeiro”.

Isso porque, muitas vezes, quem relatou o acontecido/fato nem estava


presente, por exemplo. Ele se baseou em fatos, documentos, relatos, pistas, etc.,
que o levam a um processo de construção criativa que lhe permite “enxergar o que
aconteu”. É por isso que a capacidade criativa é essencial a um historiador.

Assim, a História é escrita levando em conta a experiência e expressando


ideias obtidas através das sensações, percepções e memória daquele que a
constrói. É por isso que ela nunca será imparcial, visto que ela é empírica e pode
sim não corresponder ao fiel acontecimento do passado ou não conseguir expressar
apenas verdadeiramente o que ocorreu.

3) Partindo do texto “Sobre a Tarefa do Historiador”, de W. Von Humboldt, responda:


por que o historiador precisaria de ser criativo em sua escrita da história?

A tarefa do historiador não é simples, muito menos fácil. Há pouco tempo


atrás nós acreditávamos que os fatos já constavam nos documentos e assim, o
trabalho do historiador era apenas o de compilá-los.

Contudo, hoje temos outro entendimento, pois sabemos que o fato histórico
não existe por si mesmo, assim como os documentos não apresentam apenas um
único significado e muito menos nos dizem o que significam.
É por isso que o historiador precisa ser criativo em sua escrita da história,
pois cabe a ele enxergar o que o fato, acontecimento ou documento quer nos dizer e
expor isso de forma clara e precisa. Ele precisa ser criativo, por exemplo, para
recuperar palavras e expressões perdidas ou esquecidas no tempo e para romper
com o fenômeno do esquecimento.

Você também pode gostar