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Instituto Politécnico de Castelo Branco

Escola Superior de Artes Aplicadas

1º ano de Licenciatura Variante de Formação Musical

O Clarinete

Nome: Sandro Filipe Santos De Almeida


Tânia Raquel Madeira Duarte Sereno
1ºano de licenciatura
Professora acompanhante: Luísa Correia
Disciplina: Organologia
História do clarinete
A evolução do clarinete deu-se na primeira metade do século XVIII, por Johann
Cristoph Denner, fabricante de instrumentos de sopro em Nuremberga, que foi
o inventor do clarinete por volta do ano 1700. O clarinete resulta de
melhoramentos introduzidos do chalumeau.

Os primeiros clarinetes tinham algumas imperfeições sonoras nos agudos e


nos médios, tinham sons demasiado estridentes e nos graves demasiado
desafinados.

Por volta do século XVIII o clarinete concretiza as suas possibilidades como


instrumento de grande expressividade, porém só era utilizado como alternativo
ao oboé e à flauta. No espaço de algumas décadas foram feitas algumas
transformações, tais como o alongamento da campânula e o acrescento de três
chaves às duas já existentes, fazendo assim o instrumento ideal procurado
pela Orquestra de Mannheim. O clarinete começa a ser usado pelas suas
capacidades líricas e a sua principal virtude é o controlo da dinâmica que lhe
permite a obtenção, mais do que qualquer outro instrumento de sopro, de uma
suavidade sonora, capaz de tonalidades mais subtis.

No século XIX o clarinete sofreu vários desenvolvimentos técnicos, tais como o


acrescento de mais chaves e a implementação do sistema Boehm. Os
compositores também começaram a aperfeiçoar a sua escrita contendo
particularidades expressivas, ficando associada ao romântico.

Alguns compositores que ficaram associados a essa época foram Hermsted,


para quem Sphor escreveu os seus quatro concertos e a colaboração entre
Barmann e Weber, que dedica ao primeiro o seu concertino e dois Concertos.
(José M.Brandão,2002)
Família do Clarinete

A família do clarinete é vasta, porém alguns destes instrumentos não são tão usuais,
sendo os mais utilizados:

O clarinete Soprano: O mais utilizado-afinado em Dó, Si.

O Clarinete em Mib: 1 quinta mais aguda que o clarinete soprano.

O Clarinete alto: 1 oitava mais grave que a requinta.

O Clarinete baixo: 1 oitava mais grave que o clarinete soprano.


Constituição do Clarinete

O clarinete, como observamos na figura 3, pode ser “dividido” em partes que


têm um nome, sendo que todas as partes são necessárias para uma correta
utilização deste.

Constituição do Clarinete

Boquilha: É onde se encontra a palheta “presa” por uma abraçadeira e é


através desta que o som é produzido (vibrando a palheta com ar).

Barrilete: Usado para a afinação.

Corpo superior e inferior: É onde estão colocados os buracos e chaves e se


fazem diferentes tipos de notas (utilizando as posições).

Campânula: É o amplificador do clarinete


Digitação do Clarinete

Nas figuras 1 e 2 podemos ver a digitação do clarinete e as posições:


Timbre

O timbre do clarinete é muito diversificado. Na região grave, chamada o timbre é aveludado,


cheio e obscuro; no registro médio, há uma mudança fantástica, pois o timbre se torna
brilhante e expressivo. Conforme o registo vai-se tornando agudo, o timbre vai-se tornando
cada vez mais brilhante, e ganhando uma natureza humorística, sarcástica.

A grande capacidade de expressão da clarineta tornou-a um instrumento de grande prestígio


em diversos tipos de estilos.

No entanto, o clarinete ainda não é um instrumento perfeito e algumas notas ainda


apresentam sérios problemas de afinação, mesmo com todo o trabalho iniciado pelo flautista
Boehm, que foi adaptado posteriormente para os demais sopros.

O sistema Oehler é, hoje, considerado o mais apropriado para a clarineta, já que resolveu a
maior parte dos problemas deste instrumento, mas, ainda assim, não é perfeito, pois
acarretou uma perda de brilho ao timbre natural da clarineta. Enquanto o sistema Boehm,
apesar de manter alguns desses problemas, mantém o brilho particular deste instrumento.

Clarinete e os harmonicos impares

Como vimos, as extremidades abertas de qualquer tubo atuam como nodos de

pressão, ou seja, pontos de pressão nula que moldam a onda sonora. Os tubos fechados,

como no caso da clarineta, têm um nodo de pressão em apenas uma das suas

extremidades, enquanto os tubos abertos têm um nodo de pressão em cada uma delas.

A onda sonora fundamental formada no interior de um tubo aberto, como

mostrado antes, tem metade do comprimento da onda sonora fundamental formada no

interior de um tubo fechado.


Observando os harmónicos reparamos que são múltiplos inteiros da fundamental. O

comprimento de onda do segundo harónico é a metade do comprimento da

fundamental; o comprimento de onda do terceiro é 1/3 do comprimento da fundamental;

o do quarto é 1/4 e assim por diante.

O tubo fechado, contudo, mede um quarto da onda fundamental que produz, como

mostrado anteriormente. Dessa forma, os nodos de pressão do terceiro harmónico estão

no extremo aberto, a um terço do comprimento do tubo. Com esta configuração, apenas

os harmónicos ímpares serão capazes de se enquadrar e fazer coincidir seus nodos com

os do tubo fechado. Veja que apenas os harmónicos ímpares se encaixam nesta nova

situação, ficando os harmónicos pares desfavorecidos. Por este motivo, o clarinete,

como qualquer tubo cilíndrico fechado, favorece apenas harmónicos ímpares.


Afinação do Clarinete

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