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Instituto Superior Politécnico de Songo

Licenciatura em Engenharia Hidráulica


3o ANO

MECÂNICA DOS SOLOS 1

Estudos de Geossintéticos

DISCENTES: DOCENTES:
BAHULE, Délio Amós Engo . PEDRO, Cremildo
NGALO, Guifte Samuel B. Prof. Doutor ABEL, Luı́s Abel
MATHOMBE, Daniel

Songo, 4 de Maio de 2018


Estudos de Geossintéticos
MECÂNICA DOS SOLOS 1

Trabalho do 4o Grupo

4 de Maio de 2018
Copyright
c 2017 Trabalho em Grupo

I MPRESSO AOS 4 DE M AIO DE 2018

O ISPSongo têm o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicar este
compêndio através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou
por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, e de a divulgar através de
repositórios cientı́ficos e de admitir a sua cópia e distribuição em objectivos educacionais ou
de investigação, não comerciais, desde que sejam dados créditos aos autores e editores.
Agradecimentos

Em primeiro lugar, agradecemos a Deus, ao Senhor do Sábado, louvado seja Seu nome,
clemente e misericordioso, quem nos tem guiado e mantido firmes durante esta longa cami-
nhada de formação ao curso de Engenharia Hidráulica. Muito obrigado!

Agradecemos também aos pais, irmãos por todo tipo de apoio que têm a nós prestado.

Aos docentes da cadeira de Mecânica de Solos 1, um forte abraço, em especial ao enge-


nheiro Cremildo Pedro pela compreensão e carinho que a nos tem demonstrado.

Aos docentes que de forma directa ou indirecta tem contribuı́do para o sucesso da nossa
formação e a toda direcção do ISPSongo.

ii
Resumo

Os geossintéticos são extensamente utilizados na construção civil e nas demais engenharias,


podendo nalguns caso desempenhar mais de uma só função. Caracterizam-se por serem
produtos polı́meros industrializados, naturais ou sintéticos. Resistem tanto as acções globais
quanto a acções especı́ficas, como no caso de tracção. Podem ser classificados em função
da sua finalidade, em caso de geotêxteis por exemplo, estes utilizam-se eficazmente, como
sistemas de drenagem, para canalizar e transferir rapidamente a água do solo para várias
saı́das; como separadores, no caso de construção de auto-estradas, um terreno de fundação
argiloso pode ser mantido separado de uma base granular; e como reforço, quando a re-
sistência a tracção dos geotêxteis aumenta a capacidade de carga do solo. Não obstante, a
aplicabilidade dos geossintéticos prosseguem, na engenharia do saneamento, são utilizados
para detenção, colecta e remoção do chorume, produzidos em aterros sanitários. Nestes
casos, o solo utilizado no sistema de revestimento deve apresentar baixa permeabilidade.
O que tem possibilitado com que os tecnologistas, realizem estudos de viabilidade destes
materiais, de modo a garantir economia e segurança.

Palavras Chave: Geossintéticos, sistemas de revestimentos, obras de terra.

iii
Abstract

Geosynthetics are widely used in civil construction and other engineering, and may in some
cases perform more than one function. They are characterized as being industrialized natural
or synthetic polymer products. They resist both global actions and specific actions, as in the
case of traction. They can be classified according to their purpose, in the case of geotextiles
for example, these are used effectively as drainage systems, to channel and transfer water
quickly from the soil to various exits; as separators, in the case of motorway construction,
a clayey foundation site can be kept separate from a granular base; and as reinforcement,
when the tensile strength of geotextiles increases the load capacity of the soil. Nevertheless,
the applicability of geosynthetics continues in the engineering of sanitation, are used for
detention, collection and removal of manure, produced in landfills. In these cases, the soil
used in the coating system must have low permeability. What has made it possible for
technologists to carry out feasibility studies of these materials in order to guarantee economy
and safety.

Keywords: Geosynthetics, coating systems, earthworks.

iv
Índice de Matérias

Copyright i

Agradecimentos ii

Resumo iii

Índice de Figuras 1

1 Introdução 2
1.1 Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 Geossintéticos 4
2.1 Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1.1 Historial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3.1 Reforço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3.2 Filtração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.3 Drenagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.4 Protecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3.5 Separação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3.6 Impermeabilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.7 Controlo de erosão superficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4 Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4.1 Aterros sanitários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4.2 Muros de contenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4.3 Estradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

v
ÍNDICE DE MATÉRIAS ÍNDICE DE MATÉRIAS
2.5 Mineração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

3 Conclusão 20

Referências Bibliográficas 21

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Lista de Figuras

2.1 Rodovia com solo reforçado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6


2.2 Geogrelhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Geotêxteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 Geomembranas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.5 Georredes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.6 Geocomposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.7 Geotubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.8 Geoespaçadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.9 Geomantas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.10 Reforço por geossintético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.11 Filtração por geossintético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.12 Drenagem por geossintético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.13 Geossintético como barreira de protecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.14 Geossintético como sistema de separação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.15 Impermeabilização por geossintético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.16 Controlo de erosão por geotêxtil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.17 Revestimento simples de geomembrana para aterro sanitário . . . . . . . . . 16
2.18 Secção transversal do sistema de revestimento duplo . . . . . . . . . . . . . 17

1
Capı́tulo 1

Introdução

Os estudos de geossintéticos vêm sendo aprimorados a medida que os anos vão pas-
sando, hoje em dia, essa técnica tem sido aproveitada na mineração e na construção civil,
sendo extremamente explorada na mais recente misteriosa engenharia geotécnica. Para
além de contribuir resistindo a capacidade de carga que um solo possa suportar, também
apresenta-se eficaz no âmbito execução de determinadas obras de grande envergadura,
especificamente que exijam movimentos de terra, racionalizando o custo dos materiais e o
tempo de execução das ditas obras. Neste trabalho, iremos abordar alguns conceitos sim-
ples, para dar ênfase a utilização e exploração de geossintéticos, visto que, se devidamente
implementados garantem a preservação do meio ambiente, consequentemente preservação
dos recursos naturais.

1.1 Objectivos

O objectivo geral deste trabalho, consiste em alcançar em termos teóricos, a percepção


de aspectos que dizem respeito ao estudo de geossintéticos, atendendo diversos factores
contemporâneos que fazem uso destes, no mundo da engenharia.

No que tange aos objectivos especı́ficos, apresentam-se os seguintes:

• Conceituar o termo geossintético;

• Abordar de forma didáctica sua classificação e função;

• Contextualizar os potenciais avanços tecnológicos; e

• Fazer menção das principais aplicações na engenharia.

2
1.2. METODOLOGIA CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
1.2 Metodologia

A metodologia usada para o efeito da elaboração deste trabalho, compreendeu na pesquisa


cientı́fico-didáctica com auxı́lio de alguns manuais de geotecnias e derivados, dissertação
de mestrado e ficheiros virtuais encontrados na internet. Também foram desenhadas alguns
esquemas/figuras na plataforma ArchiCad, e tendo o grupo interagido com o propósito de
compilar informações credı́veis a respeito de geossintéticos, foi possı́vel contemplar tal
resultado.

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Capı́tulo 2

Geossintéticos

2.1 Generalidades

A sociedade Internacional de geossintéticos (IGS) defina os geossintéticos como ”elementos


planos, produzidos a partir de polı́meros sintéticos ou naturais, e utilizados em combinação
com solo, rocha e/ou outros materiais geotécnicos como parte integral de um projecto,
estrutura ou sistema em engenharia civil”. Os geossintéticos são elementos obtidos a partir
de polı́meros sintéticos. Estes elementos podem ser utilizados em obras de terra, podendo
exercer, basicamente, funções de reforço, drenagem, filtração, separação, protecção e
controlo de erosão. A aplicação dos geossintéticos é recente na engenharia geotecnia,
tendo se iniciado na década de 60. Desde então, vem apresentado um crescimento contı́nuo,
em especial nos últimos anos. Actualmente, a indústria de geossintéticos movimenta o
montante aproximado de um bilhão de dólares anuais, somente nos E.U.A ou na Europa.
Nos mercados asiático e sul-americano os geossintéticos vem também despontando de
forma promissora (Koerner e Soong, 1997).

2.1.1 Historial

A utilização de fibras e telas na estabilização e melhoramento dos solos é prática comum


desde os tempos antigos. No quinto milénio a.C. usava-se solos compactados reforçados
com bambus para a construção de residências no Irã. A torre de Babel, construı́da no
primeiro milénio, também foi construı́da com solo reforçado (Ingold, 1994). A muralha da
china, construı́da há dois mil anos possui secções de argila e cascalho, reforçados com
fibras naturais. Diversos vegetais, construı́dos de fibras resistentes, foram utilizados em
obras do Império Romano. Dentre estes matérias, pode-se citar: estivas de junco, bambu,

4
2.1. GENERALIDADES CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
troncos de árvores, palha, etc. Na idade Media, eram utilizadas também, as peles de animais.

Na era moderna, a primeira aplicação de geotêxteis, foi referida na bibliografia data de


1926, nos E.U.A, e destina-se ao reforço de pavimentos de estradas da Carolina do Sul
(John, 1987). No entanto, a utilização sistemática deste tipo de material só passou a ocorrer
na década de 40, com o desenvolvimento das técnicas de fabricação. Na década de 60,
o engenheiro francês Henri Vidal desenvolveu e patenteou o sistema “Terra Armada”, que
consiste na introdução de tiras de aço galvanizado como elementos de reforço de solos
compactadas (Vidal, 1966). A partir daı́, o conceito de solo reforçado avançou rapidamente.
Desde então, a aplicabilidade de geossintéticos para obras de contenção e reforço de
fundação vem aumentando gradativamente. No inicio dos anos 70, foram construı́das as
primeiras obras de contenção utilizando geotêxteis (Mitchell e Villet, 1987).

No inicio da década de 80, foi executada a primeira obra de grande porte de solo reforçado
no Brasil (Carvalho e tal, 1986), nesta obra, também foram utilizados geotêxteis para o
reforço do aterro da rodovia, assente sobre solo mole. Nesta mesma época, passam a surgir
novos produtos geossintéticos, destacando-se as geogrelhas. As primeiras aplicações de
geogrelhas para a estabilização de aterros ocorreram no Japão (Jones, 1996). O apareci-
mento constante de novos produtos conduziu a introdução de uma nova tecnologia. Em
1983, J.E. Fluet Jr. introduziu a termo “geossintético” para designar os novos produtos com
aplicações geotécnicas. Em 1994, no congresso de Singapura, a sociedade internacional
de geotêxteis e produtos afins consagrou universalmente esta terminologia ao adoptar a
designação de sociedade internacional de geossintéticos.

Nos últimos anos, destacam-se os sistemas hı́bridos, que combinam estabilidade interna e
externa da estrutura. Um exemplo de tal técnica é o sistema Terramesh, que associa a face
externa do muro de contenção, formada por gabiões, com capas de malha metálica inseridas
no retro aterro de solo (Maccferri, 1997). A primeira estrutura documentada que apresenta
uma combinação de gabiões e terreno armado foi construı́da em Sabah, na Malásia, em
1979 (Maccaferri, 1997). Um revestimento vertical de gabiões foi ancorado ao material de
aterro por meio de tiras de aço (figura 2.1). A estrutura, com 14 metros de altura, suporta
um trecho da rodovia que une Kinabalu a Sinsuran. Devido ao sucesso, esta solução foi
utilizada em outras contenções nessa mesma rodovia.

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2.2. CLASSIFICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS

Figura 2.1: Trecho da rodovia com solo reforçado na Malásia (Maccaferri, 1997)

2.2 Classificação

Os geossintético podem ser classificados genericamente em categorias dependendo do


processo de fabricação. As denominações usuais e breves descrições dos geossintéticos
são apresentadas a seguir. [2]

Geogrelhas são materiais geossintéticos com forma de grelha. A principal aplicação das
grelhas é em reforço de solos. Estas podem ser extrudada, soldada ou tecidas.

Figura 2.2: Geogrelhas

Geotêxteis são mantas contı́nuas de fibras ou filamentos, tecidos, não tecidos, tricotados
ou costurados. As mantas são flexı́veis e permeáveis. Geotêxteis são usados para aplicação
de separação, protecção, filtração, drenagem, reforço e controle de erosões.

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2.2. CLASSIFICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS

Figura 2.3: Geotêxteis

Geomembranas são mantas contı́nuas e flexı́veis constituı́das de um ou mais materiais


sintéticos. Elas possuem baixı́ssima permeabilidade e são usadas como barreiras para
fluidos, gases ou vapores.

Figura 2.4: Geomembranas

Georredes são materiais com aparência semelhante à das grelhas formados por suas
séries de membros extrudados paralelos, que se interceptam em ângulo constante. Possui
alta porosidade ao longo do plano, sendo usada para conduzir elevada vazões de fluidos ou
gases.

Figura 2.5: Georredes

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2.2. CLASSIFICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
Geocompostos são geossintéticos formados pela associação de dois ou mais tipos
de geossintéticos como por exemplo: geotêxtil-georrede, geotêxtil-geogrelha, georrede-
geomembrana. Geocompostos drenantes pré fabricados ou geodrenos são constituı́dos por
um núcleo plástico drenante envolto por um filtro geotêxtil.

Figura 2.6: Geocomposto

Geotubos são tubos polı́meros perfurados ou não usados para drenagem de lı́quidos ou
gases (incluindo colecta de chorume ou gases em aplicações de aterros sanitários). Em
alguns casos o tubo perfurado eh envolvido por um filtro geotêxtil.

Figura 2.7: Geotubo

Geoespaçadores são geossintéticos com estrutura tridimensional que apresenta volume


de vazios, com função drenante.

Figura 2.8: Geoespaçadores

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2.3. FUNÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
Geomantas são geossintéticos com estrutura tridimensional permeável, usando para
controlo de erosão do solo. Também conhecido como biomanta, quando biodegradável.

Figura 2.9: Geomantas

2.3 Função

É conveniente identificar a função primária dos geossintéticos, onde se destacam as se-


guintes: reforço, drenagem, protecção, separação, impermeabilização e controle de erosão
superficial. Em alguns casos, o geossintético poderá desempenhar dupla função.

2.3.1 Reforço

O geossintético actua como elemento de reforço inserido no solo ou em associação com o


solo para melhoria das propriedades de resistências e de deformabilidade do solo natural.

Figura 2.10: Reforço por geossintético

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2.3. FUNÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
Por exemplo, geotêxteis e geogrelhas são usadas para restringir as deformações de
expansão na massa de solo de forma a possibilitar paredes de expansão na massa de
solo reforçado verticais ou aproximadamente verticais. O emprego de reforço possibilita
a construção de aterros sobre fundações de solos extremamente moles, bem como a de
aterros ı́ngremes improváveis de serem viabilizados em solos não reforçados. Geossintéticos
(geralmente grelhas) têm sido também usados para sobre passar vazios que podem se
desenvolver sob carregamentos em camadas granulares (estradas e auto-estradas) ou sob
sistemas de cobertura de aterros sanitários.

2.3.2 Filtração

O geossintético desempenha papel similar a um filtro de areia, permitindo a livre passagem


de água através do solo enquanto retém as partı́culas sólidas. Por exemplo, geotêxteis
são empregados para evitar a migração do solo para dentro do agregado drenante ou de
tubulações, enquanto mantém o fluxo do sistema. Geotêxteis são também utilizados abaixo
de “rip-rap” e de outros materiais em sistemas de protecção costeira e de rios para prevenir
a erosão do solo.

Figura 2.11: Filtração por geossintético

2.3.3 Drenagem

O geossintético age como um dreno que conduz os lı́quidos. Por exemplo, geotêxteis são
utilizados para dissipar progressão na base de aterros rodoviários. Para fluxos mais elevados,
drenos compostos foram desenvolvidos. Esses materiais têm sido utilizados com os drenos
laterais de contenção. Drenos verticais pré fabricados tem sido utilizados para acelerar a
consolidação do solo argiloso mole de fundações de aterros.

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2.3. FUNÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS

Figura 2.12: Drenagem por geossintético

2.3.4 Protecção

O geossintético pode reduzir solicitações localizadas, homogeneizando o nı́vel das tensões


que atingiram determinada superfı́cie ou camada. Pode ser utilizados como protecção, por
exemplo, ductos para evitar a perfuração.

Figura 2.13: Geossintético como barreira de protecção

2.3.5 Separação

O geossintético actua na separação de duas camadas de solo que tem distribuições de


partı́culas diferentes. Por exemplo, geotêxteis são usados para evitar que os materiais da
base penetrem no solo arenoso fofo de camadas subjacentes, assim mantendo a espessura
da camada de projecto e a integridade da estrada. O geossintético também auxilia na
prevenção do bombeamento de finos para o interior da camada granular permeável das
estradas.

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2.3. FUNÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS

Figura 2.14: Geossintético como sistema de separação

2.3.6 Impermeabilização

O geossintético actua como uma barreira relativamente impermeável a fluidos e gases. Por
exemplos, geomembranas, geocompostos, geocompostos argilosos e geotêxteis revestidos
são empregados como barreiras para impedir o escoamento de lı́quidos e gases.

Figura 2.15: Impermeabilização por geossintético

2.3.7 Controlo de erosão superficial

O geossintético trabalha para reduzir os efeitos da erosão do solo causados pelo impacto
da chuva e pelo escoamento superficial da água. Por exemplo, mantas ou colchões de
geossintéticos, temporários e permanentes, são dispostos ao longo do talude. Barreiras de
geotêxtil são também usadas na retenção de sedimentos carregados durante o escoamento
superficial. Algumas barreiras de controlo de processos erosivos são fabricadas com
materiais biodegradáveis.

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2.4. APLICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS

Figura 2.16: Controlo de erosão por geotêxtil

2.4 Aplicação

As aplicações de geossintéticos são de extensa magnitude na construção civil e nas demais


engenharias, como já se definiu, os geossintéticos são produtos polı́meros industrializados,
naturais ou sintéticos, que possuem caracterı́sticas especı́ficas para cada função que irão
exercer. É comum que ao ser aplicado, o geossintético exerça mais de uma função ao
mesmo tempo. (LADEIRA, MIGUEL, 1995). Eles são encontrados em dois casos diferentes:
um quando resistem às acções globais; outro quando são colocados dentro de maciços para
suportar a função de tracção.

A aplicação dos geossintéticos torna-se atraente a partir do momento em que os recursos na-
turais tornam-se cada vez mais escassos e ao mesmo tempo em que cresce a necessidade
de se realizar obras mais rápidas e mais eficazes. Sendo cada vez mais comum o emprego
de materiais geossintéticos em obras de geotecnias, busca-se melhorar as caracterı́sticas
iniciais do solo.

2.4.1 Aterros sanitários

Até 1982, o material predominante utilizado na impermeabilização de aterros sanitários era a


argila. Os materiais de revestimentos adequados apresentam um coeficiente de permeabi-
lidade de cerca de 10−7 cm/s ou menos. Em 1984, os requisitos tecnológicos mı́nimos da
U.S. Enviromental Protection Agency para o projecto e a construção de aterros sanitários
foram introduzidos por emendas do Congresso norte-americano sobre o lixo perigoso e
resı́duos sólidos. Nessas emendas, o Congresso determinou que os novos aterros deveriam
ter revestimentos duplos e sistemas de colecta e remoção do chorume.

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2.4. APLICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
Grandes quantidades de resı́duos sólidos são produzidas por ano em quase todo mundo,
principalmente em paı́ses industrializados. Em geral, tais resı́duos sólidos podem ser clas-
sificados de acordo com as seguintes categorias: lixo urbano, lixo industrial, lixo perigoso
e lixo de baixo nı́vel radioactivo. Normalmente, os materiais residuais são depositados em
aterros sanitários, interagindo com humidade das águas pluviais e da neve, produzindo um
lı́quido denominado chorume.

A composição quı́mica do chorume pode apresentar uma grande variação, dependendo


dos materiais residuais envolvidos. O chorume é o principal poluente do lençol freático
e, portanto, deve ser contido de modo adequado nas barragens de rejeites e nos aterros
sanitários, dentro de alguém tipo de sistema de revestimento impermeabilizante. [1]

Compactação do solo argiloso para construção de revestimentos

Um aumento do teor de humidade na compactação aumenta o grau de orientação das


partı́culas. Entretanto, o peso especı́fico seco diminui, pois a água adicionada reduz a
concentração dos sólidos do solo por unidade de volume.

Benson e Daniel (1990) executaram ensaios de compactação em laboratório, variando


o tamanho dos torrões de solo argiloso húmido. Os ensaios mostraram que, para valores
similares de esforço de compactação e teor de humidade de moldagem, o valor do coefici-
ente de permeabilidade, K diminui com redução do tamanho do torrão. Em alguns casos, o
trabalho de compactação de solos argilosos deve ser feito de modo que um nı́vel superior
especificado de coeficiente de permeabilidade do solo seja alcançado. Exemplos desse
tipo de trabalho são a compactação de núcleo de uma barragem de terra e a instalação de
revestimentos de argila em locais de descarte de resı́duos sólidos.

Para que o lençol freático não venha a ser poluı́do pela produção de chorume em ater-
ros sanitários, exige-se que o coeficiente de permeabilidade dos revestimentos não seja
mais que 10−7 cm/s. No entanto, para que tal coeficiente de permeabilidade seja alcançado,
os profissionais devem assegurar que o solo esteja de acordo com os seguintes critérios
(Environmental Protection Agency, 1989):

1. O solo deve ter pelo menos 20% de finos (partı́culas com dimensões de argila e silte
fino);

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2.4. APLICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
2. O ı́ndice de plasticidade (IP) deve ser maior que 10. O trabalho no campo com solos
de IP superior a cerca de 30 é difı́cil;

3. O solo não deve ter mais de 10% de partı́culas com dimensões de pedregulho; e

4. O solo não deve ter partı́culas ou pedaços de rocha maior que 25mm a 50mm.

Sistemas de revestimento para aterros sanitários

Desde 1984, a maior parte dos projectos de aterro sanitários desenvolvidos para resı́duos
sólidos e lixo perigoso inclui revestimentos duplos. Esse sistema consiste em dois revesti-
mentos, um primário superior e outro secundário inferior. Acima do revestimento superior,
localiza-se um sistema primário de colecta e remoção de chorume.

Em geral, o sistema primário de colecta de chorume deve ser capaz de manter um al-
tura de carga de 0.3m ou menos. Entre os revestimentos primários e secundário existe
um sistema de detenção de fuga do fluxo, colecta e remoção (LDCR) de chorume. As
directrizes gerais para o projecto dos sistemas primário de colecta de chorume e LDRC são
as seguintes:

1. O sistema pode ser uma camada de drenagem granular ou um material de drenagem


geossintético, como uma georrede;

2. Caso uma camada de drenagem granular seja utilizada, a espessura mı́nima deve ser
de 0.3m;

3. A camada de drenagem granular (ou o geossintético) deve ter uma condutividade


hidráulica, superior a 10−2 cm/s;

4. Caso uma camada de drenagem granular seja utilizada, esta deve ser coberta por
um filtro granular ou uma camada geotêxtil para impedir o entupimento. Uma camada
geotêxtil também deve proteger a georrede quando esta for utilizada como camada de
drenagem; e

5. A camada de drenagem granular deve ser quimicamente resistente aos materiais


residuais e ao chorume produzido, alem de ter uma rede de tubos perfurados para a
colecta eficiente e efectiva do chorume.

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2.4. APLICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
Sistemas de revestimento simples de argila e de geomembranas

O sistema consiste basicamente em revestimento de argila compactada sobre o solo de


fundação natural. A espessura do revestimento de argila compactada varia entre 0.9 a
1.8m, a condutividade hidráulica máxima requerida, é de 10−7 cm/s. Sobre o revestimento de
argila existe uma camada de pedregulho com tubos perfurados para a colecta e remoção
do chorume. Sobre a camada de pedregulho existe uma camada de solo de filtro, utilizada
para impedir a entrada de partı́culas finas do solo nos tubos através das perfurações. Na
maioria dos casos, o filtro consiste em solo arenoso médio a fino. É importante notar que
esse sistema não tem nenhum recurso de detenção de fuga do fluxo.

Por volta de 1982, camadas simples de geomembrana também eram utilizadas como material
de revestimento em aterros sanitários. Como mostra a figura 2.17, a geomembrana esta
posicionada sobre o solo de fundação natural. Sobre a geomembrana existe uma camada
de pedregulho com tubos perfurados para a colecta e remoção do chorume. Uma camada
de solo de filtro é colocada entre o material residual sólido e o pedregulho. Como no caso
do sistema de revestimento simples de argila, não há recursos de detenção de fuga de fluxo.

Figura 2.17: Secção transversal do sistema de revestimento simples de geomembrana para


aterro sanitário.

No projecto dos sistemas de revestimento, as camadas de argila compactada devem ter


pelo menos 1m de espessura e K ≤ 10−7 cm/s. A figura 2.18 mostra o diagrama esquemático
de um sistema de revestimento duplo, o sistema primário de colecta de chorume é feito de
material granular com tubos perfurados, cobertos por um sistema de filtro. O revestimento
primário consiste em uma geomembrana, e o sistema LDCR é uma georrede. O revestimento
secundário eh um revestimento composto que inclui uma geomembrana sobre uma camada
de argila compactada. As geomembranas utilizadas como revestimentos de aterro devem ter

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2.4. APLICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
uma espessura mı́nima de 0, 76mm, entretanto, geomembranas com essa espessura podem
não ser adequadas em todas as situações. Sendo que na pratica, a espessura da maior das
geomembranas utilizadas como revestimentos varia de 1, 8 a 2, 54mm.

Figura 2.18: Secção transversal do sistema de revestimento duplo (observe o revestimento


composto secundário).

Sistemas de remoção de chorume

A inclinação da base de um aterro deve ser definida de modo para que o chorume retirado
do sistema primário de colecta e do sistema LDCR escoe para um ponto mais baixo por
gravidade. Em geral, uma inclinação de 2% ou mais é especificada para grandes áreas de
aterro. O ponto mais baixo do sistema de colecta de chorume leva a um reservatório. No
sistema primário de colecta de chorume, o poço do reservatório atravessa verticalmente o
material residual. O chorume pode ser removido do sistema LDCR por bombeamento, ou
por gravidade. No caso da remoção por bombeamento, o tubo de plástico de remoção deve
penetrar no revestimento primário. Se o sistema de remoção por gravidade for utilizado o
tubo penetra o revestimento secundário.

Fechamento de aterros

Após ser totalmente preenchido, não restando mais espaço para resı́duos, o aterro deve ser
coberto. A cobertura reduzirá e, finalmente, eliminará a geração de chorume. Basicamente,
o sistema consiste em uma cobertura de argila compactada sobre os resı́duos sólidos, um
revestimento de geomembrana, uma camada de drenagem e uma cobertura de camada
superficial de solo. O poço utilizado para a colecta do chorume atravessa a cobertura do

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2.4. APLICAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
aterro. A remoção do chorume prossegue ate a sua geração cessar. No caso dos aterros de
lixo perigoso, a EPA (1989) recomenda que esse perı́odo seja de cerca de 30 anos.

2.4.2 Muros de contenção

O sistema de muro reforçado consiste na colocação de uma fileira de revestimento do bloco


e uma camada de preenchimento granular sobre uma folha de reforço de geossintéticos, o
processo se repete várias vezes, camada sobre camada, ate a altura desejada da estrutura,
previamente projectada. As vantagens técnicas de associar os geossintéticos às estruturas
de reforço são: é um método de construção simples e rápido; possibilita a construção de
estruturas com inclinações acentuadas, não exige mão-de-obra especializada e equipa-
mentos caros; necessita de pouco em frente à estrutura para a operação de construção;
permite maior tolerância com a deformação do solo de fundação; e possui diversas possibili-
dades para o acabamento da face, possibilitando uma grande competitividade e relação aos
custos de execução, quando comparadas com outras técnicas de estruturas de contenção
(SANTOS, 2011).

2.4.3 Estradas

Segundo Perkins e Ismeik (1997), quando os geossintéticos são utilizados como reforço,
normalmente apresentam três mecanismos potenciais de reforço, os quais podem ser identi-
ficados como restrição a movimentação lateral do solo, aumento da capacidade de carga e
efeito membrana. A restrição lateral é causada pela interacção por atrito e intertravamento
entre o solo de aterro (base) e o geossintético, que restringe a sua movimentação lateral. As
cargas repetidas do tráfego deram movimentação da camada de aterro, a qual poder ser
reduzida com a presença da camada de reforço.

A maior capacidade de carga do solo provocada pela presença do geossintético acon-


tece devida a redução das tensões cisalhantes instabilizadoras transmitidas ao subleito. Isso
é particularmente relevante para subleitos com baixa capacidade de suporte. O terceiro
mecanismo de reforço fundamental tem sido chamado de efeito membrana, que é baseado
no conceito de um aumento das tensões verticais resultante de cargas desenvolvidas em
uma membrana deformada. A intensidade do efeito membrana é função da rigidez e da
deformação do geossintético e da profundidade das trilhas de roda. Nesse contexto, os

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2.5. MINERAÇÃO CAPÍTULO 2. GEOSSINTÉTICOS
geossintéticos podem ser utilizados como reforço, uma vez que contribuem para o aumento
da capacidade de suporte de carga da estrada, distribuem melhor as tensões para o subleito
e reduzem a altura necessária de aterro da estrada.

Palmeira (2007) afirma que, apesar dos complexos dispositivos de ensaio disponı́veis para o
estudo da interacção entre o solo e o geossintético, deve se salientar que as técnicas de en-
saio são, na maioria dos casos, ainda aproximações do comportamento real do geossintético
no campo devido ao efeito de escala dos ensaios. Contudo, a padronização de equipamen-
tos e procedimentos de ensaio utilizados na avaliação de interacção solo/geossintético é
de extrema importância em termos práticos e também para um melhor entendimento da
interacção solo/geossintético.

2.5 Mineração

O uso de geossintéticos em varias operações de mineração está aumentando rapidamente.


Os intervalos extremos das operações dos resı́duos gerados nos processos de extracção
de minérios, os severos ambientes aos quais os geossintéticos são expostos e as cargas
normais extremamente altas as quais eles são submetidos, são extremamente desafiadores.
No entanto, destaca-se a geomembrana, pois, tem se tornado um componente crı́tico
em instalações de mineração onde a performance de contenção foi comprovada. Nisto
incluem-se protecções de base para depósitos de rejeites, protecções para bacias de betão
e protecção de tanques, lagoas de evaporação para recuperação de sal, protecções expostas
temporárias, protecções para mitigação de drenagem de mina ácida de rejeites ou resı́duo
de rocha e para represamento e processamento de resı́duos. Smith (2008), indicou que
há uma forte correlação entre a produção de metal e a demanda por geomembrana e
que ambas estão relacionadas e atreladas a factores económicos similares. O material
da geomembrana é apto a reter soluções quı́micas usadas para dissolver os minerais dos
minérios e a permitir que o lixiviado seja colectado e refinado.

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Capı́tulo 3

Conclusão

No desenrolar da abordagem do trabalho, foi possı́vel notar que os geossintéticos, apresentam-


se extremamente úteis devido a sua diversidade de funções, no entanto, forçosamente nos
favorece concluir que a versatilidade dos geossintéticos permite aos fabricantes disponibili-
zar continuamente novos produtos, com propriedades especı́ficas que melhor atendam as
necessidades de cada projecto, tais propriedades podem ser mecânicas e/ou hidráulicas,
capazes de suportar solicitações extremas, permitindo ao projectista realizar obras de menor
custo e com maior segurança, tanto em termos da protecção do ambiente, quanto em termos
de carregamentos aplicados. E constatou-se também, algumas outras vantagens dos geos-
sintéticos, dentre as quais, o menor tempo de execução das obras, devido à facilidade de
instalação em relação aos agregados naturais, que exigem equipamentos de terraplanagem
de grande porte, e consequentemente maior poluição ambiental; e a preservação dos recur-
sos naturais, por serem produtos alternativos aos materiais naturais, como solos e materiais
granulares, tornam-se uma aplicação inteligente para preservação do meio ambiente.

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Bibliografia

[1] DAS. Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 6a edição. São Paulo - Thom-
son Learning, 2007.

[2] OLIVEIRA. Lorena Alves. Dissertação de mestrado. Uso de geossintéticos como reforço
em estradas não pavimentadas. Universidade Estadual de Goiás. Anápolis. 2013.

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