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Nocoesde Geotecnologias
Nocoesde Geotecnologias
CapCAR
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL
Noções de Geotecnologias
CDD – 333.76
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministra do Meio Ambiente: Izabella Teixeira
Ministro da Educação: José Henrique Paim Fernandes
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável Gerência de Regularização Am-
biental: Gabriel Henrique Lui
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Unidade 2
Sumário
1. IMAGENS DE SATÉLITES...............................................................................6
1.1. Aquisição de imagens...................................................................................6
1.2. Aplicação das imagens de satélite................................................................7
2. IMAGENS DE SATÉLITE UTILIZADAS NO CADASTRO DO SICAR.............. 8
3. MOSAICOS DE IMAGENS DE SATÉLITES..................................................13
4. IDENTIFICAÇÃO DAS FEIÇÕES PERTINENTES AO CADASTRO EM
IMAGENS DE SATÉLITE................................................................................13
4.1. Antropização: Áreas Rurais.........................................................................13
4.2. Remanescente de vegetação nativa...........................................................14
4.3. Corpos d’água.............................................................................................15
5. NOÇÕES BÁSICAS DE GEORREFERENCIAMENTO..................................17
5.1. O que é projeção geográfica?.....................................................................17
5.1.1. Sistema de Coordenadas Geodésicas.....................................................19
5.1.2. Sistema de Coordenadas Planas (UTM)..................................................20
5.1.3. Datum.......................................................................................................21
5.2. Principais instrumentos utilizados no georreferenciamento........................ 21
5.2.1. GPS (ou GNSS).......................................................................................21
5.2.2. Estação Total............................................................................................22
5.3 Escala cartográfica.......................................................................................22
6. APLICAÇÕES DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS AO
MÓDULO DO CAR.... .....................................................................................23
6.1. O que é SIG?..............................................................................................23
6.2. Representação de dados espaciais............................................................23
6.2.1 Raster........................................................................................................23
6.2.2 Vetor..........................................................................................................24
6.3. Entrada de dados vetoriais no SIG do modulo de cadastro do SICAR....... 27
6.3.1. Importação de arquivo vetorial.................................................................27
6.3.2. Inserção de vértice de polígono manualmente (Memorial descritivo)...... 28
6.3.3. Delimitações das feições com base nas imagens de satélite
georreferenciadas....................................................................................29
REFÊRENCIAS..................................................................................................31
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1. IMAGENS DE SATÉLITES
a) Buscas na internet, por meio do Google Maps / Google Earth, de alguma localização
ou trajetória entre locais (Figura 1.2.1).
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Figura 1.2.1. Exemplo do uso do Google para localização da cidade de Brasília.
Figura 1.2.2. Mapeamento do uso e cobertura terrestre por meio de uma imagem
Rapideye.
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a) Resolução espacial: os satélites RapidEye possuem 5 metros de resolução
espacial, o que está diretamente ligado ao tamanho do pixel. O pixel é considerado o
menor componente de uma imagem digital, sendo que, quanto menor o seu tamanho,
maior será a resolução espacial da imagem, implicando em um melhor detalhamento
da superfície terrestre.
A B C
Figura 2.2. Imagens de satélites com diferentes resoluções espaciais, (A) resolução
espacial de 30 metros, (B) resolução espacial de 10 metros e (C) resolução espacial
de 5 metros. Fonte: Adaptado de Meneses; Almeida (2012).
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A resolução temporal é fundamental para acompanhar e detectar a evolução ou
mudanças que ocorrem na superfície da Terra, principalmente para alvos dinâmicos,
como culturas agrícolas, plantios florestais, expansão urbana, modificação de
cursos d´agua e desastres ambientais. Sendo assim, imagens de determinadas
áreas podem ser obtidas em diferentes momentos, e comparados os aspectos de
interesse. Por exemplo, através da análise da imagem de um município obtida em
2008 e outra em 2009, é possível detectar as mudanças na cobertura do solo.
A B
Figura 2.3. Exemplo de mudança da paisagem detectada em áreas de plantio entre
os anos (A) 2011 e (B) 2013.
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Figura 2.4. Diferença de resolução radiométrica, em área urbana. Fonte: Melo, 2002.
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Figura 2.5. Exemplo do comportamento espectral de duas feições de uma imagem
Rapideye: Floresta nativa e Floresta plantada.
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3. MOSAICOS DE IMAGENS DE SATÉLITES
Figura 3.1. (a) cena Rapideye 2137312, (b) cena Rapideye 2137212 e (c) mosaico
equalizado das cenas (a) e (b).
A B C
Figura 4.1.1. Exemplo de área de agricultura observada em imagem de satélite.
Na Lei n° 12.651, de 25 de maio de 2012, Art. 3°, IV, foi definido o conceito de
área rural consolidada como sendo “a área de imóvel rural com ocupação antrópica
preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades
agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio”.
Assim, as atividades exercidas no imóvel rural antes de 22 de julho de 2008 passam
a ser consideradas consolidadas, estando sujeitas a um regime jurídico distinto.
Atualmente, existe uma maior disponibilidade de imagens do satélite Landsat
5 de 2008, que podem ser utilizadas no monitoramento de remanescentes nativos,
subsidiando o SICAR. Essas imagens são utilizadas para confrontar com o
mapeamento mais recente, oriundo das imagens Rapideye 2011, possibilitando a
obtenção de informações sobre possíveis alterações após 22 de julho de 2008.
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A B
C D
Este tipo de feição da paisagem inclui todas as classes de água, tais como:
rios, lagos, lagoas, águas costeiras, canais artificiais, reservatórios, dentre outros.
Estas feições podem ser reconhecidas na paisagem por conterem coloração em
tons de azul e preto e formas variadas no caso de formações naturais, e formas bem
definidas no caso de formações artificiais (Figura 4.3.1).
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A B
C D
E F
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5. NOÇÕES BÁSICAS DE GEORREFERENCIAENTO
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Por meio desse sistema é possível atribuir a cada ponto da superfície terrestre
um par de coordenadas geográficas, que indicam a latitude (Norte-Sul) e longitude
(Leste-Oeste) do ponto (Figura 5.1.2), e medidas em graus considerando o hemisfério
que se encontram (Figura 5.1.3).
Esse tipo de sistema procura aproximar uma figura plana e regular (modelo
2D) a superfície esférica do planeta (modelo 3D), a qual chamamos de elipsoide, e
as coordenadas referidas a ela são chamadas de latitude e longitude geodésicas.
Os Sistemas de Coordenadas Geodésicas mais comuns no Brasil e aceitos no
SICAR são: SIRGAS2000, WGS84, SAD69 e Córrego Alegre.
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Figura 5.1.2.1. Território brasileiro dividido em fusos no sistema UTM.
5.1.3. Datum
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5.2. Principais instrumentos utilizados no georreferenciamento
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posicionamento do objeto mensurado dependerá do georreferenciamento via GPS
de pelo menos um ponto ou vértice do levantamento executado.
Deve-se observar que, qualquer que seja o instrumento ou método de medição,
os resultados do mapeamento serão diretamente afetados pela escala de trabalho,
podendo até mesmo equiparar os três instrumentos, caso sejam empregadas
escalas superiores a 1:5.000 na produção da base de dados e mapas.
A B
Escala: 1:200.000 – a cada 1cm, Escala: 1:100.000 – a cada
2km 1cm, 1km
C
Escala: 1:50.000 – a cada 1cm, 500m
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6. APLICAÇÕES DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
AO MÓDULO DO CAR
Cabe ressaltar que no SICAR são aceitos arquivos vetoriais nos formatos:
shp, gpx e kml.
6.2.1 Raster
6.2.2 Vetor
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Figura 6.2.2.1. Elementos da representação vetorial: pontos, linha e polígono.
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Tabela 6.2.2.1. Representação vetorial das feições do módulo de cadastro.
Ponto Nascente.
Infraestrutura pública;
Linha/Polígono
Utilidade pública.
Área do imóvel;
Área consolidada;
Remanescente de vegetação nativa;
Área de pousio;
Infraestrutura Pública;
Utilidade Pública;
Reservatório para abastecimento ou geração energia;
Área de uso restrito para declividade 25 a 45;
Área de uso restrito região pantaneira;
Curso d’água natural 10 a 50 m;
Curso d’água natural 50 a 200 m;
Curso d’água natural 200 a 600 m;
Polígono Lago ou lagoa natural;
Reservatório artificial decorrente de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais;
Manguezais;
Restinga;
Vereda;
Área com altitude maior que 1800 m;
Área com declividade maior que 45;
Borda chapada;
Área de topo de morro;
Reserva legal proposta;
Reserva legal averbada;
Reserva legal aprovada e não averbada.
A Figura 6.2.2.2 apresenta um exemplo dos vetores que podem ser utilizados
no cadastro para identificar cada feição no imóvel rural.
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Figura 6.2.2.2. Exemplos de feições representadas na etapa GEO do SICAR com
representação vetorial: ponto (nascente), linha (curso d´água menor que 10m) e
polígono (limite do imóvel).
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Figura 6.3.1.1. Tela de importação dos arquivos no SICAR.
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Figura 6.3.2.1. Modelo de um memorial descritivo.
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REFERÊNCIAS
BUITEN H., J., CLEVERS J., G., P., W.. Land Observation by Remote Sensing: Theory
and Applications. Gordon and Breach Science Publishers, Amsterdam. 1996p. 642.
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NOVO, E.M.L. Sensoriamento remoto, princípios e aplicações. São Paulo: Blucher,
1992. 308p.
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