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01/05/2016

II Curso de Alimentos: Doenças


Transmitidas por Alimentos e Água
Componentes Alergênicos em Alimentos:
Regulamentação no Brasil
Deise Ap. Pinatti Marsiglia
Centro de Alimentos – Instituto Adolfo Lutz

Laboratório Central
de Saúde Pública do
Estado de São Paulo

Instituto de Pesquisa

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HISTÓRICO
1° Lab. de Saúde Pública do Brasil
Maior Laboratório de Saúde
Pública da América Latina

Origem em 1892:
- Instituto Bacteriológico
- Laboratório de Análises Químicas
e Bromatológicas
- Rede Estadual de Saúde
Em 1940 passou a se chamar
Instituto Adolfo Lutz

Órgão da administração direta da Secretaria da


Saúde do Estado de São Paulo

Coordenadoria de Controle de Doenças


♦ IAL ♦ CVS ♦ CVE

Integrante do:
Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

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Alergênicos nos Alimentos



Porque regulamentar?

Ocorrências - Alimentos

Desvio de qualidade?

Queixas Técnicas?

Evento adverso?

Reação adversa?

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Reações Adversas X Evento Adverso

Evento Adverso: manifestação de sintomas


Até ter certeza de qual foi a “substância”
que causou o que o paciente está sentindo


Reação Adversa: efeito prejudicial ou
indesejável, não intencional.
Somente depois de comprovado qual a
“substância” causou

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Sintomas ?

Náuseas
Vômito
Diarréia
Coceira com ou sem lesões de pele
Choque anafilático

Papel da rotulagem dos alimentos

Principal meio de comunicação entre o fabricante e o consumidor


sobre o conteúdo do alimento e a presença de substâncias
associadas a risco à saúde.

Terminologias simples, claras e precisas

Regras gerais em vigor → não tem sido suficientes para informar sobre
a presença de componentes alergênicos

Legibilidade adequada

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Resolução RDC nº 26, de 02/07/2015, da ANVISA/MS

Dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória


dos principais alimentos que causam alergias alimentares.

Âmbito de Aplicação – Se aplica aos:


Alimentos / Bebidas / Ingredientes
Aditivos alimentares / Coadjuvantes de tecnologia

Embalados na ausência do consumidor

Inclusive aqueles destinados exclusivamente ao


processo industrial e aos serviços de alimentação
Aplica de forma complementar à Resolução RDC nº 259/2002

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Âmbito de Aplicação – Não se aplica aos:


Alimentos embalados que sejam preparados ou fracionados em
serviços de alimentação e comercializados no próprio
estabelecimento;

Alimentos embalados nos pontos de venda a pedido do


consumidor; e

Alimentos comercializados sem embalagem.

Principais alimentos que causam alergias


1. Trigo, centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas
2. Crustáceos
3. Ovos
4. Peixes
5. Amendoim
6. Soja
7. Leites de todas as espécies de animais mamíferos
8. Amêmdoas (Prunus dulcis, sin.: Prunusamygdalus, Amydaluscommunis L.)
9. Avelâs (Corylus spp.)
10.Castanha de caju (Anacardium occidentale)
11.Castanha do Brasil ou castanha do Pará (Bertholletia excelsa)
12.Macadâmias (Macadamia spp.)
13.Nozes (Julglans spp.)
14.Pecãs (Carya spp.)
15.Pistaches (Pistacia spp.)
16.Pinoli (Pinus spp.)
17.Castanhas (Castanea spp.)
18.Látex natural

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Advertências
Declaração obrigatória no rótulo dos alimentos embalados na
ausência do consumidor, por meio de advertências padronizadas

Agrupadas imediatamente após ou abaixo da lista de ingredientes

Com caracteres legíveis, que atendam os seguintes requisitos:


- Caixa alta
- Negrito
- Cor contrastante com o fundo do rótulo; e
- Altura mínima de 2 mm e nunca inferior à altura da letra da lista
de ingredientes
Embalagens com área do painel principal igual ou inferior a 100 cm2 → altura mínima dos caracteres 1 mm

Advertências

Não podem estar dispostas em locais encobertos, removíveis


pela abertura do lacre ou de difícil visualização, como áreas de
selagem e de torção.

Sendo aplicável mais de uma advertência, a informação deve


ser agrupada em uma única frase.

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Advertências
“ALÉRGICOS: CONTÉM ....” (nomes comuns dos alimentos que causam alergias)

“ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE ....” (nomes comuns dos alimentos que causam alergias)

“ALÉRGICOS: CONTÉM .... (nomes comuns dos alimentos que causam alergias) E DERIVADOS”

Crustáceos:
“ALÉRGICOS: CONTÉM CRUSTÁCEOS” (nomes comuns das espécies)

“ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE CRUSTÁCEOS” (nomes comuns das espécies)

“ALÉRGICOS: CONTÉM CRUSTÁCEOS E DERIVADOS” (nomes comuns das espécies)

Advertências
Caso não seja possível garantir a ausência de contaminação cruzada dos alimentos,
ingredientes, aditivos alimentares ou coadjuvantes de tecnologia, deve constar:


“ALÉRGICOS: PODE CONTER ...” (nomes comuns dos alimentos que causam alergias)

A utilização da declaração acima deve ser baseada em:

Programa de Controle de Alergênicos:


São procedimentos de Boas Práticas de Fabricação destinados a identificar e controlar
os principais alimentos alergênicos e seus derivados, visando a prevenção da
contaminação cruzada com alérgenos em qualquer estágio do seu processo de
fabricação, desde a produção primária até a embalagem e comercialização.

A advertência não pode ser utilizada em substituição à adoção de um programa de


controle → transferindo para o consumidor o gerenciamento do risco.

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Advertências
Para produtos destinados exclusivamente ao processamento industrial ou
aos serviços de alimentação, a informação sobre a presença de
alérgenos pode ser fornecida alternativamente nos documentos que
acompanham o produto.

Os produtos importados tem tratamento similar aos nacionais → o


importador deve possuir a documentação necessária para demonstrar que
o fabricante possui programa de controle de alergênicos.

Os alimentos, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia


não podem veicular qualquer tipo de alegação relacionada à ausência
de alimentos alergênicos ou alérgenos alimentares, exceto nos casos
previstos em regulamentos técnicos específicos.

Alterações na lista de alimentos que causam alergias

Devem ser solicitadas mediante petição específica a atender aos


requisitos dispostos na Resolução nº 17/1999 da ANVISA/MS

diretrizes básicas para a avaliação de risco e segurança dos
alimentos e suas atualizações.

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Prazos

Adequação na rotulagem dos alimentos:


12 meses → contados a partir da publicação (02/07/2015)

Comercialização:
Produtos fabricados até o final do prazo de adequação:
podem ser comercializados até o fim do seu prazo de
validade.

Recomendações – Leitura e interpretação

Texto integral da Resolução RDC nº 26/2015 da ANVISA/MS

Perguntas Frequentes sobre Rotulagem de Alimentos Alergênicos


– disponível no site da ANVISA

Informe Técnico nº 67/2015 - disponível no site da ANVISA

Guia sobre Controle de Alergênicos - disponível no site da ANVISA

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OBRIGADA PELA OPORTUNIDADE DE ESTAR COM VOCÊS !

alimentos@ial.sp.gov.br

Fone: (11) 3068-2927

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