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A posse, por militar, de reduzida quantidade de

DIREITO 3
substância entorpecente em lugar sujeito à adminis-
tração castrense (CPM, art. 290) não autoriza a aplicação
PENAL do princípio da insignificância. Com base nesse enten-

MILITAR dimento, o Plenário indeferiu habeas corpus em que a


Defensoria Pública da União pleiteava a incidência desse
JOÃO PAULO LADEIRA postulado, já que o paciente fora flagrado na posse de
0,1 g de maconha. A impetração também alegava que
essa conduta não causaria risco de lesão à saúde pública.
Reputou-se que o uso de drogas e o dever militar seriam
inconciliáveis, dado que a disposição em si para manter
o vício implicaria inafastável pecha de reprovabilidade
cívico-profissional por afetar tanto a saúde do próprio
usuário quanto pelo seu efeito no moral da corporação e
no conceito social das Forças Armadas. (HC 103684/DF).

4 Não constituem excludentes de culpabilidade, nos


crimes de deserção e insubmissão, alegações de or-
1 O princípio da humanidade das penas proíbe a apli- dem particular ou familiar desacompanhadas de provas.
cação e execução de penas cruéis, desumanas e/ou
degradantes, violadoras da dignidade humana. Entretanto, 5 O crime de insubmissão, capitulado no art. 183 do
a própria Constituição da República autoriza a aplicação CPM, caracteriza-se quando provado de maneira in-
da pena de morte – na exclusiva hipótese de guerra decla- conteste o conhecimento pelo conscrito da data e local
rada (art. 5º, inc, XLVI, “a”) a ser executada por fuzilamento de sua apresentação para incorporação, através de do-
nos termos do artigo 56 do CPM. Nestes termos, entende- cumento hábil constante dos autos. A confissão do indi-
-se que a pena de morte não viola o princípio da humani- gitado insubmisso deverá ser considerada no quadro do
dade das penas, notadamente pela especialidade do bem conjunto probatório.
jurídico tutelado no âmbito do direito penal militar.

6 Os militares estrangeiros, quando em comissão ou


2 Para o Supremo Tribunal Federal, no Informativo nº estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à lei penal
605/STF, o crime militar de posse de drogas para militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou
consumo pessoal em lugar sujeito à administração militar convenções internacionais.
não ofende o princípio da proporcionalidade. Isso porque
o preceito secundário do tipo incriminador estabeleceria 7 Para os efeitos da lei penal militar, são considerados
somente o patamar máximo de pena, permitindo ao ór- estrangeiros os apátridas e os brasileiros que perde-
gão julgador a justa medida na análise fundamentada das ram a nacionalidade.
circunstâncias objetivas e subjetivas do caso concreto.
(HC nº 103684/DF).

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8 As penas principais são:

a) morte;
b) reclusão;
c) detenção;
d) prisão;
e) impedimento;
f) suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou
função;
g) reforma.

9 São penas acessórias:

a) a perda de posto e patente;


b) a indignidade para o oficialato;
c) a incompatibilidade com o oficialato;
d) a exclusão das forças armadas;
e) a perda da função pública, ainda que eletiva;
f) a inabilitação para o exercício de função pública;
g) a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela;
h) a suspensão dos direitos políticos.

10 Deixar o militar de apresentar-se no momento da


partida do navio ou aeronave, de que é tripulante,
ou do deslocamento da unidade ou força em que serve é
a única hipótese de deserção especial.

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A desclassificação de crime capitulado na denúncia
DIREITO 4
pode ser operada pelo Tribunal ou pelos Conselhos
de Justiça, mesmo sem manifestação neste sentido do Mi-
PROCESSUAL nistério Público Militar nas alegações finais, desde quan-

PENAL do importe em beneficio para o réu e conste da matéria


fática.

MILITAR 5 O desertor sem estabilidade e o insubmisso que, por


JOÃO PAULO LADEIRA apresentação voluntária ou em razão de captura,
forem julgados em inspeção de saúde, para fins de rein-
clusão ou incorporação, incapazes para o Serviço Militar,
podem ser isentos do processo, após o pronunciamento
do representante do Ministério Público.

6 Não se concede liberdade provisória a preso por de-


serção antes de decorrido o prazo previsto no art.
453 do CPPM. Art. 453. O desertor que não for julgado
dentro de sessenta dias, a contar do dia de sua apresen-

1 É competência da polícia judiciária militar a requisi- tação voluntária ou captura, será posto em liberdade, sal-
ção à polícia civil e às repartições técnicas civis, as vo se tiver dado causa ao retardamento do processo.
pesquisas e exames necessários ao complemento e sub-
sídio de inquérito policial militar. Portanto, trata-se de re- 7 A lei processual penal militar não tem aplicação a
quisição (caráter de ordem legal - decorrente da legisla- militares estaduais no que tange aos recursos e à
ção – art. 8º, alínea “g”, do CPPM) e não de requerimento/ execução de sentença.
solicitação.
8 O inquérito poderá ser dispensado, sem prejuízo de
2 Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar diligência requisitada pelo Ministério Público, nos
não sujeito à administração militar, o auto poderá crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou
ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar publicação cujo autor esteja identificado.
do lugar mais próximo daquele em que ocorrer a prisão.
Portanto, pode o delegado de polícia civil lavrar o auto de 9 Compete à Justiça Comum Estadual – Tribunal do Júri
prisão em flagrante delito decorrente da prática de um – julgar os crimes dolosos contra a vida de civil, quan-
crime militar. do praticados por militar estadual/distrital em serviço.

3 Pode a autoridade delegante do poder de polícia Para a menagem em lugar sujeito à administração
10
judiciária militar, discordando da solução posta pelo militar, será pedida informação, a respeito da sua
encarregado do Inquérito Policial Militar, oferecer solução conveniência, à autoridade responsável pelo respectivo
distinta. comando ou direção.

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– sustenta que o nascituro é pessoa humana, tendo di-
DIREITO reitos resguardados pela lei. essa teoria é encontrada no
Enunciado 1 do CJF. Essa teoria é a que prevalece entre os
CIVIL doutrinadores contemporâneos. O nascituro possui direi-
tos reconhecidos desde a concepção. A professora Maria
MATHEUS DUTRA
Helena Diniz, seguidora dessa teoria, classifica a persona-
lidade jurídica como formal (relacionada com os direitos
da personalidade e que o nascituro já tem desde a con-
cepção) e material (relacionada a direitos patrimoniais e
que o nascituro adquire com o nascimento com vida). O
STJ adota essa teoria (REsp 399028). A lei 11804/08 refor-
çou essa teoria. O STF, apesar de ter reconhecido a pos-
sibilidade de pesquisa com células-tronco na ADIn 3510,
filia-se à essa tese.

2 Quais são as características dos Direitos de Per-


sonalidade?

PERSONALIDADE CIVIL 1. Absolutos: São oponíveis erga omnes, ou seja, de-


vem ser respeitados por todas as pessoas.
1 Pessoal, o tema referente a personalidade civil é
sempre recorrente, especialmente no que se re- 2. Extrapatrimoniais: Incidem sobre bens jurídicosin-
fere o início da mesma. Então, vamos a leitura. suscetíveis de mensuração pecuniária. Excepcionalmen-
te, alguns desses direitos podem sim ter caráter patrimo-
O art. 2º, CC, dispõe que a personalidade civil da pessoa nial, como é o caso, do direito à imagem de uma pessoa
começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, famosa que pode ser mensurado economicamente.
desde a concepção, os direitos do nascituro. Não confun-
dir com a maioridade. A personalidade civil não depende 3. Intransmissíveis: São inerentes a própria pessoa,
da maioridade. Veja que o nascituro, apesar de não ser ou seja, não podem ser destacados da pessoa do seu ti-
titular de personalidade civil possui alguns direitos pro- tular. Todo individuo é titular, é condição inerente ao ser
tegidos. Nesse sentido temos 3 correntes. A primeira é humano.
a NATALISTA, segundo ela o nascituro não é titular de
direito algum. A segunda é a TEORIA DA PERSONALIDA- 4. Indisponíveis: O seu exercício não pode ser cedi-
DE CONDICIONAL, o direito do nascituro estão sujeitos a do, nem limitado pela vontade do próprio titular. Nesse
uma condição suspensiva (elemento acidental do ato ou passo, devemos ter em mente o critério da ponderação
negócio jurídico), ou seja, são direito eventuais. A última de valores e os princípios da razoabilidade e da propor-
e a que devemos seguir é a TEORIA CONCEPCIONISTA cionalidade.

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5. Vitalícios: Porque acompanham a pessoa durante E QUAL A CONSEQUÊNCIA JURÍDICA DESSA ABSOLU-
toda a sua vida. Alguns desses direitos, no entanto, se TA OU RELATIVA?
projetam para além da morte, como, por exemplo, o cor-
po morto e do direito à imagem. INCAPACIDADE? Os absolutamente incapazes devem estar
representados, sob pena de nulidade do ato praticado (art.
6. Irrenunciáveis: O individuo não pode abrir mão 166, I, CC). Os relativamente incapazes devem estar assisti-
desses direitos (abdicar) e eventual renúncia será tida dos, sob pena de nulidade do negócio (art. 171, I, CC). O sis-
como nula. Excepcionalmente, a renúncia será válida tema da incapacidade não protege a pessoa em si, mas os
quando os direitos da personalidade tiverem caráter pa- negócios e atos praticados, em uma visão patrimonialista.
trimonial.
Perceba que pela nova sistemática NÃO existe ABSOLU-
7. Imprescritíveis: Inexiste prazo para o seu exercício TAMENTE INCAPAZ que seja MAIOR de 18 (dezoito) anos.
e não se extinguem pelo não uso. No entanto, no que Se o individuo tiver 18 (dezoito) ou mais nunca poderá ser
tange ao direito de pedir indenização, submetem-se à absolutamente incapaz, pois, a única hipótese para isso
prescrição, dado o seu caráter patrimonial. é a menoridade abaixo dos 16 (dezesseis) anos de idade.

Pessoa jurídica tem Direitos de Personalidade? 4 LINDB - Lei de Introdução às normas do Direito
As pessoas jurídicas também têm direitos da personalida- Brasileiro. (DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SE-
de garantidos, como, por exemplo, o direito ao nome e a TEMBRO DE 1942)
imagem, conforme artigo 52 do CC (ver Súmula 227 do STJ).
Trata-se de uma norma de SOBREDIREITO, pois, trata-se
3 TEORIA DA INCAPACIDADE de norma jurídica que visa regulamentar outras normas
Pessoal, a LBI - Lei brasileira de Inclusão alterou (lexlegum). A LINDB, atualmente, interessa mais à Teoria
substancialmente a teoria das incapacidades reguladas Geral de Direito do que ao Direito Civil propriamente dito,
pelos artigos 3º e 4º do CC. Vejamos: Os incapazes estão mas constantemente aparece nos certames dentro da
tratados nos arts. 3º e 4º, do CC: disciplina civilista. Importante destacar que a LINDB NÃO
REVOGOU a Lei de Introdução ao Código Civil, havendo
1. QUEM SÃO OS ABSOLUTAMENTE INCAPAZES? apenas alteração do nome da lei.
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente
os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. A Lei de Introdução descreve expressamente em seu
art. 4º as fontes do Direito Civil:
2. QUEM SÃO OS RELATIVAMENTE INCAPAZES?
A) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; Fonte Primária: Lei.
B) os ébrios habituais e os viciados em tóxico; Fontes Secundárias ou Acessórias: Analogia, costu-
C) aqueles que, por causa transitória ou permanente, não mes e princípios.
puderem exprimir sua vontade; São consideradas fontes formais do direito: a lei, a
D) os pródigos. analogia, o costume e os princípios gerais de direito (arts.

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4º da LINDB e 126 do CPC); e não formais: a doutrina e a sobre o meu veículo eu tenho posse plena, eu não tenho
jurisprudência. posse direta, seria direta se ele fosse alugado.

5 CLASSIFICAÇÕES DA POSSE Só há desdobramento de posse quando houver uma rela-


ção contratual base. Quando não houver relação contra-
Posse direta e indireta (desdobramento da posse): tual a pessoa tem posse plena. O esbulhador tem posse
pena – não tem contrato
A posse direta e indireta correspondem ao desdobra-
mento da posse. 6 NEGOCIO JURIDICO - PLANO DE VALIDADE
O negócio jurídico subdivide-se em três planos de es-
O Art. 1197, CC – dispõe que é possível desdobrar a pos- tudo científico (escada ponteana), sendo plano de EXISTEN-
se por força de uma relação negocial, quando por exem- CIA, VALIDADE e EFICÁCIA. No caso falaremos do plano da
plo o proprietário se mantém na qualidade de possuidor validade, em razão da incidência nos certames da PMDF.
muito embora entregue o contato físico da coisa a tercei-
ro. Ex: locação, comodato, depósito, usufruto, servidões. Plano de validade - É um plano qualificativo do negócio
jurídico, parte-se dos pressupostos de existência. É onde
Para melhor visualização, imagine a hipótese em que João se situam os defeitos do negócio jurídico (erro, dolo, co-
tenha alugado um imóvel para Daniel. Daniel fora esbu- ação, estado de perigo, simulação, lesão, fraude contra
lhado. João terá proteção possessória porque apesar de credores).
ter entregue a posse direta, não perdeu a posse indire-
ta. João continua exercendo a qualidade de possuidor e Assim, para que um negócio jurídico seja considerado VÁ-
por isso terá proteção. Este é o desdobramento de posse: LIDO os requisitos abaixo devem ser respeitados.
posse direta, posse indireta. Requisitos (art. 104, CC):

É certo que tanto o possuidor direto quanto o indireto 1 - vontade livre + boa fé
possuem ações contra terceiros, mas devemos saber 2 - agente capaz + legitimado
também se um possui proteção contra o outro. O pos- 3 - objeto lícito + possível + determinado/determinável
suidor direto pode se defender contra o indireto e vice 4 - forma livre ou prescrita em lei
e versa? Essa questão fora cobrada no certame de 2010
da PMDF. Veja, no certame de 2010 a assertiva “A validade do negó-
cio jurídico exige, dentre outros elementos, que o agente
Vejamos como o Enunciado 76 do CJF tratou o tema: o seja capaz” fora considerada CORRETA. Sem dúvida, está
possuidor direto tem proteção contra o indireto e vice e correta, conforme identificamos no item 2 (dois). ATEN-
versa. A proteção pode ser de um contra o outro e contra ÇÃO: Muitas vezes o examinador tenta confundir o can-
terceiros. didato colocando a assertiva correta porém com a indica-
ção de outro plano. Veja o exemplo de uma frase errônea:
Só há posse direta quando houver uma indireta (quando “A EFICÁCIA do negócio jurídico exige, dentre outros ele-
houver um desdobramento por força de um contrato). Ex: mentos, que o agente seja capaz”.

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7 PRESCRIÇÃO Obs.: o inciso I do art. 202 é causa interruptiva que de-
Podemos dizer que a prescrição é a perda da PRE- verá ser vista na grade de direito processual.
TENSÃO (que nasce quando violado o direito – art. 189,
CC) e não a ação ou o direito em si. 9 RESPONSABILIDADE CIVIL
Vamos falar de um dos temas com maior incidência,
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a preten- qual seja, a RESPONSABILIDADE CIVIL.
são, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que
aludem os arts. 205 e 206. Aproveitamos a pertinência temática com a atividade poli-
cial, vejamos da assertiva abaixo:
Obs: Os prazos prescricionais na parte geral do CC es-
tão nos arts. 205 e 206. Os prazos prescricionais SÃO - A indenização por injúria, calúnia ou difamação somente
SEMPRE PREVISTOS EM LEI, de modo de que as PARTES NÃO poderá ser arbitrada caso o OFENDIDO demonstre efeti-
PODEM CRIÁ-LOS. vamente o prejuízo sofrido.

8 CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO RESPOSTA: Está incorreta, pois contraria disposição ex-
Existem causas que impedem, suspendem ou inter- pressa do artigo 953 do CC. Não há necessidade de de-
rompem o prazo prescricional, conforme os arts. 197 e monstração do prejuízo, não se falando inclusive da ne-
seguintes do CC. cessidade de haver a CONDENAÇÃO CRIMINAL. Façam a
leitura do 953, OK?!
As causas impeditivas ou suspensivas estão previstas nos
arts. 197 a 199 do CC. As causas impeditivas ou suspen- 10 BENS – BENFEITORIAS
sivas são as mesmas; uma mesma causa tanto pode ser A benfeitoria é toda obra realizada pelo homem na
impeditiva quanto suspensiva, a depender do momento estrutura de uma coisa com propósito de conservá-la
em que ocorre. (necessária), melhorá-la (útil) ou proporcionar deleite ou
prazer (voluptuária):
Uma causa impeditiva impede o início do prazo prescri-
cional; já uma causa suspensiva paralisa o prazo que já a) úteis – dizem respeito a melhorias, ou seja, destinam-
estava em curso, que voltará a correr finda a sua incidên- -se ao melhor aproveitamento da coisa – ex.: a construção
cia (daquele momento em que parou). de um novo banheiro na casa ou a construção de uma
cobertura para a garagem da casa;
As causas interruptivas da prescrição, por sua vez, quan-
do incidentes, fazem com que o prazo prescricional reco- b) necessárias – são as indispensáveis à manutenção da
mece a contar todo novamente, ou seja, a causa interrup- coisa ou de sua destinação – ex.:, a reparação de uma in-
tiva zera o prazo prescricional. filtração no telhado de uma casa;

A interrupção do prazo prescricional, que faz com que c) voluptuárias – são aquelas que se destinam ao mero
este recomece do zero, para evitar abuso, só poderá deleite ou adorno – ex.: a instalação de uma banheira de
ocorrer uma única vez (art. 202, caput, CC). hidromassagem ou de uma piscina.

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e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos
LEI ORGÂ- serviços públicos;

NICA DO Preservar os interesses gerais e coletivos;

DISTRITO Promover o bem de todos;

FEDERAL Proporcionar aos seus habitantes condições de vida


compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e
RAFAELA MONJARDIM o bem comum;

Dar prioridade ao atendimento das demandas da so-


ciedade nas áreas de educação, saúde, trabalho, trans-
porte, segurança pública, moradia, saneamento básico,
lazer e assistência social;

Garantir a prestação de assistência jurídica integral e


gratuita aos que comprovarem insuficiência de recur-
1 O Distrito Federal integra a união indissolúvel da sos;
República Federativa do Brasil e tem como valo-
res fundamentais: Preservar sua identidade, adequando as exigências do
desenvolvimento à preservação de sua memória, tradição
A preservação de sua autonomia como unidade fede- e peculiaridades;
rativa;
A plena cidadania; Valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a con-
A dignidade da pessoa humana; tribuir para a cultura brasileira;
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
O pluralismo político. Assegurar, por parte do Poder Público, a proteção in-
dividualizada à vida e à integridade física e psicológica das
2 São objetivos prioritários do Distrito Federal: vítimas e das testemunhas de infrações penais e de seus
respectivos familiares;
Garantir e promover os direitos humanos assegurados
na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Di- Zelar pelo conjunto urbanístico de Brasília, tombado
reitos Humanos; sob a inscrição nº 532 do Livro do Tombo Histórico, res-
peitadas as definições e critérios constantes do Decreto
Assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de inicia- nº 10.829, de 2 de outubro de 1987, e da Portaria nº 314,
tiva que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade de 8 de outubro de 1992, do então Instituto Brasileiro do

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Patrimônio Cultural – IBPC, hoje Instituto do Patrimônio 5 São bens do Distrito Federal:
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN;
Os que atualmente lhe pertencem, que vier a adquirir
Promover, proteger e defender os direitos da criança, ou lhe forem atribuídos;
do adolescente e do jovem. (Inciso acrescido pela Emen-
da à Lei Orgânica nº 73, de 2014.) As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emer-
gentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES QUANTO AOS DOIS PRI- da lei, as decorrentes de obras da União;
MEIROS ITENS:
A rede viária do Distrito Federal, sua infraestrutura e
OS OBJETIVOS PRIORITÁRIOS INICIAM-SE COM OS VERBOS bens acessórios.
NO INFINITIVO, O QUE DEMONSTRA UMA DISTINÇÃO IM-
PORTANTE EM RELAÇÃO AOS VALORES FUNDAMENTAIS. 6 O processo legislativo compreende a elaboração de:
EM SUA PROVA, PORTANTO, OBSERVE O INÍCIO DA FRASE
CONSTANTE NAS ASSERTIVAS. Emendas à Lei Orgânica;
Leis complementares;
OBSERVE QUE O ÚLTIMO OBJETIVO “PROMOVER, PROTEJER Leis ordinárias;
E DEFENDER OS DIREITOS DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE Decretos legislativos;
E DO JOVEM” FOI ACRESCIDO PELA EMENDA À LEI ORGÂNI- Resoluções.
CA 73, DE 2014, LOGO, AS CHANCES DE SER COBRADO SÃO
GRANDES! Lei complementar disporá sobre elaboração, redação, al-
teração e consolidação das leis do Distrito Federal.
3 São estáveis após três anos de efetivo exercício
os servidores nomeados para cargo de provi- 7 São crimes de responsabilidade os atos dos Secre-
mento efetivo em virtude de concurso público. tários de Estado do Distrito Federal, dos dirigentes e
servidores da administração pública direta e indireta, do
4 O servidor público estável só perde o cargo: Procurador-Geral, dos comandantes da Polícia Militar
e do Corpo de Bombeiros Militar e do Diretor-Geral da
Em virtude de sentença judicial transitada em julgado; Polícia Civil que atentarem contra a Constituição Fede-
ral, esta Lei Orgânica e, especialmente, contra a existência
Mediante processo administrativo em que lhe sejam da União e do Distrito Federal; o livre exercício do Poder
assegurados o contraditório e a ampla defesa; Executivo e do Poder Legislativo ou de outras autoridades
constituídas; o exercício dos direitos políticos, individuais
Mediante procedimento de avaliação periódica de de- e sociais; a segurança interna do País e do Distrito Fede-
sempenho, na forma de lei complementar, assegurado o ral; a probidade na administração; a lei orçamentária; o
contraditório e a ampla defesa. cumprimento das leis e das decisões judiciais.

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8 Qualquer cidadão, partido político, associação com a finalidade de prestar serviço concentrado na pre-
ou entidade sindical poderá denunciar à Câma- venção;
ra Legislativa o Governador, o Vice-Governador e os
Secretários de Estado do Distrito Federal por crime de Ênfase no policiamento comunitário;
responsabilidade.
Preservação da incolumidade das pessoas e do patri-
9 A Segurança Pública, dever do Estado, direito e mônio público e privado.
responsabilidade de todos, é exercida com base
nos seguintes princípios: Serão obrigatoriamente apreciados em audiên-
10
cia pública:
Respeito aos direitos humanos e promoção dos direitos
e das garantias fundamentais individuais e coletivas, espe- Projetos de licenciamento de obras e serviços que en-
cialmente dos segmentos sociais de maior vulnerabilidade; volvam impacto ambiental;

Preservação da ordem pública, assim entendidas as Atos que envolvam modificação do patrimônio arqui-
ordens urbanística, fundiária, econômica, tributária, das tetônico, histórico, artístico, paisagístico ou cultural do
relações de consumo, ambiental e da saúde pública; Distrito Federal;

Gestão integrada de seus órgãos e deles com as esfe- Obras que comprometam mais de cinco por cento do
ras educacional, da saúde pública e da assistência social, orçamento do Distrito Federal.

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2 ESPÉCIES DE VITIMIZAÇÃO:
CRIMINO- Primária: é o 1º contato que a vítima tem com a viola-
LOGIA ção ao seu bem jurídico. Ex: dignidade sexual.

JOÃO PAULO LADEIRA


Secundária: ocorre quanto a vítima passa a ser violada
pelos sistemas penais. Ex: 1º contato da vítima com a Po-
lícia. – delegado coloca frente a frente vítima e criminoso.
Obs: A vitimização secundária acaba gerando a CIFRA NE-
GRA DO CRIME (CIFRA OCULTA) – quanto a prática de cri-
mes não é oficialmente conhecida.

Terciária: A sociedade se torna “vítima”. Ex: um crime


que entrou na cifra negra e a partir daí o criminoso conti-
nua a delinquir.

Obs: CIFRA DE OURO ou CIFRA DOURADA: Nome


cunhado por Sutherland. Ocorre quando os crimes de
1 Para o autor Edwin Sutherland, criminologia é o con- “colarinho branco” (white-collor) são conhecidos e punidos.
junto de conhecimentos que estuda o fenômeno e as
causas da criminalidade, a personalidade do delinquente, 3 FORMAS DE PREVENÇÃO:
sua conduta delituosa e a maneira de ressocializá-lo, bem
como a incidência dos controles sociais. Lembrem-se: a Primária: Execução de políticas públicas.
criminologia é uma ciência AUTÔNOMA e que utiliza o
MÉTODO INDUTIVO (método empírico, pragmático, do es- Secundária: atua nos focos de criminalidade. Não deu
tudo do caso concreto). CUIDADO: Não utiliza o método certo a primária, vamos para a secundária. Polícia! É o
dedutivo (isso é Kelsen). combate ao problema que já surgiu.

Questão: “A criminologia se baseia no método ló- Terciária: atua no criminoso. Busca a ressocialização.
gico-abstrato de caráter dedutivo” – ERRADA. Isso É a única que se confunde com a prevenção do direito
é direito penal! penal.

Criminologia é método indutivo. Obs: Não confundir com as formas de prevenção do


direito penal.
Obs: A criminologia é INTERDISCIPLINAR (é ciência au-
tônoma que se relaciona com outras ciências) e não Obs: Não confundir com as modalidades de vitimiza-
multidisciplinar. ção.

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4 SÍNDROMES:

SÍNDROME DA BARBIE: a mulher passa desde de


criança a ser tratada como uma “boneca”. Ela ganha de
presente bonecas, casinha de bonecas, cozinhas, etc. Isso
é a “coisificação” ou “reificação” da mulher. Ela passa a ser
tratada como “coisa”, como objeto e essa pessoa passa a
não ter “vontade própria”, deixa de ser sujeito de direitos
e passa a ser objeto de direito. Na prática, em crimes se-
xuais, por exemplo, uma mulher não vai representar às
autoridades essa grave violação à sua dignidade sexual.
Ex: vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro.

SÍNDROME DA MULHER DE POTIFAR: A mulher do


faraó Potifar passou a ter desejos sexuais por José (es-
cravo do faraó). Ela se ofereceu à José e tentou ter rela-
ções sexuais com o mesmo, mas teve seu pedido negado.
José foi leal ao faraó Potifar. A mulher acaba arrumando
uma cilada para José, quando vai ao quarto do serviçal e
arranca as suas próprias vestes e as de José e sai corren-
do, afirmando que teria sido violentada por José (o que
de fato não ocorreu). Portanto é uma síndrome em que
uma mulher forja, cria falsamente uma situação de crime
sexual para trazer para alguém um procedimento crimi-
nal. Pratica o crime de denunciação caluniosa (art. 339,
do Código Penal).

5 ESCOLA DE CHICAGO: Dentro da escola interacio-


nista, surge a escola de Chicago, que trabalha o as-
pecto sociológico, trabalha a ideia de etiquetamento (la-
beling approach), trabalha a ideia de controles sociais. Os
rótulos colocados nas pessoas, acabam criando um cri-
minoso. Também trabalha a ideia ECOLÓGICA DO CRIME.

Tem uma perspectiva transdisciplinar que discute múlti-


plos aspectos da vida humana, todos eles relacionados
com a vida da cidade.

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rosa observância e acatamento integral da legislação que
ESTATUTO fundamenta o organismo policial-militar e coordena seu
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
DA PMDF perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de
cada um dos componentes desse organismo.
RAFAELA MONJARDIM

4 São manifestações essenciais do valor Policial-Militar:


O patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de
cumprir o dever policial-militar e pelo solene juramento
de fidelida-de à pátria, até com o sacrifício da própria
vida; o civismo e o culto das tradições históricas; a fé na
missão elevada da Polícia Militar; o amor à profissão e o
entusiasmo com que a exerce; o aprimoramento técnico-
-profissional; o espírito de corpo e o orgulho pela Corpo-
ração; e, a dedicação na defesa da sociedade.

5 O Oficial, presumivelmente incapaz de permane-


cer como policial-militar da ativa será, na forma da le-
1 À Polícia Militar do Distrito Federal, organizada com gislação específica, submetido a Conselho de Justifica-
base na hierarquia e disciplina, considerada força ção e deverá ser afastado do exercício de sua funções,
auxiliar reserva do Exército, é destinada à manutenção da conforme estabelecido em legislação específica.
ordem públi-ca e segurança interna do Distrito Federal.

6 As prerrogativas dos policiais-militares são constitu-

2 O serviço policial-militar consiste no exercício de ati- ídas pelas honras, dignadade e dis-tinções devidas
vidade inerente à Polícia Militar e compreende todos aos graus hierárquicos e cargos. São prerrogativas dos
os encargos previstos na legislação específica, relaciona- policiais-militares: o uso de títulos, uniformes, distinti-
dos com a manutenção da ordem pública e segurança vos, insígnias e emblemas da Polícia Militar do Distrito Fe-
interna. deral, correspondentes ao posto ou graduação; honras,
tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegura-
3 A hierarquia e a disciplina são a base institucional da dos em leis e regulamentos; cumprimento de pena de pri-
Polícia Militar, crescendo a auto-ridade e a respon- são ou detenção somente em Organização Policial-Militar
sabilidade com a elevação do grau hierárquico. A hierar- da Corporação cujo Co-mandante, Chefe ou Diretor tenha
quia é a orde-nação da autoridade, em níveis diferentes, precedência hierárquica sobre o preso; e, julgamento, em
dentro da estrutura da Polícia Militar, por pos-tos e gra- foro especial, dos crimes militares.
duações. Dentro de um mesmo posto ou graduação, a
ordenação faz-se pela an-tigüidade nestes, sendo o res- 7 Somente em casos de flagrante delito, o policial-mili-
peito à hierarquia consubstanciado no espírito de acata- tar poderá ser preso por autorida-de policial, ficando
mento à sequência da autoridade. A Disciplina é a rigo- esta obrigada a entregá-lo, imediatamente, à autoridade

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policial-militar mais próxima, só podendo retê-lo, na De- 9 O Oficial policial-militar perderá o posto e a patente
legacia ou Posto Policial, durante o tempo ne-cessário à se for declarado indigno do oficia-lato, ou com ele
lavratura do flagrante. incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal, em decorrência de julgamento a que foi
8 É considerado desaparecido o policial-militar da ati- submetido. O Oficial policial-militar que houver perdido o
va que, no desempenho de qual-quer serviço, em posto e a patente será demitido ex officio, sem direito
viagem, em operações policiais-militares ou em casos de a qualquer remunera-ção ou indenização e terá a sua
calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por mais situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.
de 8 (oito) dias. A situação de desaparecimen-to só será
considerada quando não houver indício de deserção. O 10 A deserção do policial-militar acarreta uma interrup-
policial-militar que, permanecer desaparecido por mais ção do serviço policial-militar, com a conseqüente
de 30 (trinta) dias, será oficialmente considerado extra- demissão ex officio, para o Oficial, ou exclusão do serviço
viado. ativo para o Aspirante-a-Oficial PM ou Praça.

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S ou Z?
PORTUGUÊS 2

CAROLINA SANTANA Sr Jaime, leitor do Super, pediu que eu explicasse quan-


do devemos usar S ou Z. Existem algumas regrinhas para
darmos conta dessa diferença de escrita; no geral, procu-
ramos a origem da palavra, se ela contiver S ou Z conser-
vará o S ou Z; se ela não contiver S ou Z ela será escrita
com Z.

As palavras “derivadas” seguem o curso das palavras cha-


madas “primitivas”.

Vou a dois CASAMENTOS na próxima semana, mas


hoje em dia nem toda mulher quer se CASAR.

Quando as palavras terminam com “oso” e “osa”


conservam sempre o S.
1 POR ou PÔR?
Ele se apaixonou por uma mulher maravilhOSA,
Passe-me o açucareiro, POR favor? cheirOSA e muito dengOSA e ela pensa o mesmo so-
Não me consigo PÔR de pé quando não durmo bre ele. Trata-se de uma paixão mágica!
bem.
Em tempos de crise na ECONOMIA é preciso ECO-
Estas duas palavras existem na língua portuguesa e estão NOMIZAR em todas as compras.
corretas, mas seus significados são diferentes e devem
ser usadas em situações diferentes. A palavra POR (sem Observe que a palavra ECONOMIA não tem S e nem Z, por
acento) é uma preposição que significa através de, para, isso vamos derivá-la com o Z. É importante ressaltar que
durante. PÔR é a forma do verbo no infinitivo. O verbo todas as palavras com o sufixo IZAR são escritas com Z,
PÔR (com o acento circunflexo) se refere simplesmente mas há exceções: a palavra ANALISAR e FRISAR são grafa-
ao ato de colocar, depositar, apoiar, incluir. das com S porque não há o sufixo IZAR, mas a junção das
palavras ANÁLISE+AR e FRISO+AR.
Você vai POR esse caminho? O GPS indicou outro.
Pare de PÔR água no copo porque vai derramar. Outra dica importante é que os diminutivos das palavras
que não têm S são grafados com Z.
O Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor não
trouxe qualquer alteração a estas duas palavras. O acen- A criança gosta tanto de AVIÃO e de ÁRVORE que
to circunflexo existente no verbo PÔR deverá ser mantido, todos os desenhos que produz têm AVIOÃZINHOS
para diferenciarmos da preposição POR. em cima de ARVOREZINHAS.

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Para almoçar ou fazer qualquer refeição sentaremos à
3 ENFIM ou EM FIM?
mesa (sempre com crase).
Depois de 20 anos de espera, ENFIM estão juntos!
Depois de 20 anos de espera, EM FIM estão juntos! Use sentar (-se) à quando significar junto a, ao lado de.
Use sentar (-se) em quando significar em cima de, sobre.
Ao observarmos as frases acima percebemos algo estra-
nho! Na verdade as duas expressões existem na língua Sentou-se na poltrona confortável e começou a escre-
portuguesa e estão corretas, mas seus significados são ver o conto de fadas da vida real.
bastante diferentes e precisamos diferenciar as situações Sentou-se ao computador cedo para trabalhar e só
em que devemos utilizar uma ou outra. saiu à noite.

ENFIM, escrito juntinho, é um advérbio de TEMPO e signi- 5 LOCUÇÕES ADVERBIAIS


fica finalmente, por fim. Pode ser também uma conclusão
de pensamento, uma síntese. A partir do momento em que se olharam, frente a
frente, ficaram apaixonados!
Após tanto trabalho poderei, ENFIM, tirar férias! É preciso que avaliemos as situações adversas,
(finalmente, por fim) com calma, para não cometermos injustiças.

EM FIM, escrito separadamente, é formada pela preposi- Locuções adverbiais são expressões muito utilizadas
ção em e pelo substantivo comum masculino fim. Trata-se tanto na escrita, quanto na fala/linguagem oral. São for-
de uma locução adverbial de tempo, mostrando que se madas, geralmente por preposição, um adjetivo ou um
está no fim de alguma coisa, sendo sinônima de: no final, advérbio, representando um conjunto de duas ou mais
no termo, no término. palavras que, quando agrupadas, desempenham função
de advérbio (termo sempre invariável), podendo alterar o
Ficou claro para todos que aquele paciente se en- sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio.
contrava EM FIM de vida (no final, no término).
Essas locuções explicam melhor as frases que usamos e
podem realçar a maneira como se traduz uma atitude, um
4 SENTAR(-SE) A / SENTAR(-SE) EM?
fato, um lugar, etc. É importante ressaltar que essas locu-
ções geralmente vêm entre vírgulas.
Ele mal sentou-se NA MESA para almoçar e o tele-
fone começou a tocar. Viajaremos à tarde, antes do pôr do sol.
Ele mal sentou-se À MESA para almoçar e o telefo-
ne começou a tocar.

A primeira frase apresenta um vício de linguagem muito


comum nos nossos tempos. Sentar-se NA mesa é SOBRE
a mesa e essa atitude seria uma deselegância tremenda!

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6 DE REPENTE ou DERREPENTE? Embora as duas palavras existam no dicionário, a Acade-
mia de Letras indica que o uso mais aceito do ponto de
De repente você descobre que o documento não vista social é HISTÓRIA – com H.
chegou ao destino!
Derrepente você descobre que o documento não Tanto história como estória têm sua origem na palavra
chegou ao destino! grega historía; estória é uma forma antiga da palavra his-
tória, para distinguir a história de fatos chamados “reais”
De repente é uma locução adverbial que sempre será es- das histórias das fábulas e dos contos infantis, ação des-
crita separadamente. A confusão se dá porque no pro- necessária, devido à palavra HISTÓRIA poder cumprir os
cesso da fala a pronúncia parece junta! Muitas pessoas dois sentidos.
erram na hora de escrever, então fica combinado assim:
A HISTÓRIA do Brasil se confunde a partir da con-
De repente você descobre que a expressão é escri- cepção de ditadura e de liberdade.
ta separadamente. Hoje vou contar a HISTÓRIA do príncipe e da bruxa
De repente você aprende que o português não é má.
tão difícil assim!
Segundo o Acordo Ortográfico, que entrou em vigor, de-
vem ser utilizadas letras iniciais minúsculas em nomes
7 ELA LHE PERDOA ou ELA O PERDOA? que indicam domínios do saber, cursos e disciplinas. Se o
uso for sinônimo de conto e narração, deverá ser escrita
Ela gostava da amiga e sempre LHE perdoava.
com letra minúscula.
Ela detestava aqueles impulsos, mas OS perdoava.

Vai começar a aula de História.


O verbo perdoar, quando se refere a PESSOAS, autoriza o
Você conhece a história do príncipe e da bruxa?
uso do pronome LHE (objeto indireto). Se, porém o ser a
quem nos referimos NÃO FOR PESSOA, o verbo perdoar
exigirá outros pronomes: O, A (objeto direto). 9 ALUGA-SE CASAS ou
ALUGAM-SE CASAS?
Eu LHE perdoei porque nossa amizade é antiga,
ALUGA-SE casas na beira do mar, para a felicidade
mas não concordo com suas opções e ações.
chegar!
São dívidas muito graves: eu não AS perdoarei.
ALUGAM-SE casas na beira do mar, para a felicida-
de chegar!
8 ELA LHE PERDOA ou ELA O PERDOA?
Quando o verbo se apresenta com a partícula se, precisa-
Diante da HISTÓRIA do Brasil é possível recons- mos saber a quem essa ação se refere. Quando usamos
truir o presente político vivido. “Aluga-se” casas – quem se aluga? Casas é a resposta. En-
A ESTÓRIA é a respeito de um grande e frágil amor tão, o sujeito será “casas”, no plural; sendo assim, o verbo
entre um príncipe e uma bruxa. teria que concordar com ele, estando também no plural:

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ALUGAM-SE casas – Casas são alugadas.

Ao se colocar o verbo no plural, o sujeito do verbo sofre/


recebe uma ação e na gramática, sofrer ação tem o nome
de voz passiva (passivo é justamente quem recebe).

VENDEM-SE bicicletas e automóveis na liquidação.


Não se FAZEM homens como antigamente!

10 A NÍVEL DE OU EM NÍVEL DE?

A NÍVEL DE reconhecimento as pessoas estão sa-


bendo avaliar melhor os candidatos. (errado – melhor
substituir por “em relação ao reconhecimento”)

Belo Horizonte não pode se vangloriar EM NÍVEL


DE atendimento à população em diversão, cultura e
lazer. (correto)

Essas expressões trazem grandes dúvidas, ambas estão


corretas, dependendo do sentido empregado. “É impor-
tante relembrar o significado da palavra “nível”, substanti-
vo masculino”; relativo à altura, âmbito, categoria, status.

O uso de “A NÍVEL DE” está correto quando a preposição


“a” está aliada ao artigo “o” e significa “À MESMA ALTURA”.

Hoje, o Recife acordou AO NÍVEL do mar.

A expressão “EM NÍVEL DE” é utilizada corretamente


quando equivale a “DE ÂMBITO” ou “COM STATUS DE”.

Grande parte da população preferiria uma consul-


ta EM NÍVEL nacional para decidir o futuro da nação.

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gencial, não sendo fixado um tempo certo de vigência,
DIREITO sendo que esta irá perdurar enquanto estiver ocorrendo
a situação emergencial. (Ex: Calamidade pública, guerra,
PENAL inundação). Já a LEI TEMPORÁRIA é aquela que possui a
sua vigência previamente determinada pela lei (Ex: Lei X
DANIEL BUCHMÜLLER
com vigência do dia 12/01/2016 até 12/07/2015).

Essas leis são criadas para determinadas situações anô-


malas e são AUTORREVOGÁVEIS e ULTRATIVAS, ou seja,
praticado o fato durante sua vigência, elas continuam sur-
tindo seus efeitos mesmo após a cessação de sua vigên-
cia (revogação).

3 Hipóteses de exclusão da conduta:

Caso fortuito ou força maior: movimentos imprevi-


síveis ou inevitáveis, não dominados pela vontade. Não há
crime porque não há conduta; não há conduta porque
1 Princípio da Intervenção Mínima: não há voluntariedade.
O Direito Penal só deve intervir na vida das pessoas
quando estritamente necessário, mantendo-se subsidiá- Estados de inconsciência (completa): sonambulis-
rio e fragmentário aos outros ramos do direito. (ULTIMA mo e hipnose – apesar de haver movimento humano, não
RATIO) é voluntario.

Fragmentariedade: O Direito Penal somente deve se Movimentos reflexos: são movimentos impulsiona-
importar com alguns comportamentos contrários ao or- dos simplesmente por ação corporal, desprovidos de vo-
denamento jurídico, se preocupando apenas com os ca- luntariedade.
sos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado Coação física irresistível: o agente é impossibilitado
de determinar sua conduta de acordo com a sua vontade.
Subsidiariedade: O Direito Penal só deve atuar quan-
do houver o fracasso dos demais ramos do direito, ou Obs: coação moral irresistível não exclui a conduta, mas
seja, quando os demais meios estatais de controle social a culpabilidade (inexigibilidade de conduta diversa).
se mostrarem impotentes para o controle da ordem pú-
blica. 4 O homicídio qualificado do artigo 121, §2º é compa-
tível com o privilegiado do artigo 121, §1º, ambos do
2 A LEI EXCEPCIONAL é aquela que tem a sua vigência Código Penal, desde que a qualificadora seja objetiva (in-
estipulada durante uma situação transitória emer- cisos III e IV). E para a doutrina e os tribunais superiores,

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este homicídio qualificado/privilegiado não é considerado 8 Quanto ao crime de posse ilegal de arma de fogo
crime hediondo. (Art. 12 da lei 10.826/03), caminhão e táxi não são
considerados “residência” e nem “local de trabalho”. As-
5 No homicídio qualificado praticado contra agentes sim, o transporte de arma de fogo de uso permitido em
de segurança ou seus parentes (Art. 121, §2º, VII do caminhão ou táxi é considerado o crime de PORTE DE
Código Penal) é indispensável que o crime tenha relação ARMA DE FOGO – ART. 14.
com a função pública desempenhada, mesmo que os
agentes estejam fora de serviço. Também é indispen- Ainda, aquele que mantém arma na empresa, se não for o
sável que o autor do homicídio saiba da função pública titular ou responsável legal do estabelecimento, a condu-
desempenhada, e que o homicídio seja praticado em ra- ta se amolda ao crime de porte ilegal de arma de fogo.
zão dela.
9 Para que o agente responda pelo delito do uso com-
6 Na nova qualificadora do crime de furto de abigea- partilhado de drogas (Art. 33, §3º da lei 11.343/06,
to (semovente domesticável de produção), incluído ele deverá incidir cumulativamente todos os seus requi-
no parágrafo 6º do artigo 155 do CP pela lei 13.330/16, a sitos, ou seja, o agente deverá oferecer a droga de forma
pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ainda que eventual, o oferecimento eventual deverá ser sem obje-
o animal esteja abatido ou dividido em partes no local tivo de lucro e a pessoa a quem se oferece deverá ser
da subtração. do relacionamento do agente, lembrando que relacio-
namento não é precisamente família, pois amigos se in-
Por semovente domesticável de produção entende-se o cluem nesse conceito. Por fim, como esses requisitos são
animal que foi domesticado ou pode ser domesticado cumulativos, caso falte um deles, o agente responde-
para ser utilizado como rebanho e/ou produção. (Ex: boi, rá por tráfico de drogas.
porco, galinha, cabra...)
Conforme consta na Súmula 172 do STJ, compete a
10
7 Atenção especial aos verbos desses tipos penais quan- justiça comum processar e julgar militar por crime
to aos crimes praticados por funcionários públicos. de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço.

CONCUSSÃO (Art. 316): EXIGIR – Ainda que fora da Como o crime de abuso de autoridade tem pena máxima
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. de 6 meses, sendo infração de menor potencial ofensivo,
a competência será dos Juizados Especiais Criminais.
CORRUPÇÃO PASSIVA (Art. 317): SOLICITAR, RECE-
BER ou ACEITAR – Ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela.

PREVARICAÇÃO (Art. 319): RETARDAR ou DEIXAR


DE PRATCAR ato de ofício, ou PRATICÁ-LO contra dis-
posição legal. SATISFAZER INTERESSE OU SENTIMENTO
PESSOAL. (ATENÇÃO AO ART. 319-A)

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de Convencionalidade tem como paradigma os Tratados
DIREITOS Internacionais de Direitos Humanos, sendo que as leis
ordinárias infraconstitucionais devem respeitá-los, não
HUMANOS podendo contrariá-los.

DANIEL BUCHMÜLLER
4 O Tribunal Penal Internacional, o qual o Brasil se sub-
mete à sua jurisdição conforme artigo 5º, §4º da CF,
tem competência para julgamento de quatro crimes, sen-
do eles os crimes contra a humanidade, crimes de guerra,
crimes de genocídio e os crimes de agressão, conforme
Decreto 4.388/02. Para o Estatuto de Roma, esses crimes
são imprescritíveis e não há a previsão de pena de morte.

5 Diante do entendimento do Supremo Tribunal Fede-


ral, os Tratados Internacionais que versam sobre Di-
reitos Humanos têm status de norma supralegal, ou seja,
inferior a norma constitucional e superior a norma ordi-
nária, estabelecendo-se em uma posição intermediária.
1 Após a Segunda Guerra Mundial, como uma for-
ma de reação às atrocidades cometidas, foi criada
em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos
(DUDH), que foi o primeiro documento internacional a
prever direitos civis e políticos, bem como os direitos so-
ciais, econômicos e culturais, sendo um grande marco his-
tórico na internacionalização dos Direitos Humanos.

2 A constituição da República de 1988 é o marco brasi-


leiro sobre a Dignidade da Pessoa Humana e a inser-
ção do pais nessa nova ordem mundial garantista, sendo
que pela primeira vez a Dignidade da Pessoa Humana
passa a ser um fundamento da república federativa, ex-
posto no artigo 1º, III da CF, bem como a prevalência dos
Direitos Humanos passa a ser um princípio constitucional,
exposto, no artigo 4º, II, CF.

O Controle de Constitucionalidade tem como pa-


3
radigma a Constituição da República. Já o Controle

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