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Aula 01

Direito Civil p/ TJ-PE - Técnico Judiciário - Áreas Judiciária e Administrativa (com


videoaulas)

Professor: Aline Santiago


Noções de Direito Civil para o TJ/PE -
Técnico Judiciário.
Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi.
Aula - 01

AULA 01: Das pessoas: Pessoas Jurídicas:


Pessoas jurídicas de direito público e de direito
privado. Domicílio Civil.

Olá amigos! Prontos para mais uma aula de direito civil? Esperamos
que a sua resposta para esta pergunta seja positiva .

Esta aula, assim como a nossa aula anterior, não tem um conteúdo
teórico muito extenso. Mas tenha cuidado! Os assuntos: Pessoa
Natural e Pessoa Jurídica normalmente são cobrados em provas e as
questões que envolvem estes itens, de certa forma, não apresentam
grandes dificuldades, sendo muitas vezes questões “repetidas” ou, então,
literais ao texto da lei, portanto, procure assimilar bem estes conteúdos
para garantir acertos na hora da prova.

Nesta aula, falaremos ainda sobre o domicílio civil, agora no que diz
respeito à pessoa jurídica.

Vamos começar os trabalhos!

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Sumário
Pessoas Jurídicas (CC arts. 40 a 69)......................................................................................................... 3
- Constituição da Pessoa Jurídica ............................................................................................................ 5
- Capacidade e Representação da Pessoa Jurídica ................................................................................. 7
- Classificação da Pessoa Jurídica ............................................................................................................ 8
- Grupos despersonalizados .................................................................................................................. 11
- Sociedades de fato. ............................................................................................................................. 12
- Começo e Fim (extinção) da Existência Legal da Pessoa Jurídica ....................................................... 12
- Processo de extinção da pessoa jurídica. ....................................................................................... 14
- Associações. ........................................................................................................................................ 15
- Fundações. .......................................................................................................................................... 19
- Desconsideração da Pessoa Jurídica. .................................................................................................. 26
-D .............................................................................. 28
-Proteção dos direitos da personalidade. ............................................................................................. 28
- Responsabilidade das Pessoas Jurídicas. ............................................................................................ 29
- Domicílio da Pessoa Jurídica ............................................................................................................... 30
QUESTÕES FCC E SEUS RESPECTIVOS COMENTÁRIOS. ......................................................................... 32
LISTA DAS QUESTÕES E GABARITO. ...................................................................................................... 68

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Pessoas Jurídicas (CC arts. 40 a 69).

Em nossa aula passada, estudamos as pessoas naturais, a respeito


do seu começo e do seu fim, da capacidade e da personalidade. Estas
pessoas (pessoas naturais) são dotadas de capacidade jurídica, porém,
para a realização de determinados empreendimentos uma só pessoa se
torna fraca e, sozinha, dificilmente alcançaria seus objetivos. Com isto,
surge a necessidade de se agrupar as pessoas para que, então, juntas
tenham mais força de realização.

Da necessidade de conjugação de esforços, para a realização de


determinados fins, temos a atribuição de capacidade jurídica a entes
abstratos, formados ora pelo ¹conjunto de pessoas, ora por
²conjugação patrimonial.

As pessoas jurídicas são entidades as quais a lei confere personalidade.


Uma vez tendo personalidade jurídica, estas pessoas podem ser sujeitos de
direitos e obrigações.
É importante observarmos que a personalidade da pessoa
jurídica não se confunde, em regra, com a personalidade de cada
um dos seus membros.
Desta forma, uma de suas principais características é a atuação na
vida jurídica com personalidade distinta da de seus membros. Esta
separação de personalidades leva também à separação dos patrimônios –
respeitando o princípio da Autonomia Patrimonial. Assim, em regra,
não podem, por exemplo, ser penhorados os bens dos sócios por dívidas
da sociedade1.
As pessoas jurídicas que surgirão poderão ter os mais variados fins,
sem agora numerá-las taxativamente, podemos citar, desde o próprio
conceito de Estado, passando pelas fundações, pelas sociedades,
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associações de bairro e associações esportivas.

“Mas de onde vem a natureza jurídica destas pessoas?”

Existem diversas teorias que tentam explicar a natureza jurídica da


pessoa jurídica. Dentre essas teorias existem as que negam a existência da
pessoa jurídica – ¹Teorias Negativistas, e as que afirmam sua existência
– ²Teorias Afirmativistas.

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Você verá que, em algumas situações, o patrimônio dos sócios poderá ser atingido.
Isto será explicado ainda nesta aula.

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Para a Teoria Negativista só existem no Direito os seres humanos,


carecendo as denominadas pessoas jurídicas de qualquer atributo de
personalidade. Por isso chama-se negativista, porque nega existência à
pessoa jurídica. Os que a defendem sustentam que a denominação pessoa
jurídica mascara um patrimônio coletivo ou uma propriedade coletiva.

As Teorias Afirmativistas estão divididas entre ¹Teorias da


Ficção e ²Teorias da Realidade.

São duas as Teorias da Ficção:


A Teoria da Ficção Legal – criada por Savigny, que considera a
pessoa jurídica uma criação artificial da lei, ou seja, uma ficção jurídica,
uma abstração diversa da realidade. Deste modo, os adeptos desta teoria
dizem que os direitos são prerrogativas concedidas apenas ao homem nas
relações com seus semelhantes. Pois somente o homem tem existência real
e psíquica para expressar a sua vontade para deliberar e o seu poder de
ação. Assim, quando se atribuem direitos a pessoas de outra natureza, isso
se trata de simples criação da mente humana, constituindo-se uma ficção
jurídica. A capacidade das pessoas jurídicas, sendo criação ficta do
legislador, é limitada na medida de seus interesses;
A Teoria da Ficção Doutrinária – que vem a ser uma variação da
teoria explicada acima, defende que a pessoa jurídica não tem existência
real, mas apenas intelectual, sendo uma ficção criada pela doutrina.

São três as Teorias da Realidade:


A primeira é a Teoria da Realidade Objetiva ou Orgânica – a
pessoa jurídica é considerada por esta teoria como sendo uma realidade
sociológica, que nasce através de imposição das forças sociais;
A segunda é a Teoria da Realidade Jurídica ou Institucionalista
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– é parecida com a teoria objetiva pela importância dada aos eventos


sociológicos. Deste modo, considera a pessoa jurídica como uma
organização social destinada a um serviço ou ofício e, por isso,
personificada;
A terceira é a Teoria da Realidade Técnica – que diz que a
personificação de grupos sociais é um expediente de ordem técnica. É um
atributo deferido pelo Estado a certas entidades que o merecem e que
observaram os requisitos por ele estabelecidos.
A teoria da realidade técnica é a adotada pelo código civil de
2002.

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Passada a rápida conceituação acima, retornamos agora a ideia


trabalhada anteriormente de que todo o ordenamento jurídico é destinado
a regular a vida dos indivíduos. O direito tem por finalidade o homem como
sujeito de direitos. Deste modo, criam-se institutos jurídicos em prol do
indivíduo, criam-se também pessoas jurídicas como forma de se atribuir
maior força ao ser humano, para que, assim, este possa realizar
determinadas tarefas que seriam impraticáveis se estivesse sozinho.
Mas entenda que da mesma forma que o Direito atribui direitos ele
também impõe obrigações às pessoas jurídicas. Existirão, para cada tipo
de pessoa jurídica, condições, objetivas e subjetivas, determinadas em
lei. Portanto, o conceito de pessoa jurídica é uma objetivação do
ordenamento jurídico. Encara-se a pessoa jurídica como uma realidade
técnica, como uma criação do direito, porque assim está estabelecido em
lei.

- Constituição da Pessoa Jurídica

Não basta simplesmente que as pessoas se agrupem para formar


uma pessoa jurídica. Há um requisito muito importante, qual seja, a
vontade das pessoas sobre a criação de uma pessoa jurídica e para um
determinado fim. É esta vinculação de vontades, vinculação jurídica
entre as pessoas que dá unidade orgânica ao ente criado, com isto, este
ente se torna uma pessoa com características próprias, uma pessoa
jurídica, desvinculada da vontade e da personalidade daquelas pessoas
que a criaram e com autonomia perante seus membros.

Através desta unidade de vontades de criar um ente abstrato surge


a personificação.

Vocês se recordam, quando estudamos pessoas naturais, que a partir


do momento em que uma pessoa nasce com vida ela adquire
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personalidade? Pois bem, para a pessoa jurídica este momento de aquisição


da personalidade se dá quando há uma conjunção de vontades em torno
da criação deste ente abstrato. A partir deste momento este adquire
personalidade própria, independente da personalidade de seus sócios.
Contudo, entenda que não basta a simples vontade dos indivíduos
para a constituição da pessoa jurídica. Certos requisitos são impostos por
lei, estes requisitos serão mais severos ou menos severos de acordo com
a modalidade de ente a ser criado.
Preenchendo estes requisitos, a pessoa jurídica será considerada
regular e estará apta a utilizar-se de todas as suas prerrogativas em sua
vida jurídica.

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Acreditamos que você já pôde perceber que se regula a pessoa


jurídica de modo muito parecido com a pessoa natural. Haverá o momento
do “nascimento”, registro, aquisição de personalidade, capacidade,
determinação do domicílio, “morte” - podendo inclusive, existir uma
regulação quanto à sucessão.
Além do explicado até aqui (mas pensando especificamente em
questões de provas), saiba que para as pessoas jurídicas de direito
privado (assunto que abordaremos mais a frente) temos o seguinte:

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se
no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai2 em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Art. 46. O registro declarará:


I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando
houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações
sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio,
nesse caso.

Desta forma os estatutos e os atos constitutivos das pessoas jurídicas


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de direito privado são registrados no Cartório de Registro Civil das


pessoas jurídicas. Este registro além de servir de prova, possui natureza
constitutiva, por ser o atributivo de personalidade e da capacidade da
pessoa jurídica.

Não esqueça esta informação! A existência legal da pessoa jurídica de


direito privado começa com o registro do ato constitutivo. Não é quando
as pessoas celebram o contrato e não é quando elaboram o estatuto. Ela
começa quando ocorre o registro.

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Os institutos da decadência e da prescrição serão abordados detalhadamente em outra
aula. Mas você já pode “ir memorizando” alguns prazos. 

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Para a constituição da pessoa jurídica existem três requisitos


básicos: ¹a vontade humana criadora, ²a obediência às condições legais
para sua formação e ³a finalidade lícita.

A ¹vontade humana criadora ou o direcionamento da vontade de


várias pessoas em torno de uma finalidade comum e de um novo organismo
é fundamental. No início existe apenas uma pluralidade de membros que,
por sua vontade, formarão uma unidade, a pessoa jurídica que futuramente
passará a existir como um ente autônomo.
Superada esta primeira fase de manifestação da vontade a pessoa
jurídica já existe em um estado latente, mas para que exista de fato será
preciso observar um segundo requisito: ²a observância das
determinações legais. Deve se respeitar e cumprir, em especial, o que a
lei determinar a respeito de sua criação. É a lei que ditará qual o caminho
a seguir para que aquela vontade se materialize num corpo coletivo.
Por fim, a pessoa jurídica, que resultou de uma vontade, que foi
criada de acordo com a lei, deve também obedecer a um terceiro requisito:
³ter um fim lícito. Não se pode admitir que uma pessoa jurídica, criada
de acordo com a lei, venha a atentar contra esta, através de atos ilícitos. A
sua finalidade e seus atos precisam estar em conformidade com a lei, em
prol de toda a sociedade, de acordo com os bons costumes e com o direito,
ou seja, a sua finalidade precisa ser lícita.

- Capacidade e Representação da Pessoa Jurídica

Quando estudamos a capacidade da pessoa natural, vimos que ela é


decorrente da personalidade atribuída à pessoa. Com a pessoa jurídica
ocorre o mesmo, porém, se para a pessoa natural esta capacidade será
plena para a pessoa jurídica ela vai ser limitada à finalidade para a qual
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a pessoa foi criada.


Os poderes atribuídos à pessoa jurídica estão estipulados nos ¹atos
constitutivos, em seu ²ordenamento interno e, também, na ³lei, uma
vez que seus estatutos não podem contrariar normas cogentes.
Assim, depois de registrada a pessoa jurídica o Direito reconhece
a atividade no mundo jurídico. Neste momento de reconhecimento, a
pessoa jurídica recebe: denominação, domicílio e nacionalidade (todos
decorrentes da personalidade).
Sob o aspecto da representação, para o exercício do direito, a pessoa
jurídica não pode agir senão através do homem. Há, portanto, uma vontade

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humana que opera na pessoa jurídica, condicionada a suas finalidades3. Na


realidade, nem sempre a vontade do diretor ou administrador que se
manifesta pela pessoa jurídica coincide com a sua própria vontade. Ele é
apenas um instrumento ou órgão da pessoa jurídica, entendendo-se assim,
que há duas vontades que não se confundem. Por exemplo, o diretor ou
presidente pode manifestar a vontade da pessoa jurídica em assembleia
geral, mas esta vontade não necessariamente precisará coincidir com a sua
própria vontade.

- Classificação da Pessoa Jurídica

Este item, apesar de não estar expresso no edital, também compõe


o assunto pessoas jurídicas (tacitamente é preciso estudá-lo ).
Preste muita atenção nesta classificação! Apesar de não ser
muito extensa, ela apresenta alguns detalhes e subdivisões, sendo
amplamente cobrada em provas.
Vamos a ela!

I. Quanto à nacionalidade estas podem ser ¹nacionais e


²estrangeiras. A nacionalidade da pessoa jurídica deve ser vista sob o
prisma da sua constituição.
 A nacional é a que foi organizada conforme a lei brasileira e
tem no país a sede de sua administração.
 A estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não poderá,
sem autorização do Poder Executivo, funcionar no país, ainda
que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia,
ressalvados os casos previstos em lei, ser acionista de
sociedade anônima brasileira. Se autorizada a funcionar no
Brasil: sujeitar-se-á às leis e aos tribunais brasileiros, quanto
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aos atos aqui praticados; deverá ter representante no Brasil; e


poderá nacionalizar-se, transferindo sua sede para o Brasil.

II. Quanto à estrutura interna estas podem ser divididas em


¹corporação e ²fundação. C

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Não há de se confundir esta representação da pessoa jurídica, com aquela representação
dos incapazes. Enquanto no caso dos incapazes a representação irá ocorrer porque existe
a incapacidade de fato ou de exercício, no caso da pessoa jurídica a representação existe
apenas para que esta possa agir e praticar atos da vida civil.

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 A corporação (universitas personarum) é um conjunto de


pessoas que, apenas coletivamente, goza de certos direitos e
os exerce por meio de uma vontade única. Exemplos: as
associações e as sociedades.
 A fundação (universitas bonorum) é o patrimônio
personalizado destinado a um fim que lhe dá unidade. São as
fundações (públicas e privadas).

Observação: As associações e as sociedades também têm um patrimônio,


que representa um meio para a consecução dos fins perseguidos pelos
sócios, mas, nas fundações, juntamente com o objetivo a que esta se
destina, o patrimônio é o elemento principal.

III. A terceira classificação (e, talvez, a mais importante pensando


em provas) é quanto à função e capacidade sendo divididas em duas
espécies, conforme expresso no CC, as pessoas C jurídicas de ¹direito
público e as pessoas jurídicas de ²direito privado.

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de


direito privado.

 Veja que as pessoas jurídicas de direito público são subdivididas


em direito público interno ou externo.

Direito público externo, regulamentadas pelo direito internacional e


abrangendo: as nações estrangeiras, a Santa Sé, as Uniões Aduaneiras, os
Organismos Internacionais. Neste sentido, temos artigo 42 do CC:

Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros
e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
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Direito público interno, que podem ser da administração direta


(União, Estados, Territórios4, Distrito Federal e Municípios) ou podem ser
da administração indireta – descentralizados, criados por lei, com
personalidade jurídica própria para o exercício de atividades de interesse

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A classificação dos territórios não é pacifica. Alguns civilistas os colocam como
fazendo parte da administração direta, já para o direito administrativo estes são colocados
como da administração indireta. De todo modo, destacamos que conforme a
Constituição Federal, art.18, §2, os territórios federais integram a União, ou seja,
territórios não são considerados entes da federação.

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público, tais como as Autarquias, as Associações Públicas, as Fundações


Públicas, as Agências executivas e reguladoras.
Estão elencados no art. 41:

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

 As pessoas jurídicas de direito privado – são instituídas por


iniciativa de particulares e dividem–se em: fundações particulares,
associações, sociedades simples e empresárias, organizações
religiosas, partidos políticos e, ainda, incluídas pela lei 12.441 de
2011, as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Preste atenção! Já foi cobrado em provas:


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 Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito


privado.
 Os sindicatos embora não mencionados expressamente no
art. 44, possuem natureza de associação civil, estando,
pois, dentro das pessoas jurídicas de direito privado.
 Cuidado para não confundir um profissional autônomo
com empresa individual. Empresa individual está
normatizada no art. 980-A do CC, que diz: “A empresa individual
de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa
titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que
não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente
no País”. (Artigo incluído pela Lei nº 12.441, de 2011). Assim,

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qualquer pessoa – tanto física com jurídica, pode constituir


uma empresa individual. Já o profissional autônomo é pessoa
física que presta serviços de forma eventual sem relação de
emprego. Enquadra-se também como profissional autônomo, o
profissional liberal, que é aquela pessoa que exerce, por conta
própria, atividade econômica, de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não.
 Outro detalhe importante é o que diz respeito às fundações,
estas, embora genericamente estejam listadas entre as
pessoas jurídicas de direito privado, se tiverem atuação que,
de certa forma, se assemelhem às Autarquias, terão
personalidade jurídica de direito público (em prova, estará
escrito unicamente Fundações Públicas).

“Vocês podem explicar como fica a situação, por exemplo, de


condomínios e de sociedades irregulares? Em que classificação
estas entidades se enquadram?”

Há determinadas entidades com muitas das características das


pessoas jurídicas que vimos até agora, mas que, no entanto, não chegam
a ganhar personalidade, são grupos despersonalizados. Faltam
requisitos imprescindíveis à personificação, são os grupos com
personificação anômala, alguns autores utilizam também o termo
personalidade judiciária.
Temos como exemplos destas entidades: a família; a massa falida; o
espólio; o condomínio; a herança jacente ou vacante. Em geral, estes
grupos, embora não possuam personalidade, possuem uma capacidade
processual e também legitimidade ativa e passiva para demandar e ser
demandado em ações judiciais.

- Grupos despersonalizados 60741780461

Os grupos despersonalizados que mais aparecem em questões de concurso


são:

 A massa falida - nome que é dado ao conjunto de bens após a


sentença declaratória de falência. Será representado por um
síndico, que será o substituto da empresa ou pessoa que faliu.
 A herança jacente ou vacante - herança jacente é o nome que se
dá a herança quando uma pessoa morre sem deixar testamento e
não se conhece nenhum herdeiro. Os bens da herança jacente são
declarados vacantes quando não se apresentar nenhum herdeiro ou,

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se aparecer algum, este renunciar a herança. Este acervo de bens


será representado por um curador.
 O espólio - é o conjunto de direitos e obrigações do de cujus5. Será
representado em juízo, até que se nomeie um inventariante, por
um administrador provisório.
 O condomínio – sobre o condomínio há controvérsias na doutrina.
Quando se tratar de condomínio que é a propriedade comum ou
conjunta sobre alguma coisa, este não possui personalidade jurídica.
O problema está nos condomínios de edifícios. Portanto tenha uma
atenção extra se isto aparecer em prova. Como regra considere-os
despersonalizados. Será representado pelo síndico.
 Também se destaca a família como uma entidade não personificada,
pois, apesar de seus laços de sangue, cada membro preserva sua
individualidade e é responsável por suas obrigações.

- Sociedades de fato.

 As sociedades sem personalidade jurídica - são aquelas que


existem e funcionam, mas não possuem existência legal justamente
porque não fizeram seu registro no órgão competente ou então
porque lhes falta autorização legal para funcionamento. Serão
representadas pela pessoa a quem couber a administração de seus
bens. As sociedades irregulares ou de fato são aquelas que não
cumpriram alguns requisitos para sua regular formação, como por
exemplo, uma empresa que deixa de registrar seu ato constitutivo na
Junta Comercial. Estas empresas possuem legitimidade para cobrar
em juízo seus créditos, não podendo o devedor alegar a
irregularidade de sua constituição para se negar ao pagamento da
dívida. Mas não podem ser sujeitos de direitos, e os bens particulares
dos sócios respondem igualmente com os bens da empresa por
dívidas contraídas em nome desta.
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- Começo e Fim (extinção) da Existência Legal da Pessoa Jurídica

A pessoa jurídica tem sua origem, em regra, com um ¹ato jurídico ou


²em decorrência de normas. Existe diferença, porém, entre a origem das
pessoas jurídicas de direito público e das de direito privado.
As pessoas jurídicas de direito público se não são criadas em
razão de fatos históricos (criação do próprio Estado, por exemplo), o são
por normas, sejam estas: constitucionais; legais; ou, até mesmo, por meio

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Expressão jurídica para denominar a pessoa que faleceu.

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de tratados internacionais (no caso das pessoas jurídicas de direito público


externo).
Já as pessoas jurídicas de direito privado obedecem a um
processo que pode se dar de três formas: o ¹sistema da livre associação
(a emissão de vontade dos instituidores é suficiente para a criação do ente
personificado); o ²sistema do reconhecimento (há necessidade de um
decreto de reconhecimento); e o ³sistema das disposições normativas
(neste sistema dá-se liberdade de criação humana, sem necessidade de ato
estatal que a reconheça, mas exige-se que a criação dessa pessoa obedeça
a condições predeterminadas).
Em nosso direito, são duas as fases para a concretização da
pessoa jurídica: o ¹ato constitutivo e a formalidade do ²registro.

Na primeira fase, há a constituição da pessoa jurídica por um ato


unilateral entre pessoas vivas ou por testamento (se a pessoa faleceu e
deixou estipulado a sua criação como ato de última vontade). Nesta fase
temos um elemento material que se exterioriza nos atos de reunião dos
sócios, nas condições dos estatutos, etc. Há, também, um elemento formal
que é a transcrição do que foi acertado por escrito. Este ato poderá ser
público ou particular. As fundações são exceção, pois para elas o
instrumento público ou o testamento são essenciais.

Após a existência do ato escrito e da autorização passa-se à segunda


fase: o registro. O ato de constituição das pessoas jurídicas de direito
privado e o seu registro estão normatizados nos artigos 45 e 46 do CC:

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registo todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
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pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o


prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando
houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações
sociais;

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VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio,
nesse caso.

Enquanto para a pessoa natural o fim da existência ocorre com a


morte (real ou presumida), para a pessoa jurídica pode ocorrer por causas
diversas. Basicamente, o fim da existência legal da pessoa jurídica,
pode ocorrer:

De forma convencional – ou seja, quando seus membros


decidirem pelo seu fim, de acordo com o quórum previsto nos
estatutos da empresa ou na lei.
De forma legal – em razão de motivos determinados em lei, mais
precisamente no art. 1.034 do CC:
Art. 1.034 A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento
de qualquer dos sócios, quando:
I - anulada a sua constituição;
II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade.
De forma administrativa – quando a pessoa jurídica, para seu
funcionamento, precisa de autorização do poder público e pratica
atos nocivos ou contrários aos seus fins.
De forma Judicial – que decorre dos casos de dissolução
previstos em lei ou no estatuto, principalmente quando a
sociedade se desviar dos fins para os quais foi constituída.

Atenção: as formas de extinção se relacionam, e como vimos acima são a


convencional, a legal, a administrativa e a judicial. No entanto:

A extinção legal tem este nome porque os motivos que levam à sua
extinção advêm da lei (exemplo art. 1.034). Mas entenda que a extinção
não é automática, para que ela aconteça também serão necessárias
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algumas medidas judiciais.

A extinção pela forma administrativa acontecerá quando for


necessária uma autorização da administração pública para o funcionamento
da Pessoa Jurídica. Neste caso, quando a PJ pratica atos nocivos ou
contrários aos seus fins, o mesmo poder administrativo que concedeu
esta autorização poderá retirá-la ou, então, negar a sua renovação.

- Processo de extinção da pessoa jurídica.

Após o encerramento das atividades da pessoa jurídica, o seu


processo de extinção se realizará através da ¹dissolução e da
²liquidação. Este processo se mostra necessário para que se dê

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destinação aos bens da empresa, se pague todas as dívidas e para que se


faça a partilha do que restar entre os sócios.
A liquidação da pessoa jurídica, segundo o art. 51 do CC, ocorrerá
nos casos de dissolução ou de cassação de autorização para funcionamento.

Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para
seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se
conclua.
§ 1º. Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação
de sua dissolução.
§ 2º. As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber,
às demais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3º. Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição
da pessoa jurídica.

Desta forma, podemos perceber que o cancelamento da inscrição da


pessoa jurídica no registro não acontece no momento em que ela é
dissolvida. O cancelamento da sua inscrição acontece somente depois
de encerrada a sua regular liquidação.

Continuando a análise do Código Civil, há duas pessoas jurídicas,


para as quais o nosso o código reservou alguns itens específicos, são elas:
¹as associações e ²as fundações.

Então vamos ao seu estudo mais detalhado!

- Associações.
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No código civil de 2002, as associações estão compreendidas entre


os artigos 53 a 61. O artigo 53 nos dá uma primeira ideia sobre as
associações:

Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem


para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

As associações se prestam aos mais variados fins, desde que não


econômicos, e preenchem, assim, as mais variadas finalidades na

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sociedade. Qualquer atividade lícita e de fins não econômicos pode ser


buscada por uma associação.
Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. Uma vez
que as associações não se formam por contrato e sim pela união de pessoas
sem direitos e obrigações recíprocos6.

Uma observação que devemos fazer é a seguinte:


A associação até pode obter lucro, no entanto, este lucro deverá ser
reinvestido na própria entidade. A associação não pode ter o lucro como
finalidade essencial e nem distribuí-lo entre seus associados.
No artigo 54 do CC estão enumerados os requisitos obrigatórios que
devem constar nos estatutos de toda e qualquer associação:

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:


I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.

Outras disposições podem ser acrescentadas, mas estas, que estão


no texto da lei, são essenciais. Os estatutos são a lei orgânica da pessoa
jurídica, a norma de obediência obrigatória para os fundadores da
associação e, também, para todos aqueles que no futuro venham a ela se
associar. A vontade dos novos membros se manifesta através da adesão
à associação e consequentemente aos seus regulamentos.
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Algumas observações:
 Nada impede que a associação tenha várias sedes, sendo uma
principal e outras subsidiárias;
 A admissão de novos sócios deve atender aos interesses da
associação, o estatuto pode determinar que sejam preenchidos
certos requisitos para que alguém tenha a qualidade de sócio;
 A demissão não se confunde com a exclusão, porque esta tem
caráter de penalidade e só pode ser aplicada se for dado direito à
ampla defesa ao associado envolvido (art. 57), já a demissão

6
Nelson Nery Júnior, Código Civil Comentado, Revista dos Tribunais, 8ª ed., pág. 271.

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decorre da iniciativa do próprio interessado, por oportunidade ou


conveniência sua;
 É importante que o estatuto estabeleça a providência de fundos,
se este vai ser proveniente de contribuições dos próprios sócios ou
de terceiros, ou se, então, a associação vai exercer alguma
atividade que lhe forneça meios financeiros, entretanto sem que
com isso descaracterize sua finalidade.

O artigo 55 do CC nos diz:


Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, MAS o estatuto poderá
instituir categorias com vantagens especiais.

Este artigo pode dar margem para algumas confusões. A dificuldade


estaria no sentido de se saber, no caso concreto, se é válida a atribuição
de vantagens especiais a sócios, o que contraria a finalidade primeira do
dispositivo que é a igualdade de direitos. O melhor é interpretar que toda
associação deve garantir os direitos mínimos aos associados e que as
vantagens são excepcionais a algumas categorias, que por sua
natureza sejam diferenciadas.

Seguindo com a nossa conversa! No art. 56 encontramos o seguinte:

Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não


dispuser o contrário.
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio
da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do
estatuto.

Temos aqui a figura dos associados com e sem em quotas ou fração


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ideal do patrimônio da entidade (chamados respectivamente de sócios


patrimoniais e de sócios meramente contributivos). Na verdade, o que este
artigo quer proteger é o interesse da associação, pois cabe à própria
entidade definir quem poderá ingressar como associado.
O simples fato de transferir uma quota ou a “qualidade” de associado
para outra pessoa pode não ser o suficiente para esta pessoa passar a ser
sócia, é preciso analisar a permissão estatutária.
A ideia fundamental é no sentido de permitir que a associação faça
um juízo de oportunidade e conveniência para a admissão de novos
associados. Uma vez admitido o associado, a sua exclusão somente será
possível por justa causa, obedecido o estatuto. É o que diz o artigo 57 do
CC:

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Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim


reconhecida em procedimento que assegure o direito de defesa e de recurso,
nos termos previstos no estatuto.

Nenhuma decisão de exclusão de associado pode prescindir de


procedimento que permita ao sócio produzir sua defesa e suas provas,
ainda que o estatuto permita e ainda que decidida em assembleia geral,
convocada para tal fim. Também neste sentido temos o artigo 58 do CC:

Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que
lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos
na lei ou no estatuto.

O estatuto ou a lei estabelecerão os limites ao exercício dos


direitos sociais.
A assembleia geral é órgão necessário da associação, exerce papel
de “poder legislativo” na instituição7. O artigo 59 do CC elenca as matérias
privativas da assembleia.

Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:


I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste
artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para este
fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição
dos administradores.

No mesmo sentido o artigo 60 do CC determina:


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A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantindo


a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.

De acordo com a norma legal do artigo 59 do CC – que é uma norma


de ordem pública, ou seja, é preceito imperativo, que não admite disposição
em contrário pela vontade privada, competirá somente à assembleia
geral a ¹destituição dos administradores e a ²alteração do estatuto.

7
O “Poder Executivo” da pessoa jurídica é exercido por um diretor ou uma diretoria,
podendo ser criados outros órgãos auxiliares, dependendo do tamanho da entidade.

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“Vocês falaram em dissolução da pessoa jurídica. Mas o que


acontecerá com o patrimônio de uma associação quando esta for
dissolvida?”

A resposta à sua pergunta está no art. 61, o seu estudo deve ser
literal ao texto do CC (assim é cobrado em prova):

Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido,


depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no
parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos
designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à
instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1º. Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados,
podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber
em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem
prestado ao patrimônio da associação.
§ 2º. Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território,
em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo,
o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado,
do Distrito Federal ou da União.

Para finalizarmos o assunto associação, observe este enunciado do STJ:

Jornada III STJ 142 –


“Os partidos políticos os sindicatos e as associações religiosas
possuem natureza associativa, aplicando-se-lhes o CC”.

- Fundações.
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Antes de iniciarmos nosso estudo sobre as fundações, temos que


noticiá-lo sobre uma importante alteração ocorrida dia 29/07/2015, onde a
Lei nº 13.151 alterou vários dispositivos do CC/2002 sobre as
fundações privadas. Deste modo, vamos fazer um quadro comparativo
entre como era o artigo ou inciso, e como ficou. Mas, desde já alertamos
que a citada lei já está em vigor, pois, de acordo com seu art. 7º, ela
entra em vigor na data de sua publicação.
Então vamos lá!

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Vimos que, nas associações, o que importa são as pessoas, a reunião


de pessoas, a coletividade. Já nas fundações, há de início um patrimônio
despersonalizado, destinado a um fim.
As fundações têm sua razão de ser no patrimônio destinado a
determinada finalidade. Assim está no artigo 62 do CC:

Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública
ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos,
morais, culturais ou de assistência.

Trata-se, como se depreende do artigo, de um conjunto de bens, que


recebe personalidade para a realização de um fim determinado. O
patrimônio se personaliza quando obtém sua existência legal, deste modo,
uma fundação não é qualquer conjunto de bens. A dotação se fará por
escritura pública ou testamento.

As fundações poderão ter finalidade religiosa moral, cultural ou de


assistência. Há questões de provas que ficam apenas na análise
literal do § único do art. 62, no entanto é importante que você saiba que
há também os seguintes enunciados:

Jornada I STJ 8: “A constituição de fundação para fins científicos, educacionais


ou de promoção do meio ambiente está compreendida no CC 62 par. ún.”
Jornada I STJ 9: “O CC par. ún., deve ser interpretado de modo a excluir
apenas as fundações de fins lucrativos”

Aqui temos a primeira alteração. Observe como ficou a redação do


art. 62:
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Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina,
e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;

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VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e
conhecimentos técnicos e científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;

Observe que agora a finalidade da fundação, ou seja, seu campo de


atuação ficou maior e mais determinado. Temos, no parágrafo único do art.
62, um campo de atuação maior do que tínhamos na antiga redação, o que
reforça os entendimentos da doutrina, tribunais e enunciados, de que a
fundação poderia atuar em outros campos além dos descritos no antigo §
único do art. 62.
Atenção! Tenha em mente que esta é a redação atual do art. 62 do
CC. A Lei nº 13.151 já está em vigor.

Para que se aperfeiçoe a personalidade jurídica da fundação,


ou seja, para que se possa dizer que esta existe como pessoa jurídica, é
necessário o preenchimento dos seguintes requisitos: instituição, por
meio de escritura pública ou testamento, de dotação especial de bens livres
de ônus, da qual conste a finalidade específica da fundação, que deve ser
religiosa, moral, cultural ou de assistência; estatutos que a regerão;
aprovação dos estatutos pelo órgão do Ministério Público e o registro
da escritura de instituição.
A criação da fundação se dá pelo denominado negócio jurídico
fundacional e o registro a personifica, fazendo com que tenha capacidade,
patrimônio, sede e administração8.
No primeiro requisito (instituição) para a criação de uma
fundação, existem dois momentos bem definidos: um é a ¹vontade de sua
constituição, que neste caso se exterioriza no ato de fundação
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propriamente dito; e o outro é o ato de ²dotação de um patrimônio, que


lhe dará vida. Neste ato de dotação, estão compreendidos: a reserva de
bens livres9, a indicação dos fins e a maneira pela qual o acervo será
administrado.

8
Diniz. Direito Fundacional.
9
Estes bens têm que ser livres, pois qualquer ônus sobre eles colocaria em risco a
existência da entidade.

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- Modalidades de formação da fundação:

1. Direta – neste modo, a própria pessoa instituidora projeta e


regulamenta a fundação.
2. Fiduciária – neste modo, o instituidor entrega a tarefa de organizá-la
a outra pessoa.

Atenção! O instituidor da fundação pode ser tanto pessoa natural


quanto pessoa jurídica.

Vimos que a constituição da fundação é feita com dotação de bens,


mas o que ocorre quando esta dotação não for suficiente? Esta
situação está expressa no art. 63 do CC:

Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela


destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados
em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.

Então, se caso os bens forem insuficientes para a constituição da


fundação, eles serão destinados a outra fundação que tenha a mesma ou
semelhante finalidade da que não pôde ser criada, mas isso só
acontecerá se o instituidor não tiver disposto de forma diferente no
estatuto.
A tarefa de elaborar o estatuto – que é a lei interna da fundação -
cabe ao instituidor ou, então, o instituidor deverá designar quem elabore o
estatuto. Depois de ultrapassada esta fase, o estatuto será apresentado ao
Ministério Público10 – órgão fiscalizador das fundações, que examinará
se foram observadas as bases da fundação e se os bens são suficientes
para atender as suas finalidades. Neste sentido temos o artigo 66 do CC:
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Art.66 Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.


§1º Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao
Ministério Público Federal. (ADIn 2794)
§2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo,
em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.

10
Esta fiscalização será feita por meio da Promotoria de Justiça das Fundações, nas cidades
em que houver este cargo na divisão administrativa da instituição. Nas cidades menores
esta tarefa caberá ao Promotor Público.

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Importante! Em decorrência da ADIn 2794, o STF declarou


inconstitucional o §1 do art. 66 do CC. Em vista da eficácia erga omnes da
decisão do STF em ADIn, não está mais em vigor o CC art. 66, §1º.

Compete, então, ao Ministério Público do Distrito Federal velar


pelas fundações no DF.

 Em se tratando de fundações federais de direito público


esta atribuição de velar cabe, sim, ao Ministério Público Federal,
independentemente de funcionar ou não no DF ou nos
eventuais Territórios.
 Nos Estados, esta competência é do Ministério Público do
Estado em que se situa a fundação.

E aqui temos outra alteração, que na verdade vem corroborar com


entendimento que já existia de que o Ministério Público do Distrito Federal
velará pelas fundações que funcionarem no DF. A Lei nº 13.151 trouxe nova
redação para o § 1º do art. 66 do CC. Observe como ficou:
Art. 66. § 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo
ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

Portanto, a partir do dia 29/07/2015 o art. 66 do CC, passou a ter


seus dois parágrafos novamente. ;)

Nesta mesma perspectiva, de ação do Ministério Público, temos o


parágrafo único, do artigo 65 do CC:
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo
ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art.62), o
estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da
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autoridade competente, com recurso ao juiz.


Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo
instituidor, ou, não havendo prazo, em 180 (cento e oitenta) dias, a incumbência
caberá ao Ministério Público.

Como vimos, se o instituidor não fizer o estatuto e a pessoa por ele


designada também não fizer, caberá ao Ministério Público esta tarefa.
Qualquer alteração do estatuto também deve ser submetida à apreciação
do Ministério Público.

Sobre alterações no estatuto temos o artigo 67 do CC:

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Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I – seja deliberada por 2/3 (dois terços) dos componentes para gerir e
representar a fundação;
II – não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a
denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

E, aqui, temos a última alteração. Agora temos um prazo máximo


para que o MP analise a proposta de mudança do estatuto. Observe como
ficou a nova redação do inciso III do art. 67 do CC:

Art. 67. III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de
45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a
denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Deste modo o art. 67 ficou da seguinte forma:


Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a
fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45
(quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

ATENÇÃO! Colocamos os dispositivos, o antigo e o novo da Lei nº


13.151, como forma de comparação, mas o que está valendo é a redação
nova. Fique atento. ;)

Caso a alteração não tenha sido aprovada por unanimidade, a minoria


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vencida poderá requerer a impugnação no prazo de 10 dias, isso conforme


o artigo 68 do CC:

Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação
unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão
do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para
impugná-la, se quiser, em 10 (dez) dias.

Existem certas peculiaridades no que diz respeito às fundações:

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 A primeira é quanto aos seus bens, estes não podem ser vendidos.
Normalmente, tais bens são inalienáveis, porque é sua existência
que assegura a vida das fundações, não podendo, desta forma,
serem desviados de sua destinação original. É claro que, dependendo
da situação, comprovada a necessidade da venda, esta pode ser
autorizada pelo juiz competente11, com a audiência do Ministério
Público. O produto da venda deve ser aplicado na fundação ou em
outros bens destinados a sua manutenção;
 Na fundação, o elemento pessoa natural pode não ser múltiplo, uma
vez que basta uma só pessoa para sua criação;
 O patrimônio é o elemento fundamental das fundações;
 Os fins também são imutáveis, porque são fixados pelo instituidor;
 Nas fundações os administradores não são sócios, podem ser
denominados como membros contribuintes, fundadores,
beneméritos, efetivos, etc.

Outra peculiaridade está no artigo 64 do CC:

Art. 64. Constituída a fundação por negócio Jurídico entre vivos, o instituidor é
obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens
dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.

Portanto, a promessa do instituidor, que se materializa na dotação


de bens ou direitos, possui caráter irrevogável e irretratável. Se uma
pessoa prometer e não cumprir, poderá o juiz através de mandado judicial
executar a promessa.

Sobre o tema extinção da fundação temos o artigo 69 do CC e o


artigo 1.204 do CPC:
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“CC art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a
fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público,
ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu
patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto,
em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou
semelhante.”

“CPC art. 1.204. Qualquer interessado ou órgão do Ministério Público promoverá


a extinção da fundação quando:

11
Sem esta autorização a venda será nula.

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I – se tornar ilícito o seu objeto;
II – for impossível a sua manutenção;
III – se vencer o prazo de sua existência”.

Passemos agora a outro assunto muito importante, a chamada


desconsideração da pessoa jurídica!

- Desconsideração da Pessoa Jurídica.

Quando estudamos a natureza jurídica das pessoas jurídicas, as


classificamos como realidade técnica. A pessoa jurídica decorre da
técnica do direito, é uma criação jurídica para a realização de certos
objetivos.
Neste sentido temos que as pessoas jurídicas possuem existência
distinta em relação a seus membros. Existem, porém, determinados casos
onde esta distinção entre a pessoa jurídica e a pessoa natural não pode
ser mantida. Casos estes em que a personalidade da pessoa jurídica
foi utilizada para fugir das suas finalidades, para lesar terceiros.
Quando isto acontece, a personalidade jurídica deve ser
desconsiderada, decidindo o julgador como se o ato ou negócio houvesse
sido praticado pela pessoa natural.

Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas,


em casos específicos e determinados, apenas desconsiderá-la
temporariamente. O assunto está regulado pelo artigo 50 do CC:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo
¹desvio de finalidade, ou pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no
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processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam


estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the legal


entity), como assinala Venosa12, “...autoriza o juiz, quando há desvio de
finalidade, a não considerar os efeitos da personificação, para que sejam
atingidos bens particulares dos sócios ou até mesmo de outras
pessoas jurídicas, mantidos incólumes, pelos fraudadores, justamente
para propiciar ou facilitar a fraude”.

12
Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed.

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O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em


dois casos: Desvio de finalidade13.
Confusão patrimonial14.

Como assinala Galhardo Jr., “para que se desconsidere a pessoa jurídica, é


necessário que o dano causado seja decorrente do uso fraudulento ou
abusivo da autonomia patrimonial. Quando a fraude e o abuso de
direito podem ser combatidos sem a necessidade de afastar-se a
personalidade distinta da pessoa jurídica (como quando é aplicável o
regramento dos vícios dos atos jurídicos), a teoria da desconsideração
é inócua (...)”.

“Sempre será necessário o uso fraudulento da pessoa jurídica?”

A disregard of legal entity originariamente foi feita para atingir


casos de fraude e de má-fé. Existem, no entanto, duas teorias sobre a
desconsideração:
 A Teoria maior, em princípio, exige dois requisitos: o abuso e o
prejuízo. É a teoria adotada pelo Código Civil. Apenas observando
que no caso de confusão patrimonial, esta será o pressuposto
necessário e suficiente.
 Teoria menor, que exige como requisito apenas o prejuízo ao
credor.

E veja dois enunciados relacionados ao assunto:


Jornada I STJ 7: “só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica
quando houver a prática de ato irregular, e limitadamente, aos
administradores ou sócios que nela hajam incorrido”.
Jornada III STJ 146: “Nas relações civis, interpretam-se restritivamente
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os parâmetros de desconsideração da personalidade jurídica previstas no


CC 50 (desvio de finalidade ou confusão patrimonial)” (Este Enunciado não
prejudica o Jornada I STJ 7).

A teoria menor por vezes é adotada pela jurisprudência,


principalmente no que diz respeito às relações de consumo (art.28 e
parágrafos da Lei 8.078/1990). Mas o assunto é polêmico. Também é

13
Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso
abusivo da personalidade jurídica.
14
Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de
separação patrimonial entre o patrimônio da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda,
dos haveres de diversas pessoas jurídicas.

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apontada pela doutrina uma problemática nas relações trabalhistas, pois,


segundo ela, a teoria da desconsideração tem sido utilizada de forma
indiscriminada.

Você precisa estar muito atento(a) em uma questão que aborde o tema.
De todo modo, respondendo à pergunta, entenda que nem sempre será
necessária a comprovação da intenção de fraudar.

- Desconsideração inversa da pessoa jurídica

Existe uma situação que ocorre o seguinte: O sócio, com objetivo


prejudicar a terceiro, oculta ou desvia seus bens pessoais para a pessoa
jurídica. Estes “bens da pessoa jurídica” (na realidade são bens ocultos
do sócio) poderão ser atingidos em uma desconsideração.

Jornada IV STJ 283: “É cabível a desconsideração da personalidade


jurídica denominada ‘inversa’ para alcançar bens de sócio que se valeu da
pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a
terceiros”.

“Professores! Antes de encerrar o assunto, eu li algo sobre a


necessidade de insolvência e a desconsideração da personalidade
jurídica, o que é isto?”

A comprovação da insolvência (que é quando a PJ não pode


cumprir com suas obrigações) não é necessária. Além disso, segundo a
doutrina, a aplicação da teoria da desconsideração conforme já falamos não
importa dissolução ou anulação da sociedade. Importa apenas a sua
desconsideração.
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Sobre o assunto há inclusive o seguinte Enunciado da Jornada IV


STJ 281:
“A aplicação da teoria da desconsideração, descrita no CC 50, prescinde da
demonstração de insolvência da pessoa jurídica”.

-Proteção dos direitos da personalidade.

Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos
da personalidade.

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Observe que a aplicação da proteção aos direitos da personalidade


não é feita indistintamente para todos os casos. Quanto a este
assunto temos o seguinte enunciado do STJ:

STJ 227: “a pessoa jurídica pode sofrer dano moral”

Porém, atente que o dano moral será objetivo, relativo a atributos


sujeitos à valoração extrapatrimonial da sociedade, como o bom nome, por
exemplo.
Isso porque a pessoa jurídica não tem direito à reparação do dano
moral subjetivo, uma vez que não possui capacidade afetiva. E a honra
subjetiva está relacionada aos sentimentos de autoestima.
Este assunto já foi cobrado, mas por outra banca, no concurso do
MPU/2013: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral nos casos de
violação à sua honra subjetiva.
De acordo com o que vimos está incorreto.

- Responsabilidade das Pessoas Jurídicas.

A responsabilização vai acontecer quando uma pessoa for


prejudicada, quando houver um dano – seja ele patrimonial ou moral,
sendo necessário também que exista um nexo de causalidade entre este
dano e o ato de um agente – que foi o causador do dano.
A existência de dano gera a responsabilidade e a obrigação de
reparação deste dano. Sendo que a responsabilidade das pessoas
jurídicas pode ocorrer no âmbito administrativo, no civil e no penal.
No âmbito penal, por exemplo, a Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de
1998, que fala sobre os crimes ambientais, responsabiliza administrativa,
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civil e penalmente as pessoas jurídicas, aplicando penas restritivas de


direitos, prestação de serviços à comunidade e multa.

No âmbito civil a responsabilidade da pessoa jurídica pode ser:


 Contratual - que está no art. 389 do CC: “Não cumprida a
obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros
e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado”.
 Extracontratual - também chamada de delitual ou aquiliana,
que decorre de atos ilícitos e impõe a todos o dever de não

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lesar. Se mesmo assim a pessoa o fizer, ocorrerá a obrigação


de reparar este dano.

Toda pessoa jurídica de direito privado responde pelos danos


causados a terceiros, qualquer que seja a natureza de seus fins. Para as
pessoas jurídicas de direito público a responsabilidade é objetiva sob
a modalidade do risco administrativo, conforme art. 43:
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por
parte destes, culpa ou dolo.

Na responsabilidade civil objetiva, as pessoas jurídicas de direito


público interno têm a obrigação de reparar tão somente pela existência do
fato danoso e do nexo causal (que é a chamada Teoria do Risco), não
existe a necessidade de culpa. É assegurado a estas pessoas, no
entanto, o direito de ação contra os causadores do dano se estes agirem
com culpa ou dolo.
Porém se houver a culpa concorrente entre o agente e a vítima a
indenização será reduzida pela metade. E se a culpa for exclusiva da vítima
o Estado se exonerará da obrigação de indenizar. O mesmo acontecendo
no caso de força maior e fato exclusivo de terceiro.

- Domicílio da Pessoa Jurídica

É a sede jurídica da pessoa jurídica, é onde os credores podem


demandar o cumprimento das obrigações. É o local de suas atividades
habituais, de seu governo, administração ou direção, ou ainda, aquele
determinado no ato constitutivo. Estabelece o artigo 75 do CC:
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Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:


I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto
ou atos constitutivos.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes,
cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.

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§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por
domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma
das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela
corresponder.

O § 1º do artigo 75, vem ajudar às pessoas que necessitam processar


uma entidade com estabelecimentos em vários lugares, ao dizer que cada
um deles será considerado domicílio para os atos neles praticados. Já,
o § 2º do artigo 75 diz respeito às pessoas jurídicas estrangeiras que
tenham estabelecimento no Brasil, e que serão demandadas no foro de sua
agência aqui localizada, de acordo com as obrigações contraídas por cada
uma delas.

Terminada mais uma aula, caros amigos, como de costume, vamos


à prática, com a resolução de mais questões.
Mandem suas dúvidas para o fórum de dúvidas do nosso curso.
OBS: Mesmo que você encontre questões, sobre as Fundações,
desatualizadas, em função da Lei nº 13.151, vale a pena dar uma
olhadinha, pois, assim, você entende como as bancas costumam pedir este
tipo de assunto.

Um abraço e bons estudos!

Aline Santiago & Jacson Panichi.

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QUESTÕES FCC E SEUS RESPECTIVOS COMENTÁRIOS.

1. FCC 2015/TJ-PE/Juiz Substituto. Segundo a legislação civil vigente,


a) A proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para
as pessoas jurídicas.
b) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos
da personalidade.
c) Apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas
jurídicas a proteção dos direitos da personalidade.
d) Para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é imprescindível
que também ocorra dano patrimonial.
e) Às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral.

Comentário:
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
Gabarito letra B.

2. FCC 2015/TRE-RR/Analista Judiciário. No tocante as pessoas


jurídicas, considere:
I. As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de
direito privado.
II. O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de
direito privado, por defeito do ato respectivo, é de dois anos a contar da
publicação de sua inscrição no registro.
III. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões
se tomarão pela maioria de votos dos presentes. Neste caso, o prazo
decadencial para anular as referidas decisões que violarem a lei ou estatuto
é de dois anos.
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IV. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos


da personalidade.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III
b) I e II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I e IV.

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Comentário:
Afirmativa I – correta.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
Afirmativa II – errada.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário,
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas
as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
Afirmativa III – errada.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão
pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo
diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere
este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo,
simulação ou fraude.
Afirmativa IV – correta.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
Gabarito letra E.

3. FCC 2015/TCM-GO/Procurador do Ministério Público de Contas.


No tocante às fundações, considere:
I. Constituem elas um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica
para a realização de fins determinados, de interesse público, de modo
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permanente e estável.
II. Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de
promoção do meio ambiente, mesmo que com fins lucrativos.
III. Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão,
se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra
fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
IV. Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser
modificados, a não ser pela vontade unânime de seus dirigentes.

Está correto o que se afirma em


a) III e IV, apenas

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b) I, II, III e IV
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I e III, apenas.

Comentário:
Afirmativa I – correta. Fundação é o patrimônio personalizado destinado
a um fim que lhe dá unidade. São as fundações (públicas e privadas).
Afirmativa II – errada.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina,
e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos,
morais, culturais ou de assistência.
Afirmativa III – correta.
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra
fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Afirmativa IV – errada.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a
fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Gabarito letra E.

4. FCC 2015/TCM-GO/Procurador do Ministério Público de Contas.


Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins lucrativos,
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que decide, para aumentar seus ganhos, montar um restaurante em sua


sede, aberto aos associados e familiares, bem como uma loja para vender
camisas dos uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos troféus
conquistados. Essa conduta
a) Não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o
que se caracterizaria em ambas as situações, só podendo a imagem
da associação ser cedida onerosamente a terceiros.
b) É possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois
associações podem ter os mesmos fins econômicos que uma
sociedade por quotas de responsabilidade limitada.
c) É possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois
a realização eventual de negócios para manter ou aumentar o
patrimônio da associação não a desnatura

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d) É possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus,


pois a abertura de um restaurante, mesmo que sem ganhos pessoais
aos associados, desnatura sua condição de associação, por não ter
nexo com suas atividades esportivas.
e) É possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que
somente para os associados e familiares, pois a venda de uniformes,
bolas e troféus, por ser livre à população em geral, tem fins lucrativos
que a desnaturam enquanto associação.

Comentário:
As associações não estão de gerar renda para manter sua existência ou
aumentar suas atividades. O que não pode acontecer é esta renda ser
distribuída entre os associados.
Desta forma, uma associação pode possuir determinado patrimônio e
realizar negócios para aumentar esse patrimônio. Isso não irá
descaracteriza-la, uma vez que não irá proporcionar ganhos pessoais aos
associados.
Gabarito letra C.

5. FCC 2014/ DPE-PB/Defensor Público. Carlos emprestou R$ 1.000,00


a Pedro, sócio da "Construtora Bertolai Ltda.", empresa de grande porte. O
contrato foi formalizado em instrumento subscrito por duas testemunhas.
Na data em que o dinheiro deveria ser devolvido, Pedro negou-se ao
pagamento, afirmando insuficiência de recursos. Diante do
inadimplemento, Carlos ajuizou execução de título executivo extrajudicial,
contra a qual não foram opostos embargos. Na fase de indicação de bens
à penhora, constatou-se somente que Pedro não possuía bens penhoráveis.
Por esta razão, Carlos requereu desconsideração inversa da personalidade
jurídica, a qual deverá ser
a) Indeferida, pois a mera ausência de bens penhoráveis não autoriza o
pedido. 60741780461

b) Deferida, pois a empresa de que Pedro é sócio possui condições


suficientes para pagar o débito.
c) Deferida apenas se provado que Pedro ostenta cargo de gerência na
empresa de que é sócio.
d) Indeferida, pois não é possível a desconsideração inversa da
personalidade jurídica.
e) Deferida, pois se está diante de relação de consumo.

Comentário:
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA
PERSONALIDADE JURÍDICA. MEDIDA EXCEPCIONAL. REQUISITOS

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AUSENTES. IMPOSSIBILIDADE. EM FACE DA EXCEPCIONALIDADE DA


MEDIDA, CORRETA A DECISÃO QUE INDEFERE PEDIDO DE
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE JURÍDICA, UMA VEZ
QUE A AUSÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS EM NOME DO DEVEDOR,
POR SI SÓ, NÃO ENSEJA SUA IMEDIATA APLICAÇÃO. INEXISTINDO
ELEMENTOS INDICATIVOS DE QUE HOUVE AÇÃO FRAUDULENTA OU
ABUSIVA DO DEVEDOR, COM DESVIO DE FINALIDADE OU CONFUSÃO
PATRIMONIAL ENTRE SEUS BENS E O DA PESSOA JURÍDICA, NÃO TEM
LUGAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DAQUELE. AGRAVO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO. (TJ-DF - Agravo de Instrumento : AGI 20130020119539 DF
0012788-26.2013.8.07.0000)
Gabarito letra A.

6. FCC 2014/TJ-CE/Juiz. A empresa individual de responsabilidade


limitada é
a) Ente despersonalizado, porque suas atividades são exercidas pela
pessoa física ou jurídica que a instituir.
b) Pessoa jurídica de direito privado, que só poderá ser instituída por
outra pessoa jurídica também de direito privado, mas não terá capital
social.
c) Pessoa jurídica de direito privado e será constituída por uma única
pessoa titular da totalidade do capital social.
d) Pessoa jurídica de direito privado cuja personalidade se confunde com
a de seu instituidor e não possui capital social.
e) Pessoa jurídica de direito público, ou de direito privado, segundo seja
seu instituidor uma pessoa natural ou um ente público.

Comentário:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
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Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por


uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente
integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo
vigente no País.
Gabarito letra C.

7. FCC 2013/TJ-PE/Juiz. São pessoas jurídicas de direito privado,


segundo o Código Civil,
a) As associações, inclusive as associações públicas, em razão da
atividade que exercerem.
b) As organizações religiosas e as autarquias.

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c) Os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade


limitada.
d) As fundações e os condomínios em edificação.
e) As pessoas jurídicas que forem regidas pelo direito internacional
público, quando as respectivas sedes se acharem em países
estrangeiros.

Comentário:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Gabarito letra C.

8. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros. Sob pena de


nulidade, o estatuto das associações conterá:
I. A denominação, os fins e a sede da associação, bem como os requisitos
para a admissão, demissão e exclusão dos associados.
II. Os direitos e deveres dos associados, bem como as fontes de recursos
para manutenção das associações.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos,
bem como a forma de gestão administrativa e de aprovação das contas
associativas.

Está correto o que consta em 60741780461

a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.

Comentário:
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

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III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas
contas.
Gabarito letra A.

9. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros. Em relação às


fundações, é correto afirmar que
a) Constituídas por negócio jurídico entre vivos, a transferência da
propriedade sobre os bens dotados é obrigatória após a morte do
instituidor, somente.
b) Só podem elas ser constituídas para fins religiosos, econômicos,
morais, culturais, assistenciais ou esportivos.
c) Quando os bens destinados a constituí-las forem insuficientes, em
regra voltarão ao instituidor, se vivo, ou serão transferidos aos
herdeiros deste, se falecido.
d) Para serem criadas, seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a
que se destinam e declarando, se quiser, a maneira de administrá-
la.
e) Tornadas ilícita, impossível ou inútil sua finalidade, serão extintas e,
em regra, seu patrimônio será incorporado ao Estado-membro em
que sediadas.

Comentário:
Alternativa “a” e “b” erradas.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública
ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
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destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.


Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos,
morais, culturais ou de assistência.
Alternativa “c” errada.
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela
destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em
outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Alternativa “d” correta.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública
ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

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Alternativa “e” errada.


Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação,
ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer
interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo
disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação,
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
Gabarito letra D.

10. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros – remoção.


Em relação às associações, é correto afirmar:
a) A exclusão do associado depende unicamente das disposições
estatutárias, podendo ocorrer por ato imotivado dos órgãos
deliberativos, se assim dispuser o estatuto.
b) Os associados devem ter iguais direitos e, em consequência, é
vedado que se estabeleçam no estatuto categorias com vantagens
especiais.
c) Como regra, a qualidade de associado é transmissível livremente.
d) Entre os associados, são estabelecidos direitos e obrigações
recíprocos.
e) Compete privativamente à assembleia geral, especialmente
convocada para esses fins, destituir os administradores e alterar o
estatuto associativo.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim
reconhecida em procedimento que assegure o direito de defesa e de recurso, nos
termos previstos no estatuto.
Alternativa “b” errada.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.
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Alternativa “c” errada.


Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio
da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do
estatuto.
Alternativa “d” errada.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem
para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

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Alternativa “e” correta.


Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste
artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para este
fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição
dos administradores.
Gabarito letra E.

11. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros –


provimento. Para que se possa alterar o estatuto de uma fundação é
mister que a reforma:
I. seja deliberada por metade mais um dos membros competentes para
gerir e representar a fundação.
II. não contrarie ou desvirtue sua finalidade.
III. seja aprovada pelo órgão do Ministério Público e, caso este a denegue,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Está correto o que se afirma em


a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
e) I, apenas.

Comentário:
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
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I – seja deliberada por 2/3 (dois terços) dos componentes para gerir e
representar a fundação;
II – não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a
denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Gabarito letra A.

12. FCC 2013/TRT 1ª Região/Analista Judiciário. A Fundação Juju foi


regularmente criada para atuar no benefício de crianças carentes e está em
plena atividade na cidade do Rio de Janeiro. Uma das pessoas competentes
para gerir e representar a Fundação Juju pretende alterar o seu estatuto.

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Para tanto, a alteração não pode contrariar o fim da Fundação e, além disso,
deverá ser deliberada
a) Pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a
fundação e aprovada pelo órgão do Ministério Público, com
possibilidade de suprimento judicial caso este denegue a aprovação.
b) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação
e aprovada pelo órgão do Ministério Público, com possibilidade de
suprimento judicial caso este denegue a aprovação.
c) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a
fundação e homologada pelo Juiz competente, após aprovação pelo
Ministério Público.
d) Pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a
fundação e homologada pelo Juiz competente, após aprovação do
Ministério Público.
e) Por todas as pessoas competentes para gerir e representar a
fundação e homologada pelo Juiz competente, após aprovação do
Ministério Público.

Comentário:
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I – seja deliberada por 2/3 (dois terços) dos componentes para gerir e
representar a fundação;
II – não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a
denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Gabarito letra B.

13. FCC 2013/TRT 1ª Região/Analista Judiciário. Sobre as


associações, de acordo com o Código Civil brasileiro, é correto afirmar:
a) Compete privativamente à assembleia geral especialmente
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convocada alterar o estatuto de uma associação, cujo quórum para


aprovação será sempre de, no mínimo, dois terços dos associados.
b) Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na
atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro,
salvo disposição diversa do estatuto.
c) A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a um sexto dos associados o direito de promovê-la.
d) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se
organizem para fins não econômicos, havendo entre os associados
direitos e obrigações recíprocos.
e) O estatuto da associação não será nulo se não contiver a forma de
gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas, que

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será decidida em assembleia geral especialmente convocada para


este fim.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste
artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para este
fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição
dos administradores.
Alternativa “b” correta.
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio
da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do
estatuto.
Alternativa “c” errada.
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantindo a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
Alternativa “d” errada.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem
para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Alternativa “e” errada.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
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II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;


III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
Gabarito letra B.

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14. FCC 2012/TRF 2ª R./Analista Judiciário. Segundo o Código Civil


brasileiro, no tocante às Associações, a qualidade de associado, em regra,
é
a) intransmissível.
b) transmissível de forma onerosa ou gratuita.
c) transmissível apenas de forma onerosa.
d) transmissível apenas de forma gratuita.
e) pública, incondicional e transmissível.

Comentário:
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.
Veja que a regra é a intransmissibilidade, embora tal característica não
seja absoluta. O que irá determinar tal possibilidade é o estatuto da
associação.
Gabarito letra A.

15. FCC 2012/TCE-AP/Analista de Controle Externo. São pessoas


jurídicas de direito público interno:
a) as sociedades.
b) as autarquias.
c) as organizações religiosas.
d) os partidos políticos.
e) as fundações.

Comentário:
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Este tipo de questão é bastante comum não só na FCC. Partidos políticos


e organizações religiosas são bastante citados. Lembre-se! Ambos são
pessoas jurídicas de direito privado.
Outro detalhe é o que diz respeito as fundações, estas até podem ser
pessoas jurídicas de direito público, mas normalmente aparecerá a
expressão fundação pública.
Quanto às pessoas jurídicas de direito público, vamos ao código civil, art.
41:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

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III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra B.

16. FCC 2012/TJ-PE/Analista Judiciário. De acordo com o artigo 45 do


Código Civil brasileiro, "começa a existência legal das pessoas jurídicas de
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,
precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o
ato constitutivo". O prazo para anular a constituição das pessoas jurídicas
de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado de sua inscrição
no registro, é
a) prescricional de cinco anos.
b) decadencial de cinco anos.
c) decadencial de dois anos.
d) prescricional de três anos.
e) decadencial de três anos.

Comentário:
A resposta para esta questão está no parágrafo único do art. 45 (também
muito cobrado em provas de concursos públicos).
Art. 45. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição
das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Gabarito letra E.
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17. FCC 2012/TJ-PE/Oficial de Justiça. Com relação às Pessoas


Jurídicas de Direito Público Interno e de Direito Privado é certo que
a) a criação, a estruturação interna e o funcionamento das organizações
religiosas são livres, mas o poder público pode negar-lhes registro
dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
b) as fundações e as organizações religiosas são pessoas jurídicas de
direito público interno.
c) os partidos políticos e as associações são pessoas jurídicas de direito
público interno.

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d) direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito


privado, decai em três anos por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro competente.
e) a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
em qualquer hipótese, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo.

Comentário:
A alternativa “a” errada.
Art. 44, § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público
negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu
funcionamento.
A alternativa “b” e a alternativa “c” estão erradas.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
As fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos e as
associações estão entre as pessoas jurídicas de direito privado.
A alternativa “d” está correta.
Art. 45, § único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo
da publicação de sua inscrição no registro.
A alternativa “e” está errada.
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Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Gabarito letra D.

18. FCC 2012/TJ-PE/Oficial de Justiça. A empresa "Sorriso" possui


diversos estabelecimentos em lugares diferentes. De acordo com o Código
Civil brasileiro, com relação ao domicílio, no caso da empresa "Sorriso",

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a) cada estabelecimento será considerado domicílio para os atos nele


praticados.
b) o domicílio civil da empresa será sempre a sua sede conforme
previsto no contrato registrado no órgão competente.
c) o domicílio da empresa será a sua sede conforme declarado em
formulário próprio preenchido no ato da inscrição e revalidado a cada
três anos.
d) o domicílio da empresa será a sua sede conforme declarado em
formulário próprio preenchido no ato da inscrição e revalidado a cada
cinco anos.
e) as cidades capitais de Estado da República Federativa do Brasil serão
consideradas domicílios para os atos praticados em qualquer cidade
pertencente ao respectivo Estado.

Comentário:
Trata-se da pluralidade de domicílio.
Art. 75, §1º. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares
diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele
praticados.
Gabarito letra A.

19. FCC 2012/TJ-PE/Técnico Judiciário. Rosa Vermelha, menor


município do Estado das Flores, possui uma Igreja na praça central, duas
autarquias municipais, dois partidos políticos e uma associação privada
beneficente que protege as crianças carentes da cidade. De acordo com o
Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito público interno
APENAS
a) O município Rosa Vermelha e as autarquias municipais.
b) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e os partidos
políticos. 60741780461

c) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e a Igreja.


d) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais, a Igreja e a
associação beneficente.
e) os partidos políticos, a Igreja e a associação beneficente.

Comentário:
Neste tipo de questão aconselhamos que você veja o que está sendo pedido
(no caso quais são PJ de direito público) e depois volte na questão com
cuidado analisando item por item. Veja que a questão poderia levantar
dúvidas, pois o “Estado das Flores” também é PJ de direito público mas,

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como não consta em nenhuma alternativa, não vemos problemas com o


gabarito.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra A.

20. FCC 2012/TRT 11ª R./Técnico Judiciário. No Município AMOR


existem duas instituições religiosas: igreja "HARMONIA" e paróquia "SANTA
LUZIA". Há, também, uma fundação privada denominada "MÃES DA LUZ",
que recebe ajuda das duas instituições religiosas referidas e da autarquia
federal "SAÚDE". De acordo com o Código Civil brasileiro, no caso hipotético
apresentado, são pessoas jurídicas de Direito Público Interno
a) a autarquia federal SAÚDE, a igreja HARMONIA e a paróquia SANTA
LUZIA.
b) o Município AMOR, a autarquia federal SAÚDE, a igreja HARMONIA e
a paróquia SANTA LUZIA.
c) Município AMOR, a igreja HARMONIA, a paróquia SANTA LUZIA e a
fundação MÃES DA LUZ.
d) Município AMOR, a autarquia federal SAÚDE e a paróquia SANTA
LUZIA, apenas.
e) Município AMOR e a autarquia federal SAÚDE, apenas.

Comentário: 60741780461

Praticamente igual à questão anterior.


Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra E.

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21. FCC 2012/TRT 11ª/Analista Judiciário/ Execução de Mandatos.


Considere as seguintes assertivas a respeito das Associações:
I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
II. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem
para fins não econômicos. Não há, entre os associados, direitos e
obrigações recíprocos.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos
não são obrigatórios no conteúdo do estatuto das associações.
IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS
em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e IV
d) II, III e IV.
e) II e IV.

Comentário:
A afirmação I está correta.
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
A afirmação II está correta.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem
60741780461

para fins não econômicos.


Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
A afirmação III está errada.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
A afirmação IV está correta.
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.
Gabarito letra B.

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22. FCC 2011/PGE-MT/Procurador do Estado. O registro da pessoa


jurídica no órgão competente tem eficácia
a) resolutiva.
b) declaratória.
c) rescisória.
d) discriminatória.
e) constitutiva.

Comentário:
O registro é formalidade importantíssima na constituição da pessoa jurídica
de direito privado, sua existência legal começa justamente com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo registro.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Gabarito letra E.

23. FCC 2011/TJ-PE/Juiz Substituto. A pessoa jurídica "X" que tem


sede na Capital do Estado e estabelecimento em diversos municípios do
interior, em um desses municípios contratou os serviços da oficina
mecânica "Y" para manutenção de seus veículos mas não pagou pelos
serviços prestados. Tendo "Y" de demandar a devedora no domicílio dela,
é possível ajuizar a ação
a) somente na Capital do Estado, porque nela se encontra a sede da
devedora.
b) em qualquer comarca, dentro da qual a devedora possua
estabelecimento.
c) na comarca a que pertencer o município no qual o contrato foi
60741780461

celebrado.
d) apenas na comarca a que pertencer o município onde se encontrar o
principal estabelecimento da devedora.
e) em qualquer comarca do Estado, de livre escolha do credor, porque
o domicílio na Capital estende seus efeitos para todo o limite
territorial do Estado.

Comentário:
Já comentado em outra questão:

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Art. 75. § 1º.Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares
diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele
praticados.
Gabarito letra C.

24. FCC 2011/MPE-RS/Secretário de Diligências. De acordo com o


Código Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de direito público interno
EXCETO
a) Ministério Público.
b) Distrito Federal.
c) os Territórios.
d) as Autarquias.
e) as associações públicas.

Comentário:
O Ministério Público não é pessoa, é órgão do poder público.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra A.

25. FCC 2011/TRE-RN/Analista Judiciário - Área Judiciária.


Considere as assertivas abaixo a respeito das Associações.
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I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,


garantido a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
II. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.
III. A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
IV. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem
para fins não econômicos. Há, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) I, II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II e IV.

Comentário:
Questão literal aos artigos da lei.
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem
para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Gabarito letra A.

26. FCC 2011/DPE-RS/Defensor Público. Assinale a alternativa que


contém a afirmação correta em relação ao assunto indicado.
Pessoas jurídicas de direito privado, seu processo de personificação e
desconsideração de sua personalidade jurídica.
a) Não se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da
personalidade.
b) A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa
60741780461

com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, sendo


exigível, em regra, autorização estatal para a sua criação e
personificação.
c) Nos termos do Código Civil, a desconsideração da personalidade
jurídica exige a comprovação de fraude ou abuso de direito, sendo
prescindível, nesses casos, a demonstração de insolvência da pessoa
jurídica, mas necessária a prova da má-fé do sócio gestor.
d) É cabível a desconsideração da personalidade jurídica "inversa",
visando a alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para
ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros.

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e) A teoria da desconsideração da personalidade jurídica não alcança as


pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não
econômicos.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
Alternativa “b” errada. Já comentada anteriormente.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário,
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas
as alterações por que passar o ato constitutivo.
Alternativa “c” errada.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio
de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no
processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Alternativa “d” correta. O comentário que devemos fazer aqui é o seguinte:
o bem do sócio, na realidade, está com a pessoa jurídica. A interpretação
da questão realmente é um pouco complicada, mas é o texto da Jornada
IV STJ 284: “É cabível a desconsideração da personalidade jurídica
denominada ‘inversa’ para alcançar bens de sócio que se valeu da
pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo
a terceiros”.
Alternativa “e” errada. Para que ocorra a desconsideração basta ocorrer as
hipóteses do art. 50, sendo que pode atingir mesmo as pessoas sem fins
lucrativos ou de fins não econômicos.
Gabarito letra D.
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27. FCC 2011/TRE-AP/Analista Judiciário - Área Administrativa.


Considere as seguintes entidades com abrangência nacional:
I. Igreja São Marcos Divino.
II. Associação Pública “Venceremos”.
III. Partido Político ABC.
IV. Autarquia XYZ.

Neste caso, são pessoas jurídicas de direito público interno, SOMENTE

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a) III e IV.
b) II, III e IV.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra C.

28. FCC 2011/TRE-RN/Técnico Judiciário - Área Administrativa. De


acordo com o Código Civil brasileiro, os partidos políticos, as organizações
religiosas e as associações são pessoas jurídicas de direito
a) Público.
b) Privado.
c) Público, privado e privado, respectivamente.
d) Público, público e privado, respectivamente.
e) Privado, privado e público, respectivamente.

Comentário:
60741780461

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Gabarito letra B.

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29. FCC 2011/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Técnico Judiciário -


Área Administrativa. A respeito das pessoas jurídicas, considere:

I. A União.
II. Os Estados.
III. O Distrito Federal.
IV. Os Municípios.
V. As Autarquias.
VI. Os Partidos Políticos.
VII. As Sociedades

São pessoas jurídicas de direito público interno as indicadas APENAS em


a) I, II, III, IV e V.
b) II, III, IV e V.
c) II, III, VI e VII.
d) I, II, III, IV e VI.
e) IV, V, VI e VII.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra A.
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30. FCC 2010/TCE-AP/Procurador. É pessoa jurídica de direito público:


a) Partido político.
b) Associação pública.
c) Fundação.
d) Organização religiosa.
e) Empresa pública.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

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IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
Observe somente o cuidado que você deve ter com as fundações, estas,
em regra, conforme expresso no CC, são de direito privado. No entanto,
fundações públicas são de direito público.
Gabarito letra B.

31. FCC 2010/TRE-AC/Analista Judiciário - Área Judiciária.


Considere as seguintes assertivas a respeito das Associações:
I. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem
para fins não econômicos, não havendo, entre os associados, direitos e
obrigações recíprocos.
II. Os associados devem ter iguais direitos, sendo que a legislação
competente veda a instituição pelo estatuto de categorias com vantagens
especiais.
III. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantindo a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.

De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma


APENAS em
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

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Comentário:
Todos os itens já comentados. Veja como as questões se repetem, não
estranhe se no momento da prova você tiver a sensação de que já resolveu
uma questão igual. Chega um momento em que a criatividade da banca
fica limitada.
Gabarito letra B.

32. FCC 2010/MPE-RS/Secretário de Diligências. De acordo com o


Código Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de direito público interno
EXCETO
a) As associações públicas.

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b) O Ministério Público.
c) O Distrito Federal.
d) Os Territórios.
e) As Autarquias.

Comentário:
Questão literal.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Cabe frisar novamente que o Ministério Público é um órgão do poder público
e não uma pessoa jurídica.
Gabarito letra B.

33. FCC 2010/TRE-RS/Analista Judiciário - Área Administrativa.


Segundo o artigo 45 do Código Civil brasileiro "começa a existência legal
das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo
no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo". O direito de anular a
constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato
respectivo, está sujeito ao prazo
a) Decadencial de cinco anos contado o prazo da publicação de sua
inscrição no registro.
60741780461

b) Decadencial de três anos contado o prazo da publicação de sua


inscrição no registro.
c) Prescricional de dois anos contado o prazo da publicação de sua
inscrição no registro.
d) Decadencial de cinco anos contado o prazo do ato de inscrição no
respectivo registro.
e) Prescricional de um ano contado o prazo da publicação de sua
inscrição no registro.

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Comentário:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário,
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas
as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Desde modo, o prazo para anular a constituição de pessoa jurídica de


direito privado, é decadencial de 3 anos, contados a partir do prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
Ficou com a sensação de já ter feito esta questão? É porque você já
resolveu uma questão praticamente igual, questão 3 desta aula.
Gabarito letra B.

34. FCC 2009/MPE-SE/Técnico do Ministério Público – Área


Administrativa De acordo com o Código Civil brasileiro, são consideradas
pessoas jurídicas de direito público, dentre outras,
a) As organizações religiosas, as empresas públicas e a União.
b) Os partidos políticos, as autarquias federais e os municípios.
c) As autarquias federais, as associações públicas e as empresas
públicas.
d) As organizações religiosas, os partidos políticos e a União.
e) As associações públicas, os partidos políticos e as autarquias federais.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
60741780461

I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
...
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;

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II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Para responder a esta questão você deveria fazer por eliminação. Pois a
alternativa “c” é a única que não tem organizações religiosas ou partidos
políticos, que estão expressos no texto do CC como pessoas jurídicas de
direito privado. Segundo a doutrina empresas públicas são pessoas
jurídicas de direito privado. Mas a FCC considerou a alternativa c correta
e, pelo que pesquisamos, esta questão não foi anulada mesmo tendo a
própria FCC já dado em outras oportunidades entendimento diferente
quanto às empresas públicas.
Gabarito letra C.

35. FCC 2008/TCE-AL/Procurador. As organizações religiosas são


classificadas como
a) Pessoas jurídicas de direito público interno, se não tiverem
ramificações em outros países e de direito público externo, se tiverem
ramificações em outros países.
b) Entes despersonalizados, embora seus atos constitutivos possam ser
registrados em cartório.
c) Pessoas jurídicas de direito público externo, sempre que constituídas
em outros países, ainda que exercendo atividade no território
brasileiro.
d) Pessoas jurídicas de direito privado, podendo, entretanto, o poder
público negar-lhes reconhecimento ou registro de seus atos
constitutivos. 60741780461

e) Pessoas jurídicas de direito privado, sendo vedado ao poder público


negar-lhes reconhecimento e registro dos atos constitutivos e
necessários ao seu funcionamento.

Comentário:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
IV - as organizações religiosas;
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento
das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes
reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu
funcionamento.

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Gabarito letra E.

36. FCC 2008/TRT - 2ª REGIÃO (SP)/Analista Judiciário - Área


Administrativa Os partidos políticos, as associações públicas e as
organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito
a) Privado.
b) Privado, público e público, respectivamente.
c) Público, privado e privado, respectivamente.
d) Público.
e) Privado, público e privado, respectivamente.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
...
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
60741780461

IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Gabarito letra E.

37. FCC 2007/TRE-SE/Técnico Judiciário - Área Administrativa. De


acordo com o Código Civil brasileiro, constituem-se as associações pela
união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. Com relação
às associações é correto afirmar que:
a) A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.

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b) É facultado ao estatuto das associações conter a forma de gestão


administrativa e de aprovação das respectivas contas.
c) Os associados devem ter iguais direitos, não podendo o estatuto
instituir categorias com vantagens especiais.
d) A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a 1/5 dos associados o direito de promovê-la.
e) É facultado ao estatuto das associações conter os requisitos para a
admissão, demissão e exclusão dos associados.

Comentário:
Itens “b”, “c” e “e” errados conforme já exposto anteriormente.
Item “a” errado. É o contrário do que está expresso no art. 56.
A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
Lembre-se a qualidade de associado pode ser transmissível, desde que o
estatuto permita.
A assembleia geral é o órgão máximo da associação, deliberativo, com altas
atribuições, inclusive, privativamente, as atribuições de destituir os
administradores e alterar o estatuto. Sua convocação é feita conforme
estatuto, garantido a 1/5 do associados o direito de promovê-la.
Gabarito letra D.

38. FCC 2007/MPU/Técnico Administrativo. A respeito das pessoas


jurídicas analise:
I. As autarquias, os partidos políticos e as organizações religiosas são
pessoas jurídicas de direito público interno.
II. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões
se tomarão pela maioria de votos dos presentes.
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III. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a


requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador
provisório.
IV. As fundações somente poderão constituir-se para fins religiosos,
morais, culturais ou de assistência.

É correto o que consta APENAS em


a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II e III.

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d) II, III e IV.


e) II e IV.

Comentário:
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão
pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de
modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que
se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de
erro, dolo, simulação ou fraude.
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a
requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador
provisório.
...
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina,
e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos,
morais, culturais ou de assistência.
Gabarito letra D.

39. FCC 2006/BACEN/Procurador - Prova 2. São pessoas jurídicas de


direito público interno
a) As fundações e associações.
b) Somente a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal.
c) As empresas públicas e as sociedades de economia mista.
d) As autarquias e associações públicas.
e) Os partidos políticos e as autarquias.
60741780461

Comentário:
Assunto anteriormente abordado de forma exaustiva.
Gabarito letra D.

40. FCC 2006/TRF - 1ª REGIÃO/Técnico Judiciário - Área


Administrativa. De acordo com o Código Civil brasileiro, as autarquias, os
partidos políticos e a União, são, respectivamente, pessoas jurídicas de
direito

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a) Público interno, público interno e público externo.


b) Privado, público interno e público interno.
c) Público interno, privado e público interno.
d) Privado, público interno e público externo.
e) Público interno, privado e público externo.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
Gabarito letra C.

41. FCC 2006/TRT-4ª Região /Analista Judiciário - Área Judiciária


Considere:

I. Autarquias. 60741780461

II. Organizações religiosas.


III. Distrito Federal.
IV. Partidos políticos.

De acordo com o Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito


público interno, as indicadas APENAS em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) I e III.
e) III e IV.

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Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra D.

42. FCC 2006/TRT-20ª Região/Técnico Judiciário - Área


Administrativa As autarquias e as organizações religiosas são,
respectivamente, pessoas jurídicas de direito
a) Público interno e de direito público externo.
b) Público externo e de direito público interno.
c) Privado e de direito público interno.
d) Privado e de direito público externo.
e) Público interno e de direito privado.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
60741780461

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
Atenção: direito público interno é diferente de direito público externo
que, por sua vez, é diferente de direito privado.
Gabarito letra E.

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43. FCC 2003/TRE-AC/Analista Judiciário - Área Judiciária. O direito


de anular a constituição de pessoa jurídica de direito privado, por defeito
do ato respectivo, decai em
a) Cinco anos, da publicação de sua inscrição no registro.
b) Cinco anos, do ato constitutivo.
c) Cinco anos, do registro.
d) Três anos, do ato constitutivo.
e) Três anos, da publicação de sua inscrição no registro.

Comentário:
Questão literal.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Gabarito letra E.

44. ESTRATÉGIA CONCURSOS 2012/SIMULADO ACE (MDIC).


Assinale a opção incorreta.
a) Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.
b) Teodósio, na administração de sua empresa, Fios e Cabos SA,
praticou ato caracterizado pelo desvio de finalidade. Neste caso,
60741780461

poderá ser despersonalizada a pessoa jurídica tendo em vista a


situação de abuso de sua personalidade.
c) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.
d) Entre outras, são pessoas jurídicas de direito público interno, as
autarquias, as fundações públicas, os estados, os municípios, as
associações públicas, as agências reguladoras e outras entidades de
caráter público criadas por lei.

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e) Paulo, agente público de órgão federal, agindo nesta qualidade,


causou dano a terceiro. A União, nesta situação, responderá
objetivamente pelo dano, no entanto terá direito regressivo contra
Paulo, causador do dano, em caso de culpa ou dolo.

Comentário:
a) Correta. CC art. 48 § único.

b) Incorreta. Cuidado com palavras parecidas que tem significados


completamente diferentes. Desconsideração é a palavra que deveria ter
sido empregada nesta afirmação.
Até mesmo pessoas da área do direito, por vezes, empregam a palavra
despersonalização de forma equivocada. Despersonalizar é retirar a
personalidade jurídica, sendo que tal fato não ocorre quando da hipótese
do Art. 50:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos
bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Que fique bem claro que não se retira a personalidade da pessoa jurídica e
nem ocorre a sua extinção, mas apenas a sua desconsideração.

c) Correto. CC art. 45.

d) Correto. Tenha bastante atenção à diferenciação entre pessoas de


direito público e de direito privado, isto é bastante cobrado em provas.
60741780461

e) Correto.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte
destes, culpa ou dolo.
Gabarito letra B.

45. ESTRATÉGIA CONCURSOS 2012/SIMULADO AFRF 2012. A


respeito dos temas pessoas naturais e pessoas jurídicas, assinale a
alternativa correta.

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a) O registro declarará as condições de extinção da pessoa jurídica, mas


não o destino do seu patrimônio, que será determinado pelo
Ministério Público do Estado em que estiver localizada.
b) A capacidade de direito ou de gozo é inerente a todo o ser humano,
já que pode ser entendida como a aptidão para adquirir direitos e
contrair obrigações.
c) A personalidade jurídica da pessoa natural começa do nascimento
com vida, já a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
começa com a celebração do ato constitutivo.
d) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e serão
organizados e funcionarão conforme o disposto em lei complementar.
e) Todas as disposições relativas aos direitos da personalidade aplicam-
se também às pessoas jurídicas.

Comentário:
a) Item incorreto. CC
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando
houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações
sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio,
nesse caso.

b) Item correto. A capacidade de direito ou de gozo é inerente a todo o


60741780461

ser humano, já que pode ser entendida como a aptidão para adquirir
direitos e contrair obrigações. A capacidade de direito ou de gozo
confunde-se com a personalidade, sendo inerente a todo ser humano
que nasce com vida. (doutrina)

c) Item incorreto. A personalidade jurídica da pessoa natural começa do


nascimento com vida (CORRETO), já a existência legal das pessoas
jurídicas de direito privado começa com a celebração do ato
constitutivo (ERRADO). A existência da pessoa jurídica começa com
o registro e não com a simples celebração do ato constitutivo.

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Art. 2o. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida;
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
...
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

d) Item incorreto. Cuidado com as “pegadinhas”, não é necessário Lei


complementar.
Art. 44. § 3o. Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o
disposto em lei específica.

e) Item incorreto. Muito cuidado com as expressões “sempre”, “todas”,


“nunca”, dentre outras. Seria impossível atribuir todas as proteções
que se dão a uma pessoa natural também a uma pessoa jurídica.
Sobre o tema transcrevemos Nestor Duarte15: “As pessoas jurídicas,
em verdade, não têm direitos da personalidade, cujas características
se vinculam aos atributos do ser humano. A despeito disto, alguns
aspectos relevantes dos direitos da personalidade podem ser
estendidos à pessoa jurídica.”
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos
da personalidade.
Mas lembre-se desta da súmula 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode
sofrer dano moral”.
Gabarito letra B.

60741780461

15
Em, Ministro Cezar Peluso, Código Civil Comentado, Doutrina e Jurisprudência, Manole,
6ª ed., pág. 62.

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LISTA DAS QUESTÕES E GABARITO.

1. FCC 2015/TJ-PE/Juiz Substituto. Segundo a legislação civil vigente,


a) A proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para
as pessoas jurídicas.
b) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos
da personalidade.
c) Apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas
jurídicas a proteção dos direitos da personalidade.
d) Para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é imprescindível
que também ocorra dano patrimonial.
e) Às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral.

2. FCC 2015/TRE-RR/Analista Judiciário. No tocante as pessoas


jurídicas, considere:
I. As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de
direito privado.
II. O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de
direito privado, por defeito do ato respectivo, é de dois anos a contar da
publicação de sua inscrição no registro.
III. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões
se tomarão pela maioria de votos dos presentes. Neste caso, o prazo
decadencial para anular as referidas decisões que violarem a lei ou estatuto
é de dois anos.
IV. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos
da personalidade.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III 60741780461

b) I e II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I e IV.

3. FCC 2015/TCM-GO/Procurador do Ministério Público de Contas.


No tocante às fundações, considere:
I. Constituem elas um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica
para a realização de fins determinados, de interesse público, de modo
permanente e estável.
II. Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de
promoção do meio ambiente, mesmo que com fins lucrativos.

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III. Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão,


se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra
fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
IV. Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser
modificados, a não ser pela vontade unânime de seus dirigentes.

Está correto o que se afirma em


a) III e IV, apenas
b) I, II, III e IV
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I e III, apenas.

4. FCC 2015/TCM-GO/Procurador do Ministério Público de Contas.


Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins lucrativos,
que decide, para aumentar seus ganhos, montar um restaurante em sua
sede, aberto aos associados e familiares, bem como uma loja para vender
camisas dos uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos troféus
conquistados. Essa conduta
a) Não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o
que se caracterizaria em ambas as situações, só podendo a imagem
da associação ser cedida onerosamente a terceiros.
b) É possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois
associações podem ter os mesmos fins econômicos que uma
sociedade por quotas de responsabilidade limitada.
c) É possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois
a realização eventual de negócios para manter ou aumentar o
patrimônio da associação não a desnatura
d) É possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus,
pois a abertura de um restaurante, mesmo que sem ganhos pessoais
aos associados, desnatura sua condição de associação, por não ter
60741780461

nexo com suas atividades esportivas.


e) É possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que
somente para os associados e familiares, pois a venda de uniformes,
bolas e troféus, por ser livre à população em geral, tem fins lucrativos
que a desnaturam enquanto associação.

5. FCC 2014/ DPE-PB/Defensor Público. Carlos emprestou R$ 1.000,00


a Pedro, sócio da "Construtora Bertolai Ltda.", empresa de grande porte. O
contrato foi formalizado em instrumento subscrito por duas testemunhas.
Na data em que o dinheiro deveria ser devolvido, Pedro negou-se ao
pagamento, afirmando insuficiência de recursos. Diante do
inadimplemento, Carlos ajuizou execução de título executivo extrajudicial,
contra a qual não foram opostos embargos. Na fase de indicação de bens

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à penhora, constatou-se somente que Pedro não possuía bens penhoráveis.


Por esta razão, Carlos requereu desconsideração inversa da personalidade
jurídica, a qual deverá ser
a) Indeferida, pois a mera ausência de bens penhoráveis não autoriza o
pedido.
b) Deferida, pois a empresa de que Pedro é sócio possui condições
suficientes para pagar o débito.
c) Deferida apenas se provado que Pedro ostenta cargo de gerência na
empresa de que é sócio.
d) Indeferida, pois não é possível a desconsideração inversa da
personalidade jurídica.
e) Deferida, pois se está diante de relação de consumo.

6. FCC 2014/TJ-CE/Juiz. A empresa individual de responsabilidade


limitada é
a) Ente despersonalizado, porque suas atividades são exercidas pela
pessoa física ou jurídica que a instituir.
b) Pessoa jurídica de direito privado, que só poderá ser instituída por
outra pessoa jurídica também de direito privado, mas não terá capital
social.
c) Pessoa jurídica de direito privado e será constituída por uma única
pessoa titular da totalidade do capital social.
d) Pessoa jurídica de direito privado cuja personalidade se confunde com
a de seu instituidor e não possui capital social.
e) Pessoa jurídica de direito público, ou de direito privado, segundo seja
seu instituidor uma pessoa natural ou um ente público.

7. FCC 2013/TJ-PE/Juiz. São pessoas jurídicas de direito privado,


segundo o Código Civil,
a) As associações, inclusive as associações públicas, em razão da
atividade que exercerem.
b) As organizações religiosas e as autarquias.
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c) Os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade


limitada.
d) As fundações e os condomínios em edificação.
e) As pessoas jurídicas que forem regidas pelo direito internacional
público, quando as respectivas sedes se acharem em países
estrangeiros.

8. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros. Sob pena de


nulidade, o estatuto das associações conterá:
I. A denominação, os fins e a sede da associação, bem como os requisitos
para a admissão, demissão e exclusão dos associados.

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II. Os direitos e deveres dos associados, bem como as fontes de recursos


para manutenção das associações.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos,
bem como a forma de gestão administrativa e de aprovação das contas
associativas.

Está correto o que consta em


a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.

9. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros. Em relação às


fundações, é correto afirmar que
a) Constituídas por negócio jurídico entre vivos, a transferência da
propriedade sobre os bens dotados é obrigatória após a morte do
instituidor, somente.
b) Só podem elas ser constituídas para fins religiosos, econômicos,
morais, culturais, assistenciais ou esportivos.
c) Quando os bens destinados a constituí-las forem insuficientes, em
regra voltarão ao instituidor, se vivo, ou serão transferidos aos
herdeiros deste, se falecido.
d) Para serem criadas, seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a
que se destinam e declarando, se quiser, a maneira de administrá-
la.
e) Tornadas ilícita, impossível ou inútil sua finalidade, serão extintas e,
em regra, seu patrimônio será incorporado ao Estado-membro em
que sediadas.
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10. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros – remoção.


Em relação às associações, é correto afirmar:
a) A exclusão do associado depende unicamente das disposições
estatutárias, podendo ocorrer por ato imotivado dos órgãos
deliberativos, se assim dispuser o estatuto.
b) Os associados devem ter iguais direitos e, em consequência, é
vedado que se estabeleçam no estatuto categorias com vantagens
especiais.
c) Como regra, a qualidade de associado é transmissível livremente.
d) Entre os associados, são estabelecidos direitos e obrigações
recíprocos.

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e) Compete privativamente à assembleia geral, especialmente


convocada para esses fins, destituir os administradores e alterar o
estatuto associativo.

11. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros –


provimento. Para que se possa alterar o estatuto de uma fundação é
mister que a reforma:
I. seja deliberada por metade mais um dos membros competentes para
gerir e representar a fundação.
II. não contrarie ou desvirtue sua finalidade.
III. seja aprovada pelo órgão do Ministério Público e, caso este a denegue,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Está correto o que se afirma em


a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
e) I, apenas.

12. FCC 2013/TRT 1ª Região/Analista Judiciário. A Fundação Juju foi


regularmente criada para atuar no benefício de crianças carentes e está em
plena atividade na cidade do Rio de Janeiro. Uma das pessoas competentes
para gerir e representar a Fundação Juju pretende alterar o seu estatuto.
Para tanto, a alteração não pode contrariar o fim da Fundação e, além disso,
deverá ser deliberada
a) Pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a
fundação e aprovada pelo órgão do Ministério Público, com
possibilidade de suprimento judicial caso este denegue a aprovação.
b) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação
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e aprovada pelo órgão do Ministério Público, com possibilidade de


suprimento judicial caso este denegue a aprovação.
c) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a
fundação e homologada pelo Juiz competente, após aprovação pelo
Ministério Público.
d) Pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a
fundação e homologada pelo Juiz competente, após aprovação do
Ministério Público.
e) Por todas as pessoas competentes para gerir e representar a
fundação e homologada pelo Juiz competente, após aprovação do
Ministério Público.

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13. FCC 2013/TRT 1ª Região/Analista Judiciário. Sobre as


associações, de acordo com o Código Civil brasileiro, é correto afirmar:
a) Compete privativamente à assembleia geral especialmente
convocada alterar o estatuto de uma associação, cujo quórum para
aprovação será sempre de, no mínimo, dois terços dos associados.
b) Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na
atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro,
salvo disposição diversa do estatuto.
c) A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a um sexto dos associados o direito de promovê-la.
d) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se
organizem para fins não econômicos, havendo entre os associados
direitos e obrigações recíprocos.
e) O estatuto da associação não será nulo se não contiver a forma de
gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas, que
será decidida em assembleia geral especialmente convocada para
este fim.

14. FCC 2012/TRF 2ª R./Analista Judiciário. Segundo o Código Civil


brasileiro, no tocante às Associações, a qualidade de associado, em regra,
é
a) intransmissível.
b) transmissível de forma onerosa ou gratuita.
c) transmissível apenas de forma onerosa.
d) transmissível apenas de forma gratuita.
e) pública, incondicional e transmissível.

15. FCC 2012/TCE-AP/Analista de Controle Externo. São pessoas


jurídicas de direito público interno: 60741780461

a) as sociedades.
b) as autarquias.
c) as organizações religiosas.
d) os partidos políticos.
e) as fundações.

16. FCC 2012/TJ-PE/Analista Judiciário. De acordo com o artigo 45 do


Código Civil brasileiro, "começa a existência legal das pessoas jurídicas de
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,
precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder

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Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o


ato constitutivo". O prazo para anular a constituição das pessoas jurídicas
de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado de sua inscrição
no registro, é
a) prescricional de cinco anos.
b) decadencial de cinco anos.
c) decadencial de dois anos.
d) prescricional de três anos.
e) decadencial de três anos.

17. FCC 2012/TJ-PE/Oficial de Justiça. Com relação às Pessoas


Jurídicas de Direito Público Interno e de Direito Privado é certo que
a) a criação, a estruturação interna e o funcionamento das organizações
religiosas são livres, mas o poder público pode negar-lhes registro
dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
b) as fundações e as organizações religiosas são pessoas jurídicas de
direito público interno.
c) os partidos políticos e as associações são pessoas jurídicas de direito
público interno.
d) direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito
privado, decai em três anos por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro competente.
e) a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
em qualquer hipótese, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo.

18. FCC 2012/TJ-PE/Oficial de Justiça. A empresa "Sorriso" possui


diversos estabelecimentos em lugares diferentes. De acordo com o Código
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Civil brasileiro, com relação ao domicílio, no caso da empresa "Sorriso",


a) cada estabelecimento será considerado domicílio para os atos nele
praticados.
b) o domicílio civil da empresa será sempre a sua sede conforme
previsto no contrato registrado no órgão competente.
c) o domicílio da empresa será a sua sede conforme declarado em
formulário próprio preenchido no ato da inscrição e revalidado a cada
três anos.
d) o domicílio da empresa será a sua sede conforme declarado em
formulário próprio preenchido no ato da inscrição e revalidado a cada
cinco anos.

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e) as cidades capitais de Estado da República Federativa do Brasil serão


consideradas domicílios para os atos praticados em qualquer cidade
pertencente ao respectivo Estado.

19. FCC 2012/TJ-PE/Técnico Judiciário. Rosa Vermelha, menor


município do Estado das Flores, possui uma Igreja na praça central, duas
autarquias municipais, dois partidos políticos e uma associação privada
beneficente que protege as crianças carentes da cidade. De acordo com o
Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito público interno
APENAS
a) o município Rosa Vermelha e as autarquias municipais.
b) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e os partidos
políticos.
c) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e a Igreja.
d) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais, a Igreja e a
associação beneficente.
e) os partidos políticos, a Igreja e a associação beneficente.

20. FCC 2012/TRT 11ª R./Técnico Judiciário. No Município AMOR


existem duas instituições religiosas: igreja "HARMONIA" e paróquia "SANTA
LUZIA". Há, também, uma fundação privada denominada "MÃES DA LUZ",
que recebe ajuda das duas instituições religiosas referidas e da autarquia
federal "SAÚDE". De acordo com o Código Civil brasileiro, no caso hipotético
apresentado, são pessoas jurídicas de Direito Público Interno
a) a autarquia federal SAÚDE, a igreja HARMONIA e a paróquia SANTA
LUZIA.
b) o Município AMOR, a autarquia federal SAÚDE, a igreja HARMONIA e
a paróquia SANTA LUZIA.
c) Município AMOR, a igreja HARMONIA, a paróquia SANTA LUZIA e a
fundação MÃES DA LUZ. 60741780461

d) Município AMOR, a autarquia federal SAÚDE e a paróquia SANTA


LUZIA, apenas.
e) Município AMOR e a autarquia federal SAÚDE, apenas.

21. FCC 2012/TRT 11ª/Analista Judiciário/ Execução de Mandatos.


Considere as seguintes assertivas a respeito das Associações:
I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.

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II. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem


para fins não econômicos. Não há, entre os associados, direitos e
obrigações recíprocos.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos
não são obrigatórios no conteúdo do estatuto das associações.
IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS
em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e IV
d) II, III e IV.
e) II e IV.

22. FCC 2011/PGE-MT/Procurador do Estado. O registro da pessoa


jurídica no órgão competente tem eficácia
a) resolutiva.
b) declaratória.
c) rescisória.
d) discriminatória.
e) constitutiva.

23. FCC 2011/TJ-PE/Juiz Substituto. A pessoa jurídica "X" que tem


sede na Capital do Estado e estabelecimento em diversos municípios do
interior, em um desses municípios contratou os serviços da oficina
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mecânica "Y" para manutenção de seus veículos mas não pagou pelos
serviços prestados. Tendo "Y" de demandar a devedora no domicílio dela,
é possível ajuizar a ação
a) somente na Capital do Estado, porque nela se encontra a sede da
devedora.
b) em qualquer comarca, dentro da qual a devedora possua
estabelecimento.
c) na comarca a que pertencer o município no qual o contrato foi
celebrado.
d) apenas na comarca a que pertencer o município onde se encontrar o
principal estabelecimento da devedora.

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e) em qualquer comarca do Estado, de livre escolha do credor, porque


o domicílio na Capital estende seus efeitos para todo o limite
territorial do Estado.

24. FCC 2011/MPE-RS/Secretário de Diligências. De acordo com o


Código Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de direito público interno
EXCETO
a) Ministério Público.
b) Distrito Federal.
c) os Territórios.
d) as Autarquias.
e) as associações públicas.

25. FCC 2011/TRE-RN/Analista Judiciário - Área Judiciária.


Considere as assertivas abaixo a respeito das Associações.
I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
II. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.
III. A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
IV. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem
para fins não econômicos. Há, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
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b) I, II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II e IV.

26. FCC 2011/DPE-RS/Defensor Público. Assinale a alternativa que


contém a afirmação correta em relação ao assunto indicado.
Pessoas jurídicas de direito privado, seu processo de personificação e
desconsideração de sua personalidade jurídica.
a) Não se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da
personalidade.

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b) A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa


com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, sendo
exigível, em regra, autorização estatal para a sua criação e
personificação.
c) Nos termos do Código Civil, a desconsideração da personalidade
jurídica exige a comprovação de fraude ou abuso de direito, sendo
prescindível, nesses casos, a demonstração de insolvência da pessoa
jurídica, mas necessária a prova da má-fé do sócio gestor.
d) É cabível a desconsideração da personalidade jurídica "inversa",
visando a alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para
ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros.
e) A teoria da desconsideração da personalidade jurídica não alcança as
pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não
econômicos.

27. FCC 2011/TRE-AP/Analista Judiciário - Área Administrativa.


Considere as seguintes entidades com abrangência nacional:
I. Igreja São Marcos Divino.
II. Associação Pública “Venceremos”.
III. Partido Político ABC.
IV. Autarquia XYZ.

Neste caso, são pessoas jurídicas de direito público interno, SOMENTE


a) III e IV.
b) II, III e IV.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) I e II. 60741780461

28. FCC 2011/TRE-RN/Técnico Judiciário - Área Administrativa. De


acordo com o Código Civil brasileiro, os partidos políticos, as organizações
religiosas e as associações são pessoas jurídicas de direito
a) Público.
b) Privado.
c) Público, privado e privado, respectivamente.
d) Público, público e privado, respectivamente.
e) Privado, privado e público, respectivamente.

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29. FCC 2011/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Técnico Judiciário -


Área Administrativa. A respeito das pessoas jurídicas, considere:

I. A União.
II. Os Estados.
III. O Distrito Federal.
IV. Os Municípios.
V. As Autarquias.
VI. Os Partidos Políticos.
VII. As Sociedades

São pessoas jurídicas de direito público interno as indicadas APENAS em


a) I, II, III, IV e V.
b) II, III, IV e V.
c) II, III, VI e VII.
d) I, II, III, IV e VI.
e) IV, V, VI e VII.

30. FCC 2010/TCE-AP/Procurador. É pessoa jurídica de direito público:


a) Partido político.
b) Associação pública.
c) Fundação.
d) Organização religiosa.
e) Empresa pública.

31. FCC 2010/TRE-AC/Analista Judiciário - Área Judiciária.


Considere as seguintes assertivas a respeito das Associações:
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I. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem


para fins não econômicos, não havendo, entre os associados, direitos e
obrigações recíprocos.
II. Os associados devem ter iguais direitos, sendo que a legislação
competente veda a instituição pelo estatuto de categorias com vantagens
especiais.
III. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantindo a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.

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De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma


APENAS em
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

32. FCC 2010/MPE-RS/Secretário de Diligências. De acordo com o


Código Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de direito público interno
EXCETO
a) As associações públicas.
b) O Ministério Público.
c) O Distrito Federal.
d) Os Territórios.
e) As Autarquias.

33. FCC 2010/TRE-RS/Analista Judiciário - Área Administrativa.


Segundo o artigo 45 do Código Civil brasileiro "começa a existência legal
das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo
no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo". O direito de anular a
constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato
respectivo, está sujeito ao prazo
a) Decadencial de cinco anos contado o prazo da publicação de sua
inscrição no registro.
b) Decadencial de três anos contado o prazo da publicação de sua
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inscrição no registro.
c) Prescricional de dois anos contado o prazo da publicação de sua
inscrição no registro.
d) Decadencial de cinco anos contado o prazo do ato de inscrição no
respectivo registro.
e) Prescricional de um ano contado o prazo da publicação de sua
inscrição no registro.

34. FCC 2009/MPE-SE/Técnico do Ministério Público – Área


Administrativa De acordo com o Código Civil brasileiro, são consideradas
pessoas jurídicas de direito público, dentre outras,

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a) As organizações religiosas, as empresas públicas e a União.


b) Os partidos políticos, as autarquias federais e os municípios.
c) As autarquias federais, as associações públicas e as empresas
públicas.
d) As organizações religiosas, os partidos políticos e a União.
e) As associações públicas, os partidos políticos e as autarquias federais.

35. FCC 2008/TCE-AL/Procurador. As organizações religiosas são


classificadas como
a) Pessoas jurídicas de direito público interno, se não tiverem
ramificações em outros países e de direito público externo, se tiverem
ramificações em outros países.
b) Entes despersonalizados, embora seus atos constitutivos possam ser
registrados em cartório.
c) Pessoas jurídicas de direito público externo, sempre que constituídas
em outros países, ainda que exercendo atividade no território
brasileiro.
d) Pessoas jurídicas de direito privado, podendo, entretanto, o poder
público negar-lhes reconhecimento ou registro de seus atos
constitutivos.
e) Pessoas jurídicas de direito privado, sendo vedado ao poder público
negar-lhes reconhecimento e registro dos atos constitutivos e
necessários ao seu funcionamento.

36. FCC 2008/TRT - 2ª Região (SP)/Analista Judiciário - Área


Administrativa Os partidos políticos, as associações públicas e as
organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito
a) Privado.
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b) Privado, público e público, respectivamente.


c) Público, privado e privado, respectivamente.
d) Público.
e) Privado, público e privado, respectivamente.

37. FCC 2007/TRE-SE/Técnico Judiciário - Área Administrativa. De


acordo com o Código Civil brasileiro, constituem-se as associações pela
união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. Com relação
às associações é correto afirmar que:
a) A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.

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b) É facultado ao estatuto das associações conter a forma de gestão


administrativa e de aprovação das respectivas contas.
c) Os associados devem ter iguais direitos, não podendo o estatuto
instituir categorias com vantagens especiais.
d) A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a 1/5 dos associados o direito de promovê-la.
e) É facultado ao estatuto das associações conter os requisitos para a
admissão, demissão e exclusão dos associados.

38. FCC 2007/MPU/Técnico Administrativo. A respeito das pessoas


jurídicas analise:
I. As autarquias, os partidos políticos e as organizações religiosas são
pessoas jurídicas de direito público interno.
II. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões
se tomarão pela maioria de votos dos presentes.
III. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a
requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador
provisório.
IV. As fundações somente poderão constituir-se para fins religiosos,
morais, culturais ou de assistência.

É correto o que consta APENAS em


a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.
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39. FCC 2006/BACEN/Procurador - Prova 2. São pessoas jurídicas de


direito público interno
a) As fundações e associações.
b) Somente a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal.
c) As empresas públicas e as sociedades de economia mista.
d) As autarquias e associações públicas.
e) Os partidos políticos e as autarquias.

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40. FCC 2006/TRF - 1ª REGIÃO/Técnico Judiciário - Área


Administrativa. De acordo com o Código Civil brasileiro, as autarquias, os
partidos políticos e a União, são, respectivamente, pessoas jurídicas de
direito
a) Público interno, público interno e público externo.
b) Privado, público interno e público interno.
c) Público interno, privado e público interno.
d) Privado, público interno e público externo.
e) Público interno, privado e público externo.

41. FCC 2006/TRT-4ª Região/Analista Judiciário - Área Judiciária


Considere:

I. Autarquias.
II. Organizações religiosas.
III. Distrito Federal.
IV. Partidos políticos.

De acordo com o Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito


público interno, as indicadas APENAS em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) I e III.
e) III e IV.

42. FCC 2006/TRT-20ª Região/Técnico Judiciário - Área


Administrativa As autarquias e as organizações religiosas são,
respectivamente, pessoas jurídicas de direito
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a) Público interno e de direito público externo.


b) Público externo e de direito público interno.
c) Privado e de direito público interno.
d) Privado e de direito público externo.
e) Público interno e de direito privado.

43. FCC 2003/TRE-AC/Analista Judiciário - Área Judiciária. O direito


de anular a constituição de pessoa jurídica de direito privado, por defeito
do ato respectivo, decai em

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a) Cinco anos, da publicação de sua inscrição no registro.


b) Cinco anos, do ato constitutivo.
c) Cinco anos, do registro.
d) Três anos, do ato constitutivo.
e) Três anos, da publicação de sua inscrição no registro.

44. ESTRATÉGIA CONCURSOS 2012/SIMULADO ACE (MDIC).


Assinale a opção incorreta.
a) Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.
b) Teodósio, na administração de sua empresa, Fios e Cabos SA,
praticou ato caracterizado pelo desvio de finalidade. Neste caso,
poderá ser despersonalizada a pessoa jurídica tendo em vista a
situação de abuso de sua personalidade.
c) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.
d) Entre outras, são pessoas jurídicas de direito público interno, as
autarquias, as fundações públicas, os estados, os municípios, as
associações públicas, as agências reguladoras e outras entidades de
caráter público criadas por lei.
e) Paulo, agente público de órgão federal, agindo nesta qualidade,
causou dano a terceiro. A União, nesta situação, responderá
objetivamente pelo dano, no entanto terá direito regressivo contra
Paulo, causador do dano, em caso de culpa ou dolo.

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45. ESTRATÉGIA CONCURSOS 2012/SIMULADO AFRF 2012. A


respeito dos temas pessoas naturais e pessoas jurídicas, assinale a
alternativa correta.
a) O registro declarará as condições de extinção da pessoa jurídica, mas
não o destino do seu patrimônio, que será determinado pelo
Ministério Público do Estado em que estiver localizada.
b) A capacidade de direito ou de gozo é inerente a todo o ser humano,
já que pode ser entendida como a aptidão para adquirir direitos e
contrair obrigações.
c) A personalidade jurídica da pessoa natural começa do nascimento
com vida, já a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
começa com a celebração do ato constitutivo.

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d) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e serão


organizados e funcionarão conforme o disposto em lei complementar.
e) Todas as disposições relativas aos direitos da personalidade aplicam-
se também às pessoas jurídicas.

Gabarito:

1.B 2.E 3.E 4.C 5.A 6.C 7.C 8.A 9.D 10.E
11.A 12.B 13.B 14.A 15.B 16.E 17.D 18.A 19.A 20.E
21.B 22.E 23.C 24.A 25.A 26.D 27.C 28.B 29.A 30.B
31.B 32.B 33.B 34.C 35.E 36.E 37.D 38.D 39.D 40.C
41.D 42.E 43.E 44.B 45.B

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