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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA


MÓDULO DE EMBRIOLOGIA

RELATÓRIO: ZIKA

Relatório solicitado
como atividade de Embriologia.

Fortaleza/CE
(Outubro de 2016)
Origem do Zika:
O vírus Zika é um flavivírus transmitido por mosquitos e foi, pela primeira
vez, identificado em macacos, na floresta Zika na Uganda, em 1947,
através de uma rede que monitorizava a febre amarela. Foi, mais tarde,
identificado em humanos, em 1952, na Uganda e na República Unida da
Tanzânia. Foram registados surtos da doença desse vírus na
África (Uganda, Tanzânia, Egito, República da África Central, Serra Leoa
e Gabão), na Ásia (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia)
e na Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa). Nas Américas, o Zika
Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no
oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014.
Entre os anos 1960 e os anos 1980, foram encontradas infecções humanas
em África e na Ásia, normalmente acompanhadas de doença ligeira. O Zika
Vírus é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano.
Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o
vírus tenha se disseminado para o continente asiático.
O primeiro grande surto da doença causado pela infecção por Zika foi
notificada na ilha de Yap (Estados Federados da Micronésia), em 2007. Em
Julho de 2015, o Brasil notificou uma associação entre a infecção pelo
vírus Zika e a síndrome de Guillain-Barré. Em Outubro de 2015, o Brasil
notificou uma associação entre a infecção pelo vírus Zika e a microcefalia.
Atualmente há registro de circulação esporádica na África (Nigéria,
Tanzânia, Egito, África Central, Serra Leoa, Gabão, Senegal, Costa do
Marfim, Camarões, Etiópia, Quénia, Somália e Burkina Faso) e Ásia
(Malásia, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Camboja, Índia,
Indonésia) e Oceania (Micronésia, Polinésia Francesa, Nova
Caledônia/França e Ilhas Cook).
Casos importados de Zika virus foram descritos no Canadá, Alemanha,
Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália.
Chegada no Brasil:

Atualmente, a América Latina vem enfrentando um surto de vírus da zika.


Suspeita-se que a entrada do vírus no Brasil tenha se dado durante a Copa
do Mundo de 2014, quando o país recebeu turistas de várias partes do
mundo, inclusive de áreas tropicais atingidas de forma mais intensa pelo
vírus, como a África — onde surgiu — e a Polinésia Francesa na Oceania.
No primeiro semestre de 2015, já havia casos confirmados em estados de
todas as regiões do país. Com sintomas mais brandos que os da dengue e os
da febre chikungunya (doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes
aegypti), a zika chegou a ser inicialmente ignorada pelas autoridades de
saúde; porém há evidências de que a infecção pelo vírus da zika está
associada a casos mais graves, como microcefalia congênita e síndrome de
Guillain-Barré, que, embora continuem sendo condições raras, aumentaram
de maneira incomum no país no ano de 2015.
Relação com Microcefalia:
Dados recentes sugerem que recém-nascidos de mães que contraíram o
vírus da zika durante a gestação estão sob risco de terem microcefalia.
Casos da malformação congênita cresceram exponencialmente no Brasil
em 2015, ano em que também cresceu o número de infectados pelo vírus da
zika.

Em novembro de 2015, o vírus da zika foi isolado em um recém-nascido


com microcefalia no estado do Ceará, Brasil. Desde dezembro de 2015, já
existe a suspeita (ainda não provada) de que a infecção pelo zika ultrapassa
a placenta e ocasiona microcefalia e danos cerebrais.

Em janeiro de 2016, um bebê em Oahu, Estados Unidos nasceu com


microcefalia, e foi o primeiro caso de dano cerebral causado pelo vírus da
zika nos Estados Unidos. O bebê e a mãe testaram positivo para uma cepa
do vírus. A mãe provavelmente adquiriu a doença em uma viagem ao
Brasil em Maio de 2015 durante os primeiros estágios da gravidez. Apesar
da gravidez ter progredido normalmente, a microcefalia do bebê só foi
descoberta no nascimento.

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