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1 Introdução
Estas estruturas são, em geral, cilindros metálicos ocos com seção transversal
geralmente constante (guia uniforme) e com dielétrico interno homogêneo (normalmente ar
ou um gás inerte).
Podemos classificar os guias uniformes segundo o formato da seção transversal:
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ocorre nos GOs metálicos a serem analisados. Os modos híbridos são comuns na
propagação via fibras ópticas.
A propagação dentro de um GO se faz geralmente através de reflexões múltiplas,
seja nas paredes metálicas (nos guias de onda metálicos: tubos de metal), seja nas
superfícies de separação de meios dielétricos distintos, como no caso de guias dielétricos
(exemplo: fibra óptica).
Quando um sinal é transmitido usando vários modos simultaneamente (em uma
mesma freqüência), a diferença das velocidades de propagação de cada um produz uma
distorção (dispersão intermodal) no sinal de saída do GO. Distorção também ocorre
(dispersão cromática) quando o sinal é multifrequêncial.
A presença (ou ausência) de um modo particular em um guia depende, entre outros
fatores, dos dispositivos colocados (que impõe CC) nas duas extremidades do GO (fonte e
carga), além da freqüência de operação utilizada.
2 Equações de onda
− −
As equações de onda para o campo elétrico instantâneo e(r , t ) e para o campo
−
magnético associado h , são obtidas a partir das equações de Maxwell na forma temporal:
−
− −∂d −
∇ xh = j+ (1)
∂t
−
− −∂b
∇ xe = − (2)
∂t
− −
∇.d = ρ (3)
− −
∇ .b = 0 (4)
− − − − −
onde d = ε e e b = µ h para os meios simples usuais, j = densidade de corrente elétrica
(A/m2) e ρ = densidade volumétrica de cargas elétricas livres (c/m3). Iremos supor que no
−
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−
− − ∂ − −
− − ∂ − ∂e
∇ x (2) → ∇ x ∇ x e = − µ (∇ x h) = − µ ( j + ε )
∂t ∂t ∂t
− −
− − − −∂e ∂2 e
∇ (∇ . e) − ∇ e = − µσ d
2
− µε 2
∂t ∂t
− −
− ∂e ∂2 e
∇ e = µσ d
2
+ µε 2
∂t ∂t
(5)
−
∂2 e
−
∇ e = µε 2 = 0
2
(6)
∂t
−
− ∂2 h
∇ h = µε 2 = 0
2
(7)
∂t
Quando trabalhamos com uma só freqüência (w), podemos usar a notação fasorial:
− − − −
e(r , t ) = Re{E (r ). e jwt } (8)
− −
onde E ( r ) é um vetor complexo, independente do tempo (vetor fasor). Com esta notação (6) e (7)
tornam-se:
− −
∇ 2 E + ω 2 µε E = 0 (9)
− −
∇ 2 H + ω 2 µε H = 0 (10)
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− −
∇2 E+ k 2 E = 0 (11)
− −
∇2 H + k 2 H = 0 (12)
3 Guias retangulares
Geometria:
y
z
0 x
a 0
a>b
→ →
Hipótese: todas as componentes de campo E e H são proporcionais a exp[jωt-γz] onde
→
γ=α+jβ. Neste caso, as equações de Maxwell [com J = ρ = 0 ] fornecem:
→
⎧∧ ∂H z ⎫
⎪a x → ∂y + γH y = jωεE x ⎪
⎪ ⎪
→ r ⎪∧ ∂H z ⎪
∇x H = jωε E → ⎨a y → + γH x = − jωεE y ⎬ (13)
⎪ ∂x ⎪
⎪ ∧ ∂H y ∂H x ⎪
⎪a z → − = jωεE z ⎪
⎩ ∂x ∂y ⎭
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⎧∧ ∂E z ⎫
⎪a x → ∂y + γE y = − jωµH x ⎪
⎪ ⎪
→ → ⎪∧ ∂E z ⎪
∇x E = − jωµ H → ⎨a y → + γE x = jωµH y ⎬ (14)
⎪ ∂x ⎪
⎪∧ ∂E y ∂E x ⎪
⎪a z → − = − jωµH z ⎪
⎩ ∂x ∂y ⎭
1 ⎡ ∂H z ∂E ⎤
Hx = − ⎢γ ∂x
− jωε z ⎥
∂y ⎦
k 2c ⎣
(15)
1 ⎡ ∂H z ∂E ⎤
H y = − 2 ⎢γ + jωε z ⎥
k c⎣ ∂y ∂x ⎦
⎡
1 ∂E z ∂H z ⎤
Ex = − ⎢γ ∂x
+ jωµ
∂y ⎥⎦
k 2c
⎣
(16)
1 ⎡ ∂E z ∂H z ⎤
E y = − 2 ⎢γ − jωµ
k c⎣ ∂y ∂x ⎥⎦
onde k
2
c = γ 2 + k 2 (17) é o número de onda no corte ( γ = 0 )
Nota –se de (15) e (16), que todas as componentes de campo são determináveis
conhecendo-se Ez e Hz (componentes longitudinais determinam as componentes
transversais). Logo, se Ez = Hz = 0 (modo TEM), todos os campos se anulam no guia.
As componentes Ez e Hz podem ser determinadas resolvendo-se as equações de
onda (9) e (10) para as mesmas (sujeitas às CC nas paredes).
∂ 2 Ez ∂ 2 Ez
∇ E z = −ω µεE z →
2 2
+ + γ 2 E z = −ω 2 µεE z (18)
∂x 2
∂y 2
∂2H z ∂2H z
∇ 2 H z = −ω 2 µεH z → + + γ 2 H z = −ω 2 µεH z (19)
∂x 2
∂y 2
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3.1 Ondas TM
onde, usando (17), tem-se B2 = kc2 – A2. As constantes A, B, c1, c2, c3 e c4 são selecionadas
para satisfazerem (20):
em x = 0 → c2 = 0
em y = 0 → c4 = 0
π
em x = a → A=m m = 1,2,...
a
π
em y = b → B=n n = 1,2,...
b
(22)
⎛ mπ ⎞ ⎛ nπ ⎞ −γ z
E z = C sen⎜ x ⎟ sen⎜ y ⎟e m = 1,2,... (23)
⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠
onde c = c1c3. Conhecendo-se Ez (x, y, z), as demais componentes são obtidas utilizando-se
(15), (16) com Hz = 0.
2 2
⎛ mπ ⎞ ⎛ n π ⎞
γ = A + B − ω µε = ⎜
2 2 2
⎟ +⎜ ⎟ − ω µε
2
(24)
⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠
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2 2
⎛ mπ ⎞ ⎛ nπ ⎞
ω µε 〈 ⎜
2
⎟ +⎜ ⎟ (abaixo do corte)
⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠
2 2
1 ⎛ mπ ⎞ ⎛ nπ ⎞
ωc = ⎜ ⎟ +⎜ ⎟ (25)
µε ⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠
2
⎛ω ⎞
ω 〉 ω c → β = ω µε − ω c µε = ω µε 1 − ⎜ c ⎟
2 2
⎝ω ⎠
(26)
2
⎛ω ⎞
ω 〈 ω c → α = ω c 2 µε − ω 2 µε = ω c µε 1 − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ ωc ⎠
ω 1 c
Vf = = = 〉c (27)
β ⎛ ωc ⎞
2
⎛ω ⎞
2
µε 1 − ⎜ ⎟ 1− ⎜ c ⎟
⎝ω ⎠ ⎝ω ⎠
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1
onde c = é a velocidade da onda no dielétrico livre.
µε
Note: Vf varia com ω tal que um sinal com várias componentes de freqüência irá sofrer uma
dispersão ao se propagar, mudando a sua forma. Quando a dispersão não é elevada torna-se
conveniente o conceito de velocidade de grupo que dá a velocidade com que o envelope se
desloca (coincide com a velocidade de propagação de energia nos guias metálicos
analisados). A velocidade de grupo é dada por:
dω β
vg = = c 2 → v g .v f = c 2
dβ ω
2
(27a)
⎛ω ⎞
vg = c 1 − ⎜ c ⎟ 〈 c
⎝ω ⎠
vf 2π 2π λ λ
λg = = = = = (28)
f β ω 2 µε − ω c µε
2
⎛f ⎞
2
⎛λ ⎞
2
1 − ⎜⎜ c ⎟⎟ 1 − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ f ⎠ ⎝ λc ⎠
2π c
Note: λ g ≥ λ , λ = =
k f
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3.2 Ondas TE
Temos Ez = 0 e deve-se resolver (19) para Hz. Deve-se ter novamente Etan = 0 nas
paredes; para impor as CCs (vide equações (26)) deriva-se Hz com respeito a x e y para
obter-se Ex e Ey (que são tangentes às paredes) e, então, impõem-se as CCs a Ex e Ey
(Ex = 0, Ey = 0 ). Encontra-se desta forma:
Para modos TEmn pode-se ter m ou n (não ambos simultaneamente) nulos sem
anular os campos. De (25) vemos que a menor freqüência de corte (entre todos os modos
TMmn ou TEmn) pertence ao modo TE10 que é chamado modo dominante.
O modo TE10 é o mais usado e possui as componentes (m=1, n=0, Hz≠0 em (15) e
(16)):
⎛ πx ⎞
H z = C cos⎜ ⎟
⎝a⎠
jβ aC ⎛ πx ⎞
Hx = sen⎜ ⎟
π ⎝a⎠ (30)
− jω µ aC ⎛ πx ⎞
Ey = sen⎜ ⎟
π ⎝a⎠
H y = Ex = Ez = 0
1 π cπ c
ωc = = , fc = , λ c = 2a
µε a a 2a
2
(31)
⎛π ⎞
β = ω 2 µε − ⎜ ⎟
⎝a⎠
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¾ Freqüência de operação;
¾ Dismensões do guia.
Como:
⎛ 2π ⎞ ⎡⎛ mπ ⎞ ⎛ nπ ⎞ ⎤
2 2 2
β = k −k
2 2 2
c =⎜ ⎟ − ⎢⎜ ⎟ +⎜ ⎟ ⎥
⎝ λ ⎠ ⎢⎣⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠ ⎥⎦
2 2 2
⎛ m ⎞ ⎛ n ⎞ ⎛1⎞
⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ 〈⎜ ⎟
⎝ 2a ⎠ ⎝ 2b ⎠ ⎝ λ ⎠
1
Graduando-se o eixo das abscissas em termos de e o das ordenadas em termos
2a
1
de , todos os modos TE e TM cujos valores (m,n) positivos estiverem no interior do
2b
1
círculo de raio são modos possíveis de propagação no guia de dimensões (a,b).
λ
Solução:
1 f 24 x10 9 HZ
= = = 0,8 cm −1
λ c 3 x1010 cm / s
1
= 0,166 cm −1
2a
1
= 0,333 cm −1
2b
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1/λ
1/2b
1/2a m
TE01, TE02, TE10, TE11, TE12, TE20, TE21, TE22, TE30, TE31, TE40, TE41.
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4 Guias circulares
Geometria:
r
a Ф
x
Hipóteses:
¾ campos proporcionais a exp[jωt-γz] e γ = α + jβ;
¾ coordenadas cilíndricas (r, Ф, z).
⎡ ∂H z jωε ∂E z ⎤
1
Hr = − ⎢γ ∂r − r ∂Φ ⎥
k 2c
⎣ ⎦
1 ⎡ γ ∂H z ∂E ⎤
HΦ = − 2 ⎢ + jωε z ⎥
k c ⎣ r ∂Φ ∂r ⎦
⎡ ∂E z jωµ ∂H z ⎤
1
Er = − ⎢γ ∂r + r ∂Φ ⎥
k 2c
⎣ ⎦
1 ⎡ γ ∂E z ∂H z ⎤
EΦ = − 2 ⎢ − jωµ
k c ⎣ r ∂Φ ∂r ⎥⎦
(32)
onde k 2 c = γ 2 + k 2 = γ 2 + ω 2 µε
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∂ 2 E z 1 ∂E z 1 ∂ 2 E z ∂ 2 E z
+ + + = −ω 2 µ ε E z
∂r 2 r ∂r r 2 ∂Φ 2 ∂z 2
(33)
∂ 2 E z 1 ∂E z 1 ∂ 2 E z
+ + 2 + k 2c Ez = 0
∂r 2
r ∂r r ∂Φ 2
E z = R ( r ) F (Φ ) Z ( z ) (i ) Z ( z ) = e −γ z
(i) em (33):
1 R
F R ′′ Z + R ′ F Z + 2 F ′′ k 2 c R F Z = 0
r r
R ′′ R ′ F ′′
r2 +r + = −k 2 c r 2
R R F
1 ⎛ n2 ⎞
R ′′ + R ′ + ⎜⎜ k 2 c − 2 ⎟⎟ R = 0 (ii ) equação diferencial ordinária de Bessel
r ⎝ r ⎠
F ′′ + n 2 F = 0 (iii )
Solução de (iii):
Solução de (ii):
R(r) = C Jn(kc r) + D Nn(kc r) (v)
Onde:
¾ A, B, C, D = constantes relacionadas às CCs;
¾ Jn(.) = função de Bessel ordinária de ordem n, de primeira espécie;
¾ Nn(.) = função de Neuman ordinária de ordem n, de segunda espécie.
Como os campos devem ser finitos para γ = 0 → D = 0 (cabos coaxiais podem ter
D ≠ 0) e podemos substituir (v) e (iv) em (i) obtendo:
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4.1 Ondas TM
p nl 2π ω c ⎛p ⎞
p nl = k c a → k c = = = , ω c = c⎜ nl ⎟
a λc c ⎝ a ⎠
(36)
2πa
λc =
p nl
2
⎛ p nl ⎞
β nl = ω 2 µε − ω 2 c µε = ω 2 µε − ⎜ ⎟ (37)
⎝ a ⎠
ω ω
vf = = (38)
β ⎛p ⎞
2
ω 2 µε − ⎜ nl ⎟
⎝ a ⎠
l
n 1 2 3 4
2πa
λc ,TM = = 2,61a (39)
01
2,41
Seqüência dos modos em orde m crescente de ωc: TM01, TM11, TM21, TM02, TM31,
TM12, etc.
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4.2 Ondas TE
jωµC n
Eφ = J ′ n(k c r ) cos(nφ ) e −γ z (40)
kc
∂J n (k c r )
onde J ′ n(k c r ) = . Logo, as CCs tornam-se:
∂ (k c r )
J ′ n( k c a ) = 0 (41)
l
n 1 2 3 4
p nl′ ⎛ p′ ⎞ 2πa
p nl′ = k c a → k c = , ω c = c⎜ nl ⎟, λc = (42)
a ⎝ a ⎠ p nl′
2πa
O modo TE com menor ωc é TE11 ( λc ,TE11 = = 3,41a ). Como este valor de ωc é o
1,84
menor entre os modos TM também, o modo TE11 é chamado de modo dominante em guias
circulares. O modo com ωc imediatamente superior é o TM01.
r
Configurações de campos dos modos TE11 e TM01 (o campo elétrico E é
r
representado pelas linhas sólidas e o campo magnético H pelas linhas tracejadas):
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¾ Menores perdas;
¾ Permite junções girantes.
Desvantagens:
6 Filtros de modos
Se devido à freqüência do sinal utilizado, houver propagação de vários modos, a
potência do sinal se distribui entre todos estes modos. Se for conveniente a transmissão do
sinal por um só modo (caso usual), há necessidade de se evitar a propagação de todos os
outros modos indesejáveis que, em muitos casos, pode ser feito utilizando-se supressores
(ou filtros) de modos.
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7 Atenuação em G.O.
Pode ser devida a um dos seguintes mecanismos (ou combinação dos que existem):
r 2
A potência média transmitida será proporcional a F :
PT r = P0 ( x, y ) e −2 xy (W )
∂PTr
= −2αP0 ( x, y ) e − 2 α z = −2αPTr
∂z
1 ⎛ ∂PTr ⎞ P
α= ⎜− ⎟ →α ≅ d ( N p / m) (43)
2 PTr ⎝ ∂z ⎠ 2 PTr
∂PTr
onde Pd ≅ − = perda de potência por unidade de comprimento segundo “z” devido às
∂z
paredes condutoras imperfeitas (W/m).
A potência média transmitida (para um modo) é obtida integrando-se o valor médio
do vetor de Poynting na secção transversal:
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1 r 2 Z r 2
PTr = ∫
ST
s z dS =
2Z ∫E
ST
T dS =
2 ST
∫H T dS (44)
1
onde s z = valor médio da componente longitudinal do vetor de Poynting = − E y H x , por
2
exemplo, para TE10 em guia retangular.
r r r r
ET , H T = campos E , H transversais à direção de propagação:
r 2 2 2
ET = Ex + E y → guias re tan gulares
(45)
2 2
Er + Eφ → guias circulares
r 2
(idem para H T )
2
E γ ⎛f ⎞
Z TM = x = = η 1 − ⎜⎜ c ⎟⎟ → mod os TM
Hy jωε ⎝ f ⎠
E jωµ η (46)
Z TE = x = = → mod os TE
Hy γ ⎛ fc ⎞
2
1 − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ f ⎠
µ
η= = impedância intrínseca do meio dielétrico.
ε
2 2
1 ⎛ f ⎞ ⎛ f ⎞
PTr = ⎜ ⎟ 1 − ⎜⎜ ⎟⎟ ∫E dS → mod os TM
2
2η ⎜⎝ f c ⎟⎠
z
⎝ fc ⎠ ST
(47)
2 2
η⎛ f ⎞ ⎛f ⎞
PTr = ⎜ ⎟ 1 − ⎜⎜ c ⎟⎟ ∫H dS → mod os TE
2
2 ⎜⎝ f c ⎟⎠
z
⎝ f ⎠ ST
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Notas:
1) As equações (44) e (47) independem da forma da secção transversal do G.O..
2) De (47) nota-se que, para f → ∞ , temos E z → 0 para modos TM e H z → 0 para
modos TE; logo, para f → ∞ , as ondas TE e TM aproximam-se da onda TEM,
para uma potência transmitida fixa.
1
Pd′ = ∫
paredes
s n dS = ∫ Re[ Et H * t ] dS
2 paredes
(48)
1
∫
2
Pd = Re (η ) H t dl (W / m) (49)
2 perímetro
Mas:
jωµ p
η= → impedância int rínsica da parede (Ω) (50)
σ p + jωε p
Para parede boa condutora (σ >> ωε) podemos desenvolver (50) em série:
π
jπ j
ωµ j ωµ e 2 ωµ 1
η= = =e4
σ ωε σ ωε σ ωε
1+ j 1+ j 1+ j
σ σ σ
jπ jπ
ωµ ⎛ jωε ⎞ ωµ
η =e 4
⎜1 − + ...⎟ ≈ e 4
σ ⎝ 2σ ⎠ σ
ωµ ωµ p 1
η ≅ ZS = (1 + j ) → Re(η ) = Rs = = ( Ω) (51)
2σ 2σ p δσ
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RS 1 ωµ
∫ ∫H
2 2
Pd = H t dl = dl (52)
2 2σ
t
2 perímetro perímetro
∫H
2
t dl
P R
α= d = S
perímetro
(53)
∫
2
2 PTr 2Z H t dl
ST
RS ⎡ 2b ⎛ f ⎞
2
⎤
α= ⎢1 + ⎜⎜ c ⎟⎟ ⎥ ( N p / m) (54)
⎛ f ⎞ ⎢⎣ a ⎝ f ⎠ ⎥⎦
2
bη 1 − ⎜⎜ c ⎟⎟
⎝ f ⎠
µ
onde η = = impedância do dielétrico que preenche o G.O.
ε
Note, de (54):
⎧⎪ f = f c , pois → 0 ⎫⎪
α → ∞ para ⎨ ⎬
⎪⎩ f → ∞, pois RS → ∞ ⎪⎭
γ 2 = k 2c − k 2d (55)
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2 2
⎡ jσ ⎤ 2 ⎛ 2π ⎞ ⎛ 2π ⎞
onde k d
2
= ω µε d = ω µε ⎢1 −
2 2
, ω µε = ⎜ ⎟ , k
2
= ⎜⎜ ⎟⎟ (56)
⎣ ωε ⎥⎦ ⎝ λ ⎠ λ
c
⎝ c ⎠
2π ⎡⎛ λ ⎞
2
⎤ σ
γ = ⎢⎜⎜ ⎟⎟ − 1⎥ + j (57)
λ ⎢⎣⎝ λc ⎠ ⎥⎦ ωε
1
⎧ ⎡ ⎤⎫2
⎪ ⎢ ⎥⎪
2π ⎪⎪⎡⎛ λ ⎤⎢ ⎥ ⎪⎪
2
⎞ σ
γ = ⎨⎢⎜ ⎟⎟ − 1⎥ ⎢1 + j ⎥⎬ =
λ ⎪⎢⎜⎝ λc ⎠ ⎥⎦ ⎢ ⎡⎛ λ ⎞ 2 ⎤ ⎥ ⎪
⎣ ωε ⎢⎜⎜ ⎟⎟ − 1⎥ ⎥ ⎪
⎪ ⎢
⎢⎣ ⎢⎣⎝ λc ⎠ ⎥⎦ ⎥⎦ ⎪
⎩⎪ ⎭
1
⎡ ⎤2
⎢ ⎥
2π ⎛λ ⎞
2
⎢ σ ⎥
= ⎜⎜ ⎟⎟ − 1 ⎢1 + j ⎥ → sem aproximação
λ ⎝ λc ⎠ ⎢ ⎡⎛ λ ⎞ 2 ⎤ ⎥
⎢ ωε ⎢⎜⎜ ⎟⎟ − 1⎥ ⎥
⎢⎣ ⎢⎣⎝ λc ⎠ ⎥⎦ ⎥⎦
σ
Supondo 〈〈 1 e λ 〈 λc (propagação acima do corte):
ωε
2
1 πσ 2π ⎛λ ⎞
γ ≅ −j 1 − ⎜⎜ ⎟⎟ (58)
⎛ λ ⎞ ωε λ ⎝ λc ⎠
2
λ 1 − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ λc ⎠
24
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Logo:
µ
σ
πσ ε
αd ≅ = (59)
2 2
⎛λ ⎞ ⎛f ⎞
ωλε 1 − ⎜⎜ ⎟⎟ 2 1 − ⎜⎜ c ⎟⎟
⎝ λc ⎠ ⎝ f ⎠
βd = β (60)
como visto em (26)
Nota:
Para f >> fc teremos ( f → ∞ ):
1 µ 2π
αd ≈ σ , βd ≈ → valores no dielétrico livre
2 ε λ
⎛π ⎞
2π jσ 2π σ j ⎜⎝ 4 + nπ ⎟⎠ 2π σ
γ = = e = (1 + j )
λc ωcε λc ωcε λc 2ω c ε
σ
α d = β d = kc (61)
2ω c ε
2π 2π
α c = k 2 c − k 2 , kc = ,k=
λc λ
2 2 2
⎛k ⎞ 2π ⎛λ ⎞ 2πf c ⎛ f ⎞
α c = kc 1 − ⎜⎜ ⎟⎟ = 1− ⎜ c ⎟ = 1 − ⎜⎜ ⎟⎟ (62)
⎝ kc ⎠ λc ⎝λ ⎠ c ⎝ fc ⎠
25
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2π
αc ≅ = k c , f 〈〈 f c (63)
λc
α total = α + α d + α c (64)
26
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1) Um guia de onda retangular precisa ser projetado para operar na faixa de freqüência
de 7,5 a 10,0 GHz. Calcule suas dimensões internas tal que os seguintes critérios de
projeto sejam satisfeitos: (a) existência de apenas um modo de propagação; (b) a
freqüência usável mais baixa deve estar 10% acima do corte; (c) a freqüência usável
mais alta deve estar 5% abaixo da freqüência onde o modo superior mais próximo
pode se propagar.
27
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1 Introdução
Vimos que, ao aumentarmos a freqüência da onda guiada, passamos de estruturas
guiadoras de dois condutores (LT) para estruturas de apenas um condutor (GO). Isto ocorre
porque as perdas nos condutores aumentam ao elevarmos a freqüência, de uma forma muito
mais importante que as perdas dielétricas. Na faixa óptica, o número de condutores é zero e
as estruturas guiadoras são constituídas apenas de materiais dielétricos. Estas estruturas
podem estar integradas em um substrato (formando um circuito óptico integrado-COI, OIC)
ou formando uma fibra óptica (FO). É interessante verificar a evolução do cabo coaxial
(LT), que transmite até freqüência nula (CC), para guia cilíndrico circular (retirando
condutor interno), na faixa de microondas e para FO (substituindo o condutor externo do
GO por material dielétrico).
Se as perdas dielétricas são tão menores que as condutivas, por que não utilizamos
FO e GO para transmitir energia elétrica em 60 Hz, por exemplo?
A inviabilidade ocorre devido às dimensões enormes requeridas na secção
transversal dessas duas estruturas para essas freqüências muito baixas. No entanto, note que
é comum o uso de meio dielétrico exclusivo na propagação de microondas (como uma
antena na atmosfera terrestre) e de sinais ópticos de distância muito longa (vindos de
estrelas, do Sol e de planetas). Também é comum o uso de antenas para transmissão de
sinais de baixa freqüência na atmosfera (HF, MF, LF, VLF, ULF, etc).
Convém também notar que se podem utilizar microondas (usinas geoestacionária,
alimentação de avião/ helicóptero) e sinais ópticos (células fotovoltaicas) para obter energia
elétrica.
A FO, além do uso comum em comunicações de longas distâncias na forma passiva,
pode ser dopada e bombeada, transformando-se numa estrutura guiada ativa, permitindo
seu uso como amplificadores e osciladores ópticos.
Fibra óptica é um guia de onda dielétrico que opera em freqüências ópticas. Sua
forma geométrica é geralmente cilíndrico-circular.
Estrutura:
28
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c0
η (λ ) = (1)
cmeio (λ )
η1
η
Casca η2
Núcleo η1
Casca η2
η 2 senθ1
= (2)
η1 senθ 2
θ2 η2
η1
θ1
29
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η ⎛η ⎞
senθc = 2 → θ c = sen−1⎜⎜ 2 ⎟⎟ (3)
η1 ⎝ η1 ⎠
A fibra afeta o sinal que se propaga por ela de duas formas, introduz:
¾ Atenuação;
¾ Distorção (ou dipersão).
Atenuação (dB/km)
10
1
faixa faixa
visível do infravermelho
A atenuação é devida a:
30
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O sinal óptico precisa ser acoplado à fibra óptica para que haja o correto
funcionamento do sistema. Há um ângulo de incidência limite para os raios que penetram
no núcleo da FO, acima do qual os raios não satisfazem as condições de reflexão interna
total e, portanto, são perdidas para a casca da FO. Este ângulo (ângulo de aceitação da FO)
é deduzido usando a lei de Snell, resultando:
Casca η2
2θa
Núcleo η1
Casca η2
θ a = sen
⎡
(
−1 ⎢ η1
2
−η22 )1 / 2 ⎤⎥ (4)
⎢ η ar ⎥
⎣ ⎦
(
NA = η 0 senθ a = η1 − η 2
2
)
2 1/ 2
(5)
31
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2πR
V = NA (6)
λ
V2
N= (7)
2
Verifica-se que, para V < 2,405, apenas um modo (raio axial) pode-se propagar pela
FO tipo degrau: é o modo fundamental HE11. Nesta situação temos uma fibra monomodo.
Para FO de perfil de índice gradual, a operação monomodo ocorre para:
1
⎛ 2 ⎞2
V 〈 2,0405⎜1 + ⎟ (8)
⎝ α⎠
λV 2π a NA 2π a n1 2∆
λc = = ≅ (9)
2,405 2,405 2,405
η1 − η 2
∆≅ (10)
η1
Se λ 〉 λc → fibra monomodo.
32
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2.4 Dispersão
33
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η1 (η1 − η 2 )
Dispersão (ns) = MDM.L → MDM ≈ (ns/km)
cη 2
h =0
fibra ideal h =1dB/km
fibra boa
M DM Lc L
h = 4 dB/km
fibra ruim
1
Lc Lc L (km)
0,1 1 10 100
A dispersão material pode ser reduzida utilizando fontes luminosas com menor
largura espectral (menor σ λ ). Note que existe um valor de λ para o qual a dispersão
material é nula. Este comprimento de onda de dispersão material zero varia com a dopagem
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utilizada na FO, sendo, na sílica pura, da ordem de 1,27 µm. Este fato, associado às baixas
perdas, incentivou o desenvolvimento de sistemas ópticos em 1,3 µm.
Em FO multímodo tipo ID, a dispersão modal suplanta a dispersão material, e esta
pode ser desprezada face à primeira. Em FO multímodo tipo AG e em FO monomodo, a
dispersão material tem uma contribuição importante na dispersão total e não pode ser
desprezada.
Dispersão material:
λ ⎛ d 2η1 ⎞
M = ⎜ ⎟ (12)
c ⎜⎝ dλ2 ⎟⎠
λ ⎛⎜ d nef ⎞⎟
2
M′ = (13)
c ⎜⎝ dλ2 ⎟⎠
M + M ′ = D → dispersão (ps/(nm.km))
35
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c0
v= , c0 = velocidade de propagação no vácuo.
n1
c
ω = 2πf = 2π = freqüência angular da onda;
λ
β = constante de propagação (de fase) do modo considerado.
c0
v g = v cos θ = cos θ (15)
n1
n2
n1
v θ
Vg = Vcosθ
c
v= (16)
n1
−1
⎛ ∂β ⎞
vg = ⎜ ⎟ (17)
⎝ ∂ω ⎠
Usando esta relação pode-se calcular vg dos vários modos presentes em FO,
conhecendo–se a expressão analítica de β como função de ω. β varia com ω porque :
36
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(1) há uma dependência com a freqüência (ou λ, pois λ=c/f) do índice de refração n1
do núcleo da FO.
(2) β varia com ω devido a estrutura de guia de onda formada pela FO (dispersão de
guia de onda).
Estes dois fatores fazem-se sentir para cada modo individual, mas em FO
multímodo eles são geralmente suplantados pelo espelhamento das vg dos vários modos
propagantes (dispersão intermodal).
O tempo de propagação para o sinal percorrer uma distância “L” é dado por:
L ∂β
τ= =L (18)
vg ∂ω
∆τ ≅ ∆τ ( n ) + ∆τ ( g ) + ∆τ ( m ) (19)
fonte ∆λ :
∂ ⎛ ∂β ⎞ ⎛ λ ⎞⎛⎜ d n1 ⎞⎟⎛ ∆λ ⎞
2
∆τ (n)
≅ ⎜ ⎟ L ∆λ = − Lλ ⎜ ⎟⎜ 2 ⎟⎜ ⎟ = M L ∆λ (21)
∂λ ⎝ ∂ω ⎠ ⎝ c ⎠⎝ dλ ⎠⎝ λ ⎠
∆λ ∆λ s B
= + (22)
λ λ f
onde λ, f são o comprimento de onda central no espaço livre e a freqüência central da luz,
∆λ s é a largura espectral da fonte óptica e B é o espalhamento em freqüência da
modulação. Note que, mesmo no caso ideal em que a largura espectral da fonte óptica é
zero, o espalhamento equivalente em comprimento de onda ( ∆λ ) ocasionado pela
modulação não é nulo e deve ser considerado na dispersão material.
Note, da equação (22), que quando a largura espectral da fonte ( ∆λ s ) é grande tem-
se:
37
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∆λ s B ∆λ ∆λ s
〉〉 → ≅ → B L = cte (23)
λ f λ λ
B ∆λ s ∆λ B
〉〉 → ≅ → B L = cte (24)
f λ λ f
¾ Desvio de fase;
¾ Campo elétrico evanescente.
O desvio de fase ocorre na onda refletida com relação à onda incidente na interface.
Este desvio possui uma magnitude que depende do ângulo de incidência e da polarização da
onda, e pode ser visualizado desta forma:
η1
θ θ
d
Deslocamento lateral
(desvio de fase)
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Logo, para 0 < V < 2,405 só existe possibilidade de propagação do modo HE11
(operação monomodo). Desta forma, a operação monomodo ocorrerá para:
a 2,405 2,405
V 〈 2,405 → 〈 = (25)
λ 2π η 2
1 −η 2
2 2π NA
Exemplo: Para FO com η1=1,48 e η2=1,46, qual é o raio máximo permitido para o núcleo,
se a FO deve suportar um único modo para λ=0,82µm?
a 2,405
〈 → a 〈 1,3µm (26)
0,82 2π 1,48 2 − 1,46 2
∆f ∆λ s
=
f λs
Potência de saída
normalizada
1,0
0,5
∆ λs
λ
λs
39
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c λ2 s
lc = = (27)
∆f ∆λ s
O perfil do índice de refração, n(r), de uma fibra de índice gradual segue a lei:
α
⎛r⎞
n( r ) = n 0 1 − 2∆⎜ ⎟ para r < a.
⎝a⎠
2.7 Polarização
40
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¾ Sensores interferométricos;
¾ Giroscópios;
¾ Sistemas de detecção heteródinos.
Sz =
1
2
[ ]
Re E × H ∗ ⋅ aˆ z (28)
Pnúcleo =
1 a 2π
2 ∫0 ∫0
( )
E x H y∗ − E y H x∗ rdφdr (29)
Pcasca =
1 ∞ 2π
2 ∫a ∫0
( )
E x H y∗ − E y H x∗ rdφdr (30)
41
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Pcasca P
P = Pnúcleo + Pcasca → = 1 − núcleo (31)
P P
⎛ Pcasca ⎞ 4 −1
⎜ ⎟ = N 2 (32)
⎝ P ⎠ total 3
V2
Como N = (como visto), o fluxo de potência via casca diminui ao
2
aumentarmos V.
2πa V2
V = n1 2∆ = 39 → N = = 760 modos (33)
λ 2
⎛ Pcasca ⎞ 4 −1
⎜ ⎟ = N 2 ≅ 0,05 → 5% (34)
⎝ P ⎠ total 3
⎛P ⎞
(c) se ∆=0,003, repita (a) e (b): N=242, ⎜ casca ⎟ = 0,09
⎝ P ⎠ total
Tem-se apenas o modo LP01 (ou HE11), situação monomodo, e de acordo com os
valores tabelados na referência: G. Keiser, optical fibra comunications, Mcgraw, 1991.
⎛ Pcasca ⎞
⎜ ⎟ = 0,70 (70%)
⎝ P ⎠ LP01
(35)
⎛ Pnúcleo ⎞
⎜ ⎟ = 0,84 (84%)
⎝ P ⎠ LP01
42
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B = η y − η x (adimensional) (36)
2π
β = k 0 (η y − η x ) (m −1 ), k 0 = (37)
λ0
2π
Lb = (m) (38)
β
2π 2π
β= = = 78,5m −1 (39)
Lb 0,08
ou
β λ0
1,3x10 −6
B= = = −2
= 1,63x10 −5 (40)
k 0 Lb 8 x10
43
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⎧ L, em dB
L = PS − PR ⎨ (41)
⎩ PS , PR em dBm
onde: PS = potência média emitida pela fonte e PR = potência média captada pelo
fotodetector (recebida).
Para um enlace ponto-a-ponto, encontram-se as seguintes perdas:
a1
d1 d2 a2
44
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⎧ L = 0 , d 2 ≥ d1
⎪ 2
⎨ ⎛ a2 ⎞ ⎛ d2 ⎞, d 2 〈 d1
⎪ L = −10 log⎜⎜ ⎟⎟ = −10 log⎜⎜ ⎟⎟ (43)
⎩ ⎝ a1 ⎠ ⎝ d1 ⎠
LF LF LF
PS LAO PR
LCE
LIN LOUT
Fluxo de potência
⎧ ⎛ NA ⎞
2
45
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α
2a
a a 2a
Eficiência de acoplamento η:
2d d
η = 1− , ≤ 0,2 (46)
πa 2a
2⎡ ⎤
2
d d ⎛ d ⎞
Geral: η = ⎢cos −1 − 1− ⎜ ⎟ ⎥ L = -10 log η (47)
π⎢ 2a 2a ⎝ 2a ⎠ ⎥
⎣ ⎦
(d ≤ 2a )
(b) Separação ou deslocamento longitudinal
2a
n0
n0
⎡ s NA ⎤
L = −10 log ⎢1 − ⎥ , s pequeno (48)
⎣ 4an0 ⎦
46
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n0θ
η ≅ 1− , θ pequeno (49)
π NA
n1
PI n2
Pr
PR
Perda por reflexão(reflexão Fresnel)
2
P ⎛ n − n2 ⎞
R = R = ⎜⎜ 1 ⎟⎟ (51)
PI ⎝ n1 + n2 ⎠
PT
PT = PI − PR → = 1− R (52)
PI
47
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⎛P ⎞
L = −10 log⎜⎜ T ⎟⎟ = −10 log(1 − R) (53)
⎝ PI ⎠
⎛P ⎞
Perda de retorno= − 10 log⎜⎜ R ⎟⎟ (54)
⎝ PT ⎠
As perdas nas emendas são devidas aos mecanismos já citados presentes nos
conectores. No entanto, os níveis de perdas nas emendas são, em geral, inferiores aos
presentes nos conectores ópticos.
PF
η= (55)
PS
Perda de acoplamento:
48
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Exemplo:
Solução:
Superfície do
θ fotodetector
Núcleo d
Superfície
iluminada
2 2
⎛ d⎞ ⎛ 0,05 ⎞
A = π r = π ⎜ s tgθ + ⎟ = π ⎜ 2,5tg14 0 +
2
⎟ = 1,32mm
2
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
Como esta área é menor que a do fotodetector, havendo alinhamento não haverá
perda de acoplamento (Lout=0 dB) devido à expansão do feixe de luz.
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2
⎛ 0,05 ⎞
A = π ⎜ 2,5tg 36,9 0 + ⎟ = 11,34mm
2
⎝ 2 ⎠
5
razão de áreas= = 0,44
11,34
Para reduzir essas perdas pode-se diminuir “S” ou usar um fotodiodo com área
maior.
2.12 Acopladores
1 P2
P1 2
P3
3
P4 (=0) 4
50
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⎛ P2 ⎞
LTHP = −10 log⎜ ⎟ (57)
⎝ P1 ⎠
perda de transmissão entre a entrada e a porta “favorecida”(porta 2)
⎛ P3 ⎞
LTAP = −10 log⎜ ⎟, dB (58)
⎝ P1 ⎠
(3) Direcionalidade
⎛ P4 ⎞
LD = −10 log⎜ ⎟, dB → ideal : LD → ∞ (59)
⎝ P1 ⎠
⎛ P 2 + P3 ⎞
LE = −10 log⎜ ⎟ (60)
⎝ P1 ⎠
especifica a perda de potência dentro do acoplador (radiação, espalhamento, absorção e
acoplamento à porta isolada).
Ideal: LE = 0 dB (P1=P2+P3)
Na prática:
⎧ LE 〈 1 dB
⎨
⎩ LD 〉 40 dB
P2
Razão de separação:
P3
51
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⎛ P2 ⎞ ⎛ P1 − P3 ⎞ ⎛ P3 ⎞
LTHP = −10 log⎜ ⎟ = −10 log⎜ ⎟ = −10 log⎜1 − ⎟ (61)
⎝ P1 ⎠ ⎝ P1 ⎠ ⎝ P1 ⎠
⎛ P3 ⎞ ⎛ P3 ⎞ L
Mas LTAP = −10 log⎜ ⎟ → log⎜ ⎟ = − TAP
⎝ P1 ⎠ ⎝ P1 ⎠ 10
− LTAP
P3
= 10 10
P1
⎛ − LTAP
⎞
Logo: LTHP = −10 log⎜⎜1 − 10 10 ⎟
⎟ (62)
⎝ ⎠
Exemplo: Um acoplador possui LE= 1dB e uma razão de separação de 1:1. Quanto da
potência de entrada chega aos dois terminais de saída?
Divisão 1:1 → P2 = P3
⎛ P 2 − P3 ⎞ ⎛ 2P2 ⎞
Como LE = −10 log⎜ ⎟ → 1 = −10 log⎜ ⎟→
⎝ P1 ⎠ ⎝ P1 ⎠
2P2 P2 ⎛ P3 ⎞
= 10 −0,1 = 0,794 → = 0,397 ⎜ = ⎟→
P1 P1 ⎝ P1 ⎠
⎛ P2 ⎞
LTHP = LTAP = −10 log⎜ ⎟ = −10 log(0,397 ) = 4 dB
⎝ P1 ⎠
Logo, LTHP e LTAP subiram de 3dB para 4 dB, isto é, de 1 dB que é o valor da perda em
excesso (LE).
′ e LTAP
Sendo LTHP ′ as perdas do acoplador ideal (LE = 0) que possui uma dada razão de
separação, então LTHP e LTAP do acoplador real (com LE≠0) que possui a mesma razão de
separação será:
′ + LE em dB
LTHP = LTHP
(63)
′ + LE em dB
LTAP = LTAP
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Aplicações Típicas:
Em resumo, vimos que existem dois tipos principais de componentes que afetam a
ramificação do sinal óptico: os acopladores que possuem um comportamento independente
de λ e os acopladores WDM que possuem parâmetros dependentes de λ. Ambos podem ser
usados para separar ou combinar sinais ópticos. Um componente que afeta a ramificação
tipo “tudo ou nada”, é a chave óptica.
53
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1 2
Definições:
⎛ P2 ⎞
LI = −10 log⎜ ⎟, dB (64)
⎝ P1 ⎠
Típico: LI 〈 1,5 dB
⎛ P3 ⎞
LC = −10 log⎜ ⎟, dB (65)
⎝ P1 ⎠
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¾ Fixos;
¾ Variáveis discretamente (em degrau);
¾ Variáveis continuamente.
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