Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vale Manganes Processo 12 Premio de Excelencia
Vale Manganes Processo 12 Premio de Excelencia
RESUMO
ABSTRACT
The Morro da Mina manganese mine has a centenary history and the ore concentration process was
always manual selection. The ore and waste litologies characteristics converge to use a gravity separation
method, because of its density differences. The separation heavy media technology was the most
appropriate after theoretical studies and industrial scales tests. The heavy media plant start up will take
place in may 2010, and will promote the increase of 15% in the production volume and the decrease of
10% in the waste volume when compared to the old method. These advantages are related to the major
mass recovery and to the best method selectivity. Besides these factors, the project will reduce the annual
costs in R$1.240.000,00.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
A Unidade Morro da Mina, pertencente a Vale Manganês S.A., localizada na cidade de Conselheiro
Lafaiete, é centenária na história da mineração do Brasil.
Em 1896, iniciaram-se os estudos para dimensionar o potencial da jazida de manganês.
Em 1902, foram iniciadas as atividades de explotação do minério e no período compreendido entre 1902 a
1969 foram lavradas aproximadamente 8 milhões de toneladas de óxido de manganês. Com a exaustão do
minério oxidado, a mineração passou a abastecer o mercado nacional e internacional com o minério de
manganês sílico–carbonatado e a jazida ainda possui reserva certificada para os próximos 30 anos.
De acordo com os estudos existentes para a região em questão, as rochas encaixantes da mineralização são
interpretadas como pertencentes aos terrenos granito-greenstone belt, formados por quartzo-biotita-xistos,
anfibolitos, grafita-xistos, granitóides, granodioritos e a rocha mineralizada queluzito. Os corpos
mineralizados são verticalizados e alongados, apresentando formas de sigmóides ou amêndoas, com
desenvolvimento de processos de boudinagem em eixos verticais e horizontais e potências que variam de
centimétricas a 100 metros de espessura, posicionados na porção central da mina. É comum a presença de
lentes de estéreis, principalmente o quartzo-biotita-xisto e intrusões de granitóides no interior dos corpos
de minério (Araújo et al., 2005). O minério de manganês é composto por silicatos e carbonatos de
manganês, sendo eles espessartita, tefroíta, rodonita, rodocrosita e alabandita.
A lavra é feita a céu aberto em bancadas, com bancos de altura média de 10 metros. O desmonte do
minério e estéril compactos é feito com a utilização de explosivos e o estéril friável, é lavrado através de
desmonte mecânico com a utilização de escavadeiras hidráulicas.
Devido às intercalações de lentes estéril no interior do corpo de minério, torna-se impossível realizar a
separação destas litologias em todas as frentes de lavra da mina, desta forma, o minério ROM é
subdividido em minério limpo (ausência de contaminantes) e minério contaminado (minério com
fragmentos de rochas estéreis).
O processo utilizado durante mais de um século, para separar o minério contaminado antes do seu
processamento na planta de beneficiamento é a seleção manual.
O ROM contaminado após ser desmontado e transportado, é estocado na forma de pilhas baixas e
alongadas. Os funcionários fazem a seleção dos blocos de minério, deslocando aqueles selecionados para
a lateral da pilha. Com o apoio de equipamentos (carregadeiras e caminhões), este material selecionado é
novamente retomado e transportado então, até a planta de beneficiamento.
O processo apresenta limitações no que se refere à seleção de materiais com granulometria inferior a 10
centímetros de diâmetro e superior a 80 centímetros de diâmetro. Este processo arcaico possui baixa
recuperação em massa (46%), e também baixa recuperação metálica do manganês contido (65%).
As litologias de estéril apresentam tenacidade compacta e a densidade aparente média determinada através
de ensaios via deslocamento de volume é de 2,75 g/cm3 e participação em peso na mina conforme tabela
abaixo:
1
2
CONCLUSÕES
Com a implantação do projeto haverá uma redução do custo operacional de R$1.240.000,00 por ano em
detrimento a ao antigo processo de seleção manual. Haverá também um ganho de 12% na produção do
granulado gerado a partir do ROM, devido ao aumento da recuperação mássica e um decréscimo de 10%
na geração de rejeitos, devido à melhor seletividade do método (figura 3) e, além disso, o projeto prevê
uma ampla instrumentação para enfatizar o controle e eficiência do processo.
Cabe registrar também, que o processo prevê a recirculação de até 90% da água industrial utilizada devido
à operação em circuito fechado, com estruturas especialmente projetadas para esta finalidade, levando
assim, ao uso racional deste recurso e demonstrando a responsabilidade ambiental do projeto.
Por fim, pode-se concluir, levando em conta todos os aspectos relacionados à melhoria do desempenho
operacional, considerável redução de custos, cumprimento das normas regulamentadoras de saúde e
segurança e otimização dos aspectos ambientais, desta forma os objetivos inicialmente planejados foram
superados.
Concen-
10% 90% 1% 99%
trado
Minério Rejeito
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, M.C.; FILHO, D.A. e REINHARDT, M.C. Mapeamento geológico e estrutural do Morro da
Mina, Conselheiro Lafaiete. Relatório interno, 2005. 64p.
CAMPOS, A.R.; LUZ, A.B.& CARVALHO, E.A. Separação em Meio Denso. Tratamento de Minérios.
4º Edição. 2004, p.271-301.
CURRICULUM RESUMIDO
Gustavo Fontes Lopes, Gerente de Mineração, Vale Manganês. Graduado em Engenharia de Minas pela
UFOP, MBA Fundação Getúlio Vargas. Atualmente Gerente de Operações da Unidade Morro da Mina
na Vale Manganês, com experiência em grupos nacionais e multinacionais de grande porte atuando com
minerais metálicos tais como zinco, chumbo e ouro em minas subterrâneas e a céu aberto.
Nívea Cristina da Silva Viana, graduada em Engenharia Geológica pela UFOP; mestre em Engenharia
de Materiais (Redemat/UFOP); MBA FEAD e especialista em Ferro Ligas (Redemat/UFOP). Atua na
Vale Manganês como geóloga com experiência nas minas de Urucum e Morro da Mina.
André Luíz do Nascimento Chaves, técnico em Mineração Escola Politécnica Ramos, graduando
Engenharia de Minas Unipac, atua na Vale Manganês na área de processo e controle de qualidade.