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relação ao nível do mar.
Em relação à vegetação predominante, o Figura 1. Carta de Casagrande/Carta de Plasticidade, caso
cerrado ralo destaca-se. Assim como o clima a % de finos for maior que 50% (apud, PINTO, 2006).
tropical úmido, onde as temperaturas variam
entre 18ºC à 24ºC e uma umidade do ar entre 3 MÉTODOS
65% à 87% (BARBOSA, 2002).
Para este trabalho foram realizados ensaios
2.1 Índices Físicos da colapsibilidades com a execução de ensaios
de triaxial nas tensões estimadas com 50,100 e
Na Tabela 1 apresenta os principais índices 200 kPa e ensaios de caracterização do solo. Os
físicos do solo. E mostra que através da métodos utilizados foram ensaio de CU e UU.
caracterização física do solo realizada em Onde as amostras são submetidas a pressões
laboratório a classificação no Sistema Unificado confinantes.
é como CL (argila de baixa compressibilidade). Foram realizados também ensaios para
O mesmo resultado de estudo apresentado por determinar o pH do solo em água e em KCL.
Futai (1997). O valor dos índices de vazios foi Para isso o aparelho utilizado foi o phgâmetro.
calculado a partir dos dados do ensaio de Define-se o pH como um potencial
triaxial. O valor médio é de 1,51. hidrogeniônico, ou seja, é um índice que indica
Por fim foi calculado o índice de a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um
compressibilidade, que foi de 1,008 que meio qualquer. A escala do pH pode variar de 0
arredondamos aproximadamente para 1. Assim, até 14, onde zero é a mais ácida, 7 é neutro e 14
podemos classificar essa argila como de é a mais alcalina (básica). O método usado para
consistência dura. determinar o pH foi a medição eletroquímica da
concentração efetiva de íons H+ na solução,
Tabela 1. Índices Físicos dos Solos eletronicamente, por meio de eletrodo
combinado, imerso em suspensão do solo: água
Profundidade (cm) 50 na proporção de 1: 2,5 ml.
Limite de Plasticidade 18,89 Portanto obteve-se como resultados do ph
Limite de Liquidez 32,90 em água o valor de 7,75 e o pH em KCL no
Índice de 14,01 valor de 7,68. Portanto, este solo é alcalino.
Plasticidade A alcalinidade pode ser descrita como a
Índice de 1,008
qualidade em neutralizar compostos ácidos, em
Compressibilidade
1,51
virtude da presença de bicarbonatos, hidróxidos,
Índice de Vazios
boratos, silicatos e fosfatos.
Peso Específico
Natural (kN/m³) 12,64
Assim, a análise do pH da água e do solo já
traz uma visão preliminar da possibilidade de
Umidade Natural (%) 19,34
ocorrência destas reações de dissolução. A
presença de água acidulada sobre solos contendo
minerais alcalinos pode gerar uma reação de
dissolução (CAMAPUM, 2006).
4 RESULTADOS
2
amostras foram ensaiadas em CU e UU, ou seja, 120 110,23
Tensão (KPa)
80
75,95
Os valores dos índices físicos apresentados 60
20
ensaio. São mostradas na tabela 2. 14,31
0 12,15
12,90
0 10 20 30
Deformação (%)
Tabela 2. Índices Físicos nos Ensaios de Triaxial UU 50KPa UU 100 KPa UU 200 KPa
UU UU UU CU CU CU
Figura 5. Gráfico Comparação tensão x deformação com
kPa 50 100 200 50 100 200
50, 100 e 200 kPa.
W (%)
Inicial 19 19 18,98 18,97 18,03 19,46
Podem ser observados logo abaixo, os gráficos
W (%)
Final 37,25 37,16 30,98 33,07 26,05 26,05 dos resultados obtidos dos ensaios adensado não
γd 11,07 10,15 10,07 10,66 10,94 drenado (CU) em triaxial, com amostras
(kN/m³) 10,89 indeformadas:
E 1,41 1,45 1,63 1,65 1,50 1,44
S (%) 35,95 34,94 31,08 30,68 31,98 36,05 TRIAXIAL CU - 50 KPa ruptura
60
55
50
47,7
45
Abaixo podem ser observados os gráficos dos 40
Tensão (KPa)
35
resultados obtidos dos ensaios não adensado não 30
25
48
38 TRIAXIAL CU 100KPa
28 180
ruptura
18 160
132,2
140
8
FORÇÃ (KPa)
120
-2 100
-1 4 9 12,15 14 19 24 29
80
Deformação (%)
60
40
Figura 2. Gráfico tensão x deformação, UU com 50 kPa. 20 8,89
0
0 10 20 30
TRIAXIAL - UU 100 KPa
DEFORMAÇÃO (%)
90 ruptura
83,06
80
70
60
50
40
30
TRIAXIAL - CU 200KPa
20
10 300
264,22
0
Força (KPa)
5 10 12,90
15 20 250
Deformação (%)
200
100
120 0
110,23 14,96
0 5 10 15 20
100
Deformação (%)
Tensão (Kpa)
80
60
ruptura Figura 8. Gráfico tensão x deformação de 200 kPa.
40
20
0
Observa-se logo abaixo, os gráficos dos
14,31
0 5 10 15 20 25 30
Deformação (%) resultados obtidos nos ensaios de cisalhamento
Figura 4. Gráfico tensão x deformação com 200 kPa.
3
direto e colapso simples, com amostras
indeformadas:
Cisalhamento natural
300
t= (tensaão cisalhante KPa)
255
250
200
150
100
75
50
16
0
0 50 100 150 200 250 Figura 12. Gráfico tensão x deformação de 50 kPa.
Ϭ=Tensão (KPa)
120
t = Tenssão de cisalhamento
230,32
100
80
60
40,81
40
Colapso
Colapso
1,55
1,5
1,35
4
Figura 16. Gráfico tensão x deformação de 100 kPa.
Figura 19. Gráfico tensão x tempo, na tensão de 50 kPa
não saturada. Onde, Tensão de Ruptura: 0,64MPa.
5
Figura 23. Gráfico de tensão x deformação Espesífica.
0,1
0,12 ρ Recalque (mm)
W (%) 0,14
0,16
Inicial 19,15 19,15 0,18
0,2
W (%) 0,22
0,24
γd i
0,3 Fonte : SEDE BDR-PVA DO LESTE
14,07
(kN/m³) 13,05
γd f 13,94 Figura 25. Gráfico função deslocamento x carga.
(kN/m³) 13,35
Ei 0,897 1,045 SPT Nº de Golpes
0 5 10 15 20 25 30
Ef 0,819 0,939
S (%) i 56,97 48,91
Profundidade (m)
5 CONCLUSÃO
6
consistência mole, mas em certa parte obteve a
consistência média. Isso diverge do que foi AGRADECIMENTOS
apresentado anteriormente, pois esse ensaio não
foi feito no mesmo local que foram retirados as Ao Instituto Federal de Mato Grosso, ao
amostras de solos e sim um pouco distante dele. professor de mecânica dos solos Ilço Ribeiro
O que pode mudar o perfil do solo dessa área. Júnior por seus ensinamentos. Ao Dárcio aluno
Já pelo ensaio de caracterização física dos de engenharia civil da UFMT por sua paciência
solos os resultados comprovam que este solo é em acompanhar e ensinar a utilizar os
uma argila de baixa compressibilidade CL, equipamentos do laboratório. Aos donos da
segundo a classificação no Sistema Unificado. empresa Barbosa Dalla Rosa por ter cedido seu
Também, foi calculado o índice de campo experimental. Aos alunos de controle de
compressibilidade, que foi de aproximadamente obras do 6º semestre noturno. Ao Geraldo Régis
1. Classificando essa argila como de de Lima por seu apoio e incentivo. E a todos que
consistência dura. contribuíram para este trabalho indiretamente.
Dos ensaios realizados com o triaxial,
observando, os ensaios com amostras REFERÊNCIAS
indeformadas, houve recalque na estrutura do
solo após certa drenagem e saturação, levando à BARBOSA, F. M. D. R. (2002) Monitoramento de
ruptura dos corpos-de-prova. recalque de um edifício construído sobre solo colapsível.
Dissertação de Mestrado, Pós-Graduação em Engenharia
Assim, o colapso nas amostras Civil e Ambiental, Área de Geotecnia, Departamento de
indeformadas ocorreram com cerca de 13,12% Engenharia Civil, Universidade de Federal de Campina
da deformação específica do solo, para amostras Grande - UFCG, 3-5 p.
não adesadas não drenadas e em torno de
15,72% para amostras adensadas não drenadas. CAMAPUM de CARVALHO, J.; SALES. M.M.;
O colapso simples com inundação à 160 MORTARI, D.; FÁZIO, J.A., MOTTA, N.O. &
FRANCISCO, R.A. (2006). Processos Erosivos. In
kPa, verfificou-se uma tensão de ruptura à 60 Processos Erosivos no Centro-Oeste Brasileiro, org. por
kPa para uma deformação de 1,34%, em escala José Camapum de Carvalho; Newton Moreira de Souza e
logarítmica. Maria Tereza da Silva Melo. Brasília: UnB-FINATEC.
Nas amostras compactadas ocorreram 39-92 p.
colapso com cerca de 3,3% da deformação
CINTRA, J. C. (1998) Fundações em solos colapsíveis.
específica do solo, para amostras não adesadas ESC-USP. 1ª Edição. São Carlos. SP, 1-14 p.
não drenadas e em torno de 1,5% para amostras
adensadas não drenadas. FUTAI, M. M.; PINTO C. S.; NADER, J.J. (1992).
Para os ensaios de compressão simples, Resistência a deformabilidade. In: Negro Jr., A.
cisalhamento direto e edométricos praticamente (Org.). Solos da cidade de São Paulo. São Paulo.
ABMS/NSP.
não foram verificados colapsos.
Assim, os resultados dos ensaios PINTO, C. S. (2006). Curso Básico em Mecânica dos
confirmaram que o solo em estudo é colapsível Solos em 16 Aulas. 3ª Edição. São Paulo. SP.
e a amostra é uma argila dura de baixa
RIBEIRO, I. J. E FUTAI, M. M. (2010). Estudo de Caso
compressibilidade.
de um melhoramento de solos colapsíveis com
A compactação dos solos reduzem compactação. In: COBRAMSEG: Gramado - RS. ABMS.
consideravelmente a compressibilidade em solos
porosos, aumentando sua capacidade de suporte SILVA, A.R.L. (1995) Análise de Estabilidadede Aterros
(RIBEIRO, 2010). Reforçados Sobre Solos Moles, Dissertação de Mestrado,
Programa de Pós-Graduação em Geotecnia, Departamento
Por fim, pode-se analisar que a utilização da
de Engenharia Civil, Universidade de Brasília, 183 p.
compactação no solo poroso e colapsível trás
grandes melhorias quando utilizado. VILLAR, O. M., RODRIGUEZ, J. E. E NOGUEIRA, J.
Portanto, conclui-se que as amostras B. (1981). Solos colapsíveis: um problema para a
compactadas aumentam a rigidez do solo e engenharia de solos. In: Simpósio Brasileiro de Solos
Tropicais. Rio de Janeiro. Vol. 1, p. 209-224.
diminuem a sua compressibilidade.