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FACULDADE ATUAL

PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSITARIA

ELIANA DA LUZ DOS SANTOS


KEILA PERNA COSTA

EVASÃO ESCOLAR DA PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO


REGULAR

PORTO GRANDE/AP
2018
ELIANA DA LUZ DOS SANTOS
KEILA PERNA COSTA

EVASÃO ESCOLAR DA PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO


REGULAR

Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Licenciatura


em Pedagogia, da Faculdade Atual, como requisito básico para
obtenção do grau de Pedagogo.

Orientadora: Prof. Espec. Neucirene Almeida de Oliveira

PORTO GRANDE/AP
2018
ELIANA DA LUZ DOS SANTOS
KEILA PERNA COSTA

EVASÃO ESCOLAR DA PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO


REGULAR

Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Licenciatura


em Pedagogia, da Faculdade Atual, como requisito básico para
obtenção do grau de Pedagogo.

Orientadora: Prof. Espec. Neucirene Almeida de Oliveira

Data da apresentação _____/____/____

Nota: __________

______________________________________________

Neucirene Almeida de Oliveira


Graduada em Licenciamento e Bacharelado em Ciências Sociais – FAMA
Pós-graduada em História e Cultura Afro Brasileira e Africana-FATUAL
Pós-graduada em docência do Ensino Superior-META

______________________________________________
Guajarina do Socorro Carmo de Sousa
Graduada em Letras e Artes-UNIFAP
Pós-Graduada em Linguística da Língua Portuguesa

______________________________________________

Uzias Gonçalves

PORTO GRANDE/AP
2018

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................7
2 METODOLOGIA..................................................................................................................8
2.1 Participantes..........................................................................................................................8
2.2 Obtenção de Informações.....................................................................................................8
3 Análise Dos Resultados E Discussão.......................................................................................9
3.1 Descrição das Participantes...................................................................................................9
3.2 Análise Dos Resultados Das Entrevistas Semiestruturadas................................................12
4 Representação Social Sobre A Síndrome De Down..............................................................12
4.1 P1 e P2................................................................................................................................12
4.2 M1 e M2..............................................................................................................................13
5 Representação social sobre a aprendizagem..........................................................................15
6 Representação social sobre a inserção de alunos com síndrome de Down............................17
em classe de ensino regular.......................................................................................................17
7 Causas da Evasão escolar do aluno com síndrome de Down................................................18
8 COSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................24
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................25
EVASÃO ESCOLAR DA PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO
REGULAR

Keila Perna Costa 1

Eliana Da Luz dos Santos 2

Neucirene Almeida de Oliveira 3

RESUMO

Este trabalho objetivou apresentar as possíveis causas da evasão escolar da pessoa com
síndrome de down no ensino regular e suas consequências, com sua temática focada sob a
ótica da inclusão e exclusão social, conceitos latentes na sociedade capitalista. Buscando uma
reflexão acerca dos problemas das necessidades especiais, enfatizando os das pessoas com
síndrome de down, visando contribuir para romper com a dinâmica social de evasão, que
historicamente condicionam as ações nas áreas da educação. Nessa perspectiva, as
investigações recorreram das intervenções do ponto de vista das análises do contexto
educacional pressuposta pela comunidade do Município de Porto Grande no Estado do
Amapá. E para análise dos casos, empregou-se a entrevista, questionários e observação dos
participantes. Com base nessas informações pode-se dizer que não basta garantir um espaço
na sala de aula, é preciso ensinar e dar sentido aos conteúdos e promover a integração do
aluno como um todo, garantindo sua participação e permanência na instituição de ensino.

Palavras Chave: Evasão. Educação. Síndrome de Down.

1
Keila Perna Costa, Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Licenciatura em Pedagogia, da Faculdade
Atual, como requisito básico para obtenção do grau de Pedagogo. Macapá, 2018.
2
Eliana Da Luz dos Santos. Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Licenciatura em Pedagogia, da
Faculdade Atual, como requisito básico para obtenção do grau de Pedagogo. Macapá, 2018.
3
Neucirene Almeida de Oliveira, Graduada em Licenciamento e Bacharelado em Ciências Sociais – FAMA,
Pós-graduada em História e Cultura Afro Brasileira e Africana-FATUAL, Pós-graduada em docência do Ensino
Superior-META
ABSTRACT

SCHOOL EVASION OF THE PERSON WITH DOWN SYNDROME NOT REGULAR


EDUCATION

This study aimed to present the possible causes of school dropout of people with Down
Syndrome in regular education and its consequences, with its theme focused on the
perspective of social inclusion and exclusion, latent concepts in capitalist society. Seeking a
reflection on the problems of special needs, emphasizing those of people with Down
Syndrome, aiming to contribute to break with the social dynamics of evasion, which
historically suit actions in the education areas. In this perspective, the investigations resorted
to the interventions from the point of view of the analysis of the educational context
presupposed by the community of the Municipality of Porto Grande in the State of Amapá.
And for the cases analysis, interviews has been used, questionnaires and observation of the
participants. Based on this information it can be said that it is not enough to guarantee space
in the classroom, it is necessary to teach and give meaning to the contents and promote the
integration of the student, certifying their participation and permanence in the teaching
institutions.

Keywords: Evasion. Education. Down's syndrome.


7

1 INTRODUÇÃO
O interesse por esse estudo surgiu mediante o estágio supervisionado das
integrantes do grupo, em uma escola na qual estudava um aluno com síndrome de Down, a
partir de então a linha de pesquisa deste trabalho versa sobre a evasão escolar da pessoa com
síndrome de Down no ensino regular.
Essa linha de pesquisa subsidiou a elaboração deste artigo e tem enquanto
objetivo geral identificar os reais fatores que impossibilitam o acesso e permanência dessa
clientela as salas de aula, bem como a análise das consequências que a evasão trará à vida do
aluno, na perspectiva de compreender o processo de inclusão, visando investigar mecanismos
que contribua para a integração do indivíduo no espaço escolar. A inclusão de crianças com
síndrome de Down em escolas regulares tem sido
Tema de muitas outras pesquisas e os resultados têm apontado a existência de
muitos estigmas e estereótipos sobre o processo de aprendizagem e desenvolvimento das
mesmas. Esse fato vem gerando muita preocupação no meio científico e educacional, uma vez
que essas crianças, assim como as demais, são detentoras de identidades tanto biológicas
quanto sociais que precisam ser consideradas e valorizadas.
Para exemplificar, destacamos as experiências vivenciadas em duas escolas
públicas do município de Porto Grande no Estado do Amapá, onde através da pesquisa de
campo observou-se que a maioria dos alunos com síndrome de down enfrentam dificuldades
para permanecerem na instituição de ensino regular, assim como alguns educadores não
conseguem estimular o desenvolvimento e a permanência desses alunos em sala de aula.
Partindo dessa premissa, surgiu o seguinte questionamento: porque que alunos
com síndrome de down não estão concluindo seus estudos? A hipótese desse estudo é que a
evasão escolar estar se tornando cada vez mais frequente nas escolas de ensino regular, uma
vez que tanto a família quanto os professores, encontram-se pautados no enfoque clínico
conservador que responsabiliza apenas a deficiência orgânica pelo aprendizado e
desenvolvimento dos mesmos.
O artigo foi dividido em quatro itens: o primeiro trata da introdução, que
apresenta o problema da pesquisa, a justificativa e os objetivos propostos no trabalho, o
segundo item trata-se da metodologia que especifica como o trabalho de pesquisa foi feito, o
terceiro item é a análise dos dados: relaciona os dados coletados com as bibliografias
consultadas e o quarto item, que ficou para as considerações finais com a avaliação da
pesquisa como um todo.
8

Com este trabalho esperamos contribuir com o sistema de ensino e fortalecer as


diretrizes e políticas educacionais que atendam os princípios do direito à diferença e de
acessibilidade, buscando novos mecanismos a que venha facilitar o acesso e a inclusão de
fato, desses alunos com necessidades especiais nas escolas, visando qualidade e eficácia,
proporcionando aos educadores e demais envolvidos no processo uma reflexão acerca de
novas técnicas que possam contribuir a todos os interessados.

2 METODOLOGIA

2.1 Participantes

02 professoras e 02 mães de crianças com síndrome de Down matriculadas no


ensino regular da rede pública do Município de Porto Grande-AP.

2.2 Obtenção de Informações

Para a obtenção das informações, inicialmente foi realizado um levantamento


acerca das escolas que tinha alunos com síndrome de down regulamente matriculados. Após
este levantamento foram selecionadas as escolas. Os critérios para seleção das mesmas foram:
escolas que tinham alunos com síndrome de Down matriculados e que frequentaram o ensino
regular. Nessas escolas foram solicitadas autorizações da direção para o desenvolvimento da
pesquisa (apêndice A).
Obtida a concordância da escola, foi feito o contato com as professoras que
tinham em suas salas de aula alunos com síndrome de Down, para uma conversa sobre os
objetivos da pesquisa e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (apêndice B).
Através de cada professora foi constatado as mães das crianças com síndrome de Down que
frequentaram as classes das professoras participantes da pesquisa. Estas mães também
assinaram o Termo de Consentimento livre e esclarecido (apêndice B).
Após a assinatura do termo de consentimento, foi marcado tanto com as mães
quanto com as professoras, conforme disposição de cada uma, dia e hora para realização das
entrevistas com roteiro de perguntas semi-estruturadas (apêndice C e D), cujo propósito foi
verificar e analisar o porquê da evasão escolar se fazer presente na vida desses alunos. Todas
as entrevistas foram transcritas e analisadas de acordo com método de pesquisa
microgenético, que envolve o acompanhamento minucioso das informações de um processo,
9

detalhando as ações dos sujeitos e as relações interpessoais dentro de um curto espaço de


tempo (OLIVEIRA, 2002).
Assim, o uso do método microgenético se torna fundamental nesta pesquisa, pois
requer atenção aos detalhes os quais permitem observar cada momento onde se pode ir e vir
nas informações empíricas, congelar a informação e percorrer todos os momentos gravados de
forma a analisar cada registro, permitindo com isso, uma melhor compreensão das
representações que tanto mães quanto professoras têm em relação ao aprendizado e
desenvolvimento da criança com síndrome de Down.

3 Análise Dos Resultados E Discussão

Nessa análise será realizada uma busca de esclarecimento de informações


empíricas que possibilitem inferir na evasão escolar da pessoa com síndrome de Down no
ensino regular. As entrevistas foram categorizadas segundo as respostas das participantes para
possibilitar a compreensão dos indicadores de como mães e professoras veem a evasão escolar
do aluno com síndrome de Down.

3.1 Descrição das Participantes

A seguir, serão apresentadas tabelas com informações gerais dos participantes da


pesquisa. Inicialmente será apresentada a tabela com informações gerais das professoras
participantes da pesquisa as quais foram denominadas pela nomeação “P” seguida de uma
numeração específica, aplicadas aleatoriamente. Assim as professoras foram denominadas de
P1 e P2, conforme tabela:

Tabela 01 - Informações Gerais Sobre As Professoras


Professora Formação Curso Experiência No Experiência com
Magistério alunos
Com Síndrome
de Down
P1 Superior Pedagogia 6 anos Primeira vez
completo
P2 Magistério 3 anos e 6 meses Primeira vez
Fonte: Keila. Eliana (2018)
10

A tabela 01 fornece informações gerais das professoras participantes da pesquisa,


permitindo verificar diferentes aspectos como, formação curso, experiência no magistério e
com crianças com síndrome de Down. No que se refere à formação verificou-se que somente
1 participante têm curso superior, sendo que P2 está concluindo o curso de Licenciatura Plena
em Ciências Biológicas.
Quanto à experiência no magistério, ambas as participantes já atuam à pelo menos
03 anos como professora.
Em se tratando da experiência na atuação com alunos com síndrome de Down, as
professoras P1 e P2 atuaram pela primeira vez.
Em seguida, será apresentada a tabela com informações gerais das mães
participantes da pesquisa que foram identificadas pela nomeação “M”, também seguida de
uma numeração específica, aplicada aleatoriamente. Dessa forma, as mães foram
denominadas de M1 e M2. Conforme tabela a seguir.

Tabela 02: Informações Gerais Sobre As Mães.


Mãe Idade Grau de Profissão Quantidade de
escolaridade filhos
M1 41 anos Ensino médio Do lar 02
Completo
M2 42 anos Magistério e Técnica em 03
Superior enfermagem
incompleto
Fonte: Keila. Eliana (2018)

A tabela 02 fornece informações gerais sobre as mães participantes da pesquisa,


permitindo verificar diferentes aspectos como: idade, grau de escolaridade, profissão e
quantitativo de filhos. Quanto à idade das mães participantes, verificou-se que está na faixa
etária dos 41 Á 42 anos.
Em se tratando do grau de escolaridade, observou-se que M1 têm Ensino Médio
completo enquanto que M2 estar concluindo sua formação em nível superior.
No que se refere à profissão desempenhada pelas mães participantes da pesquisa,
verificou-se que M1, é dona do Lar enquanto que M2 é técnica em enfermagem. No geral as
mães participantes da pesquisa possuem nível socioeconômico baixo. No que se refere ao
quantitativo de filhos foi possível constatar que as mães participantes possuem até 03 filhos.
11

Por último, será apresentada uma tabela com informações gerais sobre as crianças
com síndrome de Down, filhos (as) e alunos (as) das respectivas mães e professoras
participantes da pesquisa. As mesmas serão identificas com a nomeação “S” seguida de uma
numeração específica colocada aleatoriamente e assim foram denominados S1 e S2. As
informações presentes na tabela abaixo são de caráter informativo, uma vez que as crianças
com síndrome de Down nela apresentada não se constituem enquanto sujeitos participantes de
diretos da pesquisa.

Tabela 03: Informações Gerais Sobre As Crianças Com Síndrome De Down

Criança com Idade Série Tempo que Atendimento


Síndrome de Down. estudou em classe Educacional Especial
regular
S1 10 anos 1° ano 2 anos Sim

S2 5 anos 2° período 2 anos Sim

Fonte: Keila. Eliana (2018)

A tabela 3 fornece informações gerais sobre as crianças com síndrome de Down,


permitindo identificar diferentes aspectos como, idade, série, tempo que estudou em classe
regular, frequência em classe especializada e atendimento especializado na escola.
Com relação à idade, verificou-se que uma das crianças (S1 ) está na faixa dos
dez anos, e a outra criança (S2) esta na faixa dos cinco anos de idade.
Quanto à série, foi possível verificar que uma (S1), encontram-se no 1° ano do
ensino fundamental, enquanto que (S2) encontra-se na educação infantil. Sendo todas
estudantes da rede pública de ensino do município de Porto Grande-AP.
No que se refere ao tempo de estudo em classe regular, tanto (S1) quanto ( S2)
estavam a dois anos estudando em classe regular.
Quanto ao atendimento educacional especial (AEE), todas as crianças recebiam
esse atendimento em suas respectivas escolas. Fora da escola, nenhuma criança recebeu
atendimento especializado com Fonoaudióloga, Fisioterapeuta, Teoria Ocupacional dentre
outros. Visto que os mesmos não são oferecidos pela rede municipal de ensino.
12

Essas informações são importantes para contextualizar a análise das informações


empíricas, uma vez que a representação social que se tem de alguém está diretamente ligada
ao contexto social em que cada pessoa está inserida.

3.2 Análise Dos Resultados Das Entrevistas Semiestruturadas

Para melhor analisar as representações sociais que mães e professoras têm sobre a
aprendizagem e desenvolvimento de crianças com síndrome de Down, as informações obtidas
a partir das entrevistas semiestruturadas foram categorizadas em: 1) Representação social
sobre a síndrome de Down; 2) Representação social sobre aprendizagem; 3) Causas da evasão
escolar de alunos com síndrome de Down no ensino regular.

4 Representação Social Sobre A Síndrome De Down

4.1 P1 e P2

A representação social de P1 e P2 sobre algumas características comportamentais


das pessoas com síndrome de Down está relacionada à sua condição genética. Segue abaixo as
enunciações que evidenciam isso:
P1: os alunos com Down são calmos, tranquilos e carinhosos. Ela (S1) adora
abraçar é super carinhosa.
P2: ela (S2) tinha hábitos estranhos de bater, subir na mesa. Acho que pelo fato
dela ser uma criança assim.
P1, ao falar sobre o comportamento de pessoas com síndrome de Down faz uma
afirmação e confirma-a quando se refere a sua aluna. Nesse caso, P1 infere que é
característica genética das pessoas com síndrome de Down serem carinhosas e sua aluna só
reafirmar esta condição porque gosta de abraçar e é super carinhosa.
Esses indicadores mostram que a representação que P1 tem a respeito da criança
com síndrome de Down está pautada numa visão mecanicista da deficiência, onde o
determinismo genético e o enfoque clínico prevalecem.
Isso significa que P1 ao considerar que o comportamento de sua aluna com
síndrome de Down é resultado de sua condição genética, logo, levará esta mesma
representação para o campo educacional, e assim as dificuldades de aprendizagem
apresentada por S1 serão também pautadas num determinismo genético, e em detrimento
13

dessa visão cartesiana, que compara homem a um relógio bem feito e que precisa ser
eficiente, a representação da deficiência é construída sob o enfoque de homem neoliberal, que
precisa se adequar para atender um mercado que a partir de critérios pré-estabelecidos
determina quem serve ou não a esse sistema, assim a pessoa com síndrome de Down por ser
considerada um relógio “mal feito” não é vista como um indivíduo ativo e produtivo.
Logo, a escola que busca atender as necessidades desse modelo hegemônico, não
considera a educação de pessoas em condição de deficiência como importante, visto que as
mesmas não são consideradas produtivamente capazes de atender um mercado competitivo
(FRIGOTTO, 1995; NIDELCOFF, 1989).
Desse modo, levada por uma representação mecanicista e determinista da
deficiência, P1 dificilmente oferecerá a sua aluna com síndrome de Down uma educação bem
estruturada no sentido de possibilitar o desenvolvimento das funções
psicológicas superiores, e que irá impulsionar seu desenvolvimento. A fala de P2
mostra que sua aluna com síndrome de Down, ao contrário do exposto por P1, apresenta um
comportamento mais agitado, de subir na mesa, ás vezes, até mesmo agressivo, relatando,
portanto, situações comportamentais diferentes daquelas apresentadas por P1, mas
conduzindo à mesma representação do enfoque clínico conservador, onde a condição genética
é determinante no comportamento.
Para Voivodic (2008) essas características, atribuídas as pessoas com síndrome de
Down, relatadas por P1 e P2, não estão relacionadas à deficiência orgânica, mas sim ao meio
sócio-cultural ao qual a criança está inserida, por esse motivo não se pode traçar um perfil de
comportamento previsível a todas elas.

4.2 M1 e M2

Ao falar sobre o comportamento de sua filha com síndrome de Down, M1 afirma


que a mesma é um pouco agressiva, porém acredita que esse comportamento agressivo, esteja
relacionado ao fato da criança ter síndrome Down.
Dessa forma, fica evidente, que a representação determinista da síndrome de
Down, também permeia o imaginário das mães. M1: ela (S1) só é agressiva se quer fazer
alguma coisa e a gente não deixa, ela já grita, mas é pouco, não muito. Porque tem síndrome
que é desses de se jogar no chão, de quebrar de bater né, ela (S1) não, a agressividade dela é
bem pouca mesmo.
14

Desse modo, infere-se que a representação que tanto mães quanto professoras têm
a respeito da criança com síndrome de Down, está pautada num enfoque clínico conservador,
que responsabiliza a deficiência pelos comportamentos apresentados. Portanto, são
determinados geneticamente.
Portanto, as crianças com síndrome de Down não possuem um padrão
comportamental previsível, e essas características como afetividade, docilidade, birra e
agressividade, atribuídas com frequência as mesmas, não são comportamentos que
identificam essa síndrome. Mas, são decorrentes do ambiente sociocultural da criança e
heranças genéticas, afinal, assim como qualquer sujeito, as pessoas com síndrome de Down
também herdarão características dos seus familiares e crescerão adquirindo uma
personalidade diferente (SILVA; KLEINHANS,2006).
Outra ideia que permeia o imaginário social é a existência de graus da síndrome
de Down e isso pode ser verificado, quando M1 ao longo de sua fala evidencia, acreditando
que as diferenças existentes, no que diz respeito ao desenvolvimento cognitivo e motor das
crianças com síndrome de Down, são decorrentes de graus “mais” ou “menos” elevados dessa
condição genética.
M2: me orientaram para colocar ela (S2) numa instituição especializada né, mas
eu não achei bom colocar porque geralmente, teve uma conhecida minha que colocou uma
filha dela lá e lá eles não a colocaram certo com as crianças que são da mesma idade dela ou
mesmo grau né.
M2: (...) porque a síndrome dela (S2) é pouca, então ela (S2) tá incluída como
uma criança quase que normal.
M1 em sua fala, afirma não ter colocado sua filha com síndrome de Down numa
instituição, pela preocupação de não fazer parte de uma classe com crianças do seu mesmo
“grau”. Enquanto que na fala de M2, verifica-se que a presença da criança com síndrome de
Down numa instituição escolar regular está relacionada ao fato dela ter um grau menor da
síndrome.
De acordo com as explanações de M1 e M2, podemos observar que as
participantes atribuem o fato de uma criança com síndrome de Down ser mais desenvolvida
que a outra ou apresentar diferentes comportamentos, exclusivamente por conta de aspectos
inerentes a condição genética, o que leva essas participantes a acreditarem na existência de
graus da síndrome. Essa visão estereotipada, que M1 e M2 têm sobre a síndrome de Down, é
decorrente de uma representação social que responsabiliza sempre a deficiência orgânica pela
aprendizagem e desenvolvimento das pessoas. Desse modo, quando crianças apresentam um
15

desenvolvimento maior ou menor, a crença popular é de que se trata de variações da síndrome


de Down e não da ausência ou presença de estímulos durante o desenvolvimento da mesma.
Sobre isso, Silva (2006) afirma que o fato de uma criança ser mais desenvolvida
que a outra, não pressupõe a existência de um maior ou menor grau de desenvolvimento
intelectual, pois tais características, não estão relacionadas exclusivamente a alteração
cromossômica, mas, ao restante do potencial genético e principalmente aos estímulos sociais,
provenientes do meio sócio cultural ao qual o indivíduo está inserido.

5 Representação social sobre a aprendizagem

P1 e P2, ao longo de suas falas, afirmam oferecer aos seus alunos com síndrome
de Down uma educação diferenciada, que consiste em atividades e conteúdos diferentes,
daquela oferecida aos seus alunos comuns. Enquanto os alunos com síndrome de Down
trabalham somente com pintura, colagem, entre outras atividades, que estimulam somente a
coordenação motora, os alunos comuns realizam atividades habituais, seguindo os conteúdos
programáticos da escola.
Conforme segue falas abaixo:
(P1): com ela (S1) é mais recorte e colagem e pintura (...). já com os alunos
comuns eu trabalho as atividades normais.
(P2): Olha a aprendizagem dela (S2) é tudo com o concreto. Trabalho mais
pintura e coisas concretas. Tem que ser o concreto se você dá um trabalho rodado pra ela (S2),
ela não faz, não adianta.
As duas professoras, através de suas enunciações demonstram um comportamento
diferenciado diante dos alunos com síndrome de Down, oferecendo uma educação
minimalista, que pouco contribui para a aprendizagem dos conceitos trabalhados em sala de
aula. Desse modo, entende-se que o comportamento dos professores, a forma como ensinam,
as atividades diferenciadas que utilizam em sala de aula está diretamente ligada a
representação social que estes têm dos seus alunos. E essa representação ainda está arraigada
na ideia de que esses alunos em condição de deficiência, não têm condições de
desenvolverem-se cognitivamente.
É necessário compreender que a facilitação, o qual trata o paradigma da inclusão,
não significa oferecer as crianças com necessidades educacionais especiais tarefas que
estejam no seu nível real, mas sim facilitar para que as mesmas se apropriem do
conhecimento. Conforme afirmam Vigotski (1996) e Mantoan (2004), essas diferenças no
16

processo ensino e aprendizagem, devem ser oferecidas de tal forma que cada criança se
aproprie do conhecimento, levando em consideração a especificidade da cada uma. Portanto,
facilitar a aprendizagem consiste em possibilidades de estruturar pedagogicamente o objeto de
conhecimento tornando-o acessível a todos e não somente oferecer ao aluno tarefas simples
que estejam no seu nível real (MANTOAN, 2004; VIGOTSKI,1996).
(M1): a outra professora não acompanhava. Do jeito que ela (a professora)
passava pros outros alunos ela (a professora) queria que (S1) acompanhasse do mesmo jeito
né? então chegava aqui em casa você tinha que pegar na mão dela (S1) pra fazer e ela não
tinha esse costume de fazer. Já com a outra (P1) não, ela esta trabalhando a parte de pintura de
coordenação, pra ela (S1) fazer, musiquinhas, muitas coisas que ta ajudando muito ela a se
desenvolver.
M1, em sua fala explica que transferiu sua filha com síndrome de Down para
outra escola, porque a primeira professora adotava a mesma prática com todos os alunos
(práticas homogeneizadoras), tanto em termos de conteúdo quanto de metodologias. No
entanto, se refere positivamente ao trabalho da professora atual (P1), pois a mesma trabalha
com atividades que não requerem auxílio durante sua realização, ou seja, trabalha no nível
real da criança.
Levando em consideração, a atitude da mãe, em ter retirado sua filha da escola em
virtude da primeira professora trabalhar em sala de aula como se todos fossem iguais e
tivessem de aprender no mesmo tempo e do mesmo jeito. O que ocorre é que a mãe minimiza
o potencial de sua filha com síndrome de Down por acreditar que a criança não tem condições
de aprender o que os outros colegas aprendem.
Porém, é válido mencionar que ao se reconhecer que a criança com síndrome de
Down tem condições de se apropriar de conceitos mais complexos, isso não significa que a
professora, deva trabalhar de forma homogeneizadora, mesmo porque assim como as crianças
comuns, a aluna com síndrome de Down, têm uma maneira particular de se apropriar do
conhecimento, por isso, é necessário trabalhar em sala de aula, de forma que atenda a
especificidade de cada um, sem com isso diminuir o que se pode ensinar subestimando o
aluno e suas reais possibilidades (MANTOAN, 2004).
Desse modo, ao tratar todos os alunos de forma homogênea, a professora anterior
realizava atividades que estavam além do nível potencial de sua aluna com síndrome de
Down, ignorando a especificidade da mesma, por esse motivo a criança não conseguia
acompanhar a turma.
17

Com relação ao trabalho realizado por P1, M1 considera positivo, pois percebeu
um avanço no desenvolvimento de sua filha com síndrome de Down, que apresentava uma
dificuldade na coordenação motora. Porém, quando M1 afirma que sua filha com síndrome de
Down está se desenvolvendo, porque consegue realizar as atividades sozinha, mostra
indicadores de uma representação pautada na ideologia do “aprender a aprender”, pois M1
acredita que o desenvolvimento cognitivo de sua filha ocorre a partir de uma resolução
independente, ou seja, aquilo que ela realiza por si própria (DUARTE, 2001).

6 Representação social sobre a inserção de alunos com síndrome de Down


em classe de ensino regular.

As falas de P1 e P2, evidenciam as concepções que estes participantes têm a


respeito da inserção de crianças com síndrome de Down em classes regulares de ensino. Das
respostas dadas, podemos destacar as seguintes:
(P1): das atividades junto com as outras crianças ela (S1) não participa. Então o
importante nela (S1) é a socialização, não é nem o aprendizado.
(P2): como disse pra mãe dela (S2), ela não pode tratar ele (S2) como uma criança
doente, pois apesar de tudo, você colocou ela numa escola para chamado crianças normais,
então tens que tratar ela normal.
(M1): eu acho importante, pelo menos pra ela (S1) se associar com as outras
crianças. Pra ela ter o mesmo aprendizado que os outros, pra ela se adaptar ao mesmo sistema
das outras crianças.
(M2): eu achei que era bom para ela (S2) ter contato assim com outras crianças
ditas normais.
As falas acima mostram as representações historicamente construídas na
sociedade a respeito da inserção de alunos com síndrome de Down ou com qualquer outra
deficiência primária. De modo que, para essas mães e professoras participantes dessa
pesquisa, o objetivo da inserção da criança com síndrome de Down, na escola, é para
adaptação e socialização a partir de um padrão de “normalização” determinado pelo sistema
escolar.
Não se pretende nesse trabalho negar a importância da convivência entre as
crianças com síndrome de Down e as comuns, mesmo porque a premissa básica da qual trata
Vigotski (1996) se apoia na ideia de que para o desenvolvimento humano a interação social é
condição fundamental. Todavia, é importante ressaltar que o acesso da criança com síndrome
18

de Down numa classe regular, não é sinônimo de inclusão, pois incluir significa dar condições
para que a criança com necessidades educacionais especiais, se aproprie do conhecimento e
passe por transformações essenciais, que a torne capaz de desenvolver as estruturas humanas
fundamentais do pensamento, através das interações sociais em seu ambiente escolar
(MANTOAN, 2003; VIGOTSKI, 1996).

7 Causas da Evasão escolar do aluno com síndrome de Down.

P1 e P2, ao falarem sobre as causas da evasão escolar das crianças com síndrome
de Down, desobrigam-se completamente da responsabilidade, atribuindo essa
responsabilidade aos familiares das mesmas. Conforme as enunciações abaixo:
(P1): nós professores, fazemos o possível para que os alunos não desistam dos
estudos, procuramos inclui-los da melhor forma possível, mas a família dela (S1) não tem
ajudado, estão sempre distantes da escola, não apresentam interesse em manter ela na escola.
(P2) Olha eu acho que se a família colaborasse em estimular ela (S2) ela não teria
desistido. Pois a família também é muito pobre e talvez por isso não apresente interesse em
lutar para ajudar a criança a permanecer na escola.
P1 e P2, ao se reportarem as causas da evasão de seus alunos com síndrome de
Down da escola, eximem-se completamente da responsabilidade, em contribuir para que essas
crianças tenham um futuro promissor, não se evadindo da escola. Desse modo, atribuem à
família da criança a total responsabilidade sobre a evasão dos mesmos. Além de
responsabilizar a família, P2 ainda parte de uma representação determinista, própria do
pensamento mecanicista, delegando também essa responsabilidade, quanto ao futuro de seu
aluno com síndrome de Down, as condições socioeconômicas do meio social em que a criança
está inserida, como se o aluno não aprendesse por culpa da sua condição financeira.
Vale mencionar que o meio influencia no comportamento e desenvolvimento de
qualquer pessoa, mas isso não quer dizer que as crianças terão o mesmo futuro, ou
comportamentos idênticos de seus familiares, tampouco das pessoas com as quais convive em
sua comunidade. Mesmo porque desenvolvimento e aprendizagem não são determinados
geneticamente e mesmo sendo resultados da interação com o meio social, este não é um
processo determinista, uma vez que o indivíduo participa ativamente da construção de seu
círculo de interações modificando-o e provocando modificações nesse contexto (VIGOTSKI,
1996).
19

Para Pereira (2007) quando se trata da evasão de alunos com necessidades


especiais, os professores têm uma tendência de colocar na família a maior responsabilidade
pelo fracasso. Isso ocorre segundo os autores, em virtude do medo que esses profissionais têm
em fracassar, por reconhecerem que lhes falta conhecimentos para trabalhar com crianças com
síndrome de Down.
M1 e M2, ao falarem sobre a evasão escolar de seus filhos com síndrome de
Down, eximem-se completamente, de suas responsabilidades quanto ao futuro das mesmas,
delegando aos professores e a escola, a responsabilidade por esse processo. Conforme os
relatos a seguir:
(M1): Se a escola e a própria professora dedicassem-se para que houvesse a
permanência dela (S1), na escola, tenho certeza que ela não teria desistido.
(M2): (...) eu creio assim, que deveria haver um preparo melhor tanto dos
professores como da própria escola para trabalhar com aluno especial, porque eu tirei minha
filha de lá porque ela era excluída e maltratada pelos coleguinhas e a professora não fazia
nada, então preferi deixar ela em casa.
Ao falar sobre a evasão escolar de seu filho com síndrome de Down, M1
centraliza essa responsabilidade, na professora, uma vez que a professora não fazia atividades
que chamasse a atenção de sua filha.
M2 ao responsabilizar, a professora, pela evasão escolar de sua filha, acaba
negando sua responsabilidade, enquanto mediadora social e levada por essa visão, culpa
também a escola que tem papel fundamental nesse processo ensino-aprendizagem.
Duveen (1999) evidencia que a família e a escola são instituições de fundamental
importância no processo de escolarização do indivíduo. Enquanto que a família é responsável
por mediar o primeiro contato da criança com o mundo, e conferir a eles valores culturais
próprio do seu meio social, a escola é responsável pelo saber sistematizado (científico). No
entanto, também insere seus valores culturais que muitas vezes podem entrar em conflitos
com os valores familiares.
Portanto, essas duas instituições estão envolvidas diretamente com o processo de
escolarização do sujeito e não podem, de maneira alguma, serem vistas isoladas docontexto
educacional de qualquer indivíduo (DUVEEN, 1999). A Evasão escolar do aluno com
síndrome de Down tem sido assunto muito polêmico no Brasil, gerando discussões num plano
mais geral por orientações ideológicas divergentes, ou num plano mais restrito, por
perspectivas pedagógicas programáticas conflitantes. No entanto, apesar de inúmeras
20

pesquisas e movimentações em prol da educação inclusiva conduzidas no cotidiano escolar,


na prática pouco mudou.
Os estudos realizados até o momento apontam para um distanciamento entre o que
se diz e o que acontece de fato nas escolas, no que se refere à inclusão, principalmente dos
alunos com síndrome de down. Porém, uma aproximação a esta temática exige que se tenha
como ponto de partida a convicção de que a evasão dos discentes da escola não pode ser
analisada como um fenômeno isolado, e sim como parte de um processo mais amplo, que vai
além da escola, pois, implicam umas séries de fatores que dizem respeito ao contexto social
como um todo: família, comunidade, sociedade em geral. Como afirma Castel apud Boneti,

A exclusão social se manifestou no contexto social (pela fragilidade que se


estabelece no contexto das relações humanas); no contexto cultural pela estimação
simbólica e o descaso pelas representações sociais; no contexto humano pelo
descaso à pessoa quando sem uma função social; no contexto político pelo
desrespeito aos direitos fundamentais. (CASTEL, apud BONETI, 2008, pg. 23).

O estudo desenvolvido teve como propósito esquadrinhar as causas e


consequências da evasão escolar da pessoa com síndrome de Down do ensino regular em
Porto Grande no Estado do Amapá, as situações de exclusão e inclusão se caracterizam por
condições de desigualdade entre as pessoas, que na sociedade capitalista é dependente,
traduzem-se na divisão de classes.
Assim, nessa sociedade, a existência do oprimido e do excluído é condição
fundamental para perpetuação do sistema. Vale lembrar, que o indivíduo é um sujeito histórico
social que procura a escola, visando ampliar seus horizontes, muitas vezes tolhido pelo
próprio sistema educacional que cria barreiras no acesso à educação. Nesse contexto, podem
ser identificadas duas situações de exclusão: a) A criança nunca esteve na escola; b) A criança
frequentou a escola regular por um tempo e se evadiu.
No primeiro caso, a falta de acesso e ingresso na escola pode-se explicar por
insuficiência de vagas devido à superlotação nas classes, particularmente nas séries iniciais,
cujos índices de repetência são muitos elevados. A falta de vagas, real ou usadas como
desculpa é uma das causas mais citadas para explicar a ausência do aluno em salas do ensino
regular. A essas causas somam-se as explicações que os gestores oferecem as famílias, de que
não dispõem de professores preparados, especializados e nem classes especiais. Outro
problema detectado no período da pesquisa foi o receio dos pais em matricular seus filhos na
escola, muito deles, “equivocadamente”, pensão estarem protegendo suas crianças e acabam
lhes tirando o direito de viverem suas próprias experiências.
21

“Aluno e alunas assim continuam existindo no imaginário de muitos professores.


Todavia, no cotidiano da sala de aula a realidade existente revela-se outra, exigindo
dos professores conhecimentos diversos e consistentes para diferentes questões que
emergem nesse campo e que, sem dúvida, interferem no processo de ensino e de
aprendizagem de todos nesse espaço educativo.” López (2004, pg. 113)

Quanto ao segundo caso, a evasão tem causas bem mais difusas, embora
normalmente estejam relacionados ao fracasso escolar. Os alunos abandonam a escola por
repetirem por vários anos a mesma série, causando o fenômeno da distorção idade e série,
além de enfrentarem como obstáculo seus sentimentos de autoestima negativa.
Os pais e às vezes, as escolas percebem que a criança está se isolando demais e
acreditam que o melhor é colocá-las com outros alunos “semelhantes” a ela. Outros já
observam sinais de estresse em seus filhos e atribuem que isso decorra da pressão para
acompanhar o ensino e aprender, ou da rotina movimentada e complexa demais da escola.
Outra razão apresentada pelos pesquisados, principalmente no âmbito de sala de aula, foi o
progresso lento da criança, causando ao professor um sentimento de que falhou com o aluno e
não supriu a necessidade do educando.
Além desses motivos, foi detectado no período de investigação que, para não
integração ou transferir a criança para uma escola especial, é que a escola regular acredita que
não consegue controlar o comportamento da criança. Geralmente isso acontece quando a
criança com síndrome de down tem problema de atenção e de concentração e é hiperativo.

“Toda trajetória da escola precisa ser repensada, considerando-se os efeitos cada vez
mais nefastos das hiperespecializações dos saberes, que nos dificultam a articulação
de uns com os outros e de termos igualmente uma visão do essencial e do global.”
(Morim, 2001 Emput Mantoam, 2003, pg. 19)

Dentre as inúmeras e complexas barreiras que existem para o atendimento


educacional do aluno com síndrome de down e dos que apresentam distúrbios de
aprendizagem, são as de cunho atitudinal, com relação à diversidade, criando-se perspectivas
“negativas” em torno da diferença prevalecendo atitude de rejeição que acabam por excluir e
conseguintemente à evasão.
A diferença, “é o que o outro è”, como afirma Silva (2000), “é o que está sempre
no outro”, que está separando de nós para ser protegido ou para nos protegermos dele. Em
ambos os casos, somos impedidos de realizarmos e de conhecermos as riquezas da
experiência da diversidade e da inclusão.
Dificilmente as crianças são iguais; que há diferença entre os indivíduos de certo
grupo e que estas são fundamentais, pois sem essas desigualdades não seria possível
22

troca e, consequentemente, o alongamento das capacidades cognitivas pelo esforço


partilhado na busca de soluções comuns. (GIANCATERINO, 2007, p. 57)

Portanto é imprescindível que conheçamos o conceito inclusivista para que


possamos fazer parte da construção de uma sociedade para todos que independa de cor, idade,
gênero, necessidades especiais ou qualquer outra atribuição humana. E para a modificação
deste contexto depende de certa modificação de postura dos envolvidos no processo
educacional no sentido de revisão de concepções e pressuposto equivocados.
Com tudo é necessário olhar a realidade encontrada na escola pública brasileira
em que os níveis de qualidade de ensino, são afetados comprometendo o resultado do trabalho
educacional, nesse contexto observou-se que, com relação às ações pedagógicas o uso de
recursos didáticos fica reduzido ao quadro de giz, livros, caderno e folha mimeografada,
parecendo ter como finalidade manter os alunos ocupados e quietos até tocar o sinal.
Frente a tais situações, professores, acabam por admitir, ainda não estarem
preparados para o atendimento aos estudantes com síndrome de down ou com déficit
intelectual. Há certa disposição em acolhê-los, porém ocorre um descompasso entre a
urgência deste acolhimento e o processo de capacitação de cada professor que permita uma
melhor compreensão das características e necessidades dessa população, viabilizando recursos
que possibilite a permanência com resultados positivos para o educando com necessidades
educacionais especiais.
Alguns indicadores apontam para a necessidade de a escola permitir-se ao
estranhamento e desnaturalização do que parece familiar, para o enfrentamento de tais
situações, existem diversos elementos envolvidos na dinâmica de relação pedagógica. Porém,
é verdade que não se pode atribuir toda a responsabilidade à escola na resolução de todos os
problemas, como foi citado anteriormente, mas há de se convir que ela seja a principal
envolvida nesse processo, por estar diretamente ligada a situação e o acolhimento desta
população no ambiente escolar. É preciso, porém, uma melhor compreensão de suas
necessidades e características para que se possam criar projetos pedagógicos adequados.
Tanto as escolas da zona rural, quanto a do centro apresentaram os mesmos
anseios e receios com relação à inclusão da pessoa com síndrome de down, porem mostraram
uma disposição a esse desafio que é inerente, não só a elas, mais a todos nós, que devemos ver
o outro não pela sua deficiência e sim pelos seus potenciais, pois, do ponto de vista
educacional, e reforçado por alguns autores, é que o que define o limite, o atraso, a deficiência
mental, não é a síndrome ou qualquer característica orgânica, que são aspectos primários da
deficiência. É a insuficiente “nutrição ambiental” ou a “negligência pedagógica”, tal como se
23

refere Vigostsky, que vai consolidar as dificuldades secundárias surgidas a partir das práticas
sociais vividas por esse sujeito.

“Segundo Wernewck (1995, p. 164) (...) “Os portadores de síndrome de down tem
capacidade de aprender, dependendo da estimulação recebida e da maturação de
cada um, o desenvolvimento afetivo e emocional da criança também adquire papel
importante” (...)

O preconceito e a falta de conhecimento das leis ainda deixam um grande


contingente deles fora da rede regular. O despreparo dos professores para atendê-los ou o
pouco apoio dado a esses profissionais fazem com que, em alguns casos, o direito de estudar
seja exercido pela metade: muitos acham que a escola, para quem tem deficiência, é espaço
para recreação. Respeitar a diversidade significa dar oportunidades para todos aprenderem. A
pior exclusão é aquela mantida pelo protecionismo, que não possibilita a autonomia e
independência do sujeito. Trata-se na verdade, de uma prática perversa que destitui o sujeito.
Por outro lado, é fato que um novo paradigma não é fácil de assimilar e leva tempo para ser
implantado, mas a mudança tem que ser operada.
Essa pesquisa confirma que hoje o grande desafio é promover uma escola de
qualidade para todos, que considere os alunos em sua diversidade e aproveite a riqueza que as
diferenças podem trazer para construir um espaço não somente de aprendizagem de conteúdo
curriculares, mas também de respeito, na concepção de escola inclusiva, com vista
ressignificar a prática pedagógica pela necessidade de atender indiscriminadamente a todos os
alunos.

8 COSIDERAÇÕES FINAIS
24

Neste artigo foram abordados alguns aspectos que retratam o problema da evasão
escolar da pessoa com síndrome de down das escolas regulares tendo como foco os temas da
inclusão e exclusão social, ressaltando-se que estes não são os únicos a serem excluídos no
Brasil, as políticas públicas compreendidas na busca da inclusão ainda são muito escassas.
No entanto, estudar a não inserção dos alunos com síndrome de down no ensino
regular é relevante, pois, deve-se observar que a temática proposta em questão oferece amplas
oportunidades de reflexões para se compreender o quadro diferenciado que os alunos com
síndrome de down enfrentam na escola, que vai desde os olhares discriminatórios de alunos,
pais e demais atores que circundam no ambiente escolar, até a qualificação do professor que é
o principal agente nesse processo educacional, desenvolvimento intelectual, social desse
indivíduo.
A modificação deste contexto depende de certa disposição de mudança de postura
equivocadas dos profissionais e demais pessoas envolvidas não só no sistema educacional
como no sistema social, e isso implica em adesão a novos paradigmas que reconheça o
indivíduo como sujeito que independente de sua condição biológica devem viver com
dignidade, participando ativamente de sua história como rege os princípios da lei do direito e
da cidadania.
Mais, de pouco adiantarão leis, se no seu bojo não houver conscientização da
comunidade para os benefícios de integração e vontade política de operacionalizá-la, como a
nova LDB (lei de diretrizes e bases), lei 9394/96, que estabelece uma educação especial
inserida no sistema regular de ensino e o artigo 58, da mesma, defende a educação especial
como modalidade, segundo o qual para os efeitos dessa lei, deve ser oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino.
No entanto percebe-se que a um equívoco com relação à interpretação e
consequentemente a ação no que se refere à lei, deixando inúmeros alunos a margem do que
deveria ser inclusão, diante do exposto, os resultados desse trabalho podem contribuir para
criar caminhos possíveis para efetivação da educação inclusiva, bem como diminuir as
barreiras atitudinais que impedem o pleno desenvolvimento das crianças em condição de
deficiência. Além de possibilitar que novas representações sejam construídas em torno das
potencialidades desses sujeitos. E com isso, mães, professoras e sociedade no geral possam ter
um novo olhar para além da deficiência e que estes tenham uma concepção de homem,
enquanto um ser constituído e constituidor de sua cultura.
25

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIAGGIO, A. M.B. Psicologia do desenvolvimento. Petrópolis, Vozes, 1996. 332p.

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26

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TORRES GONZÁLEZ, J. A. Educação e diversidade: bases didáticas e organizativas.


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VIGOTSKYS, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

WERNEWCK, Claúdia. Muito Prazer eu Existo, Rio de Janeiro: WVA. 1995


27

FACULDADE ATUAL
PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSITARIA

APENDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Artigo Cientifico: Evasão Escolar Da Pessoa Com Síndrome De Down No Ensino
Regular.
Nós Keila Perna Costa e Eliana Da Luz Dos Santos, estudantes do curso de graduação em
Pedagogia da Faculdade Atual, estamos realizando uma pesquisa de trabalho de conclusão de
curso intitulada Evasão Escolar Da Pessoa Com Síndrome de Down no Ensino Regular.
Sob orientação da Professora Neucirene Almeida de Oliveira, cujo objetivo é apresentar as
possíveis causas da evasão escolar da pessoa com síndrome de Down no ensino regular e suas
consequências. O interesse por essa pesquisa surgiu a partir de algumas experiências
vivenciadas em estágios supervisionados, em escolas do ensino fundamental, onde
presenciamos o elevado índice de evasão de alunos especiais no ensino regular. A partir de
então visamos compreender quais as causas e consequências que ocasionam este problema. A
seleção da escola se deu a partir do momento em que nestas existem alunos com síndrome de
Down, onde poderemos cumprir com o roteiro de observação com dois (2) professores e duas
mães (2) de alunos com síndrome de Down, que subsidiarão a pesquisa. As entrevistas serão
realizadas na escola no horário que mais convier aos professores e ás mães dos alunos. Para
tanto, gostaríamos da sua autorização para a busca das informações empíricas acima
mencionadas através de entrevistas, com questionários digitalizados e formulários de
observação. Informamos que será garantido o sigilo sobre a identidade da escola e dos
participantes que serão entrevistados e observados. Avisamos ainda, que os resultados finais
da pesquisa serão tornados públicos, podendo ser divulgados em apresentações, em
Congresso, em trabalhos científicos e/ou defesa de conclusão de curso. Na divulgação dos
resultados, o nome da escola e dos participantes da entrevista será identificado por números
ou letras e não por nomes. O benefício que este trabalho poderá trazer para os participantes
da pesquisa será de suma importância para nossa formação acadêmica.

Acadêmicas de Pedagogia –ATUAL


Eliana Da Luz dos Santos
Keila Perna Costa
28

APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA


MÃES E PROFESSORAS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu,_______________________________________________
RG:___________________, nascido em ___/___/___ e domiciliado
à_________________________________________________________________, município
de Porto Grande/AP. Declaro que consinto em participar como voluntário da pesquisa:
Evasão Escolar Da Pessoa Com Síndrome De Down No Ensino Regular, sob
responsabilidade das pesquisadoras Keila Perna Costa e Eliana Da Luz Dos Santos. Declaro
que fui satisfatoriamente esclarecido que: A) o estudo será realizado a partir de entrevista e
observações; B) que não haverá riscos para minha saúde, C) que posso consultar os
pesquisadores responsáveis em qualquer época, pessoalmente ou por telefone, para
esclarecimento de qualquer dúvida; D) que estou livre para, a qualquer momento, deixar de
participar da pesquisa e que não preciso apresentar justificativas para isso; E) que todas as
informações por mim fornecidas e os resultados obtidos serão mantidos em sigilo e que, estes
últimos só serão utilizados para divulgação em reuniões e revistas científicas sem a minha
identificação; F) que serei informado de todos os resultados obtidos, independentemente do
fato de mudar meu consentimento em participar da pesquisa; G) que não terei quaisquer
benefícios ou direitos financeiros sobre os eventuais resultados decorrentes da pesquisa; H)
que esta pesquisa é importante para o estudo, melhor entendimento, no sentido de conhecer as
expectativas de mães e professoras sobre o aprendizado e desenvolvimento de crianças com
síndrome de Down. Assim, consinto em participar da pesquisa em questão.
_____________________________, de _________________________de 2018.

_______________________________
Voluntário Pesquisador 1
________________________________
Pesquisador 2
_______________________________
Pesquisador 3
29

APÊNDICE C – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM AS PROFESSORAS


Roteiro de Entrevista com as Professoras

Nome do(a) professor(a): ___________________________________


Série: _____________Turno: ________
Formação acadêmica: __________________ curso: _____________________
Tempo que trabalha no magistério: __________________
Tempo que trabalha com alunos com síndrome de Down: _______________
1) Você conhece a trajetória escolar do seu aluno com síndrome de Down? Fale um
pouco sobre ela. (Se recebe atendimento especializado, se o aluno está estudando pela
primeira vez, quais motivos levaram os pais a matricularem eles no ensino regular).
2) Como é a aprendizagem de seu aluno com síndrome de Down? (Se tem Dificuldades em
certas atividades, participa de todas as atividades em sala de aula, caso não participa por
quê?).
3) Que tipo de atividade você geralmente utiliza com seu aluno com síndrome de
Down? E com seus alunos comuns, é a mesma? Por quê?
4) Quais as metodologias utilizadas para trabalhar com seu aluno com síndrome de
Down e com seus alunos comuns? É a mesma? Qual a metodologia e Por quê?
5) Como é o relacionamento de seu aluno com síndrome de Down com os colegas
de classe? (a que você atribui esse comportamento e por quê?)
6) Quais as habilidades você acredita que seu aluno com síndrome de Down pode
alcançar? Por quê?
7) Qual a sua expectativa quanto ao futuro de seu aluno com síndrome de Down?
(profissão que você acredita que seu aluno com síndrome de Down poderá
realizar com sucesso, se fará faculdade) Por quê?
8) seu aluno frequenta diariamente a aula? Quando falta a família procura justificar sua
ausência?
9) o aluno chega a concluir o ano letivo? Se não, quais as causas da evasão escolar desse
aluno?
30

APÊNDICE D – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM AS MÃES


Roteiro de Entrevista com as Mães
Nome do pai ou (mãe): ___________________________________
Idade: __________ Formação: ____________________________________
Profissão atual: _____________________________________________
Turno: __________________________
Quantos filhos possui: _______ Idade do filho que tem síndrome de Down: _______
Obs.: a quanto tempo seu filho estuda em classe regular e porque?
1) Que motivo levou você a matricular seu filho com síndrome de Down na classe
regular de ensino?
2) Quais as dificuldades de seu filho com síndrome de Down (aspecto motor e
cognitivo) ? O que você faz para superá-las?
3) Como você avalia o desenvolvimento do seu filho com síndrome de Down?
(desde o nascimento até hoje)
4) Você acredita que a escola regular tem contribuído para o desenvolvimento
(cognitivo e motor) do seu filho com síndrome de Down? Por quê?
5) Qual a sua expectativa quanto ao futuro de seu filho com síndrome de Down?
Por quê? (emprego, carreira, estudos)
6) De que forma você acredita que a escola regular está contribuindo para que seu
filho com síndrome de Down alcance as expectativas esperadas?
7) De que forma você acredita estar contribuindo para que seu filho com síndrome
de Down alcance as expectativas esperadas?
8) seu filho frequenta diariamente as aulas? Quando falta você procura a escola para
justificar?
9) seu filho conclui o ano letivo? Se não, quais as causas da evasão? E que consequências isso
traz para sua vida?

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