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INTRODUÇÃO
- ARMAZENAMENTO DE GÁS : por motivos econômicos, os gases são armazenados sob pressão
normalmente liquefeitos, para que se possa ter grande peso
armazenado num volume relativamente pequeno. Exemplo :
esferas de GLP.
A construção de um vaso de pressão envolve uma série de cuidados especiais relacionados com o
seu projeto, fabricação, montagem, inspeção e testes. Pois a falhas de um vaso de pressão, quando
em operação, além de provocar perda de produto e parada de um processo, pode acarretar perda de
vidas. Assim, um vaso de pressão, normalmente é considerado um EQUIPAMENTO DE GRANDE
RISCO DE PERICULOSIDADE.
2. COMPONENTES
Com o objetivo de melhor familiarizar o técnico de inspeção com os acessórios internos usualmente
encontrados nos vasos de pressão alguns ítens indicados na figura 1 serão melhor detalhados:
Em torres de processo com diâmetro acima de 1 metro as bandejas são divididas em seções para
possibilitar sua entrada no equipamento, já que, em geral, as bocas de visita tem no máximo 915
milímetros de diâmetro.
1
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
Autor: Nestor Ferreira de Carvalho
LEGENDA :
2
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
Autor: Nestor Ferreira de Carvalho
23 7
30 27.3
27.1
8.2
24
27.4
16 CHAPA CANTONEIRA
17
22 27..2
11.1
1
18
CHAPA
11.2
10.3
1 15
25
10.2
29.2
8.1
9.2.4
29.4
6 10.1 9.2.2
29.3 9.3.2
9.3.1 9.2.3
9.2.1
29.1 9.2
3.3
9.1
1.1 5
20
28
3.1
11.3
14
4 12 11.4
19 8.3
26
3.2
2.4
3
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
Autor: Nestor Ferreira de Carvalho
Para facilitar a inspeção e limpeza das torres durante uma parada operacional, bem como facilitar a
montagem e desmontagem, em todas as bandejas uma das seções é de fácil remoção, normalmente,
chamada de ALÇAPÃO ou boca de visita da bandeja. Esta seção é facilmente identificada pois seu
sistema de fixação é através de arruela ovais, enquanto nas demais seções da bandeja as arrula são
redondas. As arruelas ovais possibilitam a remoção do alçapão sem que seja necessário remover os
parafusos que prendem estas arruelas, reduzindo o serviço e evitando a queda e/ou perda de peças
durante a abertura das bandejas, antes da limpeza interna da torre. Por isso, usa-se a expressão abrir
e não remover alçapões ( figura 2 ).
Existem alguns casos em que os alçapões são fixados com feixes de abertura rápida, usado
principalmente em equipamentos onde as seções de bandejas são soldadas entre si.
ALÇAPÃO
ARRUELA OVAL
ARRUELA REDODNDA
São assim chamados porque sua principal função é borbulhar gás em contra-fluxo numa lamina de
líquido formada sobre o assoalho da bandeja, cujo nível é determinado pela altura do colarinho do
borbulhador, que deve ser igual a altura da chapa de nível da bandeja, situada sobre o assoalho da
bandeja e próxima ao vertedor.
Os borbulhadores podem ter forma circular ou retangular, com uma das extremidades aberta e
dentada e a outra fechada. São instalados com a extremidade aberta voltada para o assoalho da
bandeja, como mostra a figura 3, onde também podem ser vistas as diversas maneiras de fixação dos
borbulhadores ao assoalho da bandeja, sendo os esquemas 3 e 8, os mais usados.
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
Autor: Nestor Ferreira de Carvalho
FIGURA 3 - Métodos de fixação dos borbulhadores de campânula.
Os borbulhadores tipo válvula ou simplesmente válvulas, são assim chamados porque ao contrário
dos borbulhadores de campânula, regulam o fluxo do gás borbulhado através de um movimento de
sobe-desce, dentro de um curso pré-fixado pelas exigências do processo, como uma válvula de
controle.
As bandejas e outros internos podem se unidos ao casco do vaso de duas maneiras : solda ou através
de grampos fixados a um anel de sustentação soldado ao casco.
Os internos cuja sua existência não impede o acesso ao interior do equipamento, não precisam ser
removidos para manutenção, não são descartáveis após um determinado período e são do mesmo
material do casco, costumam ser soldados diretamente ao casco. Todos os outro acessórios que não
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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satisfazem essas exigências, são fixados por grampos presos a um anel de sustentação, de material
similar ao casco, soldado a este.
2.4.2. União por Grampos (Item 29 da Figura 1)
A utilização de grampos que fazem a ligação do acessório interno com o casco do vaso, através do
anel de sustentação tem como principal vantagem a facilidade de remoção do acessório e evita a
necessidade de soldas dissimilares, quando estes são de material diferentes do casco. A figura 5
mostra detalhes dessa união.
As seções de bandejas tem que ser unidas de maneira a evitar desníveis no assoalho e/ou
vazamentos que possam comprometer o nível da bandeja. Essa união é feita com um rebaixo em
uma das seções da bandeja e uma união través de parafuso com porcas, como mostra o esquema da
figura 6.
As demais partes que formam uma bandeja, como : vertedores (item 9.3 da figura 1), chapas de
nível etc. são unidos ao casco da mesma maneira que as bandejas, apenas usando como peça
intermediária anéis de fixação na posição longitudinal ao casco,algumas vezes chamadas de
″orelhas″.
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PAREDE DO VASO
ARRUELA DE
MAT. ISOLANTE
SECÇÃO DE BANDEJA
GRAMPO NO 20F
SOLDA PARAFUSO/GRAMPO
GUARNIÇÃO PARAFUSO
DE MAT.
ISOLANTE
ANEL DE
SUSTENTAÇÃO
DA BANDEJA
PORCA SEXTAVADA
ARRUELA
ALÇAPÃO ESTOJO CHANFRADO
SECÇÃO DE BANDEJA
ARRUELA
PORCA SEXTAVADA
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2.5. VIGAS DE SUSTENTAÇÃO (item 9.6. da figura 1)
ESFERAS
ANÉIS LESSING
Outro tipo de enchimento, mais moderno, é o chamado de leito estruturado, cuja finalidade é a
mesma do descrito anteriormente. A figura 9 mostra a instalação de um leito estruturado no interior
de uma torre de processo. Normalmente, as placas que formam o leito são de material plástico
resistente ao meio, o principal limite deste tipo de interno é a temperatura de projeto do vaso.
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VISTA INTERNA
DO VASO
GRADE DE
SUPORTAÇÃO
ANEL PALL
(PALL RING)
DISTRIBUIÇÃO
ALEATÓRIA
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2.7. RETENTORES DE GOTÍCULAS ( item 20 da figura 1 )
Retentores de gotículas podem ser usados tanto para reter gotículas como partículas sólidas. Os
retentores de gotículas são usados para evitar o arraste de líquido em correntes de vapores. Os
vapores em movimento no interior de um vaso arrastam gotículas que ao passarem pelo retentor
ficam retidas nas suas malhas. As gotículas acumuladas formam gotas que caem novamente sobre o
nível líquido do vaso. Assim, os vapores saem secos evitando problemas futuros (figura 10).
Os retentores são fabricados com fios de arame formando malhas com dimensões controladas e
adequadas as exigências do processo. A exemplo das bandejas, os retentores também são divididos
em seções, conpactadas e montadas entre grades ligadas por arames, o que facilita seu manuseio,
montagem, aumento ou redução do número de camadas do retentor e permitem a sua instalação no
interior dos vasos. Os materiais mais usados na fabricação dos fios, que constituem o retentor e
parte estrutural, são : aço carbono ou inoxidável austenítico para a parte estrutural e aço inoxidável,
monel ou plástico para os fios que compoem a malha do retentor.
SAÍDA DE GÁS
DEMISTER RETENTOR
DE
ENTRADA GOTÍCULAS
DE
PRODUTO
FASE
LÍQUIDA
DRENAGEM
Os retentores de partículas são usados para reter as partículas sólidas contidas na corrente de gases e
são fabricados da mesma maneira que os retentores de gotículas. O material particulado retido na
malha será removido apenas nas paradas operacionais, quando o conjunto deve ser removido para
limpeza e manutenção.
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Quando a espessura da malha do retentor estiver inferior ao projetado ou parte dela estiver
danificada podem ser adicionadas mais camadas ou substituídas as danificadas, sem a necessidade
de mexer nas demais camadas, desde que o fio usado na malha esteja em boas condições físicas. A
falta de limpeza desses retentores pode limitar a saída de produto do vaso.
3. CLASSIFICAÇÃO
Nos vasos de pressão podemos distinguir três dimensões, como sendo necessárias em todos os vasos
: diâmetro interno (DI), diâmetro externo (DE) e comprimento entre tangentes (CET).
O Comprimento entre tangentes (CET), representa o comprimento total entre as linhas de tangência,
traçadas entre o corpo e as calotas de um vaso de pressão.
Baseando-se na posição em que essas três dimensões estão em relação ao solo, podemos classificar
os vasos de pressão como mostrado a tabela 1.
A partir dessa classificação, podem ser definidos outros tipos de vasos, mudando-se algum dos
componentes do vaso. Por exemplo: mudando-se as calotas de um vaso cilíndrico vertical, para
calotas cônicas, teremos um vaso cilíndrico cônico, etc.
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CET
DE
CET
DE DI
DI
CILÍNDRICO HORIZONTAL
CILÍNDRICO VERTICAL
DE
DI
CET
DE
DI
ESFÉRICO
CILÍNDRICO INCLINADO
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4. SUPORTAÇÃO
4.1. INTRODUÇÃO
Todos os vasos de presào devem ter suporte próprio não se admitindo, mesmo para vasos leves ou
de pequenas dimensões, que fiquem suportados pelas tubulações a ele ligadas.
O apêndice G, da divisão 1, seção VIII, do código ASME, considerando que um vaso suportado na
posição vertical ou horizontal terá cargas concentradas impostas ao casco, nas regiões de apoio, faz
uma série de recomendações práticas a serem adotadas no projeto de suporte e ligações de um vaso
de pressão. Dentre essas recomentdações merecem destaque as descritas a seguir :
*Todos os suportes devem ser projetadas de forma a evitar tensões excessivas localizadas
*Deve ser evitado grandes concentrações de tensões, nas proximidades de mudanças de
formato, de nervuras de reforço e próximo as uniões soldadas ;
*Quando uma saia cilíndrica for fixada no casco por uma solda de ângulo, situada acima da
lnha de tangência do tampo, a tensão localizada de flexão é similar à de uma junta
sobreposta circunferêncial, podendo ser considerada satisfatória ;
*Quando a saia for fixada abaixo da linha de tangência do tampo, são introduzidas tensões
localizadas e pode ser necessário um aumento na espessura da parede do vaso ;
*Os vasos horizontais podem ser suportados por selas ou suportes equivalentes, excetuados
os excessivamente pequenos, o apoio proporcionado pelas selas deve estender-se no
mínimo, sobre 1/3 da circunferência do casco do vaso.
*A quantidade de supores, para vasos horizontais, deve ser a menor possível,
preferencialmente dois, no comprimento do vaso.
Normalmente os vasos de pressão horizontais são suportados por dois berços, distribuindo-se
igualmente o peso do vaso e do seu conteúdo.
Teoricamente, considerando-se o vaso como uma viga com os extremos em balanço, os berços
deveriam ser localizados de tal forma a obter um momento fletor no meio do vão igual aos
momentos fletores nos pontos de apoio, como mostra a figura 12.
Este problema foi estudado por ZICK que, levando em consideração o efeito enrrigecedor dos
tampos sobre a parte cilíndrica, construiu um ábaco permitindo localizar adequadamente os suportes
de um vaso de pressão horizontal.
A figura 13 mostra desenhos dos suportes de vasos de pressão horizontais mais usados na indústria.
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FIGURA 12 - Momento fletor atuante devio aos apoios de um vaso de pressão horizontal.
CHAPA DE REFORÇO
120o
ESTRUTURA SOLDA
DE CHAPAS
CHUMBADORES C/ FUROS
OVALADOS P/ DILATAÇÃO REFORÇO
CHUMBADORES C/ FUROS
REDONDOS.
PARAFUSOS
CHUMBADORES CHUMBADORES C/
REFORÇO
C/ FUROS FUROS OVALADOS P/
REDONDOS. DILATAÇÃO
Os vasos verticais podem ser suportados por meio de saias cilíndricas ou cônicas, colunas ou
sapatas (lugs). Sempre que possível, devem ser usadas colunas.
Conforme a Norma Petrobrás, a seleção do tipo de suporte de vasos verticais deve ser feita de
acordo com a figura 14, a não ser que outras exigências sejam aplicáveis.
De maneira geral, as torres são suportadas por meio de saias, sendo que a espessura mínima das
saias é 6,3 mm.
CET (mm )
SAIA DE
SUPORTAÇÀO
6.000
2.000 COLUNAS DE
SUPORTAÇÀO
OBS. Deve ser prevista a soldagem ao vaso de uma chapa de material igual ao do vaso,
antes da soldagem de qualquer acessório externo nos seguintes casos:
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saia
cônica
saia cilíndrica
sapatas
saia intermediária
saia inferior
VASOS SUPERPOSTO
colunas de
sustentação
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5. CÓDIGOS DE CONSTRUÇÃO
A prática tem comprovado que a observância dessas normas torna muito baixa a probabilidade de
ocorrência de acidentes graves. Por essa razão, embora muitas vezes não sejam de uso legal
obrigatório, nem eximam de qualquer responsabilidade o projetista, são em geral adotadas como
requisito mínimo de segurança por quase todos os projetistas e usuários dos vasos de pressão.
Podemos dividir os códigos de projeto de vasos de pressão em dois grandes grupos a partir da
filosofia de projeto neles implícita.
A grande maioria dos códigos de projetos estabelece ou limita as tensões de membranas nas
diversas partes de um vaso de pressão a uma fração arbitrária do limite de resistência ou
escoamento do material em que o vaso foi fabricado e incluem regras, baseadas na experiência
adquirida ao longo dos anos, para o dimensionamento de componentes especiais como tampos e
bocais. Este é o projeto tradicional ou convencional dos vasos de pressão, bastante utilizado.
Seguem esta filosofia, o A.D.Merkblatt; SNCT; ASME VIII Divisão 1 e a B.S.5500 (Projeto
Simplificado).
O outro grupo, mais recentemente desenvolvido, tem por filosofia a adoção de maiores tensões de
projeto, associadas a uma rigorosa e criteriosa análise de tensões dos equipamentos. O projeto
conforme esta filosofia desenvolveu-se bastante com a indústria nuclear e com a introdução de
técnicas computacionais que passaram a facilitar a análise de tensões em descontinuidades, bocais,
etc. Seguem esta linha de projeto o ASME VIII Divisão 2 e a B.S.5500 (Projeto baseado em análise
de tensões).
Os principais códigos relacionados com o projeto, fabricação, montagem, testes e inspeção de vasos
de pressão são os seguintes:
Elaborado pela British Standards Institution, o código B.S.5500, Unfired Fusion Welded Pressure
Vessels, aborda aspectos relativos a materiais, projeto, fabricação, inspeção e testes dos vasos de
pressão. Inclui vários apêndices, entre os quais destacamos os seguintes:
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- APÊNDICE A: trata do critério para análise de tensões para equipamentos ou condições de
projeto que não puderem ser enquadrados nas fórmulas mais simplificadas
de cálculo. É bastante similiar ao Apêndice 4 do Código ASME, Seção
VIII, Divisão 2.
- APÊNDICE G: Trata das tensões causadas por cargas localizadas (Reações de apoio e
esforços provenientes de dilatação de tubulações).
Elaborado pela Associação dos Construtores de Vasos de Pressão, este código alemão é constituído
das seguintes seções:
Série A - Acessórios
Série B - Projeto
Série H - Soldagem
Série W - Materiais
A norma francesa foi elaborada pelo Sindica National de la Chandronnerie, Tôlerie e Tuyanterie
Industrialle (SNCTTI). A que está relacionada com vasos de pressão é a SNCTTI n° 1.
A norma brasileira foi elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A norma
relacionada com vasos de pressão é a NB-109.
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5.6. CÓDIGO AMERICANO
Hoje a função desse comitê é estabelecer regras para que os métodos de projetos, fabricação,
montagem, inspeção e testes utilizados possam oferecer condições operacionais mais seguras e com
menor taxa de deterioração.
O código ASME, pode ser considerado um código dinâmico, pois o comitê de Vasos de Pressão e
Caldeiras reune-se regularmente para discutir propostas adicionais e executar as revisões que se
fizerem necessárias.
Seção I -Caldeiras
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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- Os cobertos por outras seções do ASME;
- Aquecedores flamo-tubulares;
- Recipientes pressurizados que componham, em parte ou no todo, equipamentos roativos ou
alternativos;
- Componentes de tubulação, como tubos, flanges, parafusos, juntas, válvulas, etc.
- Vasos para armazenamento de água com pressão de projeto menor do que 300 psig (21,0
Kgf/cm2) ou temperatura de projeto menor do que 210 F (99º C);
- Vasos para armazenamento de água, aquecida por vapor ou outro meio indireto, quando nenhuma
das seguintes limitações for excedida: a) aquecimento de 200.000 BTU/hora
b) temperatura de 210ºF (99º C);
c) capacidade de 120 gal. (454 litros);
- Vasos com uma pressão de operação interna ou externa menor que 15 psi;
- Vasos com o diâmetro interno, largura, altura ou diagonal da seção transversal inferior a 6".
b) Quando partes não pressurizadas são soldadas diretamente ao equipamento o limite é a junta
soldas de ligação desta parte não pressurizada ao vaso.
A tabela 2 mostra de maneira resumida o conteúdo de cada uma dessas sub-seções e quando utilizá-
las.
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5.6.3. Divisão 2 - Seção VIII - Código ASME
Na Divisão 2, as regras são mais restritivas quanto ao material a ser utilizado. Por isso, permite-se: a
utilização de maiores valores de intensificação de tensões de projeto, na faixa de temperaturas em
que estes são limitados pelo limite de resistência ou escoamento; a utilização de procedimentos de
cálculo mais detalhados e precisos, tornando possível uma redução no coeficiente de segurança.
Além disso, para assegurar melhora na qualidade os processos de fabricação são restringidos,
reduzindo os pontos de concentração de tensões; são adotadas maiores exigências na qualificação
dos procedimentos de soldagem, aumentando a eficiência da junta soldada; e maior extensão de
inspeção, reduzindo a quantidade de defeitos internos.
A filosofia de projeto da Divisão 2 estabele regras específicas para o caso do projeto de vasos mais
comuns, assim como a Divisão 1. Quando isto ocorre uma completa análise de tensões é necessária
e pode ser feita de acordo com os procedimentos estabelecidos nos seguintes apêndices:
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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A DIVISÃO 2 está dividida da seguinte forma:
- A divisão 1 usa como critério a maior tensão normal devido a Lamé ou a Rankine: “A maior
tensão de tração e a maior tensão de compressão não devem ultrapassar as tensões limites
obtidas respectivamente nos ensaios de tração e compressão convencionais.”
- A divisão 2 usa como critério a maior tensão de cisalhamento devido a Saint-Venant e a Tresca:
“A maior tensão de cisalhamento não deve ultrapassar a metade da tensão limite de tração,
determinada no ensaio de tração convencional.”
c) Análise de Fadiga
- A divisão 2 considera a possibilidade de falha por fadiga e dá regras para esta análise.(apêndice
5)
d) Escolha de materiais
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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e) Processo de fabricação
f) Inspeção e testes
- Embora os critérios de aceitação sejam os mesmos para as duas divisões, a divisão 2 não aceita
as limitações de abrangência de exames não destrutivos permitidas na divisão 1.
Exemplo: A divisão 2 não admite radriografia parcial (spot) em juntas soldadas.
g) Geral
A exemplo de outros códigos, as Normas Petrobrás estão divididas por tipos de serviço,
especialização e equipamentos, sendo elaborados por subcomissões diferentes.
Em geral, nas refinarias da Petrobrás, os vasos de pressão construídos antes de 1967 utilizaram as
exigências do código ASME. Entretanto, atualmente, é comum a utilização das Normas Petrobrás
junto com o código ASME.
A Norma Petrobrás recomenda que o projeto de todos os vasos de pressão sejam feitos de acordo
com a última edição, da seção VIII, divisão 1, do código ASME. Entretanto, admite-se o projeto
executado de acordo com outros códigos, quando aprovado pela Petrobrás.
A utilização da divisão 2, da seção VIII, do código ASME é admitida em um dos casos descritos à
seguir:
1 - Quando a espessura da parede do vaso exceder a 50 mm.
2 - Nos vasos projetados para pressões superiores a 212 Kgf/cm2 .
3 - Nos casos de construção ou projeto especiais, no entender da Petrobrás.
OBS. Quando num equipamento existirem zonas com diferentes temperaturas de operação,
podemos estabelecer condições de projeto distintas para cada uma dessas zonas.
É a pressão que será utilizada no dimensionamento do vaso, devendo ser considerada como atuando
no TOPO do equipamento.
O Código ASME, Seção VIII, estabelece que a pressão de projeto deverá ser determinada
considerando-se as condições de pressão e temperatura mais severas que possam ocorrer em serviço
normal.
OBS.Quando aplicável, a altura estática do líquido armazenado deve ser adicionada à pressão de
projeto para dimensionar-se qualquer parte do vaso submetida a esta coluna de líquido.
Com a finalidade de padronizar seus equipamentos a norma Petrobrás adota o seguinte critério, para
estabelecer a temperatura de projeto de um vaso de pressão:
1
PMO = pressão máxima de operação.
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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- Vasos operando entre 15º C e 400º C:TMO2 + 30ºC
- Vasos operando acima de 400º C: TMO
- Vasos operando abaixo de 15º C: TMinO3
OBS.: Vasos com possibilidade de operação em condições distintas de operação devem ter
inicialmente suas condições de projeto estabelecidas para cada condição de operação, de
acordo com os parâmetros estipulados pela PETROBRÁS. Posteriormente, será adotada à
condição mais crítica de projeto, a partir das relações entre a pressão de projeto e tensão
admissível na temperatura de projeto.
É a pressão máxima, no TOPO do vaso, em posição de operação normal, que acarreta no componente
mais solicitado do equipamento, uma tensão igual a tensão admissível do material, na temperatura
considerada, corrigida pelo valor da eficiência de junta adotada no projeto do equipamento.
A pressão máxima admissível de trabalho é calculada para a temperatura de projeto com o vaso na
condição corroída. Para determiná-la devemos considerar a pressão máxima que poderá atuar em cada
componente do vaso, devendo ser levado em conta no cálculo a tensão decorrente da coluna de líquido
atuante no vaso na condição de operação. As espessuras decorrentes das tolerâncias de fornecimento
das chapas e sua conformação, devem ser descontadas.
A PMTA é a base para a determinação da pressão de ajuste dos dispositivos de alívio de pressão que
protegem o vaso. A pressão de projeto pode ser utilizada em lugar da PMTA, quando esta não for
calculada.
O código ASME Seção VIII, Divisão 1 aborda os requisitos para dispositivos de alívio de pressão, em
sua parte UG, parágrafos UG-125 a UG-136 e no apêndice 11.
Num vaso de pressão instalamos dispositivos de alívio de pressão para proteção contra condições
anormais de operação e contra a excesso de pressão provocado por fogo.
Para condições anormais de operação, o dispositivo de alívio de pressão, quando 1 (um) só dispositivo
é utilizado, deve ter sua pressão de ajuste não superior a pressão máxima admissível de trabalho do
equipamento.
Tensões admissíveis de um determinado material são as tensões utilizadas para o dimensionamento dos
diversos componentes de um vaso de pressão.
2
TMO = temperatura máxima de operaçào.
3
TMinO = temperatura mínima de operaçào.
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Denomina-se coeficiente de segurança (C.S.) à relação entre as tensões de escoamento ou ruptura e a
admissível (Sadm) de um determinado material.
Inúmeros säo os fatores que afetam a fixação dos valores das tensões admissíveis de um código. Entre
os principais citaremos:
- TIPO DE MATERIAL: Para os materiais frágeis adota-se um coeficiente de segurança maior do que
o adotado para os materiais dúteis.
- CRITÉRIO DE CÁLCULO: Uma tensão admissível só deverá ser aplicada em combinação com o
critério de cálculo para o qual foi estabelecida. Cálculos grosseiros e
grandes aproximações exigem a adoção de elevados coeficientes de
segurança.
O critério de projeto adotado pelo código ASME seção VIII divisão 1, estabelece como tensão
admissível, para chapas de materiais ferrosos, o MENOR VALOR entre os especificados na tabela 4,
em função da temperatura de projeto.
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TEMPERATURA TENSÃO ADMISSÍVEL MOTIVOS DA
DE PROJETO ( o menor valor entre ) LIMITAÇÃO
(°° C)
- imprecisões no
- 1/4 DA TENSÃO DE RUPTURA. levantamento das
ABAIXO OU cargas atuantes.
IGUAL A 370 - 2/3 DO LIMITE DE ESCOAMENTO. - heterogeneidades das
propriedades
mecânicas dos
materiais.
- 100% DA TENSÃO QUE PROVOCA
UMA DEFORMAÇÃO DE 1% APÓS 100
HORAS NA TEMPERATURA DE redução da resistência
PROJETO. mecânica dos materiais
ACIMA DE 37O - 67% DA TENSÃO MÉDIA DE RUPTURA devido ao fenômeno da
NA TEMPERATURA DE PROJETO. fluência.
- 80% DA MENOR TENSÃO DE
RUPTURA APÓS 100.000 HORAS NA
TEMPERATURA DE PROJETO.
Para a divisão 2 o critério de projeto adotado é um pouco menos conservativo e estabelece como
tensão admissível, para chapas de materiais ferrosos, o MENOR VALOR entre os especificados na
tabela 5, em função da temperatura de projeto.
6.8.1. INTRODUÇÃO
- espessura mínima calculada para resistir à pressão interna e/ou externa atuante no vaso e demais
carregamentos adicionando-se a sobre espessura de corrosão, quando aplicado.
- espessura mínima estrutural. Esta espessura destina-se a garantir à estabilidade estrutural do vaso,
para permitir a sua montagem, e evitar o colapso pelo próprio peso ou por ação do vento.
OBS. A espessura mínima devido a resistência estrutural pode prevalecer sobre a calculada para os
vasos de diâmetro muito pequeno ou para pressões muito baixas.
PAREDE DO VASO
LEGENDA :
eM = espessura mínima.
C = sobre espessura para corrosão.
A = adição para espessura
comercial e conformação.
eP = espessura de projeto.
eN = espessura nominal.
eM C A
eP
eN
A sobre espessura de corrosão ( C ) é o valor determinado com base na corrosão prevista e na vida
útil especificada no projeto do vaso. Como regra geral, quando a taxa de corrosão prevista for superior
a 0,3 mm/ano, ou quando a sobre espessura para corrosão prevista for maior do que 6 mm, recomenda-
se que seja usado outro material de maior resistência à corrosão.
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Quando não for possível estabelecer valores confiáveis para a taxa de desgaste e o material base for aço
carbono ou baixa liga recomenda-se a utilização dos valores descritos a seguir em função da
agressividade do meio:
A sobre espessura de corrosão pode ser dispensada apenas nos casos em que o desgaste por corrosão,
erosão ou outro processo for reconhecidamente desprezível ou for aplicado revestimento interno anti-
corrosivo ou anti-erosivo. É importante lembrar que a sobre espessura de corrosão de nada adianta
contra alguns processos de deterioração que não ocorrem com perda de material, como a corrosão
sobtensão, corrosão intergranular, fadiga, fluência, grafitização, etc.
A espessura final adotada para as partes de um vaso de pressão, usualmente chamada de espessura
nominal ( eN ), é o valor da espessura de projeto adicionado a quantia necessária para compensar as
perdas na conformação e para ajustar a espessura de projeto a uma espessura normal de mercado.
Assim, a espessura nominal sempre será maior ou igual a espessura de projeto.
O fator de maior preocupação dos projetistas no cálculo da espessura mínima das partes de um vaso de
pressão é a influência do estado de tensões ao qual o material será submetido, na resistência mecânica
dos materiais. Pois os cálculos baseiam-se em informações determinadas em testes onde os corpos de
prova são carregados unidirecionalmente, como no ensaio de tração, e nas utilizações práticas os
materiais estarão submetidos a esforços combinados, resultando num estado bi ou triaxial de tensões.
Além do problema descrito acima o projetista também deverá considerar outros fatores como:
imprecisões no levantamento de todas as cargas atuantes, imprecisões quanto a homogeneidade das
propriedades mecânicas do material e os desvios de fabricação em relação ao projeto.
Devido aos problemas e incertezas descritos acima os códigos de construção utilizam para o cálculo da
espessura a tensão admissível do material com o intuito de garantir que o material trabalhe dentro do
regime elástico e relativamente longe do limite de escoamento (σe ). A figura 17 mostra
esquematicamente o descrito.
30
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
Autor: Nestor Ferreira de Carvalho
σe margem de segurança
σadm
deformação
As tensões que podem estar atuando nas paredes de um vaso, quando este estiver sobre pressão são
classificadas em três tipos: tensões primárias, secundárias e localizadas. As tensões primárias são,
normalmente, as únicas a serem consideradas no cálculo da espessura dos vasos, pela maioria dos
códigos de construção utilizados, as outras duas são consideradas apenas em casos específicos.
São chamadas de tensões primárias aquelas decorrentes das cargas atuantes nas paredes do vaso e
necessárias para satisfazer a condição de equilíbrio estático entre forças e momentos. Essas tensões
podem ser de tração, compressão ou cizalhamento.
São exemplos de tensões primárias aquelas decorrentes de cargas do tipo: pressão interna ou externa,
pesos, ação do vento, etc.
A tensão primária seria igual a tensão de membrana se a espessura de parede fosse nula, como a
espessura não é nula teremos como tensão primária a soma das tensões membrana e flexão.
A tensão de membrana devido apenas a pressão interna será sempre uma tração, porque a parede do
vaso tende a aumentar de dimensão. As tensões de flexão aparecem porque o raio de curvatura da
parede aumenta, como conseqüência da pressão interna. A tensão de flexão varia ao longo da espessura
de parede, sendo máxima de tração na superfície interna e máxima de compressão na superfície
externa.
31
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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Assim, a tensão primária resultante na superfície interna será a tensão de membrana mais a tensão de
flexão e na superfície externa a tensão de membrana menos a tensão de flexão. As tensões de flexão
serão tanto maiores quanto maior for a espessura do vaso. Quando o diâmetro do vaso for muito maior
do que a espessura , as tensões de flexão serão pequenas e podem ser desconsideradas na determinação
da tensão resultante.
As tensões secundárias são aquelas resultantes não de cargas aplicadas, mas devido as restrições
geométricas do próprio vaso, ou devido a restrições causadas por estruturas ligadas ao vaso. Essas
tensões são conseqüência dos vasos não serem livres para se deformar ou dilatar.
No cálculo da espessura para vasos de pressão são consideradas basicamente as tensões primárias
circunferênciais e longitudinais, sendo desprezadas as tensões radiais.
As tensões radiais causadas pela pressão interna são esforços de compressão na parede do vaso e para a
grande maioria das condições operacionais ( pressões inferiores a 211 Kgf/cm2 ) são desprezíveis.
As tensões circunferênciais são aquelas que tendem a romper o vaso segundo a sua geratriz quando
este estiver sobre pressão interna. ( figura 18 )
Em geral são as mais críticas e são calculadas conforme a expressão matemática a seguir:
32
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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tensões circunferênciais
devido a pressão interna
As tensões longitudinais são aquelas que tendem a romper o vaso segundo a sua seção transversal
quando este estiver sobre pressão interna. ( figura 19 )
Em geral são menos críticas e são calculadas conforme a expressão matemática a seguir:
tendência a ruptura
transversal
tensões longitudinais
devido a pressão interna
33
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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6.8.6. FÓRMULAS DE CÁLCULO DA ESPESSURA
A fórmula de cálculo da espessura para as partes de um vaso de pressão variam em função do código
adotado, da geometria da parte do vaso e se essa parte do vaso está sujeita a pressão interna ou externa.
As fórmulas dos códigos são baseadas na teoria da membrana contendo alguns coeficientes de
seguranças empíricos. Dessa forma, não são levados em consideração os esforços de flexão.
A seguir serão mostrados alguns exemplos de fórmulas de cálculo de espessura adotadas pelo código
ASME seção VIII divisão 1.
O parágrafo UG - 27 do código ASME seção VIII divisão 1 estabelece um roteiro e fórmulas para o
cálculo da espessura mínima para o casco de vasos de pressão com base na pressão interna ou externa
ao qual o vaso estará submetido. Após calculada essa espessura mínima é necessário verificar se a
mesma será suficiente para resistir a outros carregamentos descritos no parágrafo UG -16 (b). (ver item
6.8.7 ).
A seguir serão apresentadas algumas dessas fórmulas de cálculo, para vasos sujeitos a pressão interna.
A espessura mínima requerida ou a Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) deve ser a
Maior das espessuras ou a MENOR das pressões calculadas para as tensões circunferências e
longitudinais utilizando as fórmulas a seguir:
P.R S. E. t
t= ou P=
SE − 0,6.P R + 0,6. t
6.8.6.1.a.2. Espessura mínima requerida considerando a tensão longitudinal
P.R 2S. E. t
t= ou P=
2SE + 0,4.P R − 0,4. t
34
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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6.8.6.1.b. CASCO ESFÉRICO
A espessura mínima requerida ou a Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) deve ser a
MAIOR das espessuras ou a MENOR das pressões calculadas utilizando a fórmula a seguir:
P.R 2. S. E. t
t= ou P=
2SE − 0,2.P R + 0,2. t
O parágrafo UG - 32 do código ASME seção VIII divisão 1 estabelece um roteiro e fórmulas para o
cálculo da espessura mínima para os tampos de um vaso de pressão com base na pressão interna ou
externa ao qual o vaso estará submetido. Após calculada a espessura mínima é necessário verificar se a
mesma será suficiente para resistir a outros carregamentos descritos no parágrafo UG -16 (b). (ver item
6.8.7 ).
A espessura mínima requerida ou a Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) deve ser a
MAIOR das espessuras ou a MENOR das pressões calculadas utilizando a fórmula a seguir:
P. D. K 2.S. E. t
t= ou P=
2. S. E − 0,2. P D. K + 0,2. t
1 D
2
D
ONDE: K = . 2 + OBS. No tampo padrão 2:1 = 2 e K = 1,00
6 2. h 2h
Valores de K
( usar os valores mais próximos, não é preciso interpolar )
D/2h 3,0 2,9 2,8 2,7 2,6 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0
K 1,83 1,73 1,64 1,55 1,46 1,37 1,29 1,21 1,14 1,07 1,00
D/2h 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0
K 0,93 0,87 0,81 0,76 0,71 0,66 0,61 0,57 0,53 0,50
35
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t
h
D
TAMPO ELÍPTICO
A espessura mínima requerida ou a Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) deve ser a maior
das espessuras ou a menor das pressões calculadas utilizando a fórmula a seguir:
P. L. M 2. S. E. t PARA DEMAIS
t= ou P= VALORES DE r
2. S. E − 0,2. P L. M + 0,2. t
1 L
ONDE: M= . 3 + OBS. No
4 r
tampo padrão 2:1 ⇒ M = 1,32 – pois: r = 0,17 D e
L = 0,9 D – onde: D = diâmetro interno do vaso.
Valores de M
( usar os valores mais próximos, não é preciso interpolar )
L/r 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50
M 1,00 1,03 1,06 1,08 1,10 1,13 1,15 1,17 1,18 1,20 1,22
L/r 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 8,00 8,50 9,0
M 1,25 1,28 1,31 1,34 1,36 1,39 1,41 1,44 146 1,48 1,50
L/r 9,50 10,00 10,50 11,00 11,50 12,00 13,00 14,00 15,00 16,00 16,66
M 1,52 1,54 1,56 1,58 1,60 1,62 1,65 1,69 1,72 1,75 1,77
36
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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t
L
r
TAMPO TOROESFÉRICO
O parágrafo UG 16 (b) do código ASME seção VIII divisão 1 estabelece que a espessura mínima
adotada para as partes de um vaso de pressão, após sua produção final, deve ser MAIOR OU IGUAL a
1,6 mm., sem considerar o valor da sobre espessura de corrosão, com as seguintes exceções:
a) essa espessura não se aplica a espelhos de trocadores de calor;
b) essa espessura não se aplica a tubulações internas ou externas ao vaso;
c) para tubulões de caldeira ou coletores de caldeira não sujeitos a chama a espessura mínima é de 6,4
mm, sem considerar a sobre espessura de corrosão.
d) para os vasos em serviço com ar comprimido, vapor ou água a espessura mínima é de 2,4 mm, sem
considerar a sobre espessura de corrosão.
O parágrafo UG 22 do código ASME seção VIII divisão 1, estabelece que no cálculo da espessura
mínima requerida para as partes de um vaso de pressão devem ser considerados os seguintes
carregamentos:
a) pressão de projeto interna ou externa do vaso;
b) peso do vaso nas condições normais de operação ou condições de teste;
c) reações estáticas de outros equipamentos, tubulações ou estruturas ligadas ao vaso;
d) a existência de internos no vaso e o tipo de apoio ou suportação adotada;
e) a possibilidade do vaso ou seus bocais estarem sujeitos a carregamento cíclico;
f) à ação do vento;
g) reações de impacto devido a choque de fluídos;
h) gradientes de temperatura e diferencial térmico de expansão.
Devido a essas exigências do código e com o intuito de facilitar a definição da espessura mínima
estrutural os projetista adotam como valor mínimo o maior valor entre 4,0 mm e o calculado pela
expressão matemática: e = 2,5 + 0,001.Di + C
ONDE: e = espessura mínima estrutural, em mm.
Di = diâmetro interno da parte considerada, em mm.
C = sobre espessura de corrosão da parte considerada, em mm.
37
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Para vasos de pequeno diâmetro ou pressões de projeto muito baixas a espessura mínima calculada
devido a pressão interna ou externa são menores que o valor obtido com o critério descrito acima.
Assim, por facilidade, muitas vezes é adotado o valor da espessura mínima estrutural como espessura
mínima requerida para o vaso. Isso poderia ser evitado com a utilização de reforços localizados apenas
nas regiões do vaso onde necessário.
Determinar a espessura mínima requerida e a PMTA na condição corroída e quente para um vaso de
pressão com 60.000 horas de operação, considerando os dados descritos a seguir.
7. MATERIAIS
7.1. INTRODUÇÃO
Entretanto, o material mais comumente empregado na construção dos vasos de pressão é o aço
carbono, sendo também utilizados aços liga, inoxidáveis e outros materiais quando se precisa maior
resistência mecânica, ou maior resistência à deterioração, ou em condicões extremas de temperatura
(altas e baixas).
Segundo a Norma Petrobrás N-253, como regra geral, são admitidos os materiais constantes nas
normas ASME Seção II (partes A, B e C) e Seção VIII. Entretanto, são aceitos materiais equivalentes
aos da norma ASME, quando de sociedades de normalização reconhecidas internacionalmente (BS,
DIN, JIS etc).
Independentemente dos limites de temperatura, para cada material, estabelecidos em outros códigos, a
Petrobrás estabelece seus próprios limites na Norma N-253 (tabela 6). Para as partes pressurizadas, os
limites são em função da resistência mecânica, enquanto que, para as partes não pressurizadas, estão
baseadas na temperatura de escamação do material (scaling temperature).
38
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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TEMPERATURA LIMITE DE
UTILIZAÇÃO (°C)
MATERIAL
PARTES PARTES NÃO
PRESSURIZADAS PRESSURIZADAS
AÇO CARBONO DE QUALIDADE 150 530
ESTRUTURAL.
AÇO CARBONO NÃO ACALMADO. 400 530
AÇO CARBONO ACALMADO COM Si. 450 530
AÇO LIGA COM ½ Mo. 500 530
AÇO LIGA 1 ¼ Cr + ½ Mo. 530 530
AÇO LIGA 2 ¼ Cr + 1 Mo. 530 570
AÇO LIGA 5 Cr + ½ Mo. 480 600
AÇO INOXIDÁVEL : 405, 410, 410S. (3) 480 600
AÇO INOXIDÁVEL : 304, 316. (1) e (2) 600 800
AÇO INOXIDÁVEL : 304L, 316L. 400 800
AÇO INOXIDÁVEL : 310. (2) 600 1100
NOTAS: (1) Para temperaturas de projeto superiores a 550ºC, recomenda-se o uso de aços
inoxidáveis tipo "H".
(2) Chama-se atenção para a possibilidade de formação de "Fase Sigma", para
temperaturas acima de 600ºC, resultando em severa fragilização do material.
Essa mudança na estrutura metalúrgica ocorre principalmente para os aços 316 e
310.
(3) Esses materiais são suscetíveis à fragilização quando expostos em torno de 475ºC
por períodos longos.
Esse capítulo faz um resumo das principais características, limites de utilização e cuidados das ligas
metálicas mais usadas na fabricaçào de vasos de pressão para a indústria petroquímica.
O aço carbono é o material mais usado na fabricação dos vasos de pressão. Suas propriedade são
influênciadas pela: composição química; método de produção; tipo, forma e quantidade de impurezas;
e condições de projeto.
O elemento químico que mais influe nas propriedades do aço carbono é o carbono, por isso o aço leva
seu nome, como identificação. A influência do teor de carbono e/ou outros elementos químicos
costuma ser medida por uma variável chamada ″CARBONO EQUIVALENTE″ ( Ceq ), determinada
pela expressão matemática abaixo, conforme recomendação do The Welding Institute.
39
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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Ceq = %C + (%Mn) / 6 + (%Cr + %Mo + %V) / 5 + (%Ni + %Cu) / 15
Devido a esses efeitos os valores recomendados de carbono equivalente para os aços a serem aplicados
na fabricação de vasos de pressão são:
NOTA.Os aços com carbono equivalente acima de 0,50% apresentam alta suscetibilidade a trincas a
frio durante os processos de soldagem.
Os aços carbono podem ser acalmados4 com adições de silício ou alumínio, durante seu processo de
produção. Um aço acalmado tem menor quantidade de heterogêniedades e menor tamanho de grão,
como consequência suas propriedades mecânicas serão mais homogêneas e sua suscetibilidade a
defeitos internos será menor.
A resitência mecânica do aço carbono começa a ser reduzida em temperaturas superiores a 370° C,
devido ao fenômeno da fluência, sendo que após 420° C a possibilidade de GRAFITIZAÇÃO5 pode
acelerar mais ainda essa redução.
Em temperaturas superiores a 530° C o aço carbono sofre intensa oxidação, quando exposto a meios
oxidantes o que inviabiliza econômicamente sua utilização.
Abaixo de 15° C a resitência ao impacto do aço carbono começa a ser reduzida, inviabilizando seu uso
em temperaturas abaixo de - 30° C. Na faixa de 15 a - 30° C o código ASME recomenda à adoção de
medidas adicionais, como por exemplo, a exigência de teste Charpy na qualificação dos processos de
soldagem, etc.
A resitência à corrosão do aço carbono, também é muito baixa para a maioria dos fluidos e atmosferas
com umidade relativa acima de 60%. Por essa razão, é adicionado na sua espessura uma sobre-
espessura para desgaste por corrosão.
Em vistas dos motivos descritos acima, na fabricação de vasos de pressão a utilização dos aços carbono
costuma ser restrita à faixa de - 30° C a 420° C, sendo necessários cuidados adicionais quando a
temperatura de projeto do vaso estiver próxima dos valores extremos.
4
aços acalmados = são aços com menos bolhas devido a adição de Si e/ou Al, que além de removerem o oxigênio do aço
líquido, também atuam como refinadores de grão.
5
GRAFITIZAÇÃO = é a reação de separação do carbono da cementita para a forma de carbono grafítico que ocorre após
longa exposição do aço carbono em temperaturas acima de 420°C.
40
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7.2.2. Aço Liga
Denomina-se aço liga a todo aço que possue qualquer quantidade de outros elementos químicos, além
dos normalmente existentes, na composição química de um aço carbono6. Dependendo da soma dos
elementos de liga presentes na composição química do aço, estes são classificados como mostra a
tabela 7.
SOMA DOS ELEMENTOS CLASSIFICAÇÃO DO AÇO
DE LIGA ( em % )
até 5 BAIXA LIGA
de 5 a 10 MÉDIA LIGA
acima de 10 ALTA LIGA
Os aços liga são empregados nos casos em que a utilização do aço carbono é inadequada. Para
aplicações acima de 420° C, prefere-se o uso de aços liga com cromo e molibdênio e nos casos de
temperatura inferiores à 30° C, são empregados aços com níquel.
A utilização dos aços liga está limitada pela possibilidade de precipitação de fases frágeis quando estes
são expostos a temperaturas acima de 420° C ou abaixo de - 45° C por longos períodos.
Aços inoxidáveis são aços de alta liga com um teor de cromo acima de 12% na sua composição
química, o que lhes conferem uma melhora nas propriedades mecânicas em temperaturas entre 400 e
650° C e excelente resistência a corrosão em meios oxidantes até 1100° C, proporcional aos teores de
cromo e níquel presentes na liga.
De acordo com sua microestrutura e composição química os aço inoxidáveis são classificados como na
tabela 8.
6
A composição química usual do aço carbono é : C = 0,008 a 2,06% ; P = 0,04 a 0,10% ; S = até 0,06% ; Mn = 0,25 a 1,0%
; Si=0,05 a 0,3%; Al,H,O,N = traços.
41
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Os aços austeníticos em geral, exceto os estabilizados7e os de baixo carbono, estão sujeitos a um
fenômeno chamado de SENSITIZAÇÃO8. Os aços sensitizados estão sujeitos a corrosão intergranular,
principalmente quando expostos a meios ácidos.
Quando expostos a soluções aquosas de ácido clorídrico ou meios com cloretos, os aços inoxidáveis
austeníticos estão sujeitos a corrosão por pitting e/ou sobtensão.
Os tipos de aço carbono mais utilizados, na faixa de temperatura recomendável (-30º C a 420º C), são:
SA-285 Gr C; SA-515 Gr 60 e Gr 70; SA-516 Gr 60 e 70.
Numa abordagem bem ampla poderíamos classificar o SA-285 Gr C como um aço de médio carbono,
adequado para partes não pressurizadas ou para serviços não tóxicos, em pressões e temperaturas não
muito elevadas; os SA-515 Gr 60 e 70 como aços de médio carbono, acalmados com silício, para
temperaturas mais elevadas; e o SA-516 Gr 60 e 70 como aços de médio carbono, acalmados com
alumínio, para serviços em baixas temperaturas.
Um aço carbono, de qualidade estrutural, bastante aplicado na fabricação de vasos de pressão é o SA-
283 Gr C. O Código ASME permite sua utilização, mesmo para partes pressurizadas, desde que não se
destine a caldeiras ou a casos em que a temperatra de projeto esteja abaixo de - 29° C ou acima de
343ºC.
Numa faixa de temperatura mais elevada e para serviços com hidrogênio são muito utilizados os aços
liga Mo e Cr-Mo, sendo mais comuns as seguintes especificações : SA-204 Gr A/B/C (1/2 Mo); SA-
387 Gr 11(1 1/4 Cr-1/2 Mo); SA-387 Gr 22 (2 1/4 Cr - 1 Mo).
Numa faixa de temperatura mais elevada seriam indicados os aços inoxidáveis austeníticos, cujas
principais especificações são : SA-240 Gr 340 (AISI 304); SA-240 Gr 304 L (AISI 304 L); SA-240 Gr
316 (AISI 316); SA-240 Gr 316 L (AISI 316 L); SA-240 Gr 321 (AISI 321).
- Aços Liga ao Níquel : SA-203 Gr A/Gr B (2 1/4 Ni); SA-203 Gr D/Gr E(3 1/2 Ni); SA-353 (9 Ni);
- Aços Inoxidáveis Austeníticos, nas especificações : SA-240 Gr 340 (AISI 304); SA-240 Gr 304 L
(AISI 304 L); SA-240 Gr 316 (AISI 316); SA-240 Gr 316 L (AISI 316 L); SA-240 Gr 321 (AISI
321);
- Metais não ferrosos, como as ligas de Alumínio/Magnésio - SB-209 (5083) e as ligas de
Alumínio/Sílico - SB-209 (6061).
Muitas vezes, quando além da resistência mecânica é necessário que o material seja resistente à
corrosão, torna-se necessário a utilização de chapas revestidas. Neste caso a chapa base, que resistirá
7
Aços inoxidáveis austeníticos estabilizados são aços que contém na sua composição química Ti, Nb ou Ta, ou ambos, com
a finalidade de precipitarem carbonetos com maior ponto de solubilização do que os carbonetos de cromo.
8
SENSITIZAÇÃO é a precipitação de carbonetos de cromo que ocorrem em aços com mais do que 12% de cromo quando
expostos a temperaturas na faixa de 450°C a 850°C.
42
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aos esforços mecânicos é usualmente de aço carbono e a chapa de revestimento fina (em geral 3mm),
de um material mais nobre como o aço inoxidável ferrítico ou martensítico; ou o monel9.
7.4. DIMENSÕES
Devem ser adotadas de preferência, como espessuras nominais (comerciais) os seguintes valores, em
milímetros: 4,75 - 6,30 - 8,00 - 9,50 - 11,20 - 12,50 - 14,00 - 16,00 - 17,50 19,00 - 20,60 - 22,40 -
23,60 - 25,00 - 28,60 - 31,50 - 34,90 - 37,50 - 41,30 - 44,40 - 47,40 - 47,50 - 50,0.
Para espessuras superiores a 50,0 mm devem ser adotados valores inteiros em milímetros.
As tolerâncias de fornecimento das chapas não precisam ser consideradas, desde que as chapas estejam
de acordo com as normas ASTM A-20 e PB-35.
Para tampos abaulados e outras peças prensadas ou conformadas, deve ser previsto um adequado
acréscimo na espessura, para compensar a perda de espessura na prensagem ou conformação, de forma
que a espessura final da peça acabada tenha, no mínimo, o valor desejado. A tabela 9 mostra as
reduções de espessura adotadas por um fabricante nacional de tampos (EICA).
Nos vasos em que forem previstas diferentes espessuras de chapas para os diversos anéis, permite-se ao
projetista modificar para mais essas espessuras, com a finalidade de acertar as alturas dos anéis, com as
dimensões comerciais das chapas.
Deve-se sempre acrescentar uma adequada sobre-espessura para corrosão nas espessuras calculadas,
exceto quando, a corrosão for reconhecidamente inexistente ou desprezível, ou for aplicado um
revestimento anti-corrosivo.
Chapas com espessura igual a 4,75 mm devem ter as seguintes dimensões : 6000 mm de comprimento
por 1500 mm de largura, para as demais espessuras recomenda-se adotar 12000 mm de comprimento
por 2440 mm de largura.
9
Monel = liga Ni/Cu, com aproximadamente 67% de Ni e 32% de Cu que alta resistência à corrosão em meios ácidos fortes,
como o ácido clorídrico e o fluorídrico.
43
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7.5. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS CONFORME O CÓDIGO ASME
Com o intuito de facilitar referências a grupos de materiais com propriedades similares, o código
ASME agrupa os materiais em duas classificações considerando composição química e soldabilidade,
dois fatores de grande influência em nas propriedades mecânicas de uma junta soldada.(tabela 10).
A tabela 11 mostra uma classificação similar para as soldas, considerando a composição química do
metal depositado e a soldabilidade do consumível utilizado.
8. REVESTIMENTOS
Devido a necessidade da disponibilidade de materiais que possuam ao mesmo tempo boas resistências
mecânica e ao desgaste, em muitas aplicações, é mais econômico a utilização de materiais revestidos.
A filosofia em se optar por materiais revestidos, é a redução do custo pela utilização de um material
menos nobre, como metal resistente, unindo a superfície deste, que ficará exposta ao meio agressivo,
outro material de baixa espessura, apenas com a finalidade de evitar o desgaste superficial.
Dependendo da superfície revestida do material em relação ao equipamento, o revestimento é
classificado em interno, quando a superfície revestida está voltada para o interior do equipamento ou
externo, quando estiver voltada para fora do equipamento.
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A tabela 12 mostra uma classificação dos revestimentos usados em vasos de pressão, considerando
apenas o tipo de desgaste que se deseja evitar.
Os metais básicos mais usados em vasos de pressão quando da utilização de revestimentos são:
- AÇO CARBONO: para temperaturas de projeto até 400° C;
- AÇO BAIXA LIGA: para temperaturas de projeto entre 400 e 530° C.
Para temperaturas de projeto acima de 530° C, em geral, não é mais atrativo econômicamente a
utilização de revestimentos, preferindo-se, nesses casos, aplicar um material mais nobre que alie
resistência mecânica e ao desgaste.
Os revestimentos metálicos mais usados em vasos de pressão são os aplicados por CLAD ou LINING,
a tabela 14 mostra um resumo comparativo das principais características desses revestimentos.
Os revestimentos tipo LINING, em geral, tem uma performace inferior aos do tipo CLAD e só devem
ser aplicados quando da impossibilidade da utilização do clad, como em: bocais de pequeno diâmetro,
modificações realizadas após a montagem do vaso, alto custo etc.
Experiências desenvolvidas pela Petrobrás mostraram ser mais recomendada aplicação de LINING na
forma de tiras com: 100 a 140 mm de largura por 900 a 1500 mm de comprimento, dispostas no
sentido longitudinal quando aplicado nas partes cilíndricas e radial nos tampos, como mostrado nas
figuras 20 e 21.
A norma ASTM-A-263 é a geralmente usada na fabricação de chapas cladeadas com metal base em
aço carbono ou baixa liga. Esta norma exige um teste de aceitação de aderência do clad, que conciste
na aplicação de uma carga cisalhante de no mínimo 14 Kgf/cm2, sobre o clad de um corpo de prova
preparado como mostrado na figura 22.
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
Autor: Nestor Ferreira de Carvalho
CLASSIFI- TIPO DE
CAÇÃO DO REVESTI- MÉTODO DE LIGAÇÃO AO ALTERAÇÕES NO METAL BASE
REVESTI- MENTO APLICAÇÃO SUBSTRATO
MENTO
METÁLICO LAMINAÇÃO OU
CLAD EXPLOSÃO TOTAL MUITO PEQUENA
TIRAS CRIAÇÃO DE PEQUENAS ZONAS
SOLDADAS PARCIAL DE LIGAÇÃO COM FUSÃO DO
(FIGURA 20 ) METAL BASE
LINING METÁLICO
DEPÓSITO TODA A CHAPA TERÁ UMA ZONA
CONTÍNUO DE TOTAL DE LIGAÇÃO COM FUSÃO DO
SOLDA METAL BASE
PLÁSTICO NÃO PULVERIZAÇÃO
OU ELASTÔ- METÁLICO A PISTOLA E TOTAL DESPREZÍVEL
MEROS CURA A QUENTE
CONCRETOS PINOS,
OU REFRA- NÃO GRAMPOS, PARCIAL CRIAÇÃO DE PEQUENAS ZONAS
TÁRIOS METÁLICO TELAS OU DE LIGAÇÃO COM FUSÃO DO
AMBOS. METAL BASE
NÃO REAÇÃO
PINTURA METÁLICO QUÍMICA TOTAL NENHUMA
OBS. As zonas de ligação com fusão do metal base podem nuclear ou propagar descontinuidades ou
defeitos no metal base.
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FIGURA 21 - Método recomendado para a aplicação de lining em tampos.
- CONCRETO SIMPLES: concretos empregados com uma só finalidade. Por exemplo, os concretos
isolantes.
- CONCRETO DUPLO: concretos empregados com mais de uma finalidade. Por exemplo, concretos
onde a primeira camada é isolante e a segunda camada, aplicada sobre a
primeira, resistente à erosão.
10
ärea classificada é uma área onde é possível ocorrer vazamento de produtos que podem entrar em ignição espontânea, na
temperatrura ambiente.
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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dos suportes ou esruturas. O “fire-proof” isola o matrial por um curto período de tempo, enquanto são
tomadas providências de combate ao incêncido. Seu método de aplicação é o mesmo utilizado por
qualquer outro concreto simples (figura 23).
APLICAÇÃO DA CARGA
CLAD EM
TESTE CORPO DE PROVA
t
CLAD A SER TESTADO
a
19,1
W 25,4
63,5
19,1
CLAD REMOVIDO
76,2 W
63,5 a
t T
63,5
t + 0,127 OBS. 1. t = T - a
2. a = 3,18 máx.
3. w = 1,5 a.
BLOCOS DE CISALHAMENTO 4. todas as medidas estão em milímetros.
5. a = espessura do clad a ser testado.
75
CASCO DO VASO
32
6
45o
ESPESSURA DO
CONCRETO
16
TELA HEXAGONAL
METAL BASE
49
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ESPESSURA DA
CAMADA INTERNA
DE CONCRETO
TELA HEXAGONAL
❶
PINO DE CABEÇA ❷
RETANGULAR
9. JUNTAS SOLDADAS
A escolha da junta soldada a ser usada na fabricação ou montagem de um vaso de pressão depende
basicamente dos seguintes fatores:
a) Resistência mecânica esperada da junta soldada em relação a resistência do metal de base (eficiência
de junta).
b) Condições operacionais: juntas que serão expostas a fluidos que provoquem corrosão ou erosão,
depois de soldadas, não podem conter irregularidades, frestas ou outros problemas que facilitem a
deterioração da solda.
c) Grau de restrição: o tipo de junta pode ajudar a minimizar as distorções e a ocorrência de trincas
devido as contrações da solda.
d) Facilidade de soldagem: algumas juntas estão limitadas pelo acesso.
e) Dimensões do metal soldado: pequenas aberturas de raiz e pequenos ângulos requerem menor
deposição de metal, mas a eficiência de junta deve ser respeitada.
f) Tipo de carregamento: certos tipos de juntas são adequadas apenas para tensões aplicadas numa
única direção. Similarmente, tensões estáticas e dinâmicas exigem juntas diferentes.
Esses fatores apresentados acima, são suficiente para mostrar a responsabilidade e a dificuldade na
escolha do tipo de junta
Segundo a seção VIII do código ASME os tipos de juntas mais comuns em vasos de pressão são:
50
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• JUNTAS DE TOPO
De maneira geral, é o tipo de junta mais usual quando a principal necessidade é resistência mecânica.
Entretanto, exigem maior deposição de metal, o que pode acarretar maiores problemas devido as
tensões de contração, bem como, maior custo.
• JUNTAS SOBREPOSTAS
As juntas sobrepostas são unidas por soldas de filete e/ou, soldas "plug", por isso tem menor volume de
metal depositado do que as juntas de topo. Assim, são preferidas por motivos econômicos e de
facilidade de preparação, quando e onde o código utilizado permitir.
A figura 26 mostra os tipos de juntas mais recomendados pelo código ASME, para as soldas de união
casco/calotas.
À atracação de bocais, bocas de visita, suportes e acessórios num vaso de pressão exige tipos de juntas
diferentes que devem ser analisadas separadamente. A figura 27 mostra exemplos de juntas deste tipo
aceitas pela seção VIII do código ASME.
OBS.:1. A distância entre duas soldas, em qualquer caso, não deve ser menor do que 4 vezes a
espessura da chapa mais fina, com o mínimo de 30 milímetros.
2. Todas as soldas submetidas aos esforços de pressão, no casco e nos tampos, devem ser de
topo, com penetração total, feitas pelos dois lados e radiográveis. Quando a solda interna for
impraticável, pode ser feita apenas a externa, adotando-se um procedimento que garanta a
qualidade da raiz da solda.
A Norma Brasileira (NB-109), define eficiência de junta como o cociente entre as resistências à tração
do metal depositado e metal base, ou seja,
O código ASME, usa o termo eficiência de junta para definir o grau de inspeção a ser adotado após
soldagem, levando em consideração o tipo de junta adotada. Essa correlação está definia no parágrafo
UW-12 da seção VIII e resumida na tabela 16.
Obs.: Segundo a Norma Petrobrás, para qualquer vaso de pressão é obrigatório que todas as juntas
soldadas do casco e tampos tenham pelo menos inspeção radiográfica por amostragem (spot),
não sendo admitidas soldas não radiografadas, mesmo nos casos em que o código de construção
permita.
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JUNTA DE TOPO COM PENETRAÇÃO
JUNTA DE TOPO COM PENETRAÇÃO TOTAL E CONCORDÂNCIA.
TOTAL
SOLDA TAMPÃO
FIGURA 26 - Juntas soldadas aceitas pelo código ASME para uniões casco/casco ou casco/calotas.
MATA JUNTA
MATA JUNTA
JUNTA DE TOPO COM PENETRAÇÃO
JUNTA DE TOPO COM PENETRAÇÃO
TOTAL SEM MATA JUNTA
TOTAL E MATA JUNTA . JUNTA DE TOPO COM PENETRAÇÃO
TOTAL COM MATA JUNTA . E BOCAL
PENETRANTE.
JUNTA DE TOPO COM PENETRAÇÃO JUNTA DE TOPO COM PENETRAÇÃO JUNTA DE TOPO COM PENETRAÇÃO
TOTAL E BOCAL PENETRANTE. TOTAL E BOCAL PENETRANTE. TOTAL, BOCAL PENETRANTE E
CHAPA DE REFORÇO EXTERNA.
FIGURA 27 - Juntas soldadas aceitas pelo código ASME para a atracação de bocais.
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CATEGO GRAU DO EXAME
TIPO DE JUNTA LIMITAÇÕES RIA DE RADIOGRÁFICO
JUNTA
Juntas de topo, soldada por TOTAL SPOT SEM
ambos os lados ou soldada por
um lado com qualidade similar a Nenhuma A,B,C, e 1,00 0,85 0,70
primeira, sem mata junta que D
permaneça após a soldagem.
Juntas de topo soldada por um
lado, sem mata junta que Nenhuma A, B, C e 0,90 0,80 0,65
permaneça após soldagem, que D
não esteja incluída acima
Juntas de topo soldada por um Aplicável somente para juntas circunferênciais
lado, com mata junta que com espessura até 15,8 mm e quando o A, B e C NA NA 0,60
permaneça após soldagem diâmetro externo for menor do que 24
polegadas.
Junta sobreposta soldada de Junta longitudinal com espessura até 9,5 mm A
ambos os lados. Juntas circunferênciais com espessura até 15,8 BeC NA NA 0,55
mm
Junta sobreposta, com solda Juntas circunferênciais de união casco/calota,
simples e solda tipo plug onde o diâmetro externo da calota não seja B
superior a 24 polegadas e espessura do casco
até 12,7 mm
Junta circunferêncial para atracação de camisa NA NA 0,50
no casco, quando a espessura da camisa não C
ultrapassar a 15,8 mm e a distância entre os
plugs de solda, não ultrapasse 1.1/2 vezes o
diâmetro do plug de solda
Junta sobreposta, com solda Atracação de calotas em casco, onde a
simples, sem solda tipo plug espessura requerida do filete, não seja superior
a 15,8 mm. AeB NA NA 0,45
Atracação de calotas em casco com diâmetro
menor do que 24 polegadas e espessura
requerida do filete até 6,3 mm
O termo CATEGORIA DE JUNTA é usado pelo código ASME para agrupar as soldas de um vaso de
pressão que estarão sujeitas a níveis de tensões similares, quando em operação, levando em
consideração apenas a localização da junta (figura 28 ). Deve ser ressaltado, que juntas de mesma
categoria podem ser de tipos diferentes, bem como ter requisitos de radiografia diferentes, pois estas
variáveis depende mais de outros fatores do que da localização da junta no vaso.
OBS.: O parágrafo UW-2 da seção VIII do código ASME usa uma correlação especial entre
categoria de junta, tipo de junta e grau de inspeção nos seguintes casos:
a)Vasos que operam com substâncias letais;
b)Vasos que operam com temperaturas abaixo de -30º C;
c)Caldeiras não sujeitas a chama, com pressão de projeto acima de 345 KPa;
d)Vasos sujeitos ao fogo direto.
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C C
A A
B C B
D
B
C
D
A D
D
A
B A A B
C B
A
Analisando a figura 28 podemos fazer uma correlação entre tipo e categoria de juntas soldadas num
vaso de pressão, como mostra a tabela 17.
CATEGORIA RESISTÊNCIA
DE JUNTA TIPO DE JUNTA MECÂNICA
DESEJADA
1.TODAS AS LONGITUDINAIS MAIOR
A 2.TODAS DAS ESFERAS
3.CIRCUNFERÊNCIAIS CASCO/CALOTAS
QUANDO ANTES DA LINHA DE TANGÊNCIA
1. CIRCUNFERENCIAIS DA PARTE CILINDRICA
B 2. CIRCUNFERENCIAIS CASCO/CALOTAS APÓS
A LINHA DE TANGÊNCIA
C CIRCUNFERÊNCIAIS BOCAIS/FLANGES
D UNIÃO CASCO/BOCAL MENOR
TABELA 17 - Correlação entre categoria de junta e tipo de junta, conforme o código ASME.
O agrupamento de tipos de junta e seu correlação com a categoria de junta feito pelo código visa o
seguinte:
- Agrupar juntas com exigências de tensão similares quando o vaso estiver em operação;
- Generalizar exigências cujo estado de tensões tenham influência;
- Definir exigências mínimas por grupos de juntas;
- Definir uma eficiência de junta mínima, em função da extensão de solda radiografada.
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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9.4. REQUISITOS DE RADIOGRAFIA DE UMA JUNTA SOLDADA
Levando em consideração a categoria de junta, tipo de junta, produto a ser armazenado e as condições
de projeto do vaso, o parágrafo UW-11 do código ASME defini os requisitos mínimos de radiografia
para uma junta soldada de um vaso novo, que deve ser satisfeito antes que o vaso entre em operação. A
tabela 18 faz um resumo desses requisítos mínimos.
Com base no exposto nos intens anteriores podemos concluir que a resistência mecânica de uma junta
soldada num vaso de pressão depende, basicamente, dos seguintes fatores:
* TIPO DE CHANFRO
Os ítens que mais interferem na definição do tipo de chanfro a ser empregado numa junta soldada são:
- ACESSO AO LOCAL PARA A EXECUÇÃO DA SOLDA;
- PROCESSO DE SOLDAGEM MAIS ADEQUADO;
- ESPESSURA DA JUNTA;
- PENETRAÇÃO DESEJADA (total ou parcial).
11
A tabela UCS-57 do código ASME está reproduzida na tabela 19 deste trabalho.
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* CARACTERÍSTICAS DO CONSUMÍVEL
Lembrando que uma junta soldada deve ser o mais homogênea possível ao metal base, pode-se dizer
que os fatores que melhor caracterizam a escolha de um consumível são:
- Composição química;
- Resistência mecânica desejada.
* EFICIÊNCIA DE JUNTA
Toda junta soldada está sujeita a um estado de tensões que pode ser considerado como a soma das
tensões introduzidas pelo processo e váriáveis de soldagem utilizados, peso próprio, carga do vento e
condições operacionais. Considerando que, com exceção desta última sitada, as demais tensões são
aproximadamente iguais em todas as juntas soldadas, podemos concluir que as soldas mais solicitadas
serão as longitudinais, pois quando o vaso estiver pressurizado as tensões circunferenciais serão
aproximadamente o dobro das longitudinais, como mostra a figura 29.
σLONG..
P
σLONG..
Numa esfera esse fato não ocorre, pois nesse caso as tensões longitudinais e circunferenciais
serão iguais e as juntas soldadas estarão solicitadas igualmente, com tensões da ordem das tensões
circunferenciais que atuam num cilindro pressurizado (figura 30).
56
CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
Autor: Nestor Ferreira de Carvalho
σLONG..
P
σCIRC. σCIRC. σLONG ≈ σCIRC.
σLONG..
Essas constatações nos levam a melhor entender ao agrupamento de juntas soldadas que o ASME
utiliza quando define as juntas de mesma categoria e as exigências de radiografia, além de alertar o
inspetor quanto a possibilidade de defeitos em soldas que são mais solicitadas.
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ANEXOS
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VALORES DE ESPESSURAS MÍNIMAS CONFORME ASME
SEÇÃO VIII
1. DIVISÃO 1 - UG.22
2. DIVISÃO 2
R R
0,75 R 0,75 R
SOLDA
SOLDAS
R
TAMPO EM GOMOS
FEITO POR PRENSAGEM
MÍN. 0,2 R
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ESPESSURAS DE TAMPOS CONFORME ASME UG-32 E AP. 1
1. TAMPO ELÍPTICO
P. D. K 2.S. E. t
t= ou P=
2. S. E − 0,2. P D. K + 0,2. t
1 D
2
ONDE: K = . 2 +
6 2. h
2. TAMPO TORIESFÉRICO
P. L. M 2. S. E. t
t= ou P=
2. S. E − 0,2. P L. M + 0,2. t
1 L
ONDE: M= . 3 +
4 r
3. TAMPO CÔNICO
P. R t.S. E.cos α
t= OU P=
COS.α (S. E - 0,6. P) R + 0,6. t.cos α
4. TAMPO ESFÉRICO
P.R 2. S. E. t
t= ou P=
2SE − 0,2.P R + 0,2. t
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CURSO: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO EM VASOS DE PRESSÃO - PARTE 1
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PMTA DO VASO CONFORME ASME
1. CÁLCULO DA PMTA DO VASO (CONDIÇÃO CORROÍDO E
QUENTE)
1.1. CADA PARTE DO VASO TEM SUA PMTA - PRESSÃO MÁXIMA DE
TRABALHO ADMISSÍVEL
1.2. A PMTA DEVE SER CALCULADO COM A FÓRMULA DO CÓDIGO DE
CONSTRUÇÃO, CONSIDERANDO O VASO NA CONDIÇÃO CORROÍDA E
A INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA TENSÃO ADMISSÍVEL DO
MATERIAL
1.3. QUANDO APLICÁVEL, A PRESSÃO DE COLUNA DE LÍQUIDO NA
CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO DO VASO DEVERÁ SER CONSIDERADA NA
PMTA DO VASO
1.4. A PMTA DO VASO SERÁ A MENOR DAS PMTA DE TODAS AS PARTES
DO VASO - ( CURVA GH NA FIGURA ABAIXO - Pma)
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REFORÇO EM ABERTURAS
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TENSÃO ADMISSÍVEL X CÓDIGOS DE CONSTRUÇÃO
1. CÓDIGO ASME SEÇÃO VIII DIV. 1
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